De fato, as empresas que fizeram suas reengenharias apresentaram melhores resultados, em termos de produtividade e rapidez das intervenções. A grande característica foi evidenciar que todos os processos internos deveriam estar a serviço do cliente (mercado).

Quando as empresas estão mal, admite-se remédio amargo, pois o que está em jogo é a sua sobrevivência. Inversamente, o tratamento pode se tornar violento e desnecessário quando administrado sem precaução, apenas com a noção ingênua de que, por ele dar certo em muitas empresas, dará certo sempre.

As novas tendências de produção - automação, terceirização, associações supranacionais entre capitais - expressam uma forte indicação de superação das condições de acumulação e desenvolvimento, dominantes nos últimos cem anos. A reengenharia traduz, nesse sentido, uma inovação que não é apenas técnico-produtiva, como seu nome sugere, ela, não se restringe à aplicação produtiva de novas tecnologias.


Pode-se, então, sugerir que a reengenharia é proposta de reestruturação do processo decisório bloqueado pelo fordismo, que atingiu seus limites operacionais e não tem mais condições de garantir as taxas de acumulação que até então o sustentavam.



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