| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Uma Perspectiva A habilidade de uma nação em aumentar o padrão de vida do seu povo depende crucialmente da sua taxa de crescimento de longo prazo. Sobre um período extenso de tempo, uma diferença aparentemente pequena na taxa de crescimento econômico pode ser traduzida em uma grande diferença de renda média por pessoa.
Como ilustração, vamos comparar a experiência histórica da Austrália e do Japão. Em 1870, o PIB per capita era em torno de cinco vezes maior na Austrália do que no Japão. Num longo período de 126 anos, o produto per capita da Austrália cresceu 1.3% em média por ano, tal que em 1996 a sua renda real tinha aumentado 5 vezes em relação ao número de 1870. Entretanto, durante o mesmo período, o PIB por pessoa do Japão cresceu à taxa de 2.7% por ano atingindo um nível, em 1996, 28 (vinte oito) vezes maior do que em 1870. A taxa de crescimento de 2.7% ao ano da economia japonesa pode não parecer muito maior do que a experimentada pela Austrália, de 1.3% ao ano. Todavia, em 1996, o Japão, que era em 1870 um país muito mais pobre do que a Austrália, já tinha ultrapassado em 15% a renda per capita da Austrália e se tornado a maior economia daquela região do Pacífico. Embora essas diferenças sejam relativas a longo prazo, mudanças nas taxas de crescimento podem ter efeitos significativos sobre a economia em uma ou duas décadas de crescimento. |
Tela 2 |
| Por exemplo, aproximadamente a partir de 1973 a economia americana e outras economias industriais experimentaram uma redução continuada de suas taxas de crescimento (ver na Figura 1 o PIB real da economia norte-americana). Entre 1947 e 1973, o PIB total da economia americana cresceu mais de 3.7% ao ano, mas entre 1973 e 1988, o PIB real dos Estados Unidos cresceu 2.7% ao ano. Para ficar claro o impacto desta diferença, imagine que a economia americana continuasse a crescer a 3.7% ao ano em vez de 2.7%. Se isto tivesse acontecido, o PIB dos Estados Unidos em 2000 seria 27% maior do que o PIB verdadeiro observado em 2000 – um valor adicional, aproximadamente, de US$ 2.4 trilhões ou de US$ 9000,00 por pessoa (em dólares de 2000).
Precisamos também pensar a definição de crescimento econômico. A mais simples concepção diz apenas que é um aumento sustentado da taxa de crescimento do produto per capita de uma nação. Todavia, antes de deixarmos este ponto mais claro, precisamos definir alguns pontos para tornar isso mais familiar. O crescimento econômico se mostra sustentado entre a maioria dos países do mundo. Mesmo os países mais pobres apresentam taxas de crescimento médias positivas. Entretanto, existem grandes divergências entre as taxas de crescimento das diferentes nações. |
|
|
Tela 3 |
| Como comparar o crescimento econômico entre nações?
Este é o motivo de abordar o PIB per capita, ou simplesmente, produto per capita. Usamos o produto per capita, pois o PIB difere muito entre as diversas nações do mundo. Por exemplo, como comparar a riqueza entre o Brasil e a Suíça ou entre a China e a Bélgica? Ora, sabemos pela observação direta que a Suíça ou a Bélgica são mais ricos do que o Brasil ou a China. Todavia, se comparamos diretamente o PIB desses países, observamos que o contrário seria verdade. O PIB dos grandes países tende a ser maior do que o de países pequenos, mas isto não reflete a riqueza local. Este ponto ficará mais claro nas explicações sobre a importância da medida do produto per capita. |
|
|
Tela 4 |
| 2 - Riqueza e Pobreza são conceitos relativos. Um sujeito será considerado rico se for comparado com alguém que possui menos dinheiro ou bens. Portanto, para avaliar o crescimento, precisamos comparar a renda entre países. Uma forma direta de comparação é o PIB per capita. O PIB per capita é o seguinte:
Isto dá ideia de riqueza independente do tamanho da população, pois quando se divide todo o PIB pela população, atribui-se uma mesma fatia da produção do país por cabeça de habitante. Desse modo, temos uma medida de produto individual para qualquer país do mundo, ou medida da renda média por pessoa. Portanto, o adequado é compararmos o PIB per capita entre as nações. Por exemplo, na tabela abaixo, apresentamos o PIB per capita da economia brasileira, em valores reais de 1990, para o período de 1950 a 2000. Notamos que até 1980 a economia apresentava taxas significativas de crescimento, mas depois de 1980 a taxa de crescimento diminuiu substancialmente. A taxa de crescimento denota a diferença entre cada ponto do tempo em relação ao ponto inicial. PIB per capita, US$ 1990, 1950-2000
Na história recente, a taxa de crescimento varia muito entre países. Por exemplo, os países mais pobres possuem sistematicamente 1/32 da renda per capita dos Estados Unidos. Este é um fato que se revela muito estável nos últimos cinquenta anos. |
|
|
Tela 5 |
| A pergunta que deve ser feita nesse caso é por que existe grande disparidade de renda entre países. Por que existem países ricos e outros tão pobres? Esta é a questão colocada para entender o crescimento econômico.
É sabido que a economia americana e a dos países ricos apresentam taxas positivas de crescimento do PIB per capita durante longos períodos de tempo. Por exemplo, nos últimos cinquenta anos a economia americana tem apresentado consistentemente uma taxa de crescimento do produto per capita de 1.56% ao ano. Essa taxa de crescimento pode parecer pouco, mas não é. Mesmo em situações em que a taxa média de crescimento de uma economia seja bastante reduzida em um determinado período, isto se mostra bastante diferente quando realizamos uma comparação com seus resultados finais. |
|
|
Tela 6 |
| Na tabela abaixo, apresentamos qual seria o crescimento final em 20, 30 e 50 anos com diversas taxas de crescimento médio sendo capitalizadas ano a ano. Taxas de Crescimento capitalizadas ao final de cada período
Nesta tabela podemos observar que as taxas de crescimento quando parecem pequenas em termos percentuais tornam-se grandes quando compostas ao longo de muitos anos. Por exemplo: um crescimento médio de 0,5% ao ano resulta em 50 anos em crescimento de 28.3%. Da mesma forma, se a taxa média de crescimento for de 1,5%, o resultado acumulado final será de 110,5% em 50 anos. |
|
|
Tela 7 |
| Explicar as grandes variações mundiais nos padrões de vida é um pouco trivial. Ou seja, fácil. A explicação por que países são mais ricos e outros são pobres pode ser resumida na produtividade.
A produtividade é a capacidade de um país gerar mais riqueza com uma quantidade relativa menor de insumos produtivos. Em geral, utilizamos a função de produção agregada para descrever a relação entre quantidade de produção e quantidade de insumos utilizados. O produto de uma economia em termos de bens e serviços depende da quantidade disponível de insumos produtivos, tais como capital e trabalho, e sobre a produtividade no uso de todos estes insumos. A relação entre estes insumos e o produto é exatamente o que é descrito por uma função de produção agregada. |
|
|
Tela 8 |
| Por exemplo, suponha que Y é a quantidade total produzida, L, a quantidade de trabalho, e K, a quantidade de capital da economia. Então podemos escrever a função de produção na seguinte forma:
Em que F( ) é a função de produção que mostra como os insumos são combinados para gerar o produto. A é uma variável que representa a tecnologia produtiva disponível. À medida que a tecnologia se aperfeiçoa, A aumenta, de modo que a economia produz mais a partir de qualquer combinação dada de insumos. Portanto, fazendo uma simples transformação, obtemos:
Esta é a forma usual de como os economistas medem a produtividade. Ela, às vezes, é chamada de produtividade total dos fatores ou de resíduo de Solow. Portanto, calculando A temos uma medida da produtividade de uma economia. Esta também é a forma usual de se medir o crescimento da produtividade nas empresas. Essa forma de descrevermos a produção de uma economia entre o produto, insumos e a produtividade é também chamada de contabilidade do crescimento. O resultado de um lado da função de produção deve necessariamente ser igual ao do outro lado, por isso ele é denominado “contabilidade do crescimento”. Assim, como em contabilidade, criamos uma conta tal que garanta que um lado seja sempre igual ao outro. O nome dessa conta é a produtividade. Sabendo qual o comportamento de A, pode-se ter uma noção detalhada do comportamento da economia a longo prazo, ou seja, do crescimento econômico. |
|
Tela 9 |
| Todavia é interessante salientar que muitos economistas têm chamado atenção para fatos que dizem respeito ao comportamento da produtividade entre as empresas. São eles:
Em termos macroeconômicos, a produtividade é:
Uma questão muito importante é saber o que determina o crescimento de um país. Ou seja, qual a principal razão pela qual os padrões de vida hoje são mais elevados do que há muitos anos. Por exemplo, o telefone, o transistor e motor de combustão interna estão entre as milhares de inovações que aperfeiçoaram a capacidade de produzir bens e serviços.
|
|
|
Tela 10 |
| Embora uma grande parte do avanço tecnológico tenha sido desenvolvido por pesquisas de empresas privadas e inventores isolados, há também um interesse público em promover esses esforços. Em larga medida, o conhecimento é um bem público: uma vez descoberta uma ideia, ela passa a fazer parte do acervo de conhecimento de uma sociedade e pode ser usada livremente. Da mesma forma que o governo tem um papel na oferta de bens públicos, como a defesa nacional, ele tem também um papel no incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Neste caso, os governos desempenham um papel na criação e disseminação de conhecimento tecnológico. A forma usual do governo na geração de tecnologia é o financiamento direto de pesquisas em diversas áreas. Outra forma de o governo incentivar a pesquisa é por meio do sistema de patentes. Quando uma empresa ou uma pessoa inventa um novo produto, como um novo medicamento, o inventor pode solicitar uma patente. Se o produto for considerado verdadeiramente original, o governo concede a patente, o que dá ao inventor o direito exclusivo de fabricar o produto durante determinado número de anos. A patente fornece ao inventor o direito de propriedade sobre sua invenção, tornando sua nova ideia um bem privado em lugar de um bem público. Ao permitir que os inventores lucrem com seus inventos, o sistema de patentes aumenta o incentivo para que empresas e indivíduos se dediquem à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos. |
|
|
Tela 11 |
| 3 - Elementos da produtividade Embora a produtividade seja um fator importante, outros fatores são cruciais para determinar a produção e importantes para determinar a produtividade. São eles: Capital físico - Trabalhadores são mais produtivos quando dispõem de ferramentas para executar seu trabalho. O estoque de equipamentos e estruturas usados para produzir bens e serviços é denominado capital físico ou simplesmente capital. Por exemplo, quando os marceneiros fabricam móveis, eles usam serras, tornos e furadeiras. Mais ferramentas permitem que o trabalho seja feito mais rápido e perfeitamente. Isto é, um trabalhador com apenas ferramentas manuais básicas fabrica menos móveis do que um trabalhador que dispõe de ferramentas especializadas.
Capital humano - Capital humano, segundo determinante da produtividade, é o termo que os economistas empregam para descrever o conhecimento e as habilidades que trabalhadores adquirem por meio da educação, do treinamento e da experiência profissional. O capital humano inclui a perícia acumulada em programas para a Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, cursos superiores e treinamento no emprego para trabalhadores adultos. Embora a educação, o treinamento e a experiência sejam menos tangíveis do que tornos e edificações, o capital humano tem muitas semelhanças com o capital físico. Como o capital físico, o capital humano aumenta a capacidade da nação para a produção de bens e serviços. Também como o capital físico, o capital humano é um fator de produção. A produção do capital humano exige insumos na forma de professores, bibliotecas e tempo de estudo. Os estudantes podem ser considerados trabalhadores que têm a importante tarefa de produzir o capital humano que será utilizado na produção futura.
|
|
|
Tela 12 |
| Recursos naturais - O terceiro determinante da produtividade são os recursos naturais, insumos fornecidos pela natureza, como a terra, os rios e as jazidas minerais.
Os recursos naturais se apresentam de duas formas:
Uma floresta é um exemplo de recurso natural renovável. Quando uma árvore é abatida, pode-se plantar outra em seu lugar. O petróleo é um exemplo de recurso natural não renovável. Dado que o petróleo é produzido pela natureza ao longo de milhares de anos, a oferta é limitada. Se a disponibilidade de petróleo for esgotada, é impossível criar mais. Diferenças na dotação de recursos naturais são responsáveis por algumas das diferenças mundiais de padrões de vida. O sucesso histórico dos Estados Unidos foi em parte impulsionado pela ampla oferta de terras adequadas à agricultura. Atualmente, alguns países do Oriente Médio, como o Kuwait e a Arábia Saudita, são ricos simplesmente porque estão localizados sobre as maiores jazidas petrolíferas do mundo. Embora os recursos naturais sejam muito importantes, eles não são fundamentais para que uma economia registre alta produtividade. O Japão, por exemplo, é um dos países mais ricos do mundo, apesar dos poucos recursos naturais de que dispõe. O comércio internacional torna possível o sucesso do Japão. O país importa muitos dos recursos naturais utilizados, como o petróleo,por exemplo, e exporta bens manufaturados para economias ricas em recursos naturais.
|
|
|
Tela 13 |
Conhecimento tecnológico - Um quarto determinante da produtividade é o conhecimento tecnológico, a compreensão das melhores formas de produzir bens e serviços. Cem anos atrás, em vários países, as pessoas trabalhavam no campo porque a tecnologia requeria um alto insumo de trabalho para alimentar toda a população. Atualmente, graças à tecnologia agrícola, uma pequena parcela da população pode produzir alimentos suficientes para atender todo o país. Esta mudança tecnológica liberou mão de obra para a produção de outros bens e serviços. O conhecimento tecnológico assume várias formas. Parte da tecnologia é conhecimento comum – depois de ser utilizada por alguém, todos se tornam conscientes da tecnologia. Uma vez que a Ford introduziu com sucesso a produção em linhas de montagem, outros fabricantes de automóveis a seguiram. Outras tecnologias são proprietárias. Por exemplo, apenas a Coca-Cola conhece a receita do seu refrigerante. Quando uma empresa farmacêutica descobre uma nova substância, o sistema de patentes lhe dá um direito temporário de exclusividade sobre a fabricação desta substância. Quando a patente expira, contudo, as demais empresas podem fabricar a substância. Todas essas formas de conhecimento tecnológico são importantes para a produção de bens e serviços na economia. É importante distinguir capital humano de conhecimento tecnológico. Embora estejam estreitamente relacionados, há uma diferença importante. O conhecimento tecnológico se refere ao entendimento por parte da sociedade a respeito do funcionamento do mundo. O capital humano tem a ver com os recursos despendidos para transmitir esse conhecimento à força de trabalho. O conhecimento tem a ver com a qualidade dos livros, enquanto o capital humano tem a ver com o tempo que as pessoas destinam a sua leitura. A produtividade dos trabalhadores depende tanto da qualidade dos livros disponíveis quanto do tempo destinado a seu estudo. |
|
|
Tela 14 |
| Resumo O crescimento econômico tem um papel importante para a superação do subdesenvolvimento nas nações pobres. Nesse sentido, o crescimento econômico representa um pré-requisito indispensável para o desenvolvimento. O crescimento no longo prazo depende de vários fatores coordenados, por exemplo: estabilidade política, econômica, respeito aos direitos civis etc., de modo a incentivar o investimento na atividade produtiva. Estes investimentos agem diretamente sobre a produtividade fazendo-a aumentar ao longo do tempo. O papel da produtividade é tão essencial na promoção do crescimento no longo prazo que o entendimento de seus componentes se faz obrigatório. Nesse sentido, investigamos os componentes da produtividade (capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimentos tecnológicos) e o seu papel desempenhado como indutores do crescimento da atividade. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 15 |
| 1 - Relação entre crescimento e subdesenvolvimento O desenvolvimento econômico é um objetivo a ser perseguido pelos dirigentes políticos. Quanto maior o grau de desenvolvimento de uma economia, melhores serão as condições de vida de sua população. O desenvolvimento de um país passa pela melhoria nas condições de vida de sua população. Isto pode ser identificado por meio de indicadores de qualidade de vida, como:
|
|
|
Tela 16 |
| Em geral, associamos o resultado final do crescimento econômico ao desenvolvimento. Nesse sentido, é razoável supor que, quando a economia está crescendo, diversas variáveis sócioeconômicas tendem a melhorar. E quando a economia está em recessão, os mesmos indicadores tendem a piorar. Em linhas gerais, para que um país supere o estágio de subdesenvolvimento, é necessário que ele apresente altas taxas de crescimento econômico a longo prazo. Todavia, o simples crescimento da renda per capita não é uma condição para o desenvolvimento. Para que um país caminhe, é necessário que ocorram algumas transformações em sua base produtiva. Por exemplo:
|
|
|
Tela 17 |
| 2 - Características básicas do subdesenvolvimento Uma economia subdesenvolvida é aquela cujos habitantes não conseguem beneficiar-se da sua riqueza produzida de forma equilibrada.
Nesse sentido, o eficiente uso dos fatores de produção possibilita que uma economia possa crescer, de forma sustentável, a longo prazo. Quando o uso dos fatores de produção não é utilizado de forma eficiente, os resultados apresentados mostram que o subdesenvolvimento é uma condição permanente. |
|
|
Tela 18 |
| Os países subdesenvolvidos possuem algumas características comuns quanto ao uso dos fatores de produção:
|
|
|
Tela 19 |
| Como consequência dessa distribuição dos fatores de produção, as economias subdesenvolvidas tendem a apresentar este quadro:
Em geral, quanto maior a renda per capita de um país, mais desenvolvida é a sua sociedade. Entretanto, esta relação não acontece de modo a beneficiar a todos os Extratos sociais, pois a distribuição dos benefícios não ocorre de modo equilibrado. Nesse sentido, a concentração da renda em benefício de uma pequena minoria consegue distorcer os resultados do crescimento econômico. Diante disso, foi criado pelo Programa das Nações Unidas para os países em Desenvolvimento (PNUD) o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como tentativa de avaliar a qualidade de vida da população. |
|
|
Tela 20 |
| A construção do IDH é composta de três variáveis, com pesos iguais:
Os dados são padronizados em uma série de 0 a 1. O número 1 (um) apresenta uma excelente qualidade de vida e o número 0 (zero), uma péssima condição de vida. O PNUD considera uma região com desenvolvimento elevado se o IDH registrar um valor superior a 0,8; com desenvolvimento médio, entre 0,8 e 0,5; e com desenvolvimento baixo, menos de 0,5. Em 1996, O PNUD divulgou os resultados do IDH para os Estados Brasileiros. Os dados dessa pesquisa mostraram que a realidade brasileira é extremamente desigual, pois em um mesmo país havia regiões que apresentavam características econômicas e sociais pertencentes tanto a países desenvolvidos como a países subdesenvolvidos. Para os anos 90, este quadro não mudou substancialmente. |
|
Tela 21 |
| 3 - Pobreza Junto com o subdesenvolvimento está também a pobreza. Quanto mais subdesenvolvida for uma economia, maior será o percentual de pobres e miseráveis nela sobrevivendo.
A pobreza é um dos grandes males que afligem a humanidade. Sua existência exclui milhões de pessoas do mercado consumidor, privando-as de adquirir bens de consumo e serviços para sua subsistência, levando-as a condições de vida subumanas. Nesse sentido, a incidência da pobreza, geralmente, está associada à fome e à subnutrição. Caracterizar uma pessoa ou grupo social como pobre ou indigente é tarefa difícil, porque essa definição não é precisa. Também se deve diferenciar pobreza de empobrecimento: o primeiro termo designa as condições de vida desses indivíduos, o segundo, as condições sociais de reprodução dos indivíduos. |
|
|
Tela 22 |
| Em geral, associa-se pobreza e indigência à baixa remuneração, e esta relaciona-se à capacidade de adquirir bens de consumo. É necessário levar em conta que a própria definição dos limites e parâmetros para a medição da pobreza está relacionada a fatores extrarrenda. Entre esses estão os hábitos e os costumes de uma região e as mudanças ao longo das gerações. Tendo em vista que essas variáveis não são estáticas, e sim dinâmicas, pode-se inferir que a definição precisa de linhas de pobreza é aparentemente fácil, mas na realidade é subjetiva e de difícil execução. A dificuldade em definir parâmetros de pobreza pode ser ilustrada no conceito utilizado pelo governo dos Estados Unidos. Para o governo americano, considera-se família pobre aquela cujos rendimentos anuais não ultrapassam a US$ 17.761. Por estes parâmetros, um pobre nos Estados Unidos poderia ser considerado rico em países mais pobres. Estes dados mostram-se mais discrepantes quando compararmos o conceito de pobreza utilizado pelo Banco Mundial. Para ele, a pessoa é considerada pobre se conseguir um rendimento médio de US$ 1,00 por dia ou US$ 365,00 por ano.
|
|
|
Tela 23 |
| 4 - Distribuição equilibrada da renda e estabilidade dos preços Em geral, a literatura econômica demonstra que, para que ocorra distribuição mais equilibrada da renda, um dos pré-requisitos fundamentais é o crescimento econômico. Entretanto, uma das condições básicas para o crescimento econômico é a manutenção da estabilidade dos preços. A longo prazo, a estabilidade de preços é uma pré-condição para que os investimentos sejam executados. Os investimentos possuem um papel fundamental no crescimento, pois é por meio deles que as atividades econômicas se expandem, proporcionando um aumento na atividade econômica. Quando uma economia cresce, todas as variáveis sócioeconômicas tendem a melhorar. Nesse sentido, não há melhora na distribuição da renda sem crescimento. Todavia, o crescimento por si só não garante uma melhora na distribuição da renda.
|
|
|
Tela 24 |
| Distribuição equilibrada da renda - O desenvolvimento econômico pressupõe que a distribuição do rendimento seja equilibrada. Isto é, quanto mais bem equilibrada for a distribuição da renda, maior será o desenvolvimento econômico. Para os formuladores da política econômica, a distribuição de renda engloba dois objetivos complementares diferentes:
Desníveis regionais - O que são os desníveis regionais?
Os desníveis regionais podem ser explicados por diversos estudos iniciados, principalmente nos anos 60, por Perroux, Friedman e North, Wilianson, Myrdall etc. O Ponto Principal da teoria de localização de Perroux baseia-se na implantação de polos de crescimento que privilegiam as regiões mais carentes, pois, segundo este modelo, o progresso se irradiaria deste polo para as regiões mais pobres. |
|
|
Tela 25 |
| Já no Modelo de Willianson (1968,1977), as desigualdades internas apresentam uma correlação positiva com o crescimento. Quando a economia está em crescimento, ocorre um aumento das disparidades regionais até um ponto em que estes resultados começam a melhorar. Outras conclusões desse autor foram que:
Para Gunnar Myrdall (1968), os motivos do desequilíbrio são as diversidades dos recursos naturais existentes. Na maior parte dos países estudados, o processo de crescimento econômico ocorreu de forma mais intensa, inicialmente nas regiões mais bem dotadas de recursos naturais, para em seguida se verificar nas regiões que possuem dotações de recursos menos expressivas. |
|
|
Tela 26 |
| Os motivos que levam uma região a se destacar em relação a outras, por meio do nascimento de um polo de desenvolvimento diferenciado, são:
Em dado momento, a dinâmica desse polo passa a exercer um poder de atração sobre os recursos humanos e sobre a disponibilidade de capital de outras regiões menos dinâmicas. As migrações humanas não têm efeito atenuador das desigualdades. |
|
|
Tela 27 |
| Com o tempo, o polo de desenvolvimento tende a absorver todos os capitais das áreas próximas. Como resultado, as condições de infraestrutura tornam-se substancialmente diferentes das regiões circunvizinhas mais atrasadas, apresentando uma nítida diferenciação. Os estágios de desenvolvimento de cada país e os padrões de crescimento são apontados como determinantes básicos da concentração da renda e da riqueza. Também devem ser considerados os padrões segundo os quais se realiza o processo de acumulação, os direitos à propriedade e à sucessão hereditária, a mobilidade social etc. Pode-se afirmar que: nas economias em que coexistem dois setores bem distintos, um moderno e dinâmico e outro tradicional, os graus de concentração de renda tendem a ser mais concentrados.
|
|
|
Tela 28 |
| 5 - Atenuação dos desníveis e das desigualdades Para atenuar desníveis e desigualdades, somente políticas a longo prazo apresentam resultados significativos. Quanto aos desníveis regionais, podemos identificar as seguintes ações do Governo: a) Políticas de povoamento de áreas pouco habitadas e expansão da fronteira agrícola;
b) Canalização de investimentos em infraestrutura, saúde, educação, saneamento no uso de matérias-primas, principalmente para regiões mais atrasadas;
c) Regionalização dos investimentos;
d) Criação de órgãos oficiais de fomento.
|
|
|
Tela 29 |
| Quanto à distribuição da renda e da riqueza, o Estado pode intervir propondo políticas públicas voltadas para:
a) Melhoria do acesso
à educação, saneamento, saúde e toda a infraestrutura
social para as populações mais pobres. |
|
|
Tela 30 |
| Resumo O subdesenvolvimento é resultado da má utilização dos fatores de produção. A má ou baixa utilização provoca pouca geração de emprego, baixa produtividade em virtude do mau uso dos fatores de produção, salários reduzidos em por causa da baixa produtividade da economia, renda per capita baixa, baixos níveis de investimento e poupança interna, poupança interna insuficiente para garantir o crescimento sustentável, altas taxas de desemprego e alta concentração de renda. O subdesenvolvimento está associado à pobreza e à distribuição da renda. Quanto mais subdesenvolvida for a economia, piores serão os resultados apresentados. |
|
|
| Unidade 4 | Módulo 1 | Tela 31 |
| 1
- Emprego x desemprego
A economia brasileira na década de 1990 apresentou diversas transformações estruturais em relação aos anos anteriores. Entre elas, cita-se a retomada da abertura comercial, estabilidade de preços e a tendência à valorização da moeda interna frente ao dólar americano, bem como a aceleração da modernização das atividades produtivas.
A abertura
comercial, iniciada no governo Collor de Mello (1990 – 1992), representou
um incentivo para as empresas localizadas no país investirem recursos
na modernização de seus parques industriais. Nesse contexto,
deve ser acrescentada a redução tarifária de importação
e a diminuição das restrições não tarifárias
às importações existentes, que por sua vez permitiram
um aumento na oferta e na qualidade de bens e serviços disponíveis
no mercado interno. |
|
|
Tela 32 |
Se, por um lado, um aumento da concorrência propiciou maior diversidade de opções para os consumidores, por outro, representou um duro impacto para a indústria nacional, que, em sua maior parte, não estava preparada para o aumento da concorrência. Frente a essa situação, o setor industrial e os demais setores que estavam expostos à concorrência dos importados defrontaram-se com um dilema: ou ajustavam suas estruturas de produção ou não sobreviviam. Cabia, em última instância, ao mercado escolher as firmas sobreviventes. Para as firmas sobreviventes, a adoção de novos e mais modernos processos de gestão e produção foi o caminho encontrado para a continuação de suas atividades. Setores como: vestuário, calçados e brinquedos foram os que mais sofreram com a concorrência importada, enquanto nos mais tradicionais, como o alimentício, os efeitos foram menos sentidos. Em linhas gerais, a abertura comercial sinalizou um aumento no processo de modernização produtiva e afetou de forma bastante heterogênea a base produtiva. |
|
|
Tela 33 |
A modernização produtiva e a abertura comercial indicaram mudanças substanciais para o mercado de trabalho brasileiro, tanto de forma quantitativa como qualitativa.
Nesse ambiente de constantes alterações, o perfil do trabalhador exigido pelo mercado de trabalho é substancialmente diferente da mão de obra empregada. A introdução de novas técnicas de gestão e produção passou a exigir do trabalhador moderno a capacidade de adaptar-se às mudanças muito mais elevadas do que o verificado pelo operário moldado dentro do modelo de produção tradicional. Em linhas gerais, nesse modelo, a super especialização do trabalhador em poucas atividades não exige da força de trabalho grau de escolaridade avançado. Cabe ao empregador treinar seus empregados nas tarefas necessárias à produção. |
|
|
Tela 34 |
Com a modernização produtiva, o tipo de trabalho gerado solicita do trabalhador uma maior capacidade para a tomada de decisões e um maior nível de destreza na execução de suas tarefas. Essas mudanças no mundo do trabalho são denominadas pelos especialistas de modelo pós-fordista. Ele aponta para a descentralização das decisões e menor hierarquização do trabalho.
Todavia, as mudanças nas organizações empresariais não ocorrem de forma homogênea. A introdução de novos modelos de gestão se verifica de modo bastante heterogêneo, ocorrendo de modo mais acentuado nos mercados mais expostos à concorrência externa e de forma mais incipiente nos setores mais protegidos. |
|
|
Tela 35 |
A introdução de novos modelos de gestão e produção aliada à aquisição de novas máquinas e equipamentos permitiram um aumento na produtividade industrial.
|
|
|
Tela 36 |
| Cabe destacar
que, nos anos 80, a economia brasileira passava por um crítico período
recessivo. A literatura econômica tem sinalizado que, sem crescimento
econômico, é praticamente impossível à economia
gerar novos postos de trabalho, ou seja, o emprego pode crescer com o aumento
da atividade e não o contrário.
Atualmente, o emprego é uma das principais questões debatidas pelos economistas e por toda a sociedade. No Brasil, um dos principais pontos discutidos refere-se à incapacidade da economia nacional de gerar, anualmente, novos postos de trabalho em quantidade suficiente para absorver o grande fluxo de novos trabalhadores que ingressam no mercado de trabalho. Crescimento Econômico x Desemprego
Fonte: Wold Bank: Monthly Report of Macroeconomics Indicators Como consequência direta desse problema, verifica-se tendência de aumento nas taxas de desemprego durante a última década do século XX e início do século XXI. |
|
|
Tela 37 |
|
|
| Na
tabela a seguir, estão sinalizados os comportamentos apresentados
pelas taxas de desemprego na Grande São Paulo, entre 1991 e 2002.
Os dados contidos nessa fonte sinalizam uma tendência de aumento do desemprego, não importando a fonte de dados da pesquisa (PME ou PED). Taxa de Desemprego na Grande São Paulo: 1991 – 2002
Fonte:
Conjuntura Econômica, jan 2002.
Os dados a seguir mostram outra situação preocupante. A qualidade dos postos de trabalho está piorando nas seis maiores regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. A
Pesquisa Mensal de Emprego – PME indicou, ao longo dos
anos 1990, aumento considerável na proporção dos
empregos sem carteira assinada em relação ao total de
emprego gerado. Em outras palavras, verifica-se tendência para
a precarização da qualidade do emprego por meio da redução
do emprego formal em benefício do emprego informal e do aumento
de trabalhadores autônomos. |
|
Tela 38 |
Os dados na tabela seguinte apresentam um quadro fiel desse problema no Brasil. Eles mostram que, em 1991, quase 21% dos trabalhadores não tinham sua carteira de trabalho assinada. Em 1999, esse percentual sobe para aproximadamente 26,5%.
|
||||||||||||||||||||||
|
|
Tela 39 |
| Como
é mensurada a taxa de desemprego? Quando o governo divulga que a taxa de desemprego está aumentando ou diminuindo, em geral, fica na mente das pessoas a seguinte pergunta:
Para se medir uma taxa de desemprego, é necessário que se cumpram alguns requisitos. Por exemplo:
|
|
|
Tela 40 |
2.
Definir o público-alvo a ser atingido. Antes de
calcularmos as taxas de desemprego, é preciso identificar alguns
elementos, como:
Classificar uma pessoa como adulta é uma tarefa bastante difícil, visto que, ao longo da história, pessoas com pouca idade desempenham tarefas consideradas como de adultas. Para fins de análise de mercado de trabalho, são utilizados alguns parâmetros definidos pela idade biológica para determinar se uma pessoa está ou não em idade de trabalhar.
Considera-se,
para efeito das estatísticas de mercado de trabalho, como pessoa
adulta ou em idade de trabalhar todos os indivíduos com a faixa
etária de 16 a 65 anos pelo IBGE e de 10 a 65 anos pela Fundação
SEADE. Segundo os dados da PME, em 1999, a PIA das seis maiores regiões
metropolitanas do país era, aproximadamente, formada por 31.507.105
pessoas. |
|
|
Tela 41 |
Cabe ressalvar
que o IBGE trabalha de acordo com as recomendações
da Organização Internacional do Trabalho – OIT,
enquanto a Fundação SEADE não o faz diretamente.
Desse modo,
a PIA (População em Idade Ativa) é formada pela PEA
mais as pessoas fora da Força de Trabalho. |
|
|
Tela 42 |
3. Calcular as taxas de desemprego – para tanto, definimos a taxa de desemprego como: a razão entre o número de desempregados e o total da PEA.
Taxas
de Desemprego nas Seis Maiores Regiões
|
|
|
Tela 43 |
Situação do Mercado de Trabalho nas seis maiores regiões metropolitanas do país em agosto de 2000.
|
|
|
Tela 44 |
| 2
- Tipos de desemprego
As pessoas são consideradas desempregadas quando não conseguem obter ocupação. Quais as principais razões que levam as pessoas a serem desempregadas?
O desemprego é
classificado em três tipos de acordo com suas causas: Desemprego Friccional – é resultante do fluxo de entrada e saída de pessoas do mercado de trabalho e da criação e fechamento dos postos de trabalho.
|
|
|
Tela 45 |
Desemprego Estrutural – é resultante das modificações ocorridas nos empregos gerados pelo mercado de trabalho e pela incapacidade da mão de obra atual em absorver tais empregos. Também denominado desemprego tecnológico.
Desemprego Cíclico – é resultante do caráter cíclico da economia. Ao longo do ano, existem períodos em que atividade econômica cresce com maior intensidade. Por exemplo: nos meses de agosto a novembro, a indústria aumenta sua produção voltando-se para as encomendas do Natal. Por outro lado, após o Natal, a produção cai. Assim, o desemprego é associado ao ciclo da economia.
|
|
|
Tela 46 |
| 3
- Taxa natural de desemprego
Representa uma média histórica das taxas mensais de desemprego apresentadas por uma economia durante determinado período de tempo. Em torno desta média, as taxas de desemprego a curto prazo estão sempre relacionadas ou acima ou abaixo da média histórica. A tabela a seguir apresenta taxas de desemprego de alguns países desenvolvidos: Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França, Canadá e Japão. Com base nesses resultados, pode-se constatar que cada economia apresenta uma taxa média diferente. Em linhas gerais, as taxas mais elevadas se encontram nos países europeus e Canadá, enquanto no Japão ela é a mais baixa. Já o Brasil apresenta uma média na taxa de desemprego equivalente à da Alemanha.
|
|
|
Tela 47 |
| 4
- Por que algumas pessoas não estão na PEA?
Algumas razões explicam por que uma pessoa ou um grupo de pessoas não estão procurando emprego ou trabalhando? São elas:
|
|
|
Tela 48 |
|
|
|
Tela 49 |
|
|
|
Tela 50 |
| Atenção!
Basta que algumas dessas pessoas saiam da inatividade para que retornem
à PEA. Nesse caso, quando uma pessoa aposentada com menos de 65 anos
volta a procurar emprego, ela deixa de ser considerada inativa e passa ser
desempregada (ativa).
Por outro lado, se uma pessoa empregada ganhar na loteria e desistir de trabalhar, ela estará saindo da PEA e ficando somente na PIA. Para as mulheres, entre essas e outras razões como: matrimônio, procriação da espécie e condições culturais, fazem com que grande parte da população feminina não esteja no mercado de trabalho como pessoas ativas. Por estes motivos,
a taxa de participação da mulher no mercado de trabalho
é, em geral, inferior à masculina. A tabela de “Taxa
de Participação por Gênero: 1991 a 2002 (%)",
logo a seguir, sintetiza essa realidade no Brasil. |
|
|
Tela 51 |
| 5
- Taxa de Participação
A taxa de Participação ou de Atividade mostra o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão trabalhando ou procurando emprego. Em linhas gerais, pode-se constatar que as taxas estão declinando tanto para homens como para mulheres. Uma das razões para a existência desse fenômeno pode estar:
Taxa de Participação por Gênero: 1991 a 2002 (%)
Quando se observa o resultado por gênero, constata-se que a mulher apresenta resultados inferiores aos apresentados pelos homens. Para justificar esse quadro, existem diversas explicações. Entre elas estão: • Condições
culturais que levam a mulher a permanecer em casa; Mesmo em sociedades
mais industrializadas, as taxas de participação feminina
no mercado de trabalho são mais baixas que as dos homens. Essas
estatísticas, todavia, não contabilizam o trabalho doméstico
desempenhado pelas trabalhadoras, pois as mulheres possuem uma dupla jornada,
uma dentro de casa com seus afazeres domésticos e outra na linha
de produção. |
|
|
Tela 52 |
| Resumo
Neste módulo, aprendemos os conceitos básicos de mercado de trabalho utilizados pelos analistas econômicos; neste universo, apresentamos o que significa PEA, PIA e indicadores, como: taxa de emprego e desemprego. Também foi visto o processo de construção de um índice que apresente as taxas de emprego e desemprego, bem como as razões que levam as pessoas a não estarem nem trabalhando nem procurando emprego, entre as quais, pode-se relacionar: desistência de procurar emprego, continuação dos estudos, condições financeiras etc. O desemprego apresenta diversas facetas que podem ser manifestadas de várias maneiras, como: desemprego estrutural, desemprego friccional e desemprego cíclico. Quanto à participação
dos trabalhadores no mercado de trabalho, constata-se que a participação
da mulher no mercado de trabalho é, em geral, inferior à
masculina. Estes resultados se devem a um conjunto de fatores, desde condições
culturais, maternidade até o casamento. |
|
|
| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 53 |
|
| 1
- Mercado de trabalho
Como as forças que compõem a economia conseguem determinar as taxas de desemprego? O primeiro passo para encontrar a resposta está nas duas principais
forças do mercado de trabalho: A interseção dessas curvas permite definir um salário de equilíbrio ou um salário de mercado, além do nível de emprego.
Com base
no nível de emprego e no total da PEA,
podemos tirar duas taxas: |
|
Tela 54 |
| 2
- Oferta por trabalho
A longo prazo, a quantidade de pessoas que desejam trabalhar pode ser explicada por fatores como:
Por exemplo: um dia tem aproximadamente 24 horas. Destas horas, em geral, 8 são dedicados aos trabalhos diários na firma, restam portanto, preencher as 16 horas que faltam. Estas 16 horas representam o tempo que o trabalhador tem para descansar, dormir, conviver com sua família etc. |
|
|
Tela 55 |
| Trabalhadores
que ingressam no mercado (T). A cada ano, ingressa no mercado de
trabalho grande quantidade de jovens e adolescentes, que entram na Idade
Ativa. Esse fluxo de novos trabalhadores é um reflexo diretamente
causado pelo crescimento populacional.
Migrações – A entrada e a saída de grande contingente de trabalhadores podem influenciar o mercado de trabalho. Em alguns países do Oriente Médio, por exemplo, grande parte da mão de obra é constituída de trabalhadores estrangeiros. O tamanho da população (P) influencia a oferta de trabalho. Quanto maior for a população, maior será a quantidade de empregos que a economia deverá gerar. Uma população reduzida implica menores pressões para a economia gerar novos postos de trabalho e absorver as pessoas.
|
|
|
Tela 56 |
A curto prazo, podemos conceituar a curva de oferta de trabalho como a relação entre a quantidade de trabalhadores que estão dispostos a trabalhar e o nível de salários pagos (mantendo-se constantes os demais fatores). Quanto maiores forem os salários oferecidos pelo mercado, maiores serão as quantidades de trabalhadores dispostos a trabalhar.
O exemplo abaixo considera o mercado de trabalho de diaristas domésticos e mostra a relação positiva entre o número de pessoas dispostas a trabalhar e os salários pagos. Com base nesta relação, a cada real em que o salário é aumentado, acrescentam-se três novos trabalhadores dispostos a trabalhar.
Com base
na tabela anterior, podemos expressar a oferta de trabalho por meio de
uma função linear. em que: LS= Curva de Oferta de Trabalho Graficamente, a curva de oferta de trabalho de diaristas domésticos ficaria assim:
|
|
|
Tela 57 |
| 3
- Demanda por trabalho
A longo prazo, a quantidade de postos de trabalho que as empresas desejam preencher pode ser explicada por fatores tais como:
Ld = f(W,N,P, etc.) |
|
|
Tela 58 |
No curto prazo, pode-se conceituar a curva de demanda de trabalho como:
O quadro a seguir apresenta a relação negativa entre o número de postos de trabalho abertos pelas empresas e os salários pagos. Continuando com o exemplo do mercado de trabalho de diaristas domésticos, cada dois reais de aumento que elas receberem representará a redução de 4 postos de trabalho na quantidade de trabalhadores que as empresas desejam contratar.
Com base na tabela anterior, podemos expressar a demanda de trabalho dos diaristas por meio de uma função linear. Nesse caso: LD= 100 - 2W. Em que: LD= Curva de Demanda de Trabalho. Graficamente, a curva de demanda por trabalho de diaristas domésticos pode ser expressa da seguinte forma:
|
|
|
Tela 59 |
| 4
- Equilíbrio no mercado de trabalho
O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre quando as curvas de oferta e demanda por trabalho se encontram. Em uma situação de equilíbrio, a quantidade de pessoas que desejam trabalhar será igual à quantidade de postos de trabalho que as empresas desejam contratar. O primeiro passo a ser seguido será o de igualar as duas curvas: Sabendo-se que:
Com base nas curvas de oferta e demanda por trabalho, o salário de equilíbrio será de R$ 16 reais. Podemos, também, determinar o número de pessoas que estarão trabalhando. Para tanto, é necessário substituir o valor do salário de equilíbrio (R$ 16,00) na curva de oferta ou de demanda. A resposta será: 68 pessoas empregadas. Vejamos o seguinte gráfico. Curva
de Oferta e Demanda |
|
|
Tela 60 |
| O salário
de equilíbrio de mercado é conhecido também como salário
de mercado. Como se sabe, o mercado determina os salários. Então
é possível perguntar: Qual será o nível de emprego
quando o mercado de trabalho não estiver em equilíbrio?
Quando o mercado de trabalho não estiver em equilíbrio, o número de pessoas dispostas a trabalhar e o número de empregos abertos pelas empresas não serão iguais. Com base nas curvas de oferta e demanda, podemos verificar que, por um lado, quando o salário for de R$ 10,00, 50 pessoas desejarão trabalhar por este salário e as empresas desejarão contratar 80 empregados. Por outro, quando as diárias estiverem a R$ 20,00, as empresas estarão dispostas a contratar 60 trabalhadores enquanto 80 pessoas estarão dispostas a trabalhar como diaristas domésticos. Em ambos os casos, o nível de emprego não será igual ao de equilíbrio. No primeiro caso,
o nível de emprego será de 50 empregados.
|
|
|
Tela 61 |
|
| 5
- Salário de mercado e a produtividade da economia
Muitas vezes perguntamos por que os salários de São Paulo são mais elevados que os de Salvador. Os dados da PME mostram que em novembro de 2002, o salário médio de um trabalhador paulistano era de R$ 832,13; enquanto o do soteropolitano era de R$ 380,05. Por que eles são tão diferentes se têm como base o princípio da lei da oferta e da procura? Uma resposta sempre
lembrada pelos estudantes de economia é que o custo de vida de
Salvador é mais barato que o de São Paulo. Todavia, a resposta
a essa questão passa pelo desempenho da atividade econômica.
Quando a economia está em ritmo crescente, isso implica maior nível
de atividade e consequentemente maior oferta de emprego. Quando a
economia está apresentando um ritmo de crescimento muito baixo
ou reduzindo sua atividade, o nível de emprego, consequentemente,
é reduzido. |
|
Tela 62 |
O conceito de produtividade é representado pelo valor da quantidade de bens e serviços que cada habitante produz.
Quanto maior for este valor, mais produtiva será a força de trabalho. Por outro lado, quanto menor for este valor, menos produtiva será a força de trabalho. A Produtividade é obtida pelo valor da produção dividido pelo seu número de habitantes.
Quanto mais produtivos
forem os trabalhadores, maiores serão as quantidades de bens e
serviços que eles podem produzir, e consequentemente, maiores serão
as suas remunerações e vice-versa. |
|
|
Tela 63 |
Assim, a produtividade da economia está associada diretamente aos salários pagos por ela. Quanto mais produtiva for uma economia, mais altos serão os salários pagos. Por outro lado, quanto menos produtiva for a economia, mais reduzidos serão os salários pagos. É claro que esta relação não proíbe que alguém tenha salários extremamente altos em regiões pobres ou o contrário, salários extremamente baixos em regiões ricas. Neste caso, podemos fazer uma analogia direta entre a produtividade de uma economia e a sua renda per capita. Já que a renda per capita mostra a divisão da riqueza criada pelo número de habitantes.
Assim, a principal razão de São Paulo ter salários mais altos do que os de Salvador está na diferença de produtividade de cada região. São Paulo paga mais porque apresenta maior produtividade e Salvador paga menos porque é menos produtiva. |
|
|
Tela 64 |
| Resumo
O mercado determina os salários e, nesse modelo, as leis da oferta e da procura por trabalho são peças essenciais para fixação dos salários de mercado. A correlação entre as condições de economia, no que tange ao seu grau de desenvolvimento e sua capacidade de pagar salários mais elevados, é uma forte indicação do papel da produtividade. Isto é, quanto maior for a produtividade dessa economia, maiores serão os salários médios pagos por ela. Assim, uma forte razão
para explicar o porquê dos salários pagos por um trabalhador
médio angolano e um trabalhador médio americano está
na diferença de produtividade da economia como um todo. |
|
|
| Unidade 4 | Módulo 3 | Tela 65 |
| 1
- Mercado de trabalho em desequilíbrio
Que elementos podem proporcionar uma situação fora do equilíbrio inicial no mercado de trabalho? Vários fatores podem, momentaneamente, fazer com que o mercado de trabalho fique fora do seu equilíbrio inicial. Por exemplo, se o governo decidir fixar um salário mínimo acima do equilíbrio de mercado, o que acontecerá com o nível de emprego? Para melhor compreensão, vamos supor que a oferta de trabalho seja dada pela seguinte expressão: Ld = 20 + 3W e a demanda por trabalho, por: Ld = 100 – 2W. Em nosso exemplo, vamos
supor que o governo decida fixar a remuneração mínima
dos trabalhadores em R$ 20,00 reais por diária de trabalho. Como
o salário de mercado é de R$ 16,00; haverá, portanto,
uma diferença entre a quantidade de trabalhadores que desejam trabalhar
a este rendimento e o número de postos de trabalho abertos pelas
firmas. |
|
|
Tela 66 |
Por R$ 20,00, 80 pessoas estariam dispostas a trabalhar, mas por este mesmo valor somente seriam abertas 60 postos de trabalho. Consequentemente, o emprego cairia de 68 para 60, reduzindo-se, assim, em 8 postos de trabalho. Como consequência deste desequilíbrio, a taxa de desemprego aumenta, passando de 15% (12/80) para 25% (20/80). Mercado
de Trabalho em Desequilíbrio |
|
|
Tela 67 |
| 2
- Efeitos sobre o mercado no aumento da oferta
Quais seriam os efeitos sobre o mercado de trabalho se a oferta de trabalho aumentasse? Para que isto ocorra, é necessário que a quantidade de pessoas dispostas a trabalhar também aumente, independente do salário pago. O que poderá provocar tal efeito, supondo que a demanda por trabalho permaneça inalterada? A curto prazo, as possibilidades de aumentos inesperados na oferta de trabalho são praticamente nulas. É bem mais provável verificar esses efeitos quando medidos a longo prazo nas seguintes situações: aumento da população; entrada de novos imigrantes; mudanças na relação trabalho/lazer etc. Aumento
na oferta de trabalho O aumento
na oferta de trabalho provoca uma redução dos salários
pagos pelo mercado e aumento no nível de emprego. Se a oferta de
trabalho fosse reduzida, os efeitos seriam: redução no nível
de emprego e aumento dos salários pagos. |
|
|
Tela 68 |
| 3
- Efeitos do aumento na demanda por trabalho
Quais seriam os efeitos sobre o mercado de trabalho se as empresas passassem a demandar mais trabalhadores ou se verificassem o contrário? Quais seriam os impactos sobre o emprego e salário pago? No gráfico abaixo, um aumento na demanda por trabalho provoca um aumento nos salários pagos e aumento no nível de emprego. Aumento
na Demanda por Trabalho |
|
|
Tela 69 |
| 4
- Modelo do salário eficiente
Por que algumas empresas pagam salários acima do mercado?
Algumas empresas adotam uma tática diferente no que tange às suas relações trabalhistas. Essas empresas optam por pagar uma remuneração acima do que outras empresas pagam pela mesma função. Essa prática tem a finalidade de aumentar a produtividade dos trabalhadores e consequentemente reduzir os custos de produção. Existem alternativas
que possibilitam explicar os efeitos sobre a produtividade dos trabalhadores
quando as empresas resolvem pagar salários mais elevados do que
o determinado pelo mercado, por exemplo: |
|
|
Tela 70 |
A probabilidade de
contratar trabalhadores mais eficientes aumenta quando a firma paga salários
mais elevados e, com isso, ela pode reduzir os custos de produção.
Isso é possível porque os trabalhadores mais qualificados
percebem remuneração mais elevada do que aquela que os trabalhadores
menos qualificados aceitam. |
|
|
Tela 71 |
Exemplo 1: Para a construção de um muro em volta de uma casa, será necessário o uso de 10 milheiros de tijolos furados. O proprietário da casa tem à disposição três opções: contratar José, Manoel e Paulo. José aceita trabalhar por R$ 5,00 a hora, enquanto os outros dois trabalhadores aceitam fazer o mesmo serviço por R$ 3,00 e R$ 2,50 respectivamente. Todavia, o responsável pelo serviço não conhece a produtividade de cada um.
|
|
|
Tela 72 |
| Se o proprietário
da casa resolve pagar pouco, ele poderia, naquele momento, imaginar que
estaria fazendo uma boa redução dos custos da construção.
Porém, o custo total do trabalho de Paulo (hora de trabalho = R$
2,50) representa R$ 75,00; e de Manoel (hora de trabalho = R$ 3,00) seria
de R$ 72,00.
Contudo, isto nem sempre acontece. Em geral, os trabalhadores mais produtivos começam a trabalhar com salários mais altos do que os de menor produtividade. Para estes trabalhadores, salários mais baixos não constituem um bom incentivo para o trabalho. Para eles o custo de oportunidade de ficar em casa é bem maior. Todavia, se o dono
da casa fosse menos avarento, isto é, ele pagasse R$ 5,00 a hora
trabalhada, ele contrataria uma mão de obra mais eficiente, e consequentemente,
seu custo final seria bem menor do que o apresentado pelos trabalhadores
menos qualificados (R$ 60,00). Em outras palavras, pagando-se mal, a probabilidade
de ter um custo de produção mais elevado é maior. |
|
|
Tela 73 |
|
| 5
- Poder de barganha dos sindicatos
Até agora aprendemos
que, quando o salário é fixado acima do equilíbrio
de mercado, o nível de emprego tende a ser reduzido.
Nos setores mais organizados, os trabalhadores conseguem pressionar as negociações salariais para obter níveis acima do equilíbrio de mercado. No processo de negociações trabalhistas, os sindicatos, tanto de trabalhadores como os patronais, decidem em comum acordo os salários e condições de trabalho para os próximos meses. À medida que
a participação dos sindicatos dos trabalhadores e a sua
organização aumenta em um setor da economia, cresce também
seu poder
de barganha em relação as suas reivindicações.
Isto implica que setores menos organizados tendem a conseguir resultados
pouco proveitosos. |
|
Tela 74 |
| Cabe destacar
que, a curto prazo, os efeitos dos ganhos salariais são benéficos
para os trabalhadores. Todavia, se não houver um aumento de produtividade,
isto implicará aumento dos custos de produção. Consequentemente,
as empresas, na primeira oportunidade, procurarão ajustar-se à
nova situação, demitindo primeiro os trabalhadores menos produtivos
e reduzindo, portanto, o nível de emprego.
Quando não há um aumento na produtividade do setor, o emprego tende a decrescer, visto que o nível de emprego representa um estoque e a entrada e saída de trabalhadores, um fluxo. Com salários mais altos, a quantidade de trabalhadores que as firmas desejam contratar será inferior à quantidade de trabalhadores que habitualmente saem dos seus empregos. Claro exemplo
de aumento real de salários e redução no nível
de emprego está no quadro de pessoal dos metalúrgicos na
Região do ABC em São Paulo. De cada 100 postos de trabalho
que existiam no início dos anos 80, hoje só restam pouco
mais de 30. Para onde foram estes empregos?
Em resumo,
um aumento dos salários acima do equilíbrio de mercado provocará,
caso não haja um aumento da produtividade, uma elevação
nas taxas de desemprego a longo prazo. |
|
|
Tela 75 |
| 6
- A Legislação do salário mínimo
O salário mínimo no Brasil foi criado nos anos 40 por Getúlio Vargas. Com a introdução do salário mínimo, esperava-se fornecer ao trabalhador uma remuneração que pudesse oferecer uma melhor condição de vida ao empregado.
Em geral, os críticos estão agrupados em duas correntes:
Em uma economia bastante homogênea, esses resultados seriam visualizados de maneira bastante simples. Todavia, o Brasil é um país de dimensões continentais e, portanto, bastante heterogêneo, em que cada unidade da federação apresenta uma realidade econômica distinta. Como visto em módulos
anteriores, o salário de mercado é uma consequência
direta da produtividade da economia da região ou o retrato fiel
da capacidade de sua economia. |
|
|
Tela 76 |
| O que
aconteceria com o desemprego se o governo fixasse o salário mínimo
em R$ 250,00?
Para responder a esta pergunta, vamos pegar o exemplo da cidade de São Paulo e de Salvador. Nós já sabemos que o salário de mercado em São Paulo é de R$ 813,00 e de Salvador, R$ 380,00. Mercado de Trabalho em São Paulo após o Governo fixar um salário mínimo abaixo do equilíbrio de mercado.
Um salário mínimo de R$ 240,00 não provoca desemprego em São Paulo, visto que este valor está abaixo do salário de mercado. Neste caso, o mercado ignora a determinação do governo e paga um salário maior. Mercado de Trabalho em Salvador após o Governo fixar o salário mínimo acima do equilíbrio de mercado.
|
|
|
Tela 77 |
| Da mesma
forma que em São Paulo o salário mínimo em Salvador
está abaixo do valor médio praticado pelo mercado. Todavia,
se o governo aumentar o salário mínimo para R$ 400,00; isso
irá provocar modificações no nível de emprego
em Salvador, visto que este está acima do equilíbrio de mercado.
Nesse caso, as empresas contratarão menos trabalhadores, reduzindo
seus custos e diminuindo o emprego.
Por outro lado, em São Paulo, um salário de R$ 400,00, ainda bem abaixo do mercado, não provocaria nenhuma alteração significativa no nível de emprego. O salário mínimo
pode gerar um aumento do desemprego se fixado acima do equilíbrio
de mercado. Porém, se fixado abaixo do equilíbrio, os efeitos
práticos serão bastante reduzidos. |
|
|
Tela 78 |
| Resumo
Quando o mercado de trabalho sai do seu equilíbrio, o nível de emprego diminui e consequentemente aumenta o desemprego. Entre o conjunto de
justificativas e a existência desse desequilíbrio, estão
fatores tais como: decisão do governo em fixar um salário
mínimo acima da produtividade da economia, passando pelo poder
de negociação dos sindicatos mais organizados em obter salários
mais elevados; decisão das firmas em pagar salários mais
elevados com vistas a contratar trabalhadores mais produtivos e assim
reduzir seus custos. |
|
|