Os chamados “30 gloriosos anos”, iniciados logo no fim da guerra, caracterizaram-se por taxas significativas de crescimento real do produto e da renda per capita, com benefícios para o conjunto da sociedade. O sucesso das políticas keynesianas e de bem-estar social chegaram a dar, a muitos, a impressão de que se havia encontrado com John Maynard Keynes, uma espécie de chave para administrar-se a economia e garantir o crescimento perpétuo.

Os anos 1970 alteraram esse quadro, por dois motivos básicos:

a) impactos violentos sobre o sistema econômico, decorrentes de variáveis externas, como o choque do petróleo e o fim das regras monetárias da conferência de Bretton Woods;

b) problemas no funcionamento da economia, como a queda acentuada da produtividade industrial, sobretudo nos Estados Unidos. O resultado foi a célebre “estagflação’, que combinava níveis elevados de inflação com desemprego”.

A crise, além disso, acirrou a concorrência internacional entre os próprios países avançados, principalmente entre a Comunidade Econômica Européia e o Japão, em consequência da compressão dos mercados.

A conjunção desses fatores (crise e desenvolvimento tecnológico) determinou novo padrão de concorrência internacional, em intensidade e forma, que passou a orientar o ajustamento das unidades produtivas individuais; isto é, das empresas e das economias nacionais. Embora ainda pouco claro em seus contornos, esse novo padrão de concorrência tem como principal característica a globalização dos mercados.



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