| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Conceituando marketing
O marketing assumiu, nas últimas décadas, um papel extremamente importante dentro da administração moderna. Passou de uma função, em princípio, isolada das demais áreas das organizações para uma filosofia de gestão empresarial responsável pela integração de toda a cadeia produtiva da organização. Por isso, é fundamental conhecer os conceitos mais difundidos sobre marketing estratégico para construir sua própria ideia sobre o assunto. Assim, serão vistas, a partir de uma rápida abordagem do conceito de marketing, algumas noções de marketing estratégico, chegando a uma compreensão mais geral sobre essa filosofia de gerenciamento. Formação do termo Marketing:
Assim, marketing era considerado, na sua forma mais simples, como o mercado em movimento ou a ação exercida no mercado.
No entanto, como se pode ver pela definição
de Bechara (1993), diante das mudanças empresariais, o conceito
de marketing evoluiu. O marketing entendido como maximização
de lucros e focalizado nas transações de mercado não
é mais tão adequado. Isso significa que, para ajustar-se
às contingências do mercado, as empresas precisam extrapolar
a visão do marketing. É preciso uma visão expandida
para além do quadro conceitual de microeconomia para melhor atender
ao conjunto de aspectos organizacionais e estratégicos das empresas.
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Tela 2 |
Veja agora a representação da evolução do conceito de Marketing:
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Tela 3 |
| O
marketing de hoje é diferente do que costumava ser. No início,
o marketing preocupou-se com a distribuição de produtos (ênfase
econômica). Depois, foram incorporados aspectos gerenciais ao corpo
de conhecimento do marketing, com ênfase na resolução
de problemas, planejamento, implementação e controle.
Porém, diante dos novos desafios do mercado, tornou-se necessária a criação de novas formas organizacionais. Por isso, diversos autores propõem que o conceito de marketing combine economia, ciência política, comportamento organizacional e planejamento estratégico associados à estrutura de análise que leve em conta os aspectos legais, sociológicos, antropológicos e da psicologia social para se ampliar o entendimento de todo o processo.
A definição também incorpora a máxima
de Drucker
de que a finalidade de uma empresa é atrair e satisfazer clientes
e assim obter lucro. Mas a satisfação não é
suficiente, pois a conquista de clientes é onerosa; portanto, o
lucro real provém de se manter clientes importantes, desenvolvendo
uma profunda fidelidade baseada em confiança mútua, compromissos
e intensa comunicação. |
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Tela 4 |
Para que as estratégias possam ser fundamentadas, a relação clientes potenciais, clientes desejados e clientes atuais deverá ser constantemente trabalhada, respeitando as particularidades da conjuntura competitiva de seu (s) mercado (s) de atuação. Para que
possamos dar continuidade aos nossos estudos acerca do marketing estratégico,
vamos utilizar um texto para reflexão do papel atual do marketing,
intitulado “O
Negócio Tem Alma?”. Esse artigo é de fevereiro
de 1997 e, infelizmente, ainda é possível encontrar um grande
número de empresas, com seus respectivos dirigentes, que ainda
não se conscientizaram do verdadeiro papel do marketing na sociedade
moderna. Após essa leitura para o curso, será feito um comentário. |
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Tela 5 |
O
processo de atração e retenção de clientes
extrapola as questões internas organizacionais e requer o conhecimento
de toda a cadeia
produtiva da organização para que a estratégia
mercadológica possa ser fundamentada em bases reais e sólidas. Uma cultura orientada para fora com as crenças, os valores e os comportamentos dominantes enfatizando valor superior para o cliente e a busca contínua de novas fontes de vantagem. Dando apoio a esses três elementos está uma base compartilhada de conhecimento na qual a organização coleta e dissemina seus critérios sobre o mercado. Em outras
palavras, buscar a identificação das aptidões específicas
para a organização implica conhecer o mercado de forma a
obter uma visão estratégica avançada. As empresas
orientadas para o mercado estão melhor preparadas em relação
ao fator competitividade: estabelecem elos de comunicação
com seus clientes de maior representatividade em relação
às receitas atuais e às esperadas. |
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Tela 6 |
2 - Gerenciamento do Valor para o Cliente O grande
desafio do marketing é identificar os ativos estratégicos
corporativos, pela elucidação de suas competências
essenciais: a análise das habilidades estratégicas da
empresa possibilita a identificação do valor real de produto
e, dessa forma, a criação de seu valor agregado.
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Tela 7 |
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- Construindo uma noção ampla de Marketing Estratégico
A seguir, vamos analisar algumas definições, levando em consideração que elas já foram trabalhadas, de alguma forma, na disciplina de administração mercadológica. As definições serão apresentadas em ordem crescente, de forma a possibilitar a construção do conceito de marketing estratégico. O objetivo, a partir das breves definições apresentadas que, em momento algum, para esta disciplina, têm por finalidade proporcionar uma conceituação exaustiva dos temas abordados, é construir um breve conceito do marketing estratégico a partir da articulação dos temas apresentados. As definições apresentadas foram retiradas de um dicionário da língua portuguesa, o Houaiss, que realizou um trabalho muito interessante elaborando breves conceitos a partir de seu conhecimento técnico superficial.
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Tela 8 |
Partindo do conceito de organização, que será abordado com uma profundidade maior no próximo módulo, para estratégia, passando por administração e projeto, é possível chegar a uma interessante abordagem do marketing estratégico:
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Tela 9 |
Resumo Pode-se considerar o marketing como uma filosofia de gestão empresarial responsável pela integração de toda a cadeia produtiva da organização. Com a evolução
do conceito de marketing, constatamos que a definição de
hoje é diferente do que costumava ser, visto que, atualmente, foram
incorporados aspectos gerenciais ao corpo de conhecimento do marketing,
com ênfase na resolução de problemas, planejamento,
implementação e controle. Empresas orientadas para o mercado
conhecem tão bem seus mercados que são capazes de identificar
e alimentar seus clientes valiosos e de desestimular os clientes que drenam
seus lucros.
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 10 |
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- Fluxo Básico de Planejamento e Controle Estratégico
Há uma certa confusão, para aqueles que não conhecem a disciplina, entre propaganda e marketing; da mesma forma, para outros, há falta de clareza sobre a real finalidade do marketing: O marketing não substitui, em momento algum, o papel estratégico de cada uma das áreas específicas da empresa que, em sua totalidade, representam a própria organização. O marketing não pode ser uma camisa de força da empresa; ele não é “o dono do planejamento estratégico”; ele participa do planejamento e controle estratégico; contudo, a ação organizacional deve ser o resultado da perfeita articulação entre as diversas áreas que compõem a organização. Assim, vamos explicitar algumas idéias não muito claras sobre o relacionamento entre o marketing e a estrutura organizacional formal, a partir de uma breve revisão do fluxo do planejamento estratégico. É preciso ter claro que o marketing não é tudo, em uma empresa. É, na verdade, uma estratégia diretamente relacionada ao núcleo do planejamento macro-organizacional que permeia todas as suas áreas e processos, a partir do momento em que se verifica a necessidade de gestão direcionada ao atendimento das necessidades de mercado.
Para que o marketing estratégico possa ser compreendido em sua plenitude é fundamental a compreensão do ciclo básico de planejamento e controle estratégico que sofre impacto dos ambientes geral, operacional e interno, conforme representado pela figura abaixo. |
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Tela 11 |
Algum desajuste em qualquer um desses três ambientes (o geral, o operacional e o interno) provoca desalinhamento nas diretrizes estratégicas da empresa. Cabe aos administradores elaborarem um controle estratégico que perceba rapidamente os movimentos provocados por esses ambientes, e também que permita avaliar as informações vindas dos níveis gerenciais e dos agentes externos: clientes, fornecedores etc. Por isso, a comunicação entre os setores da empresa e entre todos os participantes do processo é vital para o aperfeiçoamento do negócio. Nas instituições financeiras esse procedimento é a razão da existência da organização.
De uma maneira geral, pode ser dito que uma organização seja a resultante de pessoas responsáveis pela operacionalização de processos. Elas, por sua vez, integram sistemas e sub-sistemas funcionais até alcançar a unidade corporativa. Portanto, um processo de comunicação organizacional adequado, nesse momento, passa a assumir um papel de agente catalisador para a estratégia corporativa: a comunicação é responsável pela integração das pessoas no processo organizacional. Para se entender a funcionalidade dos processos de uma organização, é bom relembrar a diferença existente entre eficiência e eficácia. A perfeita relação entre essas características organizacionais levará à efetividade e, conseqüentemente, ao alcance dos objetivos almejados. |
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Tela 12 |
Na fase de planejamento são definidos os caminhos a serem trilhados pela empresa. Também são montados cenários para avaliação dos resultados favoráveis ou desfavoráveis para o funcionamento das atividades da empresa. Observam-se aspectos da organização no tocante a sua missão, objetivos, metas e indicadores de desempenho. Abaixo está a representação do fluxo básico, que não tem por objetivo ser exaustivo em relação ao processo estratégico e sim possibilitar uma base que sirva como referência para a análise do papel do marketing estratégico no contexto atual. |
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Tela 13 |
Em relação à estrutura formal da organização temos:
O planejamento estratégico deverá abranger toda a estrutura organizacional; contudo, as decisões finais a respeito dos grandes rumos da empresa, de uma forma geral, são de responsabilidade do nível estratégico, enquanto o nível tático é responsável pelo controle e pela implementação dos planos de ação; e o nível operacional pela concretização desses planos. O planejamento estratégico ajudará a analisar e definir as mudanças que deverão ser implementadas para melhoria dos resultados da empresa. Reforçando o entendimento sobre o conceito de planejamento estratégico, Carlos Bonato, em uma interessante matéria publicada pela Gazeta Mercantil, em julho de 2002, ressalta:
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Tela 14 |
2 - A Empresa Orientada para o Mercado Lembra-se que no módulo I iniciamos os estudos sobre a empresa orientada para o mercado? Vimos que tais empresas conhecem tão bem seus mercados que identificam e nutrem seus clientes valiosos, além de não pensar duas vezes para desencorajar os clientes que drenam lucros. Assim, orientar-se para o mercado é ter a disciplina para fazer opções estratégicas saudáveis e implantá-las de forma coerente e completa. Para que as empresas possam voltar suas operações para o mercado, é preciso compreender os níveis de planejamento e controle estratégico, a partir da leitura da estrutura formal organizacional:
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Uma vez compreendidas as relações formais organizacionais, a amplitude das ações estratégicas de marketing deve ser analisada:
A relação entre o planejamento e controle estratégico e o marketing estratégico é mútua e direta, caracterizada pelo forte perfil de interdependência. Separar o marketing da estratégia, ou a estratégia do marketing significa administrar sem considerar as variáveis de mercado; e mais, significa gerir sem ter consciência das reais potencialidades estratégicas.
O marketing possui um íntimo relacionamento com a área macro-estratégica e, dessa forma, depende de toda a articulação dos elementos que constituem a organização (departamentos, áreas específicas, unidades de negócios). |
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Tela 16 |
3 - Planejamento e Planos de Marketing Para planejar eficazmente, os responsáveis por marketing devem entender a relação-chave entre os tipos de despesas do composto de marketing e suas conseqüências em termos de venda e lucro. Essas relações são demonstradas nas equações de lucro e vendas. O Planejamento de Otimização de Lucro leva a encontrar o Plano de Maximização de Lucro. Isso requer determinar o nível ótimo de despesa em marketing, o composto de marketing e a alocação de marketing. O Processo de Planejamento de marketing consiste em cinco passos essenciais: 1) análise de oportunidades de marketing; 2) pesquisa de mercados-alvo; 3) seleção de mercados-alvo; 4) desenvolvimento de estratégias de marketing; e 5) projeção de planos de ação. O Planejamento de marketing resulta em um documento chamado Plano de marketing. Esse enfatiza mais estreitamente um produto/mercado e desenvolve os planos e as estratégias detalhadas de marketing para atingir os objetivos dos produtos no mercado. Os planos de marketing são o instrumento central para direcionar e coordenar o esforço de marketing. |
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Tela 17 |
O Plano de Marketing contém as seguintes partes:
Assim como
o planejamento estratégico é resultante de planejamentos
específicos de cada linha executiva da organização,
ele depende – em níveis macro-organizacionais e departamentais
–, de forma direta, da adequação de recursos valiosos
em relação ao (s) mercado (s) de atuação.
Tal participação é caracterizada pela interação
do marketing com cada uma das áreas específicas da organização
e, por fim, com a unidade organizacional como um todo. |
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Tela 18 |
Resumo O marketing nem pode ser uma camisa de força da empresa nem ser “o dono do planejamento estratégico”, é uma estratégia diretamente vinculada ao núcleo do planejamento macro da organização, que perpassa toda a empresa, partindo de uma gestão orientada para as necessidades de mercado.
Qualquer desequilíbrio em um desses três ambientes gera desalinhamento nas diretrizes estratégicas da empresa. Assim, é de responsabilidade dos administradores o controle estratégico que identifique os movimentos provocados por esses ambientes, e também que permita avaliar as informações vindas dos níveis gerenciais e dos agentes externos. Como a organização é resultante da operacionalização de processos por pessoas por eles responsáveis, o fluxo da comunicação entre as áreas da empresa e entre todos os participantes do processo é vital para o aperfeiçoamento do negócio, pois é agente catalisador da estratégia corporativa. O planejamento estratégico auxilia a análise e a definição das mudanças a serem implementadas para melhoria dos resultados da empresa. É voltado para toda a estrutura organizacional; porém, as decisões finais sobre os caminhos a serem trilhados pela empresa, de uma forma geral, são de responsabilidade do nível estratégico. Já o nível o nível tático é responsável pelo controle e pela implementação dos planos de ação e o nível operacional pela concretização desses planos.
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 19 |
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- Conceitos de Customer Equity
Não existem estratégias únicas para produtos e segmentos diferenciados. Ao analisar organizações que atuam em um mesmo setor, os fatores críticos de sucesso podem variar brutalmente; em outras palavras, não existem fórmulas prontas que garantam o sucesso e a sobrevivência das empresas em seus mercados. A função do profissional de marketing é analisar, com propriedade, as diversas variáveis que exercem influência direta e/ou indireta sobre a estratégia mercadológica organizacional. Como o customer equity é uma boa ferramenta de checagem para auxiliar estes profissionais a melhor direcionar os produtos e serviços para os seus respectivos mercados, este módulo tratará das principais características desse instrumento.
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Tela 20 |
Atualmente, algumas empresas têm pensado sobre o seguinte: qual o valor de um cliente hoje, em dez ou vinte anos para a empresa? É disso que, em termos simples, trata o customer equity: Pode-se dizer que o customer equity é uma ferramenta que possibilita um trabalho que vai da busca, do conhecimento e da quantificação do nível de consumidores fiéis a determinadas marcas até aos procedimentos (ou gastos, ainda) necessários para implementar e reter (atingir ou aumentar) a representatividade financeira desse contingente. As empresas devem analisar os seus portfólios de produtos, analisar toda a cadeia de valor da organização e sua atuação em seu (s) respectivo (s) mercado (s), a fim de obter subsídios para a elaboração de planos de ação voltados para a aquisição e a retenção de clientes, bem como para a alavancagem de vendas adicionais. A proposta é estabelecer indicadores de desempenho para a área de marketing, de forma a proporcionar marcos para que a empresa possa identificar sua posição mercadológica e, conseqüentemente, o ajuste de todos os planos de ação devidos para o alcance do intento corporativo (visão de futuro da empresa). |
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Tela 21 |
Linhas Gerais do Customer Equity - George Day, os Desafios do Marketing (2001)
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1. Aquisição - a aquisição encontra-se diretamente relacionada com a análise da demanda de mercado e do mercado-alvo: trata da probabilidade aferida pelos estrategistas em relação à aquisição do produto oferecido, por intermédio da ponderação do trabalho realizado com o composto mercadológico e sua eficiência. Ainda, trata da análise do custo de aquisição de cada cliente. Veja um exemplo1. 2. Retenção - a retenção diz respeito à manutenção do cliente ativo na organização, quando ele passa a adquirir o produto com uma certa freqüência. Tal freqüência será um indicador-marco que deverá ser previamente estabelecido pelo departamento de marketing e encontra-se diretamente relacionada com a análise do mercado inicialmente conquistado (na fase de aquisição). Da mesma forma observada na etapa anterior, essa fase prevê o ajuste de todas as estratégias mercadológicas para a fidelização do cliente na organização. Além dos fatores iniciais que levaram à primeira aquisição do produto, deverão ser monitorados o nível de satisfação dos clientes, suas expectativas em relação à proposta de valor apresentada (valor real e valor agregado) e suscetibilidade a variações econômicas que levem o cliente a adquirir um número maior ou menor de produtos (elasticidade de preço). Veja um exemplo2.
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Tela 23 |
3) Vendas Adicionais - nesse momento, é fundamental a diferenciação entre venda cruzada e venda casada: Diferença entre Venda Cruzada e Venda Casada
As vendas adicionais devem ser mensuradas pela resposta dos clientes às promoções direcionadas para a aquisição de produtos novos e/ou complementares aos inicialmente adquiridos. Veja um exemplo.
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Tela 24 |
Para Iacobucci (Desafios do Marketing, 2001), o customer equity trata da equação como parte da análise das medidas críticas (aquisição, retenção e taxas de venda adicional). A razão da existência de tal equação é proporcionar subsídios para que as oportunidades possam ser exploradas de acordo com a estratégia de marketing, considerando-se seu relacionamento com uma ou mais medidas da equação fundamental de customer equity. O modelo de customer equity prevê a análise da cadeia de valor agregado ao produto.
Para empresas
que tenham apenas um produto, as estratégias devem considerar o
modelo proposto como referencial para análise do desempenho geral
no mercado. Os níveis de controle serão bastante diferenciados entre as organizações: o que pode ser excelente para uma indústria de biscoitos pode ser bastante ruim para uma indústria farmacêutica. Da mesma forma, o número ideal de clientes retidos, por exemplo, em uma empresa prestadora de serviços de telefonia móvel pode ser muito acima do número ideal de clientes de uma marca específica de sabonete ou shampoo. Em outras palavras, estabelecer parâmetros fixos, sem a análise do setor específico da indústria e das particularidades de atuação de determinada organização, pode significar engessamento desnecessário para o alcance de resultados de mercado. Assim, não cabe apresentar fórmulas para o acompanhamento de cada uma das três fases fundamentais da chamada “equação de valor do cliente”, mas sim possibilitar a compreensão da análise do impacto do relacionamento com o cliente, em termos estratégicos, táticos e operacionais, para a melhor adequação do marketing. A decisão
de entrada em mercados deve considerar a capacidade de aquisição
de clientes a custos suficientemente baixos para que as vendas futuras
paguem os investimentos iniciais. Mas o mais importante é saber
se as empresas estão empregando, de forma apropriada, as estratégias
mercadológicas sobre as taxas de retenção para justificar
os custos iniciais de aquisição de clientes. Em geral, as
empresas não explicitam essas suposições em aquisição,
quando o deveriam fazer pela simples razão que justifica sua existência:
a necessidade de proatividade em relação ao estabelecimento
de estratégias e planos de ação, considerando-se
um ambiente cada vez mais competitivo. |
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Tela 25 |
O índice de competição deve ser constantemente reavaliado por meio de uma equação-padrão. À medida que os mercados amadurecem, a empresa perde naturalmente parte de sua capacidade de adquirir clientes aos mesmos custos de antes (mais concorrentes direcionando-se aos mesmos mercados) ou com a mesma taxa (a taxa diminui). Se houver compras repetidas associadas ao produto ou serviço, produtos ou serviços similares podem roubar os clientes atuais da organização, resultando no declínio das taxas de retenção. A empresa deverá traçar objetivos e planos de ação claros para diferentes objetivos, como, por exemplo, o aumento das vendas para os clientes existentes. Nesse caso, a análise de concorrência provavelmente apontaria para uma ação agressiva dos players existentes. Os concorrentes serão capazes de voltar-se a esses mesmos clientes e iniciar uma guerra de preços. O resultado de tais manobras é que as vendas adicionais podem ficar abaixo das projeções, resultando em um menor valor para o cliente. Estruturando a estratégia de marketing em termos dos parâmetros utilizados na equação fundamental de customer equity, possibilita às empresas a avaliação da sustentabilidade de suas estratégias e a análise de pontos vulneráveis. Os custos de aquisição, em relação à chegada de novos concorrentes ou à atuação acirrada dos já existentes, devem sempre levar ao questionamento dos resultados analíticos da equação: a empresa conseguirá sustentar um customer equity positivo? O que acontecerá com as taxas de retenção quando produtos similares são lançados no mercado? A organização pode desenvolver estratégias que lhe permita competir com as novas participantes ou os atuais players do mercado? Como a empresa se manifestará em termos das medidas relativas a cada uma das três fases previstas? A seguir, serão
exploradas as estratégias de definição de preço
competitivo – dando continuidade aos princípios básicos
de customer equity – e de consagração de
produto (a marca). |
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Tela 26 |
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- Sistema de aumento de valor para os clientes
Eric Almquist, Andy Pierce e César Paiva, vice-presidentes da Mercer Management Consulting, trouxeram uma importante contribuição a respeito da cadeia de valor em um artigo publicado na HSM Management em dezembro de 2002, intitulado “Um Sistema Dinâmico de Aumento de Valor”. Para que as empresas consigam atrair investidores, precisam se mostrar capazes de oferecer aquilo que os clientes querem e estão dispostos a pagar. Para oferecer tais produtos, bens ou serviços, um sistema de aumento de valor deve ser desenvolvido. Esse sistema segue, basicamente, as seguintes etapas:
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Tela 27 |
O Sistema como um todo está representado a seguir:
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Tela 28 |
Segundo os autores, o foco está na identificação dos clientes certos, na fixação de preços estratégicos, na concepção da marca e na experiência formada pela oferta de valor integrada.
O enfrentamento desse desafio somente será possível com a análise e o acompanhamento detalhado do mercado, denominada aqui como “teste e aprendizagem”. A experiência proporcionada, que pode ser observada no tópico Gerenciamento do Valor para o Cliente, já é auto-explicada pelo seu título: a experiência proporcionada. A elaboração da oferta do valor e preço possibilitará à organização a definição de sua base de atuação: como seu (s) produto (s) será percebido pelo mercado e, sobretudo, aceito em relação à análise da elasticidade de preços. A estratégia da marca trata da consolidação do produto em seu (s) mercado (s) pretendido (s): não existe um único caso na história do marketing de um produto que tenha sido reconhecido pelo seu nome (marca) sem antes ter experimentado, ao menos, um curto período de sucesso de mercado. Portanto, a marca reflete a consolidação ou não de todas as estratégias mercadológicas projetadas e realizadas. A elaboração da oferta do valor e preço, bem como a estratégia da marca, encontram-se intimamente relacionada com a definição de posicionamento estratégico de valor, que será tratada posteriormente em Estratégias de Diferenciação e Posicionamento.
Gerenciamento do sistema - deve ser gerido de forma a que todos os componentes funcionem harmoniosamente; por isso, o gestor deve ter grandes habilidades de marketing associadas à capacidade analítica apresentada pelo marketing. Atenção para um segredo: como as prioridades dos clientes mudam constantemente, as proposições de valor para eles também devem mudar. Assim, é preciso administrar ativamente esse sistema de aumento de valor para os clientes e isso se dá com uma atitude de testar e aprender. |
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Tela 29 |
| Resumo
A ferramenta customer equity diz respeito ao valor que o cliente tem para uma empresa hoje, em dez anos e enquanto a organização (e o cliente) existirem;
Princípios Aquisição – relaciona-se à
análise; Retenção - prevê
o ajuste de todas as estratégias mercadológicas para a fidelização
do cliente; Vendas São etapas do sistema de aumento de valor para os clientes:
Gerenciamento do sistema consiste na administração dos componentes para um funcionamento harmonioso. |
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