Os
autores da Regulação concordam com os neoschumpeterianos,
quanto a considerar que os períodos de expansão econômica
tendem a ocorrer apenas quando há compatibilidade entre o modo
de regulação (a intervenção do Estado) e o
paradigma tecnológico. Analogamente, desconexões entre ambos
tendem a ocorrer em períodos de crise.
Atribuem, porém aos neoschumpeterianos
excessivo determinismo tecnológico. Alguns autores não
creem na possibilidade de distinguir duas dinâmicas, uma
das formas institucionais, outra do sistema tecnológico,
para verificar sua compatibilidade posteriormente.
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A hipótese básica dos regulacionistas é de
que a sorte de qualquer sistema tecnológico não
pode ser desvinculada de determinantes sociais (particularmente
a relação salarial) e econômicas (a evolução
do modelo de desenvolvimento como um todo). Mas se a proposição
dos neoschumpeterianos parece insatisfatória, os regulacionistas
também não conseguem explicar as relações
concretas entre as duas esferas, nem definir o papel da tecnologia
na crise dos anos 1970 e 1980.
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