| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Principais Fórmulas de Mensuração de Demanda
As organizações têm se empenhado em estudar muito detalhadamente o mercado em que estão inseridas buscando consolidar-se no cenário empresarial. Assim, estão sendo desenvolvidas formas de se mensurar e analisar um mercado qualificado. A mensuração do mercado deve abranger não somente a análise do mercado atual, mas a análise do mercado futuro e a previsão da participação da empresa sobre ele. Para que isso se efetive, são utilizadas técnicas específicas. Vamos abordar
então o método de análise de desenvolvimento de mercado
e o método de análise do índice de múltiplos
fatores - técnicas mais utilizadas para mensuração
de demanda de mercado que são derivadas da fórmula básica
para previsão de demanda.
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Tela 2 |
A demanda total do mercado de um produto ou serviço é o volume total que será adquirido por um grupo definido de clientes, em uma área geográfica definida, durante um período definido, em um ambiente de marketing definido, sob um dado nível de esforço de marketing no setor.
O mais importante é que a demanda total não é um número fixo, mas sim uma função das condições em uma determinada situação.
em que:
Exemplo de Aplicação da fórmula clássica de mensuração de demanda: se 100 milhões de pessoas compram fitas cassete por ano, o comprador médio adquire 6 fitas por ano, o preço médio é de 10 reais então a demanda total será de 6 bilhões. |
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Tela 3 |
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1) Método de Desenvolvimento de Mercado - mais usado por firmas de produtos industriais - exige a identificação de todos os compradores em potencial em cada mercado e a estimativa de suas compras. Para melhor entendimento, esse método será analisado a partir de uma situação prática1. 2) Método de Índice de Múltiplos Fatores - empregado por firmas de bens de consumo - da mesma forma que foi estudado o método de desenvolvimento do mercado, o índice de múltiplos fatores (Kotler, 1999) também será analisado a partir de uma situação prática2. As associações comerciais e industriais costumam ter o total de vendas em cada setor. Apesar de elas não divulgarem a participação de cada empresa, estas podem calcular essa participação comparando o total de suas vendas com o total de vendas do setor. Atualmente, existe
uma série de veículos de comunicação que atua
como referenciadores de mercado, como por exemplo, a Revista Exame, que
publica anualmente uma edição especial chamada Maiores &
Melhores (que apresenta o ranking do mercado em diversos setores da indústria)
e a Gazeta Mercantil (que fornece análises de setores específicos
da indústria nacional e internacional). |
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Tela 4 |
É importante comparar o crescimento da demanda específica de uma empresa com o crescimento da demanda daquele setor. Existe uma enorme quantidade de informações secundárias, extremamente confiáveis, que podem ser utilizadas como parâmetros (indicadores externos) para o aperfeiçoamento dos processos organizacionais. A comparação possibilita a análise do perfil de crescimento, por exemplo, de uma empresa em específico em relação ao seu setor de atuação. Um bom exemplo seria o aumento nas vendas em 5% em um determinado ano em que o setor apresentasse um crescimento de 10%: a defasagem de 50% demonstra que a empresa está, nesse caso, perdendo sua posição relativa.
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Tela 5 |
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- Previsão de Demanda Futura
Para Kotler (1999), previsão é a arte de estimar a demanda futura antecipando o que os compradores irão, provavelmente, adquirir sob determinadas condições. A previsão de demandas futuras irá corroborar para os futuros objetivos estratégicos, uma vez que proporcionará um estudo de como o mercado se comportará em relação aos produtos e/ou serviços oferecidos.
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Tela 6 |
Outra maneira, segundo Lodish, Morgan e Kallianpur, professores da Universidade de Wharton, nos Estados Unidos (Empreendedorismo e Marketing, 2002), de se obter a informação mais válida de uma pessoa, é solicitar e receber um pedido para a compra do produto baseado na descrição do conceito. Também os chamados “testes prévios” são orientados para a obtenção de dados e recomendados quando não existe a possibilidade de sua execução de modo realista; assim, a informação mais válida passa a ser a intenção de compra - uma indicação da possibilidade de a pessoa adquirir o produto após ser exposta ao conceito. A escala usual empregada para classificar as intenções:
Contudo, vale dizer que é arriscado interpretar as intenções de compra de modo absoluto: os testes de mercado indicam propensão à compra e não tem por pretensão a confirmação de tal probabilidade. Mesmo no caso da resposta compraria com certeza, a cautela em relação à estruturação de estratégias mercadológicas deverá existir. Atualmente, em nossa realidade nacional, duas cidades têm sido privilegiadas – tanto para a realização de grupo focal quanto para a realização de beta-teste: Curitiba e Brasília porque apresentam:
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Tela 7 |
| Resumo
Existem diversas formas de estimativa de participação das organizações no mercado:
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 8 |
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Ilustração
clássica da Matriz de ANSOFF |
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- Mensuração da Demanda
Para que a mensuração de demanda possa ser realizada com sucesso, é fundamental que a organização proceda a análise de seus recursos internos em relação aos fatores ambientais externos, que será chamado, a partir desse momento, de Análise Macro-ambiental. Para que a empresa realize essa análise temos: 1) a Resource-based View of Firm, a RBV (Visão
Baseada nos Recursos da Firma), que trata da avaliação dos
recursos existentes e potenciais da organização; e 1) RBV - Resource-based View of Firm A análise da situação competitiva da empresa possibilita sua devida segmentação estratégica e, conseqüentemente, o seu real posicionamento de mercado.
A RBV prevê o tratamento dos recursos organizacionais de forma possibilitar à empresa uma vantagem competitiva sustentável através da correta compreensão de seus pontos fortes e fraquezas. Isto tem sido uma das prescrições básicas desde os desenvolvimentos de Andrews (Matriz de SWOT, 1971) e ANSOFF (1968). Este enfoque centrado na análise dos recursos estratégicos da empresa, apesar de ter sua origem nos anos 60 e 70, vem ganhando crescente destaque principalmente por unificar as principais abordagens anteriores fundamentadas em ferramentas de análise macro-ambiental. O problema da pesquisa
central na abordagem RBV consiste na compreensão das causas que
permitem a determinadas empresas sustentarem sistematicamente um desempenho
superior nos mercados em que atuam. |
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Tela 9 |
| A resposta
estaria não apenas em um adequado posicionamento no ambiente competitivo,
premissa central da proposta de Porter (1986), mas também no fato
de que estas empresas possuiriam recursos mais apropriados às demandas
destes mercados.
Assim, como princípio de base que permeia toda a sua construção teórica, essa abordagem visualiza diferentes empresas com diferentes recursos, tangíveis e intangíveis, que conduzem inevitavelmente a diferentes capacidades competitivas. Entretanto, o conjunto de recursos de uma empresa não é meramente uma lista de fatores, mas também o efeito de sua interação em maior ou menor complexidade. Assim, o seu valor estratégico reside não só na força de ligações individuais entre recursos, mas principalmente na malha que este conjunto de ligações forma. Não existem empresas iguais porque não existem duas empresas que tenham o mesmo conjunto de experiências, a mesma história, a mesma cultura organizacional ou os mesmos ativos e habilidades. Assim, as estratégias resultantes da análise dos recursos valiosos serão diferentes para cada organização.
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Tela 10 |
Como ponto de partida para a construção de uma perspectiva fundamentada na ferramenta de RBV, a partir da visualização da matriz acima apresentada, os recursos de uma empresa necessitam ser classificados ou categorizados. Eis algumas categorias possíveis:
Apresenta, ainda, dois grupos centrais:
Tomando como base
as várias tipologias e classificações apresentadas,
e seus respectivos relacionamentos, a identificação dos
fatores que conduzem um recurso a uma condição de valor
estratégico possibilita o alinhamento das estratégias organizacionais
e, conseqüentemente, às estratégias mercadológicas. |
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Tela 11 |
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- As RBV e as Três Forças Fundamentais de Mercado
A RBV trata, ainda, das três forças fundamentais de mercado, como poder ser observado na figura a seguir.
A identificação de recursos valiosos auxiliará a mensuração da demanda de forma direta: é impossível analisar um potencial de demanda, ou mesmo uma demanda verificada, sem ter uma real definição do escopo estratégico corporativo. A área de formação
de valor deverá atender a critérios de análise da
escassez – que trata do espaço disponível no mercado
–, análise do perfil da procura pelo produto/serviço
e capacidade de adequação dos recursos valiosos para viabilizar
a operação da empresa no mercado (preservação
de sua lucratividade). |
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Tela 12 |
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- A Arena Competitiva de Michael Porter Seguindo a mesma linha adotada para o relacionamento mensuração de demanda e análise de recursos estratégicos, a proposta de Michael Porter (1980/1990) é proporcionar uma matriz que, considerando a análise da organização em seu ambiente de negócios, trate dos relacionamentos que levem a empresa a um ganho ou a uma perda de oportunidade (análise de oportunidades e ameaças organizacionais competitivas).
A arena competitiva trata da análise do poder de barganha, por parte da empresa, em relação a cinco grandes grupos de influência:
Além das cinco forças competitivas, Porter propõe a análise de outras grandes três fontes de influência para a situação competitiva da empresa:
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Tela 13 |
| Assim,
a mensuração da demanda não pode, em momento algum,
desconsiderar a atuação (verificada ou pretendida) da organização
em seu ambiente competitivo; da mesma forma, a dinâmica do mercado
onde a organização atua deve ser analisada para que a demanda
possa ser devidamente aferida.
Retomando os principais indicadores para o processo de mensuração de demanda, e realizando uma análise cruzada com a importância do mapeamento macro-ambiental organizacional – aqui representado pelas ferramentas RBV e Arena Competitiva –, teremos, dentre outras correlações possíveis: RBV seria, então, uma ferramenta para mensurar a demanda com base nos recursos internos da empresa e considerando as influências externas? A RBV é uma ferramenta que auxilia a mensuração da demanda. Sua principal finalidade é analisar os recursos internos em relação aos externos (e vice-versa), de forma a possibilitar a identificação de recursos valiosos e a melhor alocação dos mesmos para potencializar os resultados de mercado. Da mesma forma que a RBV (Visão Baseada nos Recursos da Organização/Firma), a Arena Competitiva de Michael Porter tem por objetivo realizar a análise macro-ambiental para, a partir da ponderação dos fatores internos e externos, possibilitar a elaboração e a definição das estratégias de mercado. Ambas as ferramentas se propõem a finalidades semelhantes, podendo, ainda, ser utilizadas de forma complementar. A linha que separa o planejamento estratégico do marketing é bastante tênue; assim, a análise macro-ambiental, que pode ser realizada por intermédio da utilização de ferramentas como RBV e Arena Competitiva de Porter, representa a etapa predecessora fundamental a qualquer elaboração estratégica, quer seja em nível macro-organizacional (mais relacionada com planejamento estratégico), quer seja em nível de análise e exploração das oportunidades de marketing (planejamento estratégico de marketing). A área de formação de valor é o campo resultante da interseção entre as três forças fundamentais de mercado, resultando, dessa forma, no que a organização deverá explorar para ter sucesso com suas estratégias e mercado. Para que
se possa realizar, com propriedade, a Análise dos Recursos da Organização,
a partir da leitura de seus ativos estratégicos, há que
se considerar: 2. Análise das iniciativas de mercado, que contempla o comportamento de concorrentes, de agentes de influência (como Governo), análise do perfil sócio-econômico, político, dentre outros; 3. Análise do mercado e da volatilidade da demanda, que abrange o comportamento de consumo, o estudo de preferências, de deslocamento da curva da demanda, dentre outros fatores; e 4. Análise
do perfil de influência em relação a mudanças
tecnológicas e mudança do comportamento social (muitas vezes
com influência no ambiente econômico), que prevê o acompanhamento
das mudanças estruturais tecnológicas (exemplo do deslocamento
da máquina de escrever para o computador), que podem gerar, inclusive,
alteração do comportamento de oferta de produto (a redução
de tarifas aéreas é um bom exemplo: hoje muito, muito mais
pessoas voam que há uma década atrás; outro exemplo
é a mudança da forma de comunicação via web
- dentre outros). |
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Tela 14 |
| Resumo
Resourced-based View of Firm, a RBV (Visão Baseada nos Recursos da Firma) e a Arena Competitiva, de Michael Porter, são duas eficazes ferramentas que propiciam a análise macro-ambiental de uma empresa. RBV - Resource-based View of Firm - trata os recursos organizacionais para possibilitar à empresa uma vantagem competitiva sustentável compreendendo seus pontos fortes e fracos. Visão Geral da Matriz RBV (Collis and Montgomery, Harvard Business School) – essa matriz classifica os recursos em recursos físicos (plantas fabris e equipamentos); recursos humanos (equipe técnica e gerencial da empresa); e recursos organizacionais (rotinas que coordenam os recursos humanos e físicos de modo produtivo). Também apresentam os recursos tangíveis e intangíveis como dois grupos centrais. Tais classificações e seus relacionamentos auxiliam a identificação do que leva um recurso a chegar a uma condição de valor estratégico, o que possibilita o alinhamento das estratégias organizacionais às estratégias mercadológicas. As RBV e as Três Forças Fundamentais de Mercado: - trata-se da Escassez (espaço disponível no mercado), da Adequação (adequação dos recursos valiosos para viabilizar a operação da empresa no mercado - preservação de sua lucratividade) e da Demanda (procura pelo produto/serviço), áreas essas que se intersecionam. A interseção dessas três áreas gera a área de formação de valor, que deverá atender a critérios de análise da escassez, da adequação e da demanda.
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| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 15 |
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- Principais Fatores na Entrada em Mercados
Reflexões realizadas para a modernidade e a globalização instalada no mundo, têm obrigado as empresas, para continuar no mercado frente a frente com seus competidores, a se reestruturarem e procurarem novas técnicas e metodologias de gestão administrativas, com o objetivo de traduzir, em linguagem organizacional corrente, o conceito de excelência empresarial, que proporcione soluções aos desafios através de ações pragmáticas. E essa busca se inicia com a mensuração do perfil de demanda desejado. A previsão de demanda não pode ser representada por uma simples equação que resulte em um número esperado: ela está diretamente relacionada com toda a análise do perfil de atuação estratégica da organização. A mensuração da demanda, assim, deve considerar todos os aspectos relacionados com a entrada em novos mercados e, como conseqüência natural e direta, de suas respectivas barreiras existentes e potenciais. A análise das barreiras de entrada é mais uma ferramenta que deve ser utilizada para fundamentar o planejamento estratégico de marketing, com o objetivo principal de identificar espaços e potencialidades de mercado. Assim, esse instrumento de marketing será enfocado neste módulo. Uma das maiores autoridades mundiais em estratégia corporativa, Michael Porter, têm desenvolvido o conceito, através de observações de práticas de mercado, de análise da competitividade organizacional. Além de sua
grande contribuição com a Arena Competitiva
- que abrange o conceito das cinco forças competitivas para as
organizações -, desenvolveu uma tese sobre as principais
barreiras de entrada em mercados competitivos. |
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Tela 16 |
| A análise
das barreiras de entrada pode ser utilizada tanto para tentar prever o impacto
de novos competidores previstos para entrar em um determinado mercado no
qual a empresa atue de forma a tentar proteger ao máximo a empresa
com a utilização de estratégias que dificultem a entrada
de novos players, como para fornecer indicações à
empresa do grau de dificuldade a ser encontrado com a intenção
de entrada em um mercado específico.
As barreiras de entrada, oriundas da força “entrantes” (uma das cinco forças que influenciam a competitividade organizacional), abrangem seis aspectos básicos:
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Tela 17 |
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- Visão Estratégica e a Entrada de Mercado
Nenhum projeto pode ter a pretensão de ser absoluto e imutável. A própria dinâmica da estratégia empresarial deverá ser capaz de gerar novas necessidades e a flexibilidade deve ser a palavra-chave. O conceito de planejamento estratégico tem recebido grande contribuição com o advento da formulação de estratégias competitivas, cuja análise permite um melhor entendimento do mercado em que a empresa está inserida e possibilita a formulação de estratégias eficientes, que possam permitir o alcance de seus objetivos estratégicos e identificar vantagens competitivas para o seu negócio (ratificando a proposta apresentada por Harvard com a RBV). Estando acertada a razão de ser da empresa em sua missão, deve-se considerar, em seguida, a visão de futuro. A visão de futuro deve ser revista, de tempos em tempos, segundo Porter (1985), em razão da entrada de novos concorrentes no mercado, da ameaça sofrida pela colocação no mercado de novos ou revitalizados produtos e serviços substitutos, do poder de barganha dos clientes, do poder de barganha dos fornecedores e da rivalidade entre os concorrentes atuais (Cinco Forças Competitivas de Porter). A visão estratégica da organização deve ser revista à luz da satisfação das novas necessidades de seus clientes. Tudo o que a organização realiza, tudo o que planeja parte de um só princípio: o cliente é a alma da empresa. E em nenhuma empresa é diferente. Para que a empresa
possa investir de forma assertiva em função da satisfação
dos clientes e na qualidade do trabalho executado – procurando ser
cada vez melhor naquilo que se faz –, a mensuração
da demanda deverá considerar todos os fatores estratégicos
competitivos; assim, não se trata de uma análise imparcial,
e sim, de uma análise balizada em parâmetros pré-estabelecidos.
Nesse sentido, devem-se considerar os fatores internos da organização,
seus pontos fortes e seus pontos fracos, e os fatores externos, quais
sejam, ameaças e oportunidades (Swot). |
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Tela 18 |
| As estratégias
competitivas podem ser traduzidas em ações ofensivas ou defensivas
para enfrentar as cinco forças competitivas, obtendo-se a maximização
do retorno para a empresa.
Segundo Porter, dentro de uma indústria existem três abordagens estratégicas genéricas que possuem potencial para serem bem-sucedidas e que podem ser aplicadas separadamente ou de maneira combinada:
Esses aspectos serão abordados com uma maior profundidade na Unidade IV – Estratégias de Posicionamento e Diferenciação. Contudo, tal introdução é fundamental para a compreensão de todos os aspectos que permeiam a mensuração estratégica de demanda (presente ou futura). |
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Tela 19 |
As organizações estão obrigadas a procurar novas metodologias e técnicas de gestão para não sucumbirem à concorrência. E o tempo é uma vantagem-chave para a competição. As formas como as empresas líderes gerenciam o tempo na produção, no desenvolvimento e lançamento de novos produtos, em vendas e distribuição, representam as mais poderosas fontes de vantagem competitiva, segundo Stalk, Jr. George – Estratégia, a busca da vantagem competitiva (1999).
Sem dúvida alguma, a acentuada redução nos custos da tecnologia de sistemas de informação (força externa à arena competitiva – mudanças tecnológicas) permitiu que os sistemas de computadores se transferissem de sistemas de suporte às atividades de escritório para sistemas que oferecem vantagens competitivas significativas. Merecem destaque os sistemas de informações gerenciais, que são responsáveis pelo fornecimento de subsídios para o processo de tomada de decisão organizacional; tais sistemas ainda trabalham ativamente a questão do controle da demanda presente e futura, desejada e indesejada. A tecnologia proporcionou à organização um potencial para produzir novas ferramentas afiadas que possam gerar ganhos duradouros e efetivos em termos de participação no mercado. Segundo Clemons, Eric
K. (A Dinâmica da Estratégia Competitiva, 1999),
mudanças na tecnologia permitem o surgimento de novas estruturas
de preços e novos canais de distribuição. Essas mudanças
criam oportunidades significativas para novos entrantes, que aplicam a
tecnologia de informação e o marketing com base em banco
de dados para atrair os segmentos mais lucrativos das mãos dos
líderes para as suas. |
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Tela 20 |
São consideradas três razões para a vulnerabilidade das empresas líderes:
Desta forma, a tecnologia aplicada das organizações passa a ser um dos fatores mais importantes que determinarão sua sobrevivência, especialmente em indústrias muito competitivas e que rapidamente têm se ajustado a esta nova realidade empresarial.
Aquelas
empresas entrantes em um setor sempre trazem novas capacidades, desejo
de conquistar participação no mercado e recursos substanciais
não só em nível de recursos financeiros. Quando as
empresas entrantes esbarram numa barreira forte dos concorrentes já
existentes no mercado, não representam uma séria ameaça. |
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Tela 21 |
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- As Seis Barreiras de Entrada
Como já estudado antes, as barreiras de entrada contemplam seis aspectos. Vejamos cada uma deles:
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Tela 22 |
Por outro lado, há que se considerar, também alguns fatores como:
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Tela 23 |
| Resumo
A análise das barreiras de entrada, pode ser utilizada tanto para tentar prever o impacto de novos competidores que estão previstos para entrar em um determinado mercado onde a Empresa atue, de forma a tentar proteger ao máximo a empresa com a utilização de estratégias que dificultem a entrada de novos players, como para fornecer indicações à empresa do grau de dificuldade a ser encontrado com a intenção de entrada em um mercado específico. A mensuração da demanda, assim, deve considerar todos os aspectos relacionados com a entrada em novos mercados e, como consequência natural e direta, de suas respectivas barreiras existentes e potenciais. A previsão de demanda não pode ser representada por uma simples equação que resulte em um número esperado: ela está diretamente relacionada com toda a análise do perfil de atuação estratégica da organização. Portanto, trata de
mais uma ferramenta que deve ser utilizada para fundamentar o planejamento
estratégico de marketing, com o objetivo principal de identificar
espaços e potencialidades de mercado. |
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