Vivemos uma época de medo e insegurança. Muito se falou de “novos modelos de gestão”, “novas tecnologias de gestão” (a reengenharia, a qualidade total, os modelos japonês, italiano e sueco) e parece que paira no ar um retorno ao taylorismo. Talvez pior: você lembra o que Taylor afirmava? Ele dizia que a presença do capataz na linha de produção era importante para gerar medo nos operários e o medo era um fator importante, tipo de insumo invisível, para a produtividade. Por que piorou? Porque não é mais preciso a presença do capataz. O próprio trabalhador "se policia".

No entanto, vale ressaltar que muitas empresas que dizem ter realizado processos internos de reengenharia, qualidade total, etc, não abrem mão de utilizar as novas tecnologias para controlar seus funcionários, seja com câmaras de filmagem, ou com controle de entrada e saída, via cartões magnéticos.

Na verdade, essas questões nos põem diante da difícil e complexa tarefa de examinar sociologicamente a vida nas organizações em tempos de permanentes revoluções técnico-científicas. Quando se diz “sociologicamente” deve-se ter claro que estamos fechando o foco nas relações sociais.



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