Resumo

Após a geração de caixa operacional, a captação de recursos no mercado financeiro é o principal instrumento de que as organizações dispõem para o atendimento das suas necessidades de caixa.

As organizações, no Brasil, além da captação de recursos no mercado interno, podem, também, levantar dinheiro no resto do mundo.

Do mercado financeiro localizado no exterior, as empresas residentes poderão trazer dinheiro por suas próprias forças, através da Lei 4131, ou via instituições financeiras residentes, amparados pela Resolução 2.770.

Para o administrador financeiro, é fundamental o entendimento da origem dos recursos captados no mercado financeiro. A identificação da natureza do investimento na empresa é o princípio básico de tudo. Saber sobre o aumento de investimento dos estoques é sazonal ou permanente, e sobre outras contas do ativo circulante, denota perfeito entrosamento do administrador financeiro com a sua organização.

Os recursos de curto prazo, no Brasil, têm, nos últimos anos, a visita nada agradável da CPMF, além, evidentemente, das taxas de juros reais elevadas.

Portanto, antes de qualquer tomada de decisão, é necessário conhecer profundamente as reais necessidades de caixa da empresa. A captação de dinheiro em divisa externa exige do administrador financeiro o conhecimento de instrumentos de hedge.

Dentre as linhas de curto prazo, destaca-se o hot money, o cheque empresarial, o desconto de NP, o desconto de duplicatas, o empréstimo de capital de giro, a Resolução 2.770, o ACC, o ACE e as operações de factoring.

A preocupação maior do administrador financeiro deveria se concentrar na origem dessas fontes de recursos, isto é, de onde as instituições financeiras buscam os recursos.

Compete ainda, ao financeiro, domínio completo das características burocráticas de cada linha de financiamento. A busca incessante pela redução de despesas deveria fazer parte do dia a dia de todo administrador financeiro.

O emprego do mercado de capitais via emissão de comercial papers, é também outra forma de se captar recursos de curto prazo.

Quanto às fontes de longo prazo, destacam-se os fundos constitucionais: FNO, FNE e FCO, criados pela Constituição Federal de 1988, com o intuito de alavancar recursos para o desenvolvimento das regiões norte, nordeste e centro-oeste.

As linhas do BNDES, o verdadeiro banco de fomento nacional, são também outras maneiras de as empresas operarem no mercado financeiro, com vistas ao desenvolvimento dos seus investimentos no ativo permanente. O BNDES opera através da sua rede de agentes em todo o território nacional. Em função disso, o BNDES pode atender às micro, pequenas, médias e grandes empresas residentes.

As linhas do BNDES destacadas foram: FINEM e FINAME.

As organizações residentes podem também captar recursos via emissão de títulos no mercado financeiro interno e internacional, via mercado de capitais, a saber: debênture, bond, note etc, além, evidentemente, do lançamento de novas ações.

Entende-se que compete ao administrador financeiro uma significativa compreensão na apuração dos custos de toda e qualquer linha que o mercado financeiro coloca disposição da sua empresa. A riqueza do acionista depende dos investimentos, sejam eles de curto ou de longo prazo, cuja taxa de retorno seja superior ao custo de capital empregado pela empresa.



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