A organização moderna é mais eficiente que as antigas e medievais. As mudanças na natureza da sociedade tornaram o ambiente social mais compatível com as organizações; a arte de planejar, coordenar e controlar desenvolveu-se com o estudo da administração.

As organizações antigas constituem exceções dentro do panorama social global, com sistema de produção, agrícola ou artesanal, tipicamente familiar. No sistema político, tomam a forma de tribo, clã, feudo. Só a partir dos fins da Idade Média, começam a aparecer as primeiras empresas e o Estado Moderno.

As empresas surgem com o desenvolvimento do comércio e o aparecimento da burguesia; com a separação da contabilidade privada da comercial e o aparecimento da sociedade por cotas de responsabilidade limitada. Individualizaram-se, assim, o patrimônio, as receitas, as despesas familiares e as da empresa. Mas ainda não se pode falar na existência, aí, de uma verdadeira organização. Só mais tarde, com o aparecimento da sociedade anônima - quando as grandes empresas passam a perder paulatinamente caráter nitidamente familiar -, é que o sistema de produção começa a ser dominado por burocracias. Isso ocorre bem depois da Revolução Industrial.

Aplica-se o mesmo em relação aos Estados europeus, que surgem nos fins da Idade Média, ainda profundamente ligados ao sistema feudal, de caráter estritamente tradicional. O feudalismo sofreu a primeira séria derrota com a emergência das monarquias absolutistas e foi eliminado dos países europeus com a industrialização, o predomínio social da classe burguesa e o estabelecimento do sistema capitalista. Veio, então, o Estado Liberal, que passa a burocratizar-se e racionalizar-se de forma crescente.



Copyright © 2010 AIEC.