Mais do que desestímulo, o que se nota dessas mudanças é um momento delicado nas relações corporativas. Na década passada, o que se ouvia no mundo empresarial era uma defesa incondicional do capital humano. Era a “guerra pelos talentos”, espelhando a teoria de que o diferencial competitivo dos novos tempos não estaria mais em produtos ou tecnologia, mas em cérebros.

O discurso de que as pessoas são o principal ativo dos negócios se mantêm, mas agora as pressões competitivas estão mais visíveis do que o apreço pelos profissionais que se destacam.

"Talento não é descartável. Ao contrário: talento é um recurso raro e altamente disputado, mesmo num contato de crise como hoje. O que acontece é que a vida útil dele diminui. É como jogador de futebol: se aos 22 anos ele já está altamente estressado com a carreira, aos 30 não tem mais capacidade de aguentar um mercado como esse? Por isso, mesmo se ainda se encontram muitas pessoas ávidas por desafios e pressão, não significa que estejam imunes à deterioração do nível de vida nas empresas. Talentos sempre haverá, mas tudo indica que eles aguentarão menos tempo", afirma Sergio Lozinsky, sócio da IBM Consulting.


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