| Unidade 5 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Definição e Estrutura do Balanço de Pagamentos
O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das transações econômicas de um país com o resto do mundo durante determinado período de tempo. Com o Balanço de Pagamentos, é possível identificar o valor de produção e a quantidade de bens e serviços comercializados com outros mercados. As transações que resultam na entrada de
divisas para o país são registradas com um sinal positivo
(+), as transações que envolvem a saída de divisas
são registradas por um sinal negativo (-). |
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Tela 2 |
Estrutura do Balanço de Pagamentos
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Tela 3 |
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A Balança de Transações Correntes representa a soma algébrica dos resultados da Balança Comercial, Serviços e Transferências Unilaterais. Na Balança de Transações Correntes, estão identificados os fluxos de comércio de bens e serviços ou o lado real da economia. A Balança Comercial representa o resultado líquido das compras e vendas de mercadorias com o exterior. Essa conta é a única incluída no Balanço de Pagamentos, em que é possível visualizar o conteúdo das transações. A Balança de Serviços, também chamada de grupo de invisíveis, representa o resultado líquido das transações de serviços (Bens Intangíveis) entre residentes no Brasil com o exterior. Transferências Unilaterais representam os movimentos de remessas de imigrantes, doações internacionais e compensações de guerra. Entende-se por transferência todo e qualquer pagamento em que não houver uma contrapartida de trabalho ou serviço realizado. A Conta Movimentos de Capital indica os deslocamentos de fluxos de capital entre o país e o resto do mundo. Nela estão inseridas três subcontas:
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Tela 4 |
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As reservas internacionais de uma nação são constituídas da seguinte forma:
Os
Movimentos de Capitais Compensatórios neutralizam o resultado apresentado
pelo Saldo do Balanço de Pagamentos. Por exemplo, se o saldo do
Balanço de Pagamentos for superavitário, a conta Movimentos
de Capitais Compensatórios será negativa e vice-versa. |
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Tela 5 |
2 - Balanço de transações correntes É o resultado do somatório das contas Balança Comercial, Balança de Serviços e as Transferências Unilaterais. Seu saldo pode ser negativo ou positivo.
Todavia, diversos fatores podem influir sobre a Balança de Bens e Serviços. Entre eles podemos citar:
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Tela 6 |
3 - Conta Movimento de capitais A Conta Movimento de Capitais é o somatório das contas Movimentos de Capitais Autônomos e Erros e Omissões.
Nesse sentido, alguns fatores podem influenciar os resultados apresentados pela conta de movimento de capitais, por exemplo:
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Tela 7 |
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Alguns autores apontam que os Balanços de Pagamentos podem ser associados a estágios de desenvolvimento de um país. Estes países podem ser agrupados da seguinte forma:
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Tela 8 |
| Resumo
Vimos a estrutura de um balanço de Pagamentos, descrevendo-o como resultado das transações econômicas do país com o resto do mundo, o Balanço de Pagamentos apresenta-se dividido em dois grupos de contas: Balanço de Transações Correntes ou Exportações Líquidas e Balanço de Capitais ou Investimento Externo Líquido. O primeiro descreve o fluxo de bens e serviços entre duas economias. O segundo traça os movimentos de capitais produtivos e especulativos. As taxas de juros reais do país e do exterior,
em conjunto com as políticas econômicas internas, podem,
por exemplo, influenciar os resultados dos movimentos de capitais, enquanto
as políticas comércio exterior, com preferências por
produtos importados, podem influenciar os saldos finais das exportações
Líquidas. |
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| Unidade 5 | Módulo 2 | Tela 9 |
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- Regimes cambiais
A taxa de câmbio expressa o valor da moeda estrangeira em termos de moeda nacional. Por exemplo: um dólar americano vale cerca de três reais. Regime cambial é a forma como a taxa de câmbio é fixada. Podemos classificar os regimes cambiais por meio de dois extremos: Se o governo, por meio do Banco Central ou órgão equivalente, determina o valor do câmbio, chamamos este regime de câmbio fixo. Nesse regime, o governo se compromete a manter a taxa de câmbio constante.
Quando o mercado for o instrumento responsável pela fixação de taxa de câmbio, chamamos este regime de câmbio flexível. Nesse regime, o próprio governo deixa o valor da taxa de câmbio flutuar livremente ao sabor do mercado. É também denominado câmbio livre ou flutuante. O grande problema desse regime é que a taxa de câmbio pode apresentar grandes flutuações. É claro que, entre esses dois extremos, temos regimes cambiais em que tanto o governo como o mercado de câmbio são elementos formuladores da taxa de câmbio. Podemos chamar este regime de semiflexível, câmbio controlado ou banda móvel. Nele o governo permite que a taxa de câmbio flutue livremente por meio de dois intervalos. Nele o governo participa com a finalidade de evitar que a taxa de câmbio apresente grandes oscilações. Como o mercado consegue fixar o valor da taxa de câmbio? |
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Tela 10 |
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- Taxa de câmbio nominal
Os países negociam bens e serviços entre si. Para que o intercâmbio seja facilitado, em geral, são utilizadas moedas para compra e venda de mercadorias. Quando um produtor de soja brasileiro vende sua produção para um comprador europeu, ele recebe por sua venda créditos em euros. O produtor brasileiro necessita de reais para pagar seus fornecedores e com isso é obrigado a trocar seus créditos em euros por reais. Essa necessidade de trocar uma moeda por outra resulta em uma taxa de troca denominada taxa de câmbio.
Por exemplo: um dólar americano valia (em 20.08.2003) cerca de três reais - US$ 1,00 = R$ 3,00 (um para três). Ao longo do tempo, esta relação poderia mudar de um para quatro ou um para dois. |
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Tela 11 |
| No
primeiro caso, a quantidade de reais a serem trocados pela mesma quantidade
de dólares americanos aumentou. Tínhamos então uma
desvalorização do real frente ao dólar ou uma valorização
do dólar americano frente ao real.
No segundo caso, a quantidade de reais que devem ser trocados
pela mesma quantidade de dólares americanos diminuiu. Tínhamos
então uma valorização do real frente ao dólar
americano ou uma desvalorização do dólar americano
frente ao real. Em um regime de câmbio flexível, a taxa de
câmbio é determinada pela oferta e demanda por divisas. |
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Tela 12 |
3 - Oferta de divisas
A oferta de divisas representa a quantidade de moeda estrangeira que entra no mercado nacional e que é trocada por moeda interna. Neste caso, diversos atores participam da oferta de divisas. Entre eles podemos citar:
Em geral, quanto mais elevada for a taxa de câmbio, mais os agentes desejarão trocar moeda estrangeira por moeda nacional. No quadro a baixo, quando o dólar americano está valendo R$ 2,50, os agentes detentores de dólares desejam vender, por exemplo, US$ 100. E, se o dólar está valendo R$ 3,50, a quantidade de dólares a ser trocada passará a ser de US$ 200. A Oferta de Divisas e a taxa de Câmbio
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Tela 13 |
4 - Demanda por divisas
A demanda por divisas representa a quantidade de moeda estrangeira que deve sair do mercado nacional com a finalidade de honrar os compromissos externos. Nesse caso, diversos atores participam da demanda de divisas. Entre eles, podemos citar:
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Tela 14 |
| Em
geral, quanto mais baixa for a taxa de câmbio, mais os agentes desejarão
trocar moeda estrangeira por moeda nacional.
No quadro a baixo, quando o dólar americano está valendo R$ 2,50, os agentes que necessitam de dólares desejam comprar US$ 200. Por outro lado, quando o dólar está valendo R$ 3,50, a quantidade de dólares a ser comprada diminui para US$ 100. Demanda por divisas e taxa de Câmbio
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Tela 15 |
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- Equilíbrio no mercado de câmbio
O equilíbrio no mercado de câmbio ocorre
quando as curvas de oferta e demanda por divisas se encontram. Neste ponto
(A), o mercado encontra uma taxa que satisfaz tanto os compradores como
os vendedores. Mercado de Câmbio
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Tela 16 |
Neste
regime, de câmbio flexível, a taxa de câmbio pode aumentar
(desvalorizar-se) ou diminuir (valorizar-se) por meio das forças
de oferta e demanda por divisas.
Mercado de câmbio após um aumento da demanda por dividas
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Tela 17 |
A taxa de câmbio pode valorizar-se quando:
Mercado de câmbio após uma redução na demanda por divisas
Mercado de câmbio após um aumento na oferta de moeda
A taxa de câmbio tende a permanecer inalterada quando:
Mercado de câmbio
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Tela 18 |
Os movimentos de valorização e desvalorização da taxa de câmbio influenciam diretamente os resultados da balança comercial. Podem torná-la superavitária ou deficitária, por exemplo:
Por exemplo: Uma mercadoria custa, em reais, R$ 100,00. Com uma taxa de câmbio de US$ 1,00 = R$ 3,00; essa mercadoria custa US$ 33,33. Uma desvalorização do câmbio para US$ 1,00 = R$ 4,00 levaria esta mercadoria a custar US$ 25,00; tornando-se, assim, os produtos feitos no país mais baratos em moeda estrangeira e consequentemente favorecendo a sua exportação. Neste caso, houve uma desvalorização cambial de 33,33 %. Por outro lado, se
uma mercadoria custa R$ 100,00, após uma valorização
da taxa de câmbio, seu valor, em dólares americanos, seria
aumentado. Por exemplo: se a taxa de câmbio passasse para US$ 1,00
= R$ 2,50. |
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Tela 19 |
| Resumo
A taxa de câmbio representa o valor da moeda nacional em termos de moeda estrangeira ou o contrário. Com base na taxa de câmbio, podemos comparar os preços das mercadorias entre o mercado nacional e o estrangeiro. Os regimes cambiais, isto é, a forma como a taxa de câmbio é fixada, podem ocorrer, por exemplo, de dois modos bem distintos. 1) Regime do câmbio flexível em que a taxa
de câmbio é determinada por meio da lei da oferta e da procura; |
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| Unidade 5 | Módulo 3 | Tela 20 |
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- Teorias de comércio internacional
A globalização é um processo bastante amplo, pois, em uma de suas vertentes, preconiza um aumento do fluxo de transações de bens e serviços entre diversas economias. O comércio internacional permite aos países aumentarem as suas produções e aos consumidores ter acesso a bens e serviços a preços mais baratos e com qualidade mais elevada. Se, por um lado, vários grupos acreditam que o livre comércio entre as nações permite que a sociedade tenha um melhor bem-estar, por outro, existem grupos que acreditam que o comércio pode trazer pobreza e desemprego. Algumas teorias ajudam a explicar o funcionamento do comércio
internacional. |
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Tela 21 |
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- Teoria das vantagens absolutas
Um dos primeiros autores que se dedicaram ao estudo do comércio internacional foi Adam Smith com a publicação de A Riqueza das Nações (1776). Smith procurou demonstrar a aplicação da divisão do trabalho na área de comércio entre nações, partindo do princípio de que a especialização da produção em conjunto com as trocas entre mercados pode melhorar o bem-estar da sociedade. O pensamento de Adam Smith parte da ideia de que cada país deveria concentrar-se somente nos bens e serviços que poderia produzir a um custo mais reduzido e trocar parte dessa produção por outros artigos que custassem menos em outros países. Para simplificar, vamos considerar dois países e dois bens:
Para
determinar o valor de uma mercadoria, era empregado o conceito de horas
trabalhadas. Nesse aspecto, quanto maior fosse a quantidade de horas despendidas
na elaboração de um bem, maior seria seu valor. Em sentido
contrário, quanto menor fosse a quantidade de horas gastas na produção,
menor seria seu valor. |
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Tela 22 |
| No
quadro abaixo, temos as quantidades de horas gastas na produção
de trigo e aço em dois países. Chamamos este quadro de coeficientes
técnicos de produção.
Coeficientes Técnicos de Produção
Pode-se observar no quadro acima que, para produzir uma mesma quantidade de trigo, um trabalhador inglês gasta 10 horas, enquanto o português gasta somente 6. Neste caso, o trabalhador português tem vantagem absoluta na produção de trigo em relação a seu colega inglês, pois ele gasta menos horas. Da mesma forma, também podemos observar que, na produção de aço, o trabalhador inglês é mais eficiente do que o português, pois gasta somente cinco horas contra 12 do lusitano. Neste caso, o trabalhador inglês tem vantagem absoluta na produção de aço. |
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Tela 23 |
| Para
saber a produção e o consumo de cada um dos países
e seus ganhos e benefícios com o comércio, as tabelas a seguir
apresentarão as possibilidades de produção. Para construir
as tabelas, é necessário saber a quantidade de horas disponíveis
para a produção em cada país. Neste exemplo, cada país
dispõe de 600 horas para produzir cada bem.
Portugal
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Tela 24 |
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Inglaterra
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Tela 25 |
| O
resultado final permite construir o quadro seguinte, que descreve a possibilidade
de produção de cada mercadoria nos dois países.
Possibilidades de Produção antes do Comércio
Esta tabela mostra que a produção mundial de trigo será de 160 toneladas, enquanto a de aço era de 170 toneladas. Segundo Smith, cada país deveria especializar-se na produção do bem em que tivesse vantagem absoluta. Neste caso, Portugal produziria trigo e a Inglaterra produziria aço. |
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Tela 26 |
| Assim,
Portugal dedicaria todas as suas horas de trabalho na produção
de trigo (1.200h) e nenhuma para aço (0h).
A produção de trigo e aço de Portugal:
A produção de trigo e aço da Inglaterra
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Tela 27 |
De acordo com o próximo quadro, a produção de mundial de trigo será de 200 toneladas, enquanto a de aço era de 240 toneladas. A especialização na produção de bens que apresentem vantagens absolutas proporciona ganhos à produção e ao comércio mundial. Possibilidades de Produção depois do Comércio
Para responder a esta pergunta, vamos construir dois quadros mostrando o consumo antes e depois do comércio e especialização. Possibilidades de Consumo antes do Comércio
As
possibilidades de consumo antes do comércio são idênticas
às possibilidades de produção antes do comércio,
visto que a produção é destinada somente ao mercado
interno. |
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Tela 28 |
| Antes
e depois do comércio, o padrão de consumo para os países
produtores não deve mudar substancialmente. Para efeito de simplificação,
vamos supor que permaneçam constantes.
Assim, Portugal produz 200 t de trigo e consome somente 100t. O excedente Portugal exporta para a Inglaterra. Como a Inglaterra não produz trigo, mas somente aço, as exportações portuguesas de trigo são todas para o mercado consumidor inglês. Possibilidades de Consumo antes do Comércio
Desse modo, tanto Portugal como Inglaterra
apresentam ganhos com comércio e especialização. |
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Tela 29 |
| 3
- Teoria das vantagens comparativas de Ricardo
A teoria das vantagens absolutas de Adam Smith excluía os países que não tinham vantagens no comércio internacional. David Ricardo continuou a obra de Smith aperfeiçoando seus conceitos. Para Ricardo, haveria ganhos com o comércio entre dois países, mesmo se um deles tivesse vantagem absoluta na produção dos dois bens. Ao lançar a base da teoria das vantagens comparativas, Ricardo introduziu o conceito de preços relativos e termos de troca. No quadro abaixo, a Inglaterra demonstra vantagem absoluta na produção de trigo e aço. Coeficientes técnicos de produção
Como determinar se um país tem vantagem
comparativa na produção de um bem? Para responder a esta
pergunta, devemos usar o conceito de preços relativos: |
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Tela 30 |
| Como
o trabalho é a única fonte determinante de valor para uma
mercadoria, nada como usar a quantidade de trabalho em cada país
como referência de valor.
Preço relativo de se produzir trigo na Inglaterra com relação a Portugal.
Preço relativo de se produzir aço na Inglaterra com relação a Portugal.
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Tela 31 |
| Com
estes cálculos, podemos observar que: o tempo que se gastava para
produzir uma unidade de trigo na Inglaterra era de 60% do tempo gasto em
Portugal. Já para produzir aço a vantagem é maior ainda:
33% do tempo. Para a Inglaterra, é mais proveitoso produzir aço
do que trigo, pois sua vantagem é muito maior. Neste caso, a Inglaterra
tem vantagem comparativa na produção de aço.
Portugal tem desvantagem absoluta na produção dos dois bens, mas tem uma desvantagem menor na produção de trigo do que aço. Neste caso, Portugal tem vantagem comparativa na produção de trigo. Possibilidades de produção e consumo antes do comércio
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Tela 32 |
| Após
a especialização e comércio
• Portugal deverá produzir trigo, pois tem
vantagem comparativa. Possibilidades de produção depois do comércio
Possibilidades de consumo depois do comércio
Após o comércio e a especialização,
a Inglaterra se dedica somente aos bens que oferecem vantagem comparativa
e passa a importar os que não oferece. O resultado final para a
Inglaterra é um aumento da produção de aço
e aumento no consumo de trigo. |
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Tela 33 |
| 4
- Dotação relativa dos fatores de produção
Se a base do comércio internacional está pautada nas diferenças dos preços relativos dos bens de diversos países, por que existem diferentes preços? A resposta foi encontrada por dois economistas suecos, Bertil Ohlin e Eli Heckscher. Para Hechkscher-Ohlin, as causas dessas diferenças estavam na má distribuição dos fatores de produção entre os países. Segundo os autores, as diferenças de custo de produção entre duas economias dependem de circunstâncias, tais como:
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Tela 34 |
| Nesse
sentido, em um país, um mesmo fator pode ser escasso, enquanto em
outro pode ser abundante. No local onde o fator de produção
for escasso, seu preço relativo será mais elevado. Por outro
lado, se o fator de produção for abundante, seu preço
relativo será mais barato.
Cada país deverá especializar e exportar o produto cuja produção requer a participação do seu fator de produção mais abundante. Por exemplo, no Paquistão, a mão de obra é abundante e barata, assim ele poderá exportar produtos agrícolas. Por outro lado, países onde o capital é mais abundante, como França e Alemanha, os produtos intensivos em capital serão produzidos e exportados.
Deve-se destacar o papel da tecnologia, que
pode mudar a composição dos fatores necessários à
produção e modificar a vantagem comparativa. Por exemplo,
uma tecnologia pode usar mais capital do que trabalho, como é o
caso da produção de tecidos por meio de teares computadorizados,
que poupam o uso do trabalho humano. No mesmo sentido, também podem
ser produzidos tecidos por meio de teares manuais, que usam mais mão de obra. |
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Tela 35 |
| 5
- Limitações à especialização
As principais teorias de comércio internacional preconizam que cada país deve se dedicar somente à produção das mercadorias em que possui vantagens comparativas e trocar seus excedentes com outros que apresentam custos reduzidos, dando à população acesso a uma maior oferta de produtos com preços mais baixos. Todavia, na prática, isso não acontece da maneira esperada. Diversos países procuram produzir internamente bens e serviços necessários para o mercado nacional. Para tanto, aplicaram políticas voltadas para a substituição de importações a qualquer custo e a adoção de barreiras de proteção à indústria nacional. Fatores determinantes adotados pelas práticas protecionistas:
As barreiras comerciais podem ser de origem tarifária ou não tarifária.
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Tela 36 |
| 6
- Benefícios do comércio internacional
O comércio internacional permite que diversas economias possam trocar bens e serviços que não podem produzir internamente ou produzem a custo bastante elevado.
Assim, o comércio internacional funciona como instrumento de desenvolvimento para nações que não possuem mercado interno suficiente para sustentar a sua indústria e de forma análoga para satisfazer mercados que não comportam a instalação de uma fábrica naquele território. Em linhas gerais, o comércio internacional propicia grandes benefícios para os dois lados (compradores e vendedores). Os principais efeitos do comércio exterior sobre a economia são:
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Tela 37 |
| 7
- Políticas protecionistas
Quando uma economia abre seus mercados para a concorrência externa, diversos setores da economia não estão preparados para a competição. Estes setores para competirem têm que enfrentar um grande dilema: investir na produção ou fechar suas portas.
Para as firmas que optam pelo investimento na linha de produção, o resultado se traduz por meio de maior produtividade e a custo de produção mais baixo. Há de se destacar que nem todas as empresas optam por fazer investimentos para enfrentar a concorrência de produtos importados. Esses empresários não conseguem competir com produtos mais baratos e de qualidade superior vindos do estrangeiro. Desse modo, se nada for realizado, cabe a estas empresas fechar as suas portas. |
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Tela 38 |
Todavia, quando essas empresas fecham as suas atividades, muitos trabalhadores perdem seus empregos, aumentando, assim, a fila dos desempregados.
Por outro lado, o fechamento de algumas dessas empresas representa o fim da produção nacional daquele bem. Como seu fechamento, o país passa a importar essa mercadoria, usando suas poucas reservas cambiais para obtê-la. Para defender essas empresas, o governo pode introduzir diversos mecanismos diretos ou indiretos para encarecer os produtos importados. Entre as medidas, estão:
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Tela 39 |
8 - Globalização dos mercados
A globalização não é um processo novo ou recente, ela sempre aconteceu desde que as comunidades humanas têm conseguido aumentar as suas trocas. Nesse caso, a redução da duração das viagens e consequentemente dos seus custos de transporte tem servido de um forte impulsor para o comércio internacional. O processo de globalização responde a diversos aspectos da vida econômica. Segundo Baumamm, esses aspectos podem ser agrupados pelos seguintes enfoques: a) Enfoque
financeiro – Está relacionado à capacidade
do capital deslocar-se de um mercado para outro. Os capitais hoje podem
ser deslocados de um país para outro a qualquer momento, podendo
provocar ou melhorar as reservas cambiais dos países. Para os países
em desenvolvimento, uma abertura de seus mercados de capitais pode, de
um lado, atrair recursos para financiar sua produção; por
outro, também pode, em momentos de crises financeiras, sair do
país e esgotar suas reservas cambiais. |
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Tela 40 |
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A
integração não ocorre de um momento para outro na vida
de um país. Na realidade esse processo obedece a uma lógica
estabelecida por fases. Segundo Balassa, é possível identificar
algumas fases do processo de integração econômica da
seguinte forma:
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Tela 41 |
| Resumo
O comércio internacional beneficia a todos os seus membros, propiciando aos consumidores produtos mais baratos e de melhor qualidade do que os praticados em sistema baseado somente na produção para o consumo interno. Todavia, o comércio internacional pode prejudicar aqueles segmentos da economia que apresentam baixa produtividade e altos custos de produção. São esses setores da economia que advogam uma proteção às suas atividades e manutenção dos postos de trabalho. Abordamos o papel da globalização como um
marco unificador dos hábitos e costumes de cada região.
Nesse sentido, verificamos que a união econômica pode surgir
por meio de acordos de livre comércio regionais, que unem países
próximos em torno de objetivos comuns. |
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