Em resumo,
pode-se afirmar que as NTG’s são, sobretudo, a transformação
do trabalho em atividade de gestão.
Em princípios
da década de 1990, essa terminologia começa a ser adotada.
A Gestão torna-se, então, o centro dos processos organizacionais.
Uma das primeiras providências sugeridas pelas NTG’s foi
unificar a gestão do trabalho, e a gestão do trabalhador,
antes atividades separadas.
A partir das Novas
Tecnologias de Gestão, observa-se o processo de transferência
das atividades de gestão para os trabalhadores, promovendo o
deslocamento de alguns dos mecanismos decisórios para os próprios
trabalhadores. Essa reestruturação organizacional busca
garantir o comprometimento dos trabalhadores e a maior competitividade
organizacional, junto ao mercado. As NTG’s objetivam o controle
do trabalhador, mas esse controle passa a ser cada vez mais autocontrole
(do desempenho produtivo, dos estados emocionais, e o da subjetividade).
A mobilização da subjetividade às habilidades atitudinais
e relacionais é incorporada a atividades de gestão.
A capacidade de autogestão é apreendida pela organização
e utilizada pela produção. Exemplo.
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As NTG’s devem ser, sobretudo, compreendidas
como mais uma estratégia do capital para aperfeiçoar
seus métodos de controle e exploração da
classe trabalhadora.
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O termo
genérico “novas tecnologias” é empregado para
designar a automação de base microeletrônica introduzida,
na indústria e nos serviços. É componente da reestruturação
produtiva em curso em nível mundial. Faz parte das novas tecnologias,
inovações na gestão do trabalho e da produção
- as técnicas e programas - Círculos
de Controle de Qualidade - CCQ, Qualidade
Total, Gestão Participativa, Kanban, Controle
Estatístico de Processo, entre outros - quase sempre implementados,
inicialmente, no Japão (e que passou a chamar-se de modelo japonês).