| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1
- O Problema da Escassez
Ao
longo da história da humanidade, pode-se constatar que a necessidade
humana para a aquisição de bens e serviços é
ilimitada, todavia a capacidade de satisfazer estes desejos, por parte
das firmas que produzem tais bem, não é. |
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Tela 2 |
Durante
o processo de produção de bens e serviços para oconsumo
da sociedade, aparecem e são solucionadas algumas questões
fundamentais de caráter estritamente econômico.
Como produzir os bens e serviços?
No consumo: Para quem produzir?
Para o Administrador de Empresa, tais questões podem ser respondidas por meio de estudo de mercado e do uso de técnicas de produção e gestão. |
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Tela 3 |
| 2
- A Curva de Possibilidade de Produção - CPP Para ilustrar o problema da escassez de recursos, vamos apresentar um modelo bem simplificado de uma economia. Neste modelo bem simples, a economia produz somente dois produtos.
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Tela 4 |
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Colocando estas informações em um gráfico temos:
Ao
longo deste gráfico, podemos observar que: para aumentar a produção
de arroz, tem-se que sacrificar uma parte da produção de
feijão e vice-versa.
Se a economia pode operar abaixo do pleno emprego, ela não poderá operar acima do nível de pleno emprego. Isto pode ser constado no ponto H (16 toneladas de arroz e 24 de feijão)
A
Curva de Possibilidades de Produção pode ser deslocada por
meio de aumento no uso dos recursos e pela introdução de
tecnologias mais modernas. Vejamos:
Situação
B
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Tela 5 |
3
- O Custo de Oportunidade
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Tela 6 |
4
- Definição de Economia
Outra definição de economia pode ser apresentada da seguinte forma:
O estudo da economia pode ser dividido em dois grupos:
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Tela 7 |
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5
- Os Grandes Problemas Econômicos
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Tela 8 |
| Resumo
O grande problema da economia está na incapacidade das firmas em satisfazer as necessidades humanas que são ilimitadas. Diante dessa incapacidade, o estudo da economia se volta a: administrar o uso racional dos fatores de produção. Quando a economia está operando em um regime de pleno emprego, isto é, trabalhando em sua plena capacidade, um aumento da produção de uma mercadoria proporciona diminuição da produção de outra. Nesse caso, temos a aplicação do conceito de custo de oportunidade. A economia é uma ciência que estuda o comportamento dos agentes econômicos sendo dividida em duas grandes vertentes:
Em todas elas, o princípio básico de funcionamento está voltado para administrar os problemas de escassez. Os grandes problemas econômicos constituem objeto da Economia: O crescimento econômico e a distribuição
da renda; a inflação; |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 9 |
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| 1
- A Produção
Hoje, quando ligamos um aparelho de televisão, somos bombardeados por uma infinidade de informações que descrevem fatos econômicos e acontecimentos políticos de todo o mundo. A informação
tornou-se um elemento essencial para a tomada de decisão tanto
das organizações como das unidades familiares.
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Tela 10 |
| Todavia,
algumas perguntas ficam em aberto para os estudantes não iniciados
em economia, entre elas, estão:
• como é formada a estrutura econômica de um país? Estas perguntas podem ser respondidas com base nos resultados encontrados pela Contabilidade Nacional.
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Tela 11 |
| O objetivo
principal da Contabilidade Nacional é fornecer à
sociedade subsídios para avaliação macroeconômica
da economia de um país, reconhecendo o quanto as empresas produzem,
o que as unidades familiares consomem, além do que é investido
pela sociedade em determinado período de tempo. “Com base na Contabilidade Nacional é possível identificar a forma como os investimentos são financiados e, também, quantificar as remunerações pagas pelos fatores de produção”:
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Tela 12 |
| O estudo
da Contabilidade Nacional permite definir e relacionar os agregados econômicos
existentes, além de mensurar, em termos econômicos, o valor
de todos os bens e serviços produzidos pela economia de um país
ou região durante um determinado período de tempo. Desse modo,
por intermédio do conjunto de contas que integram a Contabilidade
Nacional, encontra-se registro de todas as transações realizadas
entre os diferentes setores que compõem a atividade econômica
do país. Assim, o estudo da Contabilidade Nacional torna possível ao analista econômico encontrar subsídios para compreender o comportamento da economia ao longo do tempo. Por exemplo, identificar, por intermédio de uma série histórica do Produto Interno Bruto – PIB, a composição da economia do país ao longo do tempo. Em outras palavras, descrever qual a participação da agricultura, do comércio e da indústria na produção global de bens e serviços em um período de tempo. |
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Tela 13 |
| 2
- O Fluxo Circular da Renda Para entender o funcionamento de uma economia, é necessário construir um modelo bastante simples, o Fluxo Circular da Renda. Para isso, é preciso considerar alguns pontos: • 1.Trata-se de economia que não apresenta relações comerciais com outras economias. Portanto, não são efetuadas importações e exportações de bens e serviços. Os economistas denominam este exemplo de modelo de economia fechada. • 2. Não é considerada a participação do Estado, trata-se de um modelo de economia sem governo. Isto é, sem gastos governamentais ou arrecadação de impostos. Para a determinação do valor da produção, somente é considerada, nesse momento, a participação dos gastos das unidades familiares. • 3. Não estão computadas as relações existentes entre empresas e entre unidades familiares. • 4. Existem somente unidades familiares e empresas. As empresas produzem bens e serviços que posteriormente serão adquiridos pelas unidades familiares. |
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Tela 14 |
| O Fluxo
Circular da Renda apresenta o comportamento de dois tipos de mercados: o
de bens e o de fatores. • No mercado de bens e serviços, as unidades familiares demandam bens e serviços às empresas, que, por sua vez, satisfazem suas necessidades. • No mercado de fatores, as unidades familiares oferecem seus fatores de produção ou serviços produtivos (capital, terra e trabalho) para as empresas, que, por sua vez, remuneram com, por exemplo, juros, lucros e renda da terra.
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Tela 15 |
| Com base
no Fluxo Circular da Renda, é possível imaginar, de forma
global, como funciona a economia e, desse modo, mensurar o valor da produção
de uma economia.
Desse modo, a estimativa
do valor da produção pode ser levantada de duas maneiras.
• Pelo somatório das receitas das famílias auferidas pelo uso dos fatores de produção (Capital, Recursos Naturais e Trabalho) por parte das empresas, que, por sua vez, remuneram por meio de juros (r), aluguéis (a) e salários (w) pelo seu uso.
Em resumo, o valor da produção de uma economia pode ser estimado por dois processos distintos:
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Tela 16 |
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| Além
destes dois processos, ótica do consumo e ótica da renda,
também é possível realizar o levantamento da atividade
econômica por meio do somatório das atividades que compõem
a economia. Por exemplo: Setor Primário, Setor Secundário
e Setor Terciário. Este método é denominado de ótica
do produto. Na maior parte dos países, as estatísticas oficiais se referem ao Produto Interno Bruto – PIB como um indicador do nível de atividade econômica. Quanto maior for o tamanho do PIB, maior será a quantidade de bens e serviços produzidos por esta região. Em um primeiro momento, pode-se conceituar PIB como:
No exemplo a seguir, pode-se observar como o valor adicionado é incorporado na linha de produção de um bem ou serviço qualquer.
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Tela 17 |
| O milho
é colhido pelo pequeno produtor em suas terras. Entretanto, como
ele não é autossuficiente na confecção de todos
os bens e serviços necessários para sua subsistência,
torna-se necessário que o agricultor venda o excedente de sua produção.
Assim, o fazendeiro é obrigado a vender uma parte de sua colheita
de milho a um Moinho por R$ 60,00 a tonelada. Em seguida, os grãos de milho são beneficiados pelo Moinho e transformados em farinha de milho, passando o valor de venda para R$ 160,00 a tonelada. Nesta etapa, o custo de aquisição para o moinho foi de R$ 60,00 e o valor adicionado decorrente da moagem do produto foi de R$ 100,00. Após a transformação
do milho em farinha, ela é vendida para uma empresa de panificação
e é utilizada como insumo na confecção de pão
de milho para a venda ao atacado. Nessa etapa, o preço do pão
de milho é de R$ 360,00 a tonelada. Dos R$ 360,00 arrecadados na
venda de pães de milho pela Panificadora, R$ 160,00 são
equivalentes aos custos referentes à compra da farinha de milho
(Custos Intermediários) e R$ 200,00 representam o valor adicionado.
Em seguida, um comerciante varejista compra a tonelada de pão de
milho a R$ 360,00 na padaria (No atacado) e a revende aos consumidores
em geral por R$ 500,00 (Varejo). |
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Tela 18 |
| Desse
modo, verificamos como um produto pode ser transformado ao longo de uma
cadeia produtiva, incorporando, em cada etapa, valor adicionado ao seu preço.
Na tabela denominada “Valor da Estrutura Produtiva do Milho e derivados”, observa-se que os valores totais das vendas dos produtos baseados no milho totalizaram R$ 1.080,00, enquanto os custos intermediários foram de R$ 580,00 e o valor adicionado de R$ 500,00. Valor da Estrutura Produtiva do Milho e derivados
A técnica de
mensuração da renda Nacional obedece ao mesmo princípio
utilizado no exemplo. Entretanto, ao computar o valor total das vendas,
poderia estar-se cometendo um grave erro no resultado final, já
que os custos dos produtos intermediários estão sendo contabilizados
duplamente. Para evitar esta dupla contagem, descarta-se o valor dos produtos
intermediários e considera-se somente o valor adicionado (R$ 500,00).
Também podemos mensurar o Produto considerando somente o valor
dos bens e serviços finais. Descontando-se, assim, os valores dos
produtos intermediários das cadeias produtivas. |
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Tela 19 |
No que tange à Ótica dos Gastos ou Demanda Agregada, o Produto Interno Bruto, em um modelo de economia aberta e com o governo, pode ser mensurado por meio do somatório das despesas realizadas. Assim,
O Consumo é formado pelos gastos provenientes do setor privado e pelos gastos oriundos do setor público.
Representamos o consumo privado pela letra C.
Representamos o consumo público pela letra G. |
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Tela 20 |
Os gastos com investimentos são representados pelo somatório da Formação Bruta do Capital e pela variação dos estoques.
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Tela 21 |
| 3
- Produto Interno Bruto
Desse modo, pode-se expressar o Produto Interno Bruto como:
ou
O Produto Interno Bruto também pode ser encontrado pelo somatório das receitas que as unidades familiares recebem pelo uso dos fatores de produção (Capital, Recursos Naturais e Trabalho) empregados na elaboração de bens e serviços. Isto pode ser representado na forma de salários (W), juros (r), aluguéis (a) e lucros (L).
Por meio desta fórmula,
podemos encontrar o valor da produção de uma economia pela
ótica das receitas que as famílias recebem pelo uso dos
fatores de produção. Como esta definição refere-se
a um modelo de economia fechada e sem governo, é necessário
introduzirmos ao modelo a participação do governo e do comércio
exterior. |
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Tela 22 |
Ao
colocarmos as atividades governamentais em nosso modelo, devemos ter em
mente que, para financiar as suas atividades, o Governo deve lançar
mão de um sistema tributário composto de impostos indiretos
e contribuições fiscais (Imp). Todavia, a introdução
da arrecadação tributária poderá provocar
uma redução na renda que as Unidades familiares dispõem
para gastar em bens e serviços. Por outro lado, o Governo, em vez
de tributar a população, pode também auxiliar alguns
setores da sociedade que estão em situação de fragilidade.
Para tanto, o Governo pode subsidiar os preços de bens e serviços
finais para estas populações, tornando possível o
seu acesso (Sub).
Da mesma forma que podemos encontrar o nível de produto pela ótica das receitas e das despesas, pode-se encontrar o Produto por meio do somatório de todos os bens e serviços produzidos pelas atividades ligadas à Agropecuária, Indústria e Serviços, por exemplo. |
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Tela 23 |
Os dados da tabela a seguir mostram a composição por setor de atividade das economias da América do Sul em 1998. Com base nestes dados, pode-se constatar que, em todos os países apresentados, as atividades ligadas ao setor de serviços (comércio de mercadorias, serviços pessoais, transportes etc.) totalizam mais da metade da composição. Excetuando o Paraguai, a Indústria é a segunda atividade de maior importância nessa região. Os mesmos resultados também já foram verificados para a economia do Brasil, entre 1985 e 1995, em tabelas anteriores.
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Tela 24 |
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No levantamento do PIB, são considerados todos os bens e serviços produzidos durante determinado período de tempo. Não estão contabilizadas no cálculo do PIB as transações com produtos usados, pois eles já foram registrados em um período anterior. A construção de uma casa nova entra no PIB. Por outro lado, a compra de uma casa usada não. Todavia, se for realizado uma reforma na casa usada, o valor da reforma entra no cálculo do PIB. Outra operação que também não entra no PIB é constituída pelas transferências. Quando o Governo realiza
um pagamento aos funcionários públicos, isso é registrado
no PIB, pois eles desempenharam suas funções realizando
alguma atividade. Contudo, quando o Governo faz o pagamento aos aposentados,
isto é considerado como uma transferência, pois para efeito
de contabilização não foi realizado trabalho algum
para esse pagamento. • com base no
valor bruto ou líquido referente à produção
interna ou nacional; |
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Tela 25 |
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Produto
Bruto e Produto Líquido - Quando mensuramos o valor da
produção de uma economia, uma parcela desta produção
é desgastada ao longo do ano. Isto acontece, por exemplo, devido
ao uso contínuo dos bens (desgastes ocorridos nas máquinas),
ou seja, a desvalorização dos equipamentos. Este desgaste
é denominado de depreciação. Produto Interno e Produto Nacional - Para entender as diferenças entre os conceitos de Produto Interno e Produto Nacional, é necessário observar o gráfico:
Neste
esquema, verifica-se que o Brasil comercializa bens e serviços
com o exterior ou Resto do Mundo. Cabe ressaltar que as exportações
de bens e serviços para o resto do mundo estão incluídas
no cálculo do Produto, e as importações não
estão. |
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Tela 26 |
| Deve-se
acrescentar que, em nossa economia, diversas empresas estrangeiras estão
localizadas no país, empregando boa parte da mão de obra nacional
e gerando renda (por exemplo: Nestlé, Philips Morris, Ford, Fiat,
General Motors etc.). Também é importante destacar a existência de uma grande quantidade de empresas brasileiras instaladas em outros países (por exemplo: Pão de açúcar - Portugal; Brahma - Venezuela e Argentina - Companhia Vale do Rio Doce, Ambev, Sadia, Sabó, Itaú, Banco do Brasil, Petrobrás e Embraer). O movimento das empresas
brasileiras para fora do país tomou impulso no início dos
anos 70 quando grandes empreiteiras brasileiras firmaram contratos, com
apoio do governo, com países da África e Oriente Médio.
O surgimento do Mercado Comum do Cone Sul – Mercosul, na década
de 80, e a abertura comercial, no início dos anos 90, levaram as
empresas brasileiras a adotarem uma estratégia mais agressiva para
manterem-se competitivas por meio de captação de recursos
no exterior e da adoção de tecnologias mais modernas. |
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Tela 27 |
Outro
ponto a ser destacado refere-se ao conjunto dos investimentos realizados
pelas empresas estrangeiras no Brasil. Os recursos que elas empregam no
País necessitam ser remunerados pelo montante de capital investido
por suas matrizes. As empresas estrangeiras enviam parte desse capital
investido por meio de remessa de lucros e juros (Renda Enviada ao Exterior).
ou
A tabela a seguir mostra a evolução do Produto Interno e do Produto Nacional do Brasil entre 1992 e 1998. Os resultados apresentados pelo PIB e PNB exibem uma mesma tendência. Quando o PIB cresce, o PNB acompanha e “vice e versa”, com pequenas divergências.
Fonte:
Banco Central, Conjuntura Econômica e Tabulações do
Autor.
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Tela 28 |
Produto
a Custo dos Fatores ou Preços de Mercado - Produto é
o somatório do valor da produção de bens e serviços
finais da economia. Se os preços utilizados para mensurar o produto
forem os preços que nós encontramos no dia a dia, eles são
chamados de preços correntes. Desse modo, teremos encontrado o
Produto a preços de mercado. Em outras palavras, a estimativa do
produto a preços de mercado representa os preços que os
consumidores finais pagam.
ou
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Tela 29 |
Produto
a Preços Correntes ou a Preços Constantes - Na
avaliação de toda a produção de bens e serviços
de uma economia durante um ano, tomamos como base para a estimação
do valor produzido os preços encontrados no mercado de bens e serviços.
Isto é, os preços correntes ou nominais encontrados no dia a dia
das pessoas.
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Tela 30 |
| Com base
nesta tabela a preços correntes, verificamos que: • Valor da Produção de 1998 = Produção Física de 1998 vezes o Preço da produção de 1998 = R$ 100,00 • Valor da Produção de 1999 = Produção Física de 1999 vezes o Preço da Produção de 1999 = R$ 100,58 • Valor da Produção de 2000 = Produção Física de 2000 vezes o Preço da Produção de 2000 = R$ 110,88 • Valor da Produção de 2001 = Produção Física de 2001 vezes o Preço da Produção de 2001 = R$ 119,60 • Valor da Produção de 2002 = Produção Física de 2002 vezes o Preço da Produção de 2002 = R$ 126,00 • Valor da Produção
de 2003 = Produção Física de 2003 vezes o Preço
da Produção de 2003 = R$ 141,36 |
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Tela 31 |
Entretanto, como se pode observar, a cada ano os preços de referência são modificados. Esse efeito pode criar uma ilusão ao analista de crescimento econômico. No quadro a seguir, o nível de produção de 1999 é 6% inferior ao ano anterior em termos reais e o preço da produção nesse mesmo ano era 7% acima do praticado em 1998. Entretanto, o valor da Produção em 1999 era 0,6% maior do que em 1998 em termos correntes ou nominais.
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Tela 32 |
4
- O Deflator Implícito do Produto
O Deflator é encontrado, dividindo-se o valor do Produto Nominal no tempo t sobre o valor do Produto Real no tempo t, multiplicando o resultado final por 100. Isto é, divide-se o valor do Produto no valor presente sobre o valor do produto no período anterior. Assim, tem-se a seguinte fórmula: Fórmula de Deflator = (PIB Nominal t/PIB Real t) x 100
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Tela 33 |
| Resumo
Como funciona a economia? O fluxo Circular da renda apresenta um bom exemplo de como a economia trabalha. Com base no fluxo circular da renda, verifica-se que: em um mercado formado por produtores e consumidores, é possível mensurar o quanto foi produzido por essa economia. Partindo das famílias, pode-se levantar o volume de produção por três caminhos:
Com base nestas informações, foi introduzido o conceito de valor da produção. Quanto maior o valor da produção realizada por uma economia, maior será o volume de riqueza criada. Existem alguns indicadores de riqueza. Entre eles estão: • O Produto Interno Bruto – PIB; Nesses dois
indicadores, estão computados milhares de preços de bens
e serviços produzidos. Assim, quando trabalhamos ao longo de uma
série de tempo com os resultados finais do PIB ou PNB, podemos
estar incorrendo num erro que decorre da capacidade dos preços
em aumentar ou diminuir, podendo produzir um aumento nominal da atividade.
Mas, na realidade, o que está ocorrendo é uma queda real
da produção. |
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 34 |
| 1
- Transações econômicas
Nas transações econômicas que realizamos
diariamente, sabemos os valores dos principais bens e serviços
que consumimos com maior frequência, por exemplo: o preço
do quilo de arroz, da bisnaga de pão, do litro de leite, do kg
de sal etc.
Tomando os princípios básicos
para a formulação do índice do custo de vida, você
pode construir seu próprio índice, utilizando técnicas
que permitem comparar os preços praticados no passado com os do
presente, como por exemplo: saber se o preço de uma banana ou um
televisor comprado em 1996 estaria mais caro ou mais barato do que o preço
praticado nos dias de hoje. Ou se o valor de um terreno comprado naquele
mesmo período apresentou uma valorização real. |
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Tela 35 |
| Ao
longo do tempo, constatamos que os preços das mercadorias não
são constantes, eles podem aumentar ou diminuir. Da mesma forma,
os salários e os contratos comerciais apresentam a mesma tendência.
Quando os preços dos bens e serviços aumentam, chamamos esse fenômeno de inflação. Por outro lado, quando os preços dos bens e serviços caem, isto representa uma deflação. Diante desse problema, tanto da inflação como da deflação, se os agentes não conseguirem reajustar seus preços, tanto trabalhadores como empresários podem estar perdendo seu capital. Mas como saber se os agentes estão perdendo ou ganhando com a inflação? O caminho mais rápido é o índice de custo de vida (ICV). Com base no ICV, os agentes podem ter um parâmetro mais confiável para avaliar suas perdas ou ganhos com a inflação.
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Tela 36 |
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Atualmente,
existem no Brasil diversos índices de custo de vida utilizados
pelo Governo e pelo mercado privado para estimar a inflação.
Entre os órgãos de pesquisa que levantam dados para o ICV no Brasil, estão:
Embora todos
partam de uma metodologia comum, seus resultados apresentam alguma divergência
devido a diferentes períodos de coleta de preços, às
características da população etc. |
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Tela 37 |
Em geral, podemos definir o Índice de Custo de Vida (ICV) como:
Para
a determinação dessa cesta de bens e serviços, devem
ser incorporados os hábitos e os costumes dos habitantes da região
onde está sendo realizada a pesquisa de modo a reproduzir um retrato
fiel do consumo dessa sociedade em determinado momento.
Fonte: IPEA, IBGE, DIEESE, FIPE. |
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Tela 38 |
Índices de Custo de Vida (dezembro de 1999=100)
Fonte: IPEA, IBGE, DIEESE, FIPE. |
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Tela 39 |
2
- Como Calcular o Custo de Vida
Deve-se destacar que a cesta de bens e serviços representa o retrato fiel de uma realidade no momento de realização da pesquisa. Da mesma forma que uma fotografia apresenta um momento que nunca se repetirá na vida das pessoas, a Pesquisa de Orçamento Familiar também vai retratar um momento único no consumo da sociedade. |
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Tela 40 |
Considere
uma família padrão que consome somente dois produtos: arroz
e feijão. Digamos que, após ser realizada essa pesquisa,
seja constatado que, em média, cada unidade familiar consome, durante
o mesmo período de tempo, 12 kg de cereais, 8 kg de arroz e 4 kg
de feijão.
Assim, após o levantamento da composição da cesta de bens e serviços consumidos por uma família média (8kg de arroz e 4kg de feijão), é preciso considerar o custo monetário desta cesta. Para tanto, deve ser coletado o preço de cada bem ou serviço pertencentes à cesta. Preço do Kg de arroz e feijão
Após realização do levantamento de preços e da definição das quantidades consumidas, o próximo passo é encontrar os custos dos produtos escolhidos e depois encontrar o custo total da cesta de bens em cada período de tempo. |
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Tela 41 |
Custo
da Cesta de Bens e Serviços.
Com
base na tabela anterior, podemos afirmar que o custo em termos monetários
da cesta padrão, ao longo dos quatro anos, não foi constante.
Ela custava R$ 18,00 em 2000, R$ 20,00 em 2001, R$ 30,00 em 2002 e R$
28,00 em 2003.
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Tela 42 |
Usando
os dados de exemplo na fórmula, tem-se:
Em
2001
Em
2002
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Tela 43 |
Em
2003
Com base nestes cálculos, podemos dispor de uma série de resultados ao longo do tempo. Nesse caso, encontramos os Índices de Preços referentes a quatro anos, de 2000 a 2003. Índice de Preços
Com a construção de uma série de índice de preços, pode-se começar a determinar a taxa de inflação ou a variação ocorrida nos preços. Índice de Preços e Variação anual
As etapas praticadas neste exemplo regem todos os índices de preços. As diferenças encontradas nos resultados podem ser decorrentes de alguns fatores, como:
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Tela 44 |
3
- ICV Verdadeiro
b) Novos produtos podem estar entrando ou saindo da cesta de consumo.
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Tela 45 |
4 - Atualizando Valores do Passado para o Presente
Por que devemos atualizar valores passados para o presente? O índice de preços possibilita que o preço de uma mercadoria possa estar valorizando ou desvalorizando-se em relação à inflação ao longo do tempo. Por exemplo:
o índice de preços pode apontar um aumento de 30%, enquanto
o preço de uma mercadoria cresceu somente 10%. Em termos reais,
o valor dessa mercadoria caiu. Por exemplo,
para um produtor agrícola, se os preços de venda do arroz
e feijão, em termos reais, apresentarem uma tendência de
queda, ao longo do tempo, esta informação poderá
fazer com que essas culturas sejam abandonadas em direção
a outros produtos que apresentam resultados melhores. |
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Tela 46 |
Como
podemos atualizar o preço de um bem ou serviço comprado
em um período de tempo passado para os dias atuais? Como descrito
anteriormente, vamos fazer utilidade dos conhecimentos aprendidos na confecção
dos índices de preços.
Supondo que em 1996 uma geladeira custasse R$ 550,00, qual seria seu preço atualizado em 1999? Como podemos verificar na tabela anterior, o índice de preços em 1996 é equivalente a uma base de 100,00, e em 1999 esta mesma base representava um índice de 155,55. O princípio básico para a resolução deste problema está na utilização da regra de três. Preço da Geladeira
Se em 1996 o índice de preços era de 100,00 e uma geladeira custava R$ 550,00, e, em 1999, o índice de preços era de 155,00 e o preço atualizado da geladeira era X.
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Tela 47 |
Outro caminho é utilizar a seguinte fórmula:
Em que: Valor no ano t = Representa o valor da produção no ano t ou o ano que se deseja atualizar os valores; Valor no ano t-n = Representa o valor da produção no ano t menos “n” períodos ou o valor da produção no período em que se deseja atualizar; Índice de preços no ano t = Representa o índice de preços do período em que se deseja atualizar o valor de sua mercadoria; Índice
de preços no ano t – n = Representa o índice
de preços do período em que se deseja atualizar o valor
da mercadoria. |
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Tela 48 |
| Resumo
Neste módulo, aprendemos o princípio básico
para a construção de um índice de custo de vida –
ICV. Este indicador mostra o quanto em recursos financeiros as famílias
devem gastar para manter seu padrão de vida ao longo do tempo.
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