| Unidade 2 | Módulo 5 | Tela 1 |
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| 1 - Políticas empresariais Para Bethlem, o termo “política”, derivado do grego politikós, é frequentemente traduzido pelos termos em inglês politics, e policy. Entretanto, na Língua Portuguesa não há termos que distingam tais palavras. A distinção dos termos, em inglês, tem gerado discussões. As organizações adotam políticas conforme sua filosofia, objetivos e procedimentos. Diretriz administrativa e política não têm os mesmos conceitos. Política diz respeito à ciência; a expressão diretriz administrativa relaciona-se com a política inerente à administração de empresas. Considera-se diretriz administrativa como política da alta administração (nível estratégico), e a política como orientações de uso mais restrito (ao nível operacional). De forma mais ampla, as políticas são guias ou orientações facilitadoras da tomada de decisão. As políticas empresariais procuram:
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Tela 2 |
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| 2
- Tipos de políticas
Oliveira (2001) classifica as políticas como: Conforme o modo de divulgação, as políticas podem ser:
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Tela 3 |
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Por exemplo (OLIVEIRA, 1999): “Nossa prioridade é encurtar o tempo entre o fato e sua transformação em notícia (de um jornal)”. |
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As políticas
ainda podem ser classificadas em gerais e específicas.
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Tela 4 |
| Características das políticas:
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Tela 5 |
| 3 - Projeto organizacional
O projeto é considerado uma resposta organizacional a determinados desafios que exijam esforços de várias de suas unidades funcionais e um dos instrumentos mais efetivos e utilizados para implementar mudanças organizacionais. O projeto refere-se a um trabalho que estipula o prazo de início e término das ações/atividades, o coordenador responsável e o resultado final esperado para onde serão dirigidos os recursos necessários ao seu desenvolvimento. Para se elaborar projeto adequado, é importante conhecer e distinguir as definições de atividades, subprojetos, programa, administração de projeto e plano de ação (Oliveira, 2001 e Vargas, 2002):
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Tela 6 |
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| São elementos que compõem o projeto: a) título - é o menor resumo do projeto e deve expressar os aspectos essenciais do problema ou da demanda. Não deve ser muito extenso (dificulta o registro do projeto) nem curto demais (não consegue exprimir a ideia principal do projeto); b) resumo
- deve registrar, de forma sucinta e completa, os pontos mais importantes
do projeto, a descrição e a extensão do problema
ou da demanda, os objetivos e a metodologia;
d)
objetivos e metas - devem indicar o propósito
a ser alcançado, buscando encontrar respostas para questões
relevantes do problema a ser resolvido ou da demanda a ser atendida.
As metas representam a quantificação dos objetivos, de
forma a torná-los mensuráveis, e requer um prazo definido
para ser alcançada. O prazo de cada meta poderá ser utilizado
como indicador de desempenho na fase de avaliação do projeto; |
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Tela 7 |
Algumas
ações contribuem para o sucesso de um projeto:
Outras situações contribuem para o insucesso de um projeto: Segundo Vargas (2002), muitas falhas dos projetos são decorrentes de obstáculos naturais ou externos que não são controlados pela organização e que podem ser minimizados ou evitados, por meio de um gerenciamento de riscos eficiente.
A adequada interligação entre os projetos e os planos de ação representa um dos aspectos mais importantes para uma interação dos planejamentos estratégico e tático com o planejamento operacional e com a estrutura organizacional. A interação
é fundamental, visto que os projetos estão voltados para
a estruturação e alocação de recursos direcionados
para a obtenção de resultados específicos, e os planos
de ação para as áreas específicas (recursos
humanos, tecnologia, marketing, informática, logística)
identificadas por meio das atividades de cada projeto. |
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Tela 8 |
4 - Controle e avaliação
O controle pode ser entendido como o acompanhamento periódico, o direcionamento e a orientação, sistematizados por padrões e critérios de desempenhos, que a organização dispensa ao processo, facilitando e norteando a análise das ações executadas e dos objetivos preestabelecidos. Tem o objetivo de acompanhar o desempenho do sistema organizacional, comparando as situações alcançadas e as previstas, principalmente quanto aos objetivos e desafios, e a avaliação das estratégias e políticas empresariais estabelecidas. Também busca localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. |
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Tela 9 |
Por essas definições, compreende-se o termo “avaliação” com o significado de “dar valor”, remetendo ao conceito de juízo. Tal conceito pode ser vinculado a uma postura gerencial que busca se instrumentalizar para a tomada de consciência que revela situações e condições empresariais. Os instrumentos de avaliação devem ser também ferramentas de valorização, já que “valor” é a raiz comum das duas palavras. Oliveira (2001) define Função controle e avaliação:
Todo o trabalho pode ter suas ações controladas e avaliadas dentro dos parâmetros estabelecidos no planejamento estratégico, evitando desvios e corrigindo falhas a tempo.
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Tela 10 |
Podemos
identificar as seguintes finalidades da função controle e
avaliação:
Veja o quadro seguinte sobre as características das informações a serem analisadas:
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Tela 11 |
| São
fases do processo de controle e avaliação:
1ª) Padrões de medida e avaliação – os padrões são os parâmetros de comparação dos resultados almejados. São estabelecidos a partir dos objetivos, das metas, das estratégias, das políticas, dos projetos, das normas e dos procedimentos; 2ª) Medida dos desempenhos apresentados – estabelece como e o que medir e selecionar, considerando critérios de quantidade, qualidade e tempo; 3ª)
Comparação do realizado com o esperado - essa comparação,
por meio de critérios, busca identificar os vários usuários
das comparações estabelecidas. Algumas situações
de desvios podem surgir diante das comparações: se o desvio
estiver dentro das fronteiras do esperado, o executivo não deve
preocupar-se; se o desvio excede um pouco as fronteiras do esperado, o
executivo, apesar de continuar sua ação, deverá fazer
alguns ajustes dentro do que era esperado ou possível de ser esperado
acontecer; mas se o desvio excede muito as fronteiras do esperado, é
preciso interromper as ações até que as causas sejam
identificadas;
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Tela 12 |
Os níveis
de controle e avaliação seguem os tipos de planejamento, ou
seja:
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Tela 13 |
| 5
- Verificação da consistência
Quando o planejamento estratégico está praticamente elaborado, faz-se a análise da consistência da empresa antes de implantar a estratégia.
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Tela 14 |
Muitas resistências ocorrem porque o planejamento, ao considerar a empresa como um todo e de maneira sistêmica, pode criar situações em que falhas numa área repercutem diretamente em outras áreas da empresa. Também a falta de conhecimento do funcionamento do controle, a existência de controles inadequados, a realização de avaliações incorretas e a adoção de procedimentos corretivos com críticas pessoais podem levar as pessoas a resistirem ao controle e à avaliação, tornando esse processo em algo assustador.
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Tela 15 |
| Resumo
Após fixar missão, negócio, objetivos, desafios e estratégias, define-se a política, traçam-se as diretrizes, identificam-se os projetos e os planos de ação. Depois, elabora-se a etapa que realizará o controle e a avaliação do planejamento estratégico. Diretrizes e políticas administrativas diferem: as Diretrizes
representam o conjunto das grandes orientações da empresa
(objetivos, estratégias e políticas); e as Políticas
são parâmetros ou orientações que facilitam
a tomada de decisões pelo executivo. As
políticas podem se dividir em gerais (representam
princípios ou leis gerais fundamentadas na filosofia básica
de atuação da empresa) e específicas
(representam os princípios e leis que devem ser respeitados por
uma área específica da empresa).
Características
das políticas: flexibilidade;
abrangência; coordenação e ética.
Projeto: trabalho que define datas de início e término dos procedimentos; o coordenador responsável, o resultado final predeterminado, no qual são alocados os recursos necessários ao seu desenvolvimento. Qualquer projeto apresenta as fases de caracterização e de execução. O papel do controle e da avaliação é acompanhar
o desempenho do sistema, por meio da comparação entre as
situações alcançadas e as previstas; também
buscam assegurar que o desempenho real alcance os padrões estabelecidos. A função controle e avaliação apresenta quatro fases: 1) padrões de medida e avaliação; 2) medida dos desempenhos apresentados; 3) comparação do realizado com o esperado; 4) ação corretiva. Percorridas
todas as etapas é preciso, ainda, que se verifique a consistência
do planejamento estratégico, analisando a consistência interna/externa;
os riscos envolvidos; horizonte de tempo e a sua praticabilidade. |
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| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 16 |
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| 1
- Entendendo modelos de gestão O modelo de gestão procura focalizar os esforços da empresa nas chamadas competências essenciais e nos objetivos estratégicos mais importantes para os quais deve dirigir atenção e recursos, criando as bases da gestão estratégica. O modelo traduz a visão e a estratégia, em conjunto de objetivos estratégicos e respectivas medidas de desempenho, que serve de base à gestão estratégica. Os objetivos e os indicadores de desempenho utilizados não se limitam a conjunto aleatório de medidas. Eles derivam de processo hierárquico do tipo top-down (de cima para baixo, na estrutura hierárquica da empresa), orientado pela missão e visão e são, finalmente, convertidos em objetivos e medidas tangíveis. O modelo de gestão possibilita monitoramento e ajuste na implementação da estratégia, por meio das respectivas medidas de desempenho, o que poderá ocasionar mudanças na própria estratégia. Vincula as metas institucionais às metas pessoais, criando entendimento e comprometimento dos empregados e gerentes. O modelo é construído por meio de processo sistemático que implica consenso e clareza sobre como traduzir a missão e a visão em objetivos e indicadores de desempenho. O modelo de gestão é composto de:
A figura representa o Modelo de gestão com os seus componentes.
Veja
os exemplos de visão,
missão,
tema
e objetivos
estratégicos de uma empresa. |
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Tela 17 |
| Modelo
de Gestão Estratégica - O MGE deve
ser visto como instrumento que propicia nova maneira de gerenciar o negócio
da empresa e não somente melhoria do sistema de medição
de desempenho da organização. O propósito MGE não
é desenvolver novo conjunto de medidas. Os indicadores, a maneira
como descrever resultados e metas são, de fato, poderosa ferramenta
de motivação e avaliação. Mas a estrutura de
indicadores no MGE deve ser implantada visando a desenvolver novo sistema
gerencial para a Empresa. A distinção entre sistema de indicadores e gerencial é sutil, porém crucial. O sistema de indicadores deve ser apenas o meio para alcançar-se determinada meta; o sistema de gestão estratégica para ajudar os executivos e dirigentes a implementar e obter feedback sobre sua estratégia. A estrutura de indicadores do MGE deve ter o propósito de produzir mudanças organizacionais a longo prazo. A construção e implantação do MGE se inserem no movimento mais amplo de mudança organizacional planejada. Esse Modelo faz parte de um esforço de direcionamento da gestão da empresa, de forma a comunicar a estratégia por toda a organização, alinhar objetivos e metas com a estratégia e conduzir revisões visando à melhoria na sua performance, e busca operacionalizar os objetivos e as metas definidos no Plano Diretor da Empresa. O referido Modelo traduz a visão e a estratégia num conjunto de objetivos estratégicos, com seus respectivos indicadores de desempenho, que servem de base para a gestão estratégica.
As empresas
devem utilizar sistemas de gestão e medição de desempenho,
derivados de suas estratégias e competências. Essa avaliação
não deve tomar por base somente as medidas financeiras no relacionamento
com clientes e competências essenciais. Preserva, sim, os indicadores
financeiros como a síntese final do desempenho gerencial e organizacional,
mas também incorpora um conjunto de medidas mais genérico
e integrado sob a ótica dos clientes, processos internos, empregados
e sistemas ao sucesso financeiro a longo prazo. O MGE traduz a visão
e a estratégia da empresa em objetivos e num conjunto de medidas
de desempenho organizadas, conforme se observa na figura abaixo (Kaplan,
1997). |
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Tela 18 |
O Balanced Scorecard fornece a estrutura necessária para a tradução da estratégia em termos operacionais
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Tela 19 |
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| O Modelo
de gestão estratégica prevê que, após
o estabelecimento da missão, da visão e das perspectivas,
se passe para a fase de definição dos temas estratégicos.
A partir deles, os objetivos estratégicos são delineados sob
as quatro perspectivas de Kaplan. Os objetivos estratégicos e as
iniciativas representam o conjunto de metas e ações com plano
de implantação elaborados.
As definições determinam o direcionamento estratégico. Após traçado o direcionamento, definem-se os indicadores de desempenho para avaliar a performance. Em seguida, o Plano de Ação Estratégico - PAE como meio de operacionalizar as iniciativas para os respectivos objetivos estratégicos. O MGE e a metodologia do Balance Scorecard - BSC Como as atividades, os processos e os programas gerenciais passam a envolver investimentos em relacionamento, tecnologias e capacidades que não poderiam ser avaliadas segundo modelo financeiro de custos históricos; é importante a adoção de um sistema de gestão nos moldes como o apregoado Balanced Scorecard - BSC. Ele dá atenção aos resultados financeiros de curto prazo, mas também reconhece o valor da construção de ativos intangíveis e capacidades competitivas.
Ao identificar os
objetivos mais importantes, para os quais a empresa deve dirigir atenção
e recursos, o MGE cria as bases de um sistema de gestão estratégica,
a fim de ordenar temas organizacionais, informações de um
conjunto de processos gerenciais críticos. Cada componente, em
tal sistema de gestão estratégica, pode ser associado às
metas estratégicas. Os objetivos
para os clientes, para os processos internos e para os empregados são
articulados para alcançar o desempenho financeiro no longo prazo.
As metas, as equipes e os indivíduos são alinhados à
realização do desempenho estratégico. As alocações
de recursos, as iniciativas estratégicas e os orçamentos
anuais são orientados pela estratégia. E as análises
passam a constituir oportunidades para o feedback e o aprendizado relacionados
à estratégia. |
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Tela 20 |
2 - Construindo o MGE
A metodologia prevê que os empregados sejam incentivados a sugerir formas pelas quais a visão e a estratégia possam ser alcançadas. Isso lhes permite o engajamento no futuro da empresa e encoraja-os a participar da formulação e implementação dessa estratégia. Uma equipe executiva
encarrega-se da formulação, da implantação
do Modelo e também da tarefa de compartilhar o processo com todo
o grupo funcional, no momento da implantação, em cada Unidade.
Com a compreensão dos objetivos estratégicos e suas iniciativas,
os esforços e ações da empresa se alinham aos processos
necessários. Nesses, a cada indivíduo cabe atuação
específica, sugerindo a realização dos objetivos.
A necessidade da comunicação da implantação
do Modelo serve para aumentar a compreensão que cada qual na empresa
tem da estratégia e da motivação, para assim agir
no intuito de alcançar os objetivos estratégicos. |
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Tela 21 |
Mas,
como tudo começa? Um bom Scorecard deve ser capaz de integrar as medidas de resultados (indicadores) com os vetores de desempenho (que refletem as estratégias, indicadores de tendência = o que deve ser feito hoje para criar valor no futuro), por meio de várias relações de causa e efeito, do tipo “se - então”. Isso possibilita raciocínio sistêmico dinâmico, permitindo que os indivíduos, nos diversos setores, compreendam como as peças se encaixam e como o seu papel influencia o de outras pessoas, além de facilitar a definição dos vetores de desempenho e as iniciativas correlatas que medem e alimentam a mudança. Enfim, essa abordagem facilita o aprendizado em equipe.
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Tela 22 |
Abaixo estão as grandes fases da construção do MGE:
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Tela 23 |
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Tela 24 |
4 - Reunião de revisão estratégica (Acompanhamento)
A reunião formal e periódica de revisão estratégica desempenha papel fundamental no processo de aprendizado estratégico da equipe executiva. A maior parte das reuniões focaliza as questões operacionais, não estratégicas. A análise de questões operacionais, embora com foco de curto prazo, frequentemente identifica questões que causarão impacto de longo prazo, sendo incluídas na agenda da revisão estratégica trimestral. De forma semelhante, durante a revisão estratégica, questões que exijam melhor execução em nível operacional podem ser incluídas na agenda mensal das reuniões operacionais. A reunião deve examinar se questões relacionadas a implicações estratégicas de longo prazo (como a criação de comprometimento organizacional mais forte com a qualidade, demandas da clientela, novos mercados, satisfação da clientela, lançamentos de novas tecnologias e competências dos empregados) continuam coerentes com o plano estratégico. E, ainda, se os recursos adequados continuam sendo alocados à realização do plano estratégico. Deve ser organizada sob a forma de análise de desempenho ampla e equilibrada. A discussão focaliza a estratégia, no sentido de avaliar se a mesma está alcançando seus objetivos de curto prazo, se os de longo prazo serão realizados e se é necessário fazer modificações na estratégia. As revisões devem focalizar mais as medidas em que haja disponibilidade de dados; porém, a falta de dados para uma medida não deve impedir a revisão. A ausência de indicadores deve motivar o desenvolvimento de um plano para obter dados, pois a falta de dados indica a inexistência de processo gerencial adequado. É preciso reunir-se
com funcionários de setores diversos, identificados aleatoriamente,
no intuito de determinar o nível de conscientização
e difusão do programa. Depois, então, a equipe apresenta
avaliação independente e objetiva da estrutura e do processo
do Scorecard. A revisão deve permitir que os gerentes
não se envolvam na rotina diária e mensal e possam refletir
sobre as questões estratégicas. A análise ajuda a
transferir as melhores práticas de uma ação à
outra. |
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Tela 25 |
Os mecanismos de análise de correlação, jogo gerencial e análise situacional, relatórios verbais e revisões de iniciativas estratégicas permitem que uma organização analise e pense regularmente sobre suas direções estratégicas. Os desvios do desempenho planejado não são usados para caçar bruxas nem para atribuir culpas ou responsabilidade; eles devem ser tratados como oportunidades para aprender. A discrepância entre o desempenho real e o planejado estimula os executivos a discutirem a validade de suas hipóteses. |
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Tela 26 |
| 5
- Barreiras à implantação da estratégia
Criam-se barreiras aos sistemas tradicionais, nas seguintes situações: • quando
não se consegue traduzir a visão e a estratégia de
forma compreensível e factível. As divergências
entre a maneira como a missão/visão resultam em ações.
A consequência é a fragmentação e subotimização
das iniciativas não integrativas;
Quando os indivíduos compreendem as metas de longo prazo, assim como as estratégias para alcançá-las, os esforços e as iniciativas se alinham aos processos necessários de transformação da realidade organizacional rumo ao alcance da visão (comprometimento). Estabelecidas as metas para as perspectivas, os gerentes de cada objetivo poderão avaliar se as iniciativas permitirão atingir os ambiciosos objetivos, ou se novas iniciativas serão necessárias. Finalmente, a institucionalização
de processo destinado a coletar dados para o indicador leva a empresa
a desenvolver iniciativas estratégicas, a fim reunir informações
relevantes e facilitar o melhor gerenciamento de processo interno crítico. |
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Tela 27 |
| Resumo O modelo de gestão procura focalizar os esforços da empresa nas chamadas competências essenciais e nos objetivos estratégicos mais importantes. A organização deve dirigir atenção e recursos, criando as bases da gestão estratégica, composta pelo Modelo de Gestão Estratégica - MGE, pela Gestão de Processo e pelo Modelo Organizacional. A Gestão Estratégica tem por objetivo definir a missão (razão de ser da empresa), a visão (desejo futuro da empresa), os temas (sérias intenções a serem perseguidas), os objetivos e as iniciativas (ações para se alcançarem os objetivos estratégicos) e as perspectivas (características do conteúdo estratégico). A gestão por processo organiza o trabalho com o enfoque sistêmico. Isso envolve uma mudança das partes para o todo, da percepção dos objetos para as relações (interdependência entre fornecedores, executores e clientes) das estruturas com os processos, da inter-relação dos problemas, da integração e do crescimento para sustentabilidade. O Modelo Organizacional representa a maneira de dividir e distribuir o trabalho e as responsabilidades entre os gestores da empresa, na busca para se atingirem os objetivos e as metas delineados pela estratégia. A construção e a implantação do MGE se inserem no movimento mais amplo de mudança organizacional planejada. O modelo faz parte do esforço de direcionamento da gestão da empresa, de forma a comunicar a estratégia por toda a organização, alinhar objetivos e metas com a estratégia e conduzir revisões visando à melhoria na sua performance, além de operacionalizar objetivos e metas definidas. O modelo traduz a visão e a estratégia num conjunto de objetivos estratégicos, com seus respectivos indicadores de desempenho, que servem de base à gestão estratégica. As atividades, os processos e os programas gerenciais envolvem investimentos em relacionamento, tecnologias e capacidades que não poderiam ser avaliadas segundo modelo financeiro de custos históricos. Por isso, é importante a adoção de um sistema de gestão nos moldes como o apregoado Balanced Scorecard - BSC. O MGE, fundamentado nas premissas do BSC, é ferramenta nova que permite à alta administração da empresa focalizar a atenção nas estratégias para o sucesso no longo prazo. O BSC, metodologia desenvolvida por Robert Kaplan, é voltado para medição da performance organizacional. Usa medidas para traduzir estratégias; dá atenção aos resultados financeiros de curto prazo, mas também reconhece o valor da construção de ativos intangíveis e capacidades competitivas. Os passos práticos para a construção do MGE são: 1) selecionar a unidade organizacional adequada para ser o piloto; 2) identificar relações entre a Unidade e a sede da empresa; 3) o estudo preliminar de mercado e clientes – obtenção do foco do negócio; 4) realizar entrevistas para obter consenso, em relação aos objetivos estratégicos; 5) sessão de síntese; 6) reunião de consenso; 7) desenvolver o plano de implementação do modelo e 8) reunião de consenso do plano de implementação do modelo. A implantação da estratégia enfrenta algumas barreiras criadas aos sistemas tradicionais nas seguintes situações: a) quando não consegue traduzir sua visão e sua estratégia de forma compreensível e factível; b) o foco das metas das unidades/equipes/indivíduos continua a ser o cumprimento dos orçamentos; e c) feedback tático. A institucionalização
de um processo voltado para a coleta de dados para o indicador leva a
empresa a desenvolver iniciativas estratégicas que reúnem
informações relevantes e favorecem o melhor gerenciamento
de processo interno crítico. |
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| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 28 |
| 1 - Conceitos de indicador de desempenho
A busca pela excelência das ações organizacionais tem sido tema constante para a sobrevivência das empresas, além da procura, cada vez mais intensa, por maior destaque no mercado. Portanto, é preciso implementar processos contínuos que permitam interpretar os resultados das ações empresariais em parâmetros objetivos. É necessária, para tanto, a existência de avaliações, também objetivas. Não se pode pensar em avaliações objetivas de resultados da implantação do Plano Estratégico sem que indicadores sejam elaborados e selecionados para balizar os procedimentos organizacionais. Um sistema de indicadores de desempenho permite que o plano estratégico seja acompanhado, ajustado e aprimorado conforme vai sendo implementado. Se a organização não conta com sistema de medição de desempenho poderá implementar seu Plano Estratégico de forma inadequada. |
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Tela 29 |
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Tela 30 |
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Vale lembrar que as metas definidas em função da fixação dos objetivos e da missão organizacionais é um dos itens necessários à realização de comparações e, portanto, à validação dos indicadores. Isso mostra que os indicadores devem estar intimamente relacionados ao processo de planejamento estratégico da empresa. É preciso atentar para o fato que o indicador não é a própria realidade avaliada e sim uma aproximação dela. Trata-se de instrumento que busca conhecer a realidade que pretende avaliar e identificar as situações existentes no ambiente em que a organização está inserida. Associados ao conceito de indicador, têm-se os conceitos de índice e de padrão. Entretanto, um número não é, por si, um indicador. Torna-se um indicador apenas se trouxer alguma informação, ou a ideia associada ao número. Exemplo elucidativo sobre o assunto é a temperatura corporal de uma pessoa (Viña, 1986).
A indicação
de queda nos lucros ou então a redução no orçamento
anual não diz a ninguém o que está errado e muito
menos o que precisa ser feito. Este é, também, exemplo de
indicador. |
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Tela 31 |
2
- Função dos indicadores
Os indicadores de desempenho não podem ser definidos como simples medições. Para melhor explicação, o quadro abaixo apresenta uma síntese da diferença entre esses pontos.
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Tela 32 |
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Definição do indicador - Em princípio, todas as atividades de um processo podem ser medidas. Os produtos e serviços gerados por um processo devem ser medidos por diversas razões. A principal razão seria a verificação do atendimento das necessidades dos clientes. O ponto básico para definir indicador de um processo é perguntar aos clientes quais os seus requisitos para avaliação dos produtos ou serviços que recebem. Pode-se também utilizar os requisitos dos clientes para orientar na definição dos indicadores que a solução do problema necessita. Os indicadores devem ser estabelecidos de forma que os executores e gerentes do processo disponham, de forma sistemática, de informações durante sua execução, principalmente quanto aos fatores críticos. Para intervir na execução, visando o seu aprimoramento, devem ser estabelecidos e medidos periodicamente, para identificar possíveis desvios que interferem no seu desempenho. São utilizados para medir a eficácia e a eficiência do processo e, consequentemente, sua efetividade. Tanto a eficácia como a eficiência geram indicadores de qualidade (ou de eficácia) e indicadores de produtividade (ou de eficiência). |
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Tela 33 |
O acompanhamento
adequado de cada fase do projeto poderá trazer vários benefícios
à organização. Dentre eles podem ser relacionados
os seguintes:
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Tela 34 |
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| Definir
indicadores de qualidade e produtividade é imprescindível
para avaliar a melhoria do desempenho atual, acompanhando o progresso alcançado
pela empresa. Indicadores setoriais possibilitam que cada organização
compare seu desempenho com outras empresas do setor e avalie seu nível
de competitividade. Os
indicadores quase sempre são compostos por variáveis
decorrentes de um dos seguintes conjuntos: custo, tempo,
quantidade e qualidade.
Para que se tenha bons indicadores é preciso que eles sejam:
A maneira mais adequada
para definir indicadores é examinar cada atividade do processo
que o afeta, em relação à eficácia (qualidade)
e à eficiência (produtividade). As medidas do processo são
fundamentais para o perfeito entendimento das características dos
produtos ou serviços gerados e das relações que ocorrem
entre fornecedores e clientes. Se não há como medir os processos,
não há como gerenciá-los. |
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Tela 35 |
A definição sobre o que medir está relacionada à estratégia de negócio da organização. O gerente do processo é o responsável por implantar um sistema de medidas adequado, que permita a todos os envolvidos desenvolverem seus trabalhos adequadamente. O gerente e a equipe sinalizam o que consideram importante para medir o resultado. Porém, antes de definir os indicadores, as organizações devem atentar para a natureza de seus trabalhos e para a ideologia existente no ambiente em que tais indicadores serão elaborados. |
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Tela 36 |
Como medir a qualidade dos produtos e serviços de um processo A medição do desempenho de uma empresa é fundamental para a gestão organizacional de qualidade. Ela subsidia os gerentes com as informações necessárias à tomada de decisões e ao desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade e da produtividade da empresa. O problema de medição não é simples. Não existe fórmula única e nem sistema de medição absoluto: os indicadores de desempenho devem ser construídos de acordo com a natureza específica de cada negócio e de seus objetivos. Não é possível reduzir a complexidade do desempenho do negócio a um único indicador. São necessários vários indicadores que reflitam os diferentes aspectos nos quais a estratégia do negócio se realiza. Cada produto ou serviço
necessita de suas próprias unidades de medida. Por exemplo, o padrão
de qualidade de um processo é o referencial usado como base de
comparação para avaliação da qualidade de
determinado produto ou serviço. Além disso, é preciso
entender os vários indicadores em seu relacionamento mútuo,
para que eles constituam instrumentos eficazes de gestão. |
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Tela 37 |
Para se encontrar unidades de medida adequadas pode-se perguntar aos indivíduos que recebem os produtos ou serviços gerados pelo processo (clientes internos e externos) quais são as necessidades e padrões exigidos e, então, adotá-los. Em seguida, devem ser estabelecidos os padrões de desempenho aceitáveis para o processo. Se o padrão não é obtido, existe algum desvio e devem ser adotadas ações corretivas. Algumas características da qualidade de um produto ou serviço baseiam-se na subjetividade dos clientes. Nesses casos, é necessário transformá-las em características mensuráveis. Por exemplo, a característica segurança de determinado serviço é difícil de ser medida; entretanto, pode-se mensurar o número de acidentes decorrentes da falta de segurança do referido serviço.
As transformações das necessidades dos clientes externos em requisitos mensuráveis devem permitir a quantificação, o entendimento das etapas do processo e o estabelecimento de metas para cada processo. Após o estabelecimento dos requisitos mensuráveis deverá ser estabelecida avaliação de eficácia para o processo. O aprimoramento da
eficácia (indicador de qualidade) é o fator básico
para beneficiar os clientes; porém, o aprimoramento da eficiência
é fator básico para beneficiar o próprio processo
(indicador de produtividade). As formas de medir a qualidade (eficácia)
de um processo podem ser realizadas por meio de pesquisas, inspeção,
entrevista, monitoração das reclamações dos
clientes e percepção dos executores do processo, em contato
com os clientes. O trabalho de uma pessoa ou de uma equipe, pode ser medido
de várias formas e por diferentes agentes. |
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Tela 38 |
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| 3
- Consequências da utilização de indicadores
O desempenho de uma empresa pode ser aprimorado por meio do implemento de sistemas de medição de desempenho.
Porém, lidar com indicadores pode significar mudanças nos padrões anteriormente seguidos pela cúpula administrativa e pelos funcionários das empresas, de forma geral. Tais mudanças envolvem alterações tanto do tratamento gerencial quanto da assimilação de uma nova cultura organizacional; por isso, nem sempre as transformações ocorrem com a necessária intensidade, em curto prazo. As medições dos processos devem ser estabelecidas tendo em mente o que medir, onde medir, como medir, quem deve medir, quem deve dar o feedback e quem estabelece o padrão. Como exemplo de indicadores
temos Indicadores
de Processo gestão de laboratórios e Indicadores
de processos segundo os interessados e a natureza. |
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Tela 39 |
| Resumo
A construção de indicadores busca o aprimoramento das empresas, mediante a percepção de seus procedimentos e a comparação de seus resultados com parâmetros fixados previamente. Como eles são elaborados, principalmente, a partir das metas da organização, se estas não forem definidas de forma adequada e realista, os resultados gerados pelos indicadores poderão apresentar falsa realidade. Indicador é parâmetro quantificável e comparável, derivado de alguma informação ou dado básico, gerado pelo processo ou associado a ele e, portanto, trata-se de variável que reflete ou representa outras variáveis mensuráveis. Em princípio, todas as atividades do processo podem ser medidas. O indicador é aproximação da realidade avaliada e é apenas ferramenta utilizada para conhecer a realidade que se pretende avaliar e identificar as situações existentes no ambiente em que a organização está inserida. Porém, o número só se tornará o indicador se associado a alguma ideia ou informação. O indicador de um processo tem como função avaliar-lhe a performance e indicar o padrão a ser alcançado. Os indicadores servem para: transmitir as necessidades e expectativas dos clientes; viabilizar o desdobramento das metas do negócio; dar suporte à análise crítica dos resultados do negócio, às tomadas de decisão e ao replanejamento; contribuir para a melhoria dos processos e produtos da organização. O indicador é utilizado para medir a eficácia e a eficiência do processo e, consequentemente, sua efetividade. O indicador deve ser facilmente compreendido por todos, para fornecer parâmetros à otimização do processo. Indicador de qualidade ou de eficácia é o que mede o resultado. Exemplo: a satisfação dos clientes do processo. Indicador de Produtividade ou de Eficiência: é aquele que mede a utilização de recursos na execução de metas programadas. O gerente do processo é o responsável por implantar um adequado sistema de medidas, que permita a todos os envolvidos desenvolverem seus trabalhos adequadamente. O gerente e a equipe sinalizam o que consideram importante para medir o resultado. Uma forma de se definir indicadores é estabelecer os padrões de desempenho aceitáveis para o processo, após ouvir o cliente e identificar as necessidades e expectativas deste.Se o padrão não é obtido, existe algum desvio e devem ser tomadas ações corretivas pela equipe. Não existe fórmula única e nem sistema de medição absoluto: os indicadores de desempenho devem ser construídos de acordo com a natureza específica de cada negócio e de seus objetivos. Cada produto ou serviço necessita de suas próprias unidades de medida. Lidar com indicadores pode significar mudanças do tratamento gerencial e dos próprios funcionários das empresas e necessita, inclusive, da assimilação de uma nova cultura organizacional. |
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| 1 - Introdução
O que dizer destes números? As pesquisas estatísticas indicam que, muitas vezes, apesar de ser bem elaborada, uma boa estratégia pode fracassar se a empresa não for capaz de implementá-la. Lutando pela sobrevivência, as empresas têm adotado a postura de utilizar a medição de desempenho derivada de suas estratégias e capacidades. Mas, muitas delas, ainda, só mensuram o desempenho com as medidas financeiras. Na busca por novas metodologias gerenciais que não tivessem como único foco essas medidas, o Balance Scorecard – BSC foi desenvolvido. Buscando criar novo modelo de medição de desempenho, organizaram reuniões com representantes de diversas organizações de manufatura e serviços (da indústria pesada à de alta tecnologia). Num dos encontros, foi apresentado um scorecard corporativo contendo, além das medidas financeiras tradicionais, outras medidas de desempenho. As discussões em torno do Scorecard corporativo levou o grupo a criar o Balanced Scorecard, que procurou equilibrar as medidas financeiras e operacionais, organizadas sob quatro perspectivas:
1. financeira;
4.do
aprendizado (inovação) e crescimento. 2. do cliente; 3. dos processos internos e Tal sistema buscava traduzir e medir a estratégia empresarial por meio de quatro blocos de indicadores, que equilibram as quatro perspectivas mencionadas. |
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O Balance Scorecard - BSC As empresas possuíam como sistemas de indicadores a natureza financeira, em que a contabilidade (“linguagem dos negócios”) era muito utilizada. No século XIX, nasceram grandes empresas que inovaram na medição do desempenho financeiro, tendo papel vital para o bem sucedido desenvolvimento da organização. Até meados da década de 1970, o desempenho das empresas era determinado pela incorporação de novas tecnologias a ativos físicos, em especial, máquinas, para aumentar a eficiência da produção. No final do século XX, tornou-se mais decisiva a capacidade de mobilizar e explorar ativos intangíveis do que gerenciar ativos tangíveis. O Balanced Scorecard nasceu no início da década de 1990, decorrente de um estudo dirigido por David Norton, que trouxe Robert Kaplan, da Universidade de Harvard, para ser o consultor acadêmico do seu projeto. Kaplan e Norton (1997) eram de opinião que os modelos de avaliação de desempenho, até então existentes, baseavam-se muito em indicadores contábeis e financeiros, tornando-se obsoletos na era da informação. |
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| 2 - O que é o Balanced Scorecard (BSC)?
O
BSC não deve ser utilizado como sistema de controle e sim de informação,
comunicação e aprendizado. É reconhecido como sistema
de gerenciamento que torna possível à organização,
com base no esclarecimento de sua visão e estratégias, a
definição de ações que levem ao contínuo
melhoramento de seu desempenho e resultados. O sistema de informação
gerencial deve contribuir como suporte às estratégias adotadas
para que elas possam ser acompanhadas e venham a produzir retornos positivos
para a empresa.
O sistema BSC preserva a ênfase nos resultados financeiros ao associar todas as demais medidas a objetivos financeiros. Realistas, eles não se esquecem que os resultados financeiros são, afinal de contas, os resultados decisivos. Existe a necessidade de especificar a forma que os investimentos feitos nos funcionários, as ações dirigidas para o aperfeiçoamento de processos e as medidas tomadas para melhorar a qualidade do atendimento e dos serviços prestados aos clientes se relacionam com crescimento dos volumes de vendas, aumento de margens operacionais, redução de custos e maior rapidez no giro dos estoques. Um dos pontos-chave do BSC é a questão da comunicação. É importante mostrar os objetivos críticos a serem alcançados para que a estratégia seja bem-sucedida, transmitindo-os à empresa por todos os meios de comunicação disponíveis.
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| 3 - As quatro perspectivas do Balanced Scorecard –BSC são:
Cada perspectiva é composta por um conjunto equilibrado de indicadores financeiros e não financeiros, que procuram traduzir o desempenho e as ações necessárias para realização dos objetivos. Entretanto, essas perspectivas, apesar de atenderem a grande maioria das empresas, devem ser consideradas modelo e não “camisa-de-força”.
Algumas aplicações do BSC indicam a necessidade de criar novas perspectivas, que podem ser estratégicas à organização. A inter-relação entre as perspectivas é determinada pelas relações de causa-e-efeito, o que gera raciocínio sistêmico dinâmico. |
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| 1. A perspectiva financeira - O BSC conserva a perspectiva financeira porque ela é valiosa para sintetizar as consequências econômicas imediatas de ações consumadas. Os objetivos e as metas da perspectiva financeira relacionam-se com a criação de valor para os acionistas. Os objetivos e as metas têm duplo papel:
Nesse
contexto, os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e
as medidas das outras perspectivas do BSC. Para que isso realmente aconteça,
é preciso que as medidas selecionadas nas demais perspectivas façam
parte de uma relação de causa e efeito
e resulte na melhoria do desempenho financeiro. As medidas selecionadas
para a perspectiva financeira devem ser sinalizadoras dos resultados
de ações não executadas nas demais perspectivas.
O seu indicador é traduzido pelo valor agregado
e pelo retorno do investimento.
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| 2. A Perspectiva do cliente - propicia a identificação dos segmentos de clientes e de mercados nos quais as unidades de negócio possam competir e a definição das medidas de desempenho das unidades nos seus segmentos-alvo. Kaplan e Norton (1997) propõem que a perspectiva do cliente seja construída tendo por base os seguintes pontos-chaves: a participação de mercado, a retenção, a captação, a satisfação e a lucratividade dos clientes. |
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3. A perspectiva dos processos internos considera importante a identificação dos processos críticos, nos quais a empresa deve alcançar excelência. Esses processos permitem que a unidade de negócios elabore propostas capazes de atrair e reter clientes em segmentos-alvo de mercado; interessa-se, ainda, em satisfazer as expectativas dos acionistas relativamente aos retornos financeiros. As medidas dos processos internos devem estar voltadas para os aspectos que terão maior impacto na satisfação do cliente e na consecução dos objetivos financeiros da empresa. A perspectiva dos processos internos revela diferenças fundamentais entre as abordagens tradicionais e a abordagem do BSC para a medição de desempenho, conforme quadro:
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4. A perspectiva do aprendizado e crescimento fornece o suporte necessário para que sejam atingidos os objetivos e as metas das demais perspectivas.
Quando o sistema gerencial de uma organização utiliza apenas medidas financeiras ou medidas de curto prazo, justificar investimentos em treinamento de pessoal é tarefa árdua. Na maioria dos casos, os benefícios advindos desses investimentos somente ocorrerão em períodos futuros. Por isso, tais investimentos são considerados, pela contabilidade financeira, como despesas do exercício que, se reduzidas, produzem ganhos incrementais no curto prazo. Porém, se a organização deixa de investir nessa capacitação estará, também, deixando de formar a infraestrutura necessária para dar suporte aos processos que buscam a satisfação dos clientes. A perspectiva de aprendizado e crescimento deve ser concebida observando três categorias básicas: As quatro perspectivas são adequadas a diversos setores de mercados e empresas, devendo ser consideradas modelo. Não existe nada que diga que as perspectivas são suficientes e necessárias; às vezes, dependendo da estratégia da empresa, é preciso agregar perspectivas complementares. |
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| Os princípios a seguir integram o Balanced Scorecard de uma empresa à sua estratégia:
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Considerando
que cada uma das quatro perspectivas do Balanced Scorecard
pode exigir de quatro a sete medidas distintas, deve-se ressaltar que
elas não podem ser consideradas como aspectos independentes,
pois se tornaria muito complicado para a empresa absorvê-los.
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| 4 - Integração das medidas do BSC à estratégia
Muitas empresas já associam medidas financeiras e não financeiras para alcançar o sucesso organizacional. É o caso de organizações da França que, há mais de duas décadas, utilizam o Tableau de Bord, o qual ajuda os funcionários a garantir o sucesso da organização mediante fatores-chaves. A mensuração das estratégias de negócio estabelecidas leva a uma maior probabilidade de sucesso, seus objetivos e metas são definidos de uma melhor maneira. A definição clara das metas e dos objetivos possibilita a concentração dos envolvidos nos pontos críticos, permitindo alinhar investimentos, iniciativas e ações para o pleno alcance das metas estratégicas. O Balanced Scorecard bem sucedido transmite a estratégia por meio de um conjunto integrado de medidas. |
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| Uso das medidas financeiras
Nem todas as empresas consideram a qualidade e a satisfação do cliente como lucros. Assim, os demonstrativos financeiros periódicos e as medidas financeiras devem lembrar aos executivos que a qualidade, o tempo de resposta, a produtividade e os novos produtos devem ser melhorias permanentes e não um fim. Além disso, é bom lembrar que nem todas as estratégias a longo prazo são lucrativas e que não adianta investir em tecnologias avançadas de produção, na qualidade e em pesquisa de desenvolvimento, se a empresa não satisfaz o que o mercado espera. Na linguagem da contabilidade, em curto prazo, o corte de despesas passa a ser lucro, mesmo quando essas reduções inibem a reserva da empresa e sua capacidade de ter novos valores. As empresas também podem maximizar seus lucros, aumentando os preços para os clientes e colocando seus serviços com baixa qualidade. Obviamente, isso causaria a insatisfação dos clientes e colocaria a empresa como presa de fácil ataque para os concorrentes. Exemplo. As medidas financeiras não estão aptas para avaliar e orientar a trajetória organizacional em ambientes competitivos. Elas não são amplas e não têm visão das ações que devem ser realizadas, hoje e futuramente, para ter bom valor financeiro. Porém, a Administração deve revelar as medidas financeiras e não financeiras utilizadas para gerenciar a empresa; com elas quantificam os efeitos das principais atividades e eventos. Portanto, as empresas devem adotar uma abordagem mais ¨equilibrada¨ e orientada para o futuro, atendendo, assim, as necessidades dos usuários.
O Balanced Scorecard corporativo - A empresa deve elaborar o Scorecard corporativo para servir de modelo a cada unidade de negócio. A definição do papel do Scorecard corporativo é colocar meta global de crescimento. Isso permite o estabelecimento de metas ambiciosas para as unidades com considerável potencial de crescimento, e metas modestas para as unidades que atuam em segmentos de mercado mais maduros. As unidades podem identificar seus próprios métodos para alcançar as metas corporativas. Os MGEs delas têm propósito e foco derivados do corporativo, que articula e comunica temas que todas as unidades devem alcançar. |
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Tela 51 |
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A Xerox passou por experiência parecida. Ela mudou sua estratégia e a direcionou para agradar os clientes. Todos os seus indicadores financeiros mostravam estratégia bem-sucedida. Porém, seus clientes continuaram insatisfeitos, pois eles queriam serviços e produtos de qualidade. Vieram os concorrentes que quase levaram a “poderosa” Xerox à falência. Se essa empresa não tivesse colocado outro presidente, que passou a usar de qualidade e serviços que agradavam aos clientes, talvez ela já não existisse mais no mercado. |
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O Balanced Scorecard de uma unidade organizacional - As primeiras experiências com o BSC aconteceram em empresas de nichos específicos do setor de semicondutores e em segmento específico da indústria da informática, as quais desenvolveram Scorecard que funcionava também como Scorecard corporativo. A partir do momento em que se desenvolve o Balanced Scorecard para uma unidade organizacional, as declarações de missão e de estratégia para os departamentos e unidades funcionais podem ser definidas pela missão, pela estratégia e pelo Scorecard da unidade de negócios. Todos trabalham com coerência para alcançar os objetivos da Scorecard da unidade organizacional.
Terá Balanced Scorecard o departamento ou unidade funcional que dispuser de missão, estratégia, clientes e processos internos. Se a unidade organizacional for estabelecida em termos amplos, talvez tenha dificuldades de definir estratégia integrada e coerente. Mesmo que as empresas possuam vários Scorecards de unidades, com grandes variáveis de independência, elas procuram desenvolver um Scorecard corporativo, que lhes define modelo corporativo comum sobre temas e visões que orientem os scorecards a serem desenvolvidos nas unidades e guiem a forma de a empresa agregar valores. Enfim,
alguns aspectos são de fundamental importância para alcançar
o sucesso da aplicação do BSC nas organizações:
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| Resumo Introduzindo
o sistema de avaliação de desempenho balanced
scorecard, vários aspectos fundamentais foram associados
aos assuntos antes estudados. O novo sistema procura equilibrar as medidas financeiras e operacionais, organizadas sob quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e de aprendizado e crescimento. Entretanto, Norton e Kaplan não menosprezam os resultados financeiros, visto serem estes decisivos. Por isso, o sistema BSC preserva a ênfase nos resultados financeiros, ao associar todas as demais medidas a objetivos financeiros. O modelo é considerado uma das mais completas ferramentas gerenciais, pois lida com a tradução e a mensuração da estratégia empresarial com maior coerência nas medidas de desempenho, por meio das quatro perspectivas, e utiliza medidas e indicadores para articular a estratégia da empresa, comunicar essa estratégia e ajudar a alinhar iniciativas individuais, organizacionais e interdepartamentais, buscando alcançar uma meta comum. Cada perspectiva compõe-se de um conjunto equilibrado de indicadores financeiros e não financeiros:
O BSC segue alguns princípios para se integrar à estratégia da empresa:
É bom lembrar que nem todas as empresas consideram a qualidade e a satisfação do cliente em lucros. As medidas financeiras devem sinalizar que a qualidade, o tempo de resposta, a produtividade e os novos produtos devem ser melhorias permanentes e não um fim. As medidas financeiras não estão aptas a avaliar e orientar a trajetória organizacional em ambientes competitivos, pois elas não são amplas e não têm visão das ações que devem ser realizadas, hoje e futuramente, para que se tenha bom valor financeiro.
Em síntese, alguns aspectos são de fundamental importância
para o sucesso da aplicação do BSC: a integração
entre as quatro perspectivas; o equilíbrio entre os graus de importância
das perspectivas do BSC; a visão organizacional que o BSC é
visto como sistema de gestão estratégica; a existência
de boa comunicação que esclareça a todos os funcionários
da empresa o que é o modelo e como ele deve ser utilizado e a integração
entre o BSC e o processo de gestão. |
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