Outra forma para a substituição ocorre quando uma organização enfrenta ou cria problemas que não necessariamente têm relações com os objetivos declarados ou originais da organização, ou são frequentemente opostos a eles.

Nesse contexto, algumas atividades passam a consumir proporção cada vez maior do tempo e dos pensamentos dos participantes, substituem, do ponto de vista do comportamento real — os objetivos declarados. A fixação nos problemas internos faz com que a organização, voltada para si mesma, já não alcance as finalidades propostas. Isso, com certeza, acarreta diminuição da eficácia dessa organização.


São raros os casos nítidos de sucessão de objetivos, porque a maioria das organizações não atinge os objetivos de forma definida.

É mais frequente a sucessão do objetivo que fracassou, sendo preciso que a organização, para sobreviver, encontre o novo. É ainda mais frequente que, em tais condições, a organização estabeleça outros objetivos ou expanda o alcance de seus objetivos anteriores. Ao fazer isso, a organização procura aumentar a dedicação de seus membros e encorajar a mobilização de novos membros.

Os interesses da organização podem, portanto levá-la a:

• substituir os objetivos originais por objetivos secundários ou por meios;

• procurar ativamente outros objetivos depois de atingir os iniciais;

• aceitar alguns que venham a somar.


Dentro do sistema simbólico de uma organização é importante percebermos que além das regras, das normas e dos objetivos escritos e explicitados, temos um conjunto de relações pessoais e informais. Esse sistema informal dá origem muitas vezes também a uma série de normas, regras, valores e objetivos que não estão explicitados, mas que são compartilhados por alguns membros ou até mesmo por todos os membros da organização.

Dessa forma, a estrutura de uma organização é muito mais do que os status e as hierarquias de seus quadros. Sobrepostas a esse estrutura formal estão as relações informais que suplementam e, às vezes, suplantam o sistema formal de status, normas e autoridade. Para compreender a estrutura e o funcionamento de uma organização é preciso entender sua cultura organizacional.



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