| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Introdução Não
é novidade que as empresas, nos últimos tempos, lutam
para se manter no mercado. Para tanto, muitas delas se desdobram para
traçar estratégias que levem a elaboração
de produtos ou serviços inovadores e de vantagem competitiva.
As cúpulas administrativas das organizações se
conscientizaram de que a “velha e boa administração”
já não é suficiente. Deve haver evolução
na maneira de administrar. Daí as organizações
buscam soluções na Administração Estratégica. |
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Tela 2 |
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| O que se entende por administração? Vejamos o conceito a partir de dois teóricos. Para Stoner, administração é “(...) o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais para alcançar as soluções desejadas”. E para Bateman, administrar é “(...) o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais”.
Com o planejamento, o administrador procura:
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Tela 3 |
| Há três níveis de planejamento:
A origem do conceito de estratégia vincula-se ao conhecimento militar ou à “arte da guerra” (Banha, 1993). Pode-se dizer que, em sentido genérico, estratégia significa o “conjunto de meios ou recursos empregados para alcançar um fim ou objetivo”. No sentido militar, a estratégia pode ser entendida como a “arte ou ciência de canalizar forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota”. O conceito de estratégia foi apropriado pela teoria organizacional para definir o que, quanto e como uma organização alcança seus objetivos e metas, tendo em vista a sua posição no mercado ou a posição a ser alcançada nele. Atualmente, sua concepção confunde-se com a de programação a longo prazo. |
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Tela 4 |
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| 2 - Conceitos específicos fundamentais Os conceitos de Administração Estratégica, Planejamento Estratégico, e de termos deles decorrentes conduzem ao entendimento de que a:
Essa administração surgiu para pôr fim a um dos principais problemas apresentados pelo planejamento estratégico: a implementação. Os conceitos utilizados no planejamento estratégico, por consultores externos, isentavam os executivos das empresas da responsabilidade de sua implementação. A administração estratégica reúne planejamento estratégico e administração em único processo, assegurando a participação dos executivos de diretoria na tomada de decisões. Assim, a administração estratégica alia o planejamento estratégico à tomada de decisão operacional, em todos os níveis.
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Tela 5 |
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3 - Níveis e tipos de planejamento
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Tela 6 |
| 4 - Visão estratégica e mecanicista Visão estratégica – significa a visualização clara das aspirações da empresa e dos possíveis cenários futuros, como previsto pelos proprietários ou principais executivos da empresa, dentro de prazo mais longo que modela o amanhã da organização. A visão estratégica promove o delineamento do planejamento estratégico. Muitas vezes, não é a estratégia, o produto ou o gerenciamento inovador que diferencia a organização no seu nicho de mercado e sim a implementação da visão estratégica, bem como a forma de tal implementação.
Visão estratégica e visão mecanicista da organização - Ao mesmo tempo em que estabelece sua estratégia, a organização define uma espécie de “visão estratégica do seu negócio”. Essa visão influencia, de forma significativa, as tecnologias de gestão a serem utilizadas. Também implica em que a organização deixe de adotar modelos de gestão burocráticos ou mecanicistas em troca de postura estratégica ou inovadora. |
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Tela 7 |
| Principais fatores organizacionais
Missão – é a finalidade ampla ou o objetivo maior que engloba a contribuição (sem esquecer-se também da contribuição social) da organização, a partir das expectativas da sociedade e do mercado. Busca responder às seguintes questões: Qual o motivo de a empresa existir? O quê? Para quê? Onde? Com quem? Para quem?
Negócio – consiste nos tipos e na natureza de atividades em que a empresa concentra sua atenção. Objetivo - esse termo liga-se a tudo o que diz respeito à obtenção de um fim. Pode ser conceituado como o resultado futuro que a organização busca alcançar. Pode ser geral, interesse de toda a empresa, ou ser específico, se interessar a uma área da empresa. Daí resultam os objetivos funcionais de áreas específicas da empresa. Políticas - para Silveira Júnior & Vivacqua (1996) … “são orientações de ordem geral e têm como função subsidiar os administradores no processo de tomada de decisão”. As políticas procuram refletir e interpretar os objetivos e os desafios da organização para estabelecer limites ao planejamento estratégico. Diretrizes – balizam determinada política por constituírem as determinações necessárias ao sucesso da sua implementação. Apresentam o conjunto de necessidades para que uma política seja atendida no processo de tomada de decisões, em qualquer nível da empresa; explicitam o que a organização deve ter para viabilizar relações adequadas com seus ambientes externo e interno. |
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Tela 8 |
| Diretriz estratégica é:
Plano
Estratégico – é o resultado final do processo
de planejamento estratégico. Por intermédio do plano estratégico,
a organização sistematiza as informações relativas
ao diagnóstico realizado, às decisões adotadas etc.
Projeto - a implantação do Plano Estratégico implica em mudanças na organização. Um dos mecanismos para implementar mudanças organizacionais é o projeto. Do ponto de vista administrativo, um projeto pode ser entendido como conjunto de recursos organizacionais (humanos, físicos, financeiros e informacionais), reunidos para realizar determinadas ações, de forma sequencial e interdependente, visando alcançar objetivos e metas específicos, em prazo determinado. |
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Tela 9 |
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| 5 - Filosofias do planejamento Filosofias de planejamento são pressupostos nos quais se fundamentam os procedimentos para o planejamento. Ackoff (1974) indica três tipos de filosofias de planejamento:
Apesar de, geralmente, haver certa mistura das filosofias, poderá existir a predominância de uma delas.
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Tela 10 |
Foram desenvolvidos modelos úteis para as decisões nas empresas como tamanho e localização da fábrica, distribuição de produtos, substituição de equipamentos etc. Os objetivos são formulados em termos quantitativos, porquanto reduzidos a uma escala comum (monetária) e combinados a uma medida geral e ampla de desempenho. Isso ocorre porque o planejador tende a não considerar os objetivos não quantificáveis, pois eles não poderão ser incorporados em um modelo a ser otimizado. Há uma busca pela otimização do processo decisório; por isso, o planejador procura conduzir todo o processo de planejamento por meio de modelos matemáticos otimizados.
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Tela 11 |
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| Filosofia
da adaptação (ou planejamento inovativo ou homeostase)
Supõe que:
Ao enfrentar situação de desequilíbrio, a empresa pode responder de diferentes formas aos estímulos externos. A resposta pode ser passiva, antecipatória (adaptativa) ou autoestimulada. Veja-se o quadro a seguir: Tipos de respostas organizacionais aos estímulos externos (Ackoff, 1974)
Vantagem da filosofia da adaptação: aplicada ao processo de planejamento estratégico, ela poderá facilitar o posterior desenvolvimento e a implementação da melhoria dos processos organizacionais. |
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Tela 12 |
| Resumo
Administração Estratégica, vertente atual, é
necessária a qualquer empresa que pretenda apresentar vantagem
competitiva. Ela surgiu com o propósito de eliminar os problemas
existentes na etapa da implementação do planejamento estratégico. O significado dos termos - missão (o motivo de a empresa existir), negócio (atividades de interesse), objetivos (o que a empresa espera alcançar), políticas (orientações gerais para a tomada de decisão), diretrizes (balizamento das políticas), plano estratégico (sistematização das informações do planejamento estratégico) e projeto (conjunto de recursos organizacionais, interdependentes, voltados para atingir objetivos/metas específicas, em determinado tempo) – deve ser plenamente observado no planejamento operacional. |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 13 |
| 1 - Introdução As transformações econômicas, tecnológicas e sociais que ocorrem no mundo moderno exigem, das organizações, níveis crescentes de competência para administrar o processo de mudança, inovar e incorporar inovações tecnológicas. Isso torna as organizações competitivas, condição para manterem-se no mercado. A necessidade de alcançar e manter a competitividade tem levado as empresas, cada vez mais, a utilizarem os conceitos e as técnicas de planejamento. A especificação do Planejamento Estratégico é defendida como um caminho apropriado para as organizações conquistarem administração mais eficiente.
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Tela 14 |
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- Conceitos e dimensões de planejamento
Planejamento é o processo de estabelecimento de um cenário desejado e um delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade. É ainda um processo contínuo que a empresa executa independentemente da vontade do administrador. Por isso o planejamento é a fase que antecede a decisão e da ação.
De acordo com Peter Drucker, é mais fácil conceituar planejamento pelo que ele não é, do que pelo que ele é:
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Tela 15 |
| Entendido
como processo, o planejamento pode ser visualizado como um conjunto de etapas
que compreende: (1) avaliação do contexto; (2) definição de objetivos; (3) definição dos meios de execução; (4) definição dos meios de controle; (5) implementação; (6) acompanhamento; (7) avaliação. Dimensões do planejamento – Steiner (1969:12) estabelece cinco dimensões do planejamento, não excludentes entre si e nem claramente separadas:
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Tela 16 |
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- Princípios e partes do planejamento
Princípios gerais – 1) Princípio da contribuição aos objetivos; 2) Princípio da precedência; 3) Princípio da maior penetração e abrangência; e 4) Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade.
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Tela 17 |
Princípios específicos - Há quatro princípios de planejamento que podem ser considerados específicos. 1) Participativo; 2) Coordenado; 3) Integrado e 4) Permanente (Ackoff, 1974).
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Tela 18 |
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Partes do planejamento - apresentam cinco partes a serem consideradas em qualquer planejamento (Ackoff: 1974):
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Tela 19 |
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- Enfoque sistêmico do planejamento
A empresa como sistema. O planejamento estratégico deve tratar a empresa em relação ao seu ambiente, de forma sistêmica. Por isso, é importante que o executivo e o planejador responsável conheçam alguns aspectos da Teoria de Sistemas. Um sistema é formado pelos seguintes componentes:
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Tela 20 |
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De forma gráfica, a Teoria dos Sistemas pode ser representada conforme a figura abaixo.
Diante desses elementos, verifica-se que a organização é um sistema aberto que recebe energia na forma de insumos do meio ambiente (mercado de fatores), como mão de obra, conhecimentos, informações, materiais e equipamentos, recursos financeiros e demandas da clientela. Tais insumos são “transformados” pela organização que devolve ao meio ambiente (mercado de consumidores) novas tecnologias, produtos e serviços, conforme mostra o diagrama da página seguinte.
Ao se tratar as organizações como sistemas abertos, Von Bertalanffy (1972) diz que dois conceitos, o de equifinalidade e o de entropia negativa, facilitam o entendimento da empresa como sistema aberto e sua interação com o ambiente. |
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Tela 21 |
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Os aspectos podem facilitar o entendimento de uma das características dos sistemas abertos. Ou seja, é a tendência à diferenciação, em que configurações globais são substituídas por funções mais especializadas, hierarquizadas e altamente diferenciadas (Katz & Kahn:1973). O
conceito de adaptação pode ser definido como a
resposta a qualquer mudança
(estímulo). Entretanto,
a empresa pode passar pela heterostase,
o que pode explicar a entropia negativa, os processos de crescimento,
a diversificação, dentre outros. Como são estabelecidos
novos níveis de equilíbrio, novos objetivos serão
definidos pela empresa. O conceito de informação é importante porque está ligada à redução de incerteza que se tem sobre o ambiente. No caso do planejamento estratégico, a informação ajudará a escolher o tipo de postura que a empresa terá com o ambiente. A relação de troca externa de um sistema aberto (a empresa) com o seu ambiente externo acontece por meio de matéria, energia e informação. O fluxo desses elementos, entre dois sistemas, é possibilitado pelos seus canais de comunicação (interação).
Considerando o controle exercido, Fleury (1974) indica quatro alternativas de adaptação: |
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Tela 22 |
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Tela 23 |
5 - Obstáculos do planejamento
A velocidade das transformações econômicas e tecnológicas, por exemplo, mesmo enquanto exige das empresas uma “ação planejada”, cria dificuldades para a formulação de um planejamento adequado. O nível de interferência do governo na economia pode apresentar-se como fator dificultador para o planejamento, na medida em que obriga o administrador a mudar os seus planos em velocidade que pode ser maior do que a possibilidade de a organização modificar-se. Também há fatores econômicos conjunturais, como a inflação, o balanço de pagamentos, a recessão econômica que interferem no processo de planejamento. É importante mencionar o processo de envelhecimento ou de enrijecimento burocrático para o qual tendem as organizações que apresentam acomodação do seu pessoal de cúpula, a rotinização e a perda da capacidade de inovar. Por vezes, o planejamento pode ser uma situação paradoxal, pois é função que requer condições (técnicas, de informação, organização, pesquisa e pessoal técnico) nem sempre disponíveis na escala adequada. |
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Tela 24 |
Resumo O planejamento
traça uma situação empresarial futura almejada e
demarca os meios para concretizá-la. Por ser executado de maneira
organizacional, independente dos desejos dos administrados. A fase do
planejamento antecede a decisão e a ação. |
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 25 |
| Diante da instabilidade dos contextos de mercados empresariais, os responsáveis por organizações já compreenderam que simplesmente planejar, a longo prazo, não leva a empresa ao estado desejado, nem gera diferencial competitivo. Na busca por essa vantagem competitiva e pela concretização de uma administração estratégica eficiente, efetiva e eficaz, é preciso que o planejamento estratégico de cada organização seja elaborado, implementado, avaliado e readequado, se necessário for. 1 - Os
níveis de planejamento e suas especificidades
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Tela 26 |
| 2 - Diferenciação entre os níveis estratégico e tático Como não há diferença marcante entre os dois níveis, distingui-los não é trabalho fácil; mas é necessário.
O planejamento de longo prazo tradicional trabalha com nítida estratégia programada no tempo, considerando os recursos e o fluxo de fundos, sempre havendo o consenso da alta administração da empresa. É elaborado por alguma unidade organizacional, sendo apenas ampliação do desempenho passado apresentado numericamente.
O planejamento estratégico possui duas dimensões operacionais:
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Tela 27 |
| 3 - Processo de elaboração do planejamento estratégico Para iniciar-se a construção do planejamento estratégico, é preciso pensar sobre o que a empresa pode fazer, em relação ao ambiente externo; o que a empresa é capaz de fazer, em relação à competição; o que deve fazer, consideradas as restrições sociais e éticas e o que a alta administração da empresa quer fazer, consideradas as expectativas pessoais e grupais.
Metodologia de elaboração - Não existe receita para todas as organizações elaborarem sua estratégia organizacional. A metodologia adequada às características da organização, que leve em conta sua cultura e seus valores, é um dos pontos-chave de sucesso do processo. Para Silveira, Jr. & Vivacqua (1996), as empresas têm três tipos de metodologia: 1) primeiro define-se “aonde a empresa quer chegar” e depois se estabelece “como ela está para chegar à situação desejada”; ou 2) primeiro define “como está” e depois estabelece “aonde quer chegar”; ou 3) define “aonde quer chegar” juntamente com o “como está para chegar lá”.
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Tela 28 |
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| Etapas do processo de elaboração do planejamento estratégico: Etapa 1 – Realização do diagnóstico estratégico: a partir da definição da visão da empresa, faz-se a análise ambiental interna (avaliação de seus pontos fortes e fracos) e a análise ambiental externa à empresa (avaliação das ameaças e oportunidades). Etapa 2 – Definição da missão empresarial (composta também pela análise de cenários e opção de postura estratégica). Etapa
3 – Estabelecimento de objetivos, desafios e metas; escolha
do(s) tipo(s) de estratégia(s) a ser(em) adotada(s); (re)definição
de políticas e diretrizes; elaboração de projetos
e planos de ação; previsão orçamentária. |
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Tela 29 |
| Princípios básicos a serem seguidos na elaboração do planejamento estratégico
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Tela 30 |
| Erros mais comuns no processo de planejamento estratégico. O planejamento
estratégico não está livre de problemas e erros.
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Tela 31 |
| O que a empresa espera de planejamento estratégico?
A empresa espera:
A finalidade
precípua do planejamento estratégico é oferecer um
“norte” à organização, no sentido de
garantir a sua sustentabilidade.
O planejamento estratégico deverá apresentar os seguintes produtos finais:
Quadro síntese do planejamento estratégico
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Tela 32 |
| Resumo
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