A lógica
de funcionamento do Programa caracteriza-se por:
a) formulação ideológica e persuasiva, cujo
objetivo é a adesão irrestrita e inquestionável
do empregado,
b) a ênfase
em princípios essencialmente cooperativos e integradores
resultam no afastamento do espírito crítico e, em
consequência, reduz a possibilidade de resistência.
As novas formas de valorização dos empregados são,
por eles, retribuídas com maior dedicação
e espírito de lealdade. Obtém-se, assim, o engajamento
moral, que tenderia a reforçar uma visão apolítica
e paternalista, levando à perda da consciência coletiva
e da reflexão crítica em favor de valores corporativos.
Inclui-se, aqui, a rejeição da ação
sindical pela organização.
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Diferente de outras
propostas (como a gestão participativa) o poder de barganha dos
empregados fica, também, fragilizado face às condições
do mercado em situação econômica desfavorável,
evidenciada pelo crescimento do desemprego (resultado, entre outras razões,
da utilização mais eficiente dos recursos humanos). Nessas
condições, a tendência é de crescer a dependência
dos empregados em relação à empresa e, portanto,
a legitimidade desta última. |