3 - O surgimento das burocracias

Nascemos em contextos organizacionais, somos educados por organizações. Quase todos passamos a vida trabalhando para instituições. Ao contrário de sociedades anteriores, a moderna atribui elevado valor ao racionalismo, à eficiência e à competência. A civilização moderna depende, em grande parte, das organizações, como formas racionais e eficientes de agrupamento social. A organização cria um poderoso instrumento social da coordenação de grande número de ações humanas. Combina o pessoal e os recursos, ao reunir líderes, especialistas, operários, máquinas e matérias-primas. Ao mesmo tempo, avalia continuamente sua realização e procura ajustar-se, a fim de atingir seus objetivos.

As organizações não são invenções modernas. Os faraós se utilizaram delas para construir as pirâmides. Os imperadores da China usaram, há milhares de anos, para construir grandes sistemas de irrigação. E os primeiros Papas criaram a igreja universal, para servir uma religião universal. Todavia, a sociedade moderna tem tantas organizações, que se fazem necessárias organizações secundárias para organizá-las e supervisioná-las. As burocracias não constituem fato novo. Já na antiguidade aparecem organizações burocráticas. A mais famosa é a do Novo Império Egípcio (1580-712 a.C.), que Max Weber considera o modelo de todas as demais. Outros exemplos de burocracias muito antigas são o Império Romano, o Estado Bizantino, o Império Chinês — fundado em 221, quando Shih-huang-ti subjugou os senhores feudais independentes —, os Estados europeus, que se organizaram a partir do fim da Idade Média, e, finalmente, a mais antiga ainda hoje existente: a Igreja Católica.



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