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Pressão por maior eficiência — A pressão crescente leva os homens a procurar métodos de administrar os sistemas sociais cada vez mais aperfeiçoados e a criar número cada vez maior de burocracias — o tipo de sistema social mais racional e eficiente que se conhece. Essa pressão por maior eficiência sempre existiu? A resposta é negativa. Ela faz parte do racionalismo do homem moderno. É um fenômeno que surgiu praticamente com o capitalismo. Representava ruptura violenta com o sistema tradicionalista do feudalismo. Sua base econômica era a concorrência entre as empresas. Portanto, um sistema em que apenas os eficientes, os capazes de produzir a custos comparativamente baixos, eram capazes de sobreviver.
A forma de produção do capitalismo industrial — a produção mecanizada — permitia, dada a padronização dos produtos, que se medisse com relativa facilidade a eficiência de cada empresa. É difícil, senão impossível, medir a eficiência do trabalho de um artesão, pois os produtos que fabrica representam obras únicas, não possíveis de comparar com as demais. Se duas obras, de dois artesãos, não são diretamente comparáveis, não é possível comparar a eficiência no trabalho de ambos. Com a produção industrial, porém, esse problema desaparece. No momento em que o sistema da concorrência entre as empresas exigia comparação de eficiência, ela se tornou possível, graças ao sistema industrial. E foi no momento em que o homem percebeu que a eficiência do trabalho não só é economicamente importante como também possível de medir, que a preocupação, a pressão por maior eficiência, teve verdadeiramente início. |
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