| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
1 - Administração de materiais na empresa Administrar materiais é uma atividade realizada nas empresas desde os primórdios da administração. Essa atividade tomou um novo impulso a partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras das empresas, tendo como principal objetivo atender as necessidades e expectativas dos clientes. Antes de iniciar o nosso estudo é importante atentarmos para os seguintes dados:
Dessa forma, conclui-se que é de fundamental importância a administração dos materiais e patrimônio no processo produtivo, pois são recursos usualmente escassos em todas as empresas.
Nenhuma
empresa funciona sem matéria-prima, produtos, equipamentos, instrumentos,
peças de manutenção e tantos outros materiais. E
todos eles precisam ser guardados, conservados, movimentados de um setor
para outro, ou seja, precisam ser administrados. |
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Tela 2 |
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A administração
de materiais é um conjunto de atividades que tem a finalidade de
assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento
da organização, no tempo correto, na quantidade necessária,
na qualidade requerida e pelo melhor preço. Para atingir esse objetivo, os profissionais da administração de materiais devem tornar eficientes os meios de planejamento e controle, de modo a diminuir as necessidades de capital para o estoque. A função produção é necessária para transformar recursos em produtos úteis. A cada estágio de desenvolvimento do produto final, acrescenta-se valor, criando, desse modo, mais riqueza. As empresas fabricantes estão no negócio de converter matéria-prima em algo de valor e de utilização muito maiores para o cliente do que a matéria-prima original. Madeira é transformada em mesas e cadeiras, minério de ferro em aço, em carros e latas de refrigerantes. Esse processo de conversão, chamado de fabricação ou de produção torna a sociedade mais rica e cria um padrão de vida melhor.
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Tela 3 |
| Para se
obter o máximo valor dos recursos, devem-se projetar processos produtivos
que tornem os produtos eficientes ao máximo. Uma vez definido o processo,
é necessário administrar sua operação para produzir
bens de maneira mais econômica. Administrar as operações
significa planejar e controlar os recursos utilizados nos processos: trabalho,
capital e material. Todos
são importantes, mas é por meio de um fluxo de materiais
que a administração melhor irá planejar e controlar.
O fluxo de materiais controla o desempenho do processo. Se o material
certo, nas quantidades exatas, não estiver disponível no
tempo preciso, o processo não poderá produzir o que deveria.
Trabalho e maquinário seriam mal utilizados. Um adequado sistema de gestão de materiais permite:
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Tela 4 |
| Em geral,
no comércio, o envolvimento com materiais atinge de 70% a 85% do
orçamento, na indústria, entre 50% a 65 %, e em prestadoras
de serviços está entre 10% a 15%.
São atribuições da área:
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Tela 5 |
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| 2
- Sistema de Materiais
A articulação constante entre necessidade de estoque, controle de estoque e capital é feita pelo sistema de materiais da empresa. Os setores que compõem
o sistema de materiais são: Planejamento e Controle de Produção - responsável pela programação e pelo controle do processo produtivo. Está presente em empresas industriais, no comércio e serviços. A produção, propriamente dita, fornece a previsão de utilização dos diversos insumos, matérias-primas e componentes necessários para a produção de bens e serviços.
Controle de Estoques - O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. O objetivo principal da gestão de estoques é dar garantia do suprimento dos materiais necessários ao bom funcionamento da empresa, evitando faltas, paralisações eventuais na produção e satisfazendo às necessidades dos clientes. Os estoques
podem ser de: O controle de estoque
acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro
envolvido em qualquer tipo de empresa |
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Tela 6 |
Compras - O objetivo principal da área de gestão de compras é assegurar o suprimento dos bens e serviços necessários, tanto para a produção quanto para as demais atividades da empresa. O setor de compras planeja e coordena o processo de aquisição de materiais, preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. A gestão de compras começa pela seleção de fornecedores que tenham condições de oferecer bens e serviços de boa qualidade, dentro dos requisitos estabelecidos pela empresa, atendendo aos prazos fixados e entregando os bens e serviços dentro das especificações, com boas condições de fornecimento.
Almoxarifado - É responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores.
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Tela 7 |
Transporte e Distribuição - É nesse setor que se executa a Administração da frota de veículos da empresa, e onde também são contratadas as transportadoras que prestam serviços. Realiza a entrega dos produtos aos clientes, bem como dos materiais às áreas da empresa.
Importação - Todo processo de importação compreende a realização de uma compra, só que no exterior. É responsável por todo o processo de importação de mercadorias para a empresa e, em alguns casos, acompanha e realiza o processo burocrático de exportação, que é uma venda.
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Tela 8 |
| 3
- Administração de Recursos
Uma das maiores preocupações dos gerentes, engenheiros, administradores e de todos aqueles, direta ou indiretamente ligados às atividades produtivas, tem sido administrar corretamente recursos escassos. As empresas precisam e têm à sua disposição cinco tipos de recursos: materiais, patrimoniais, de capital ou financeiro, humano e tecnológico.
A administração de materiais engloba a sequência de operações: identificação do fornecedor, compra do bem, recebimento, transporte interno e acondicionamento, transporte durante o processo produtivo, armazenagem como produto acabado e, finalmente, a distribuição ao consumidor final. A administração
de recursos patrimoniais trata da sequência de operações
que, assim como a administração de recursos materiais, tem
início na identificação do fornecedor. |
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Tela 9 |
| Fatores
de Produção - Recurso é tudo aquilo que tem
a capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo. Assim,
os clássicos fatores de produção – capital, terra
e trabalho – são recursos e, como tal, devem ser administrados.
Um item em estoque é um recurso, pois agregado a um produto em processo, irá constituir-se em produto acabado, que será vendido por preço superior ao somatório de todos os custos incorridos em sua fabricação. De modo análogo, um edifício que abriga as instalações de uma empresa é recurso, já que é fundamental para o seu funcionamento. Os funcionários da empresa constituem, também, recursos, pois com seu conhecimento geram novas ideias, que são transformadas em novos produtos, novos métodos de trabalho, serviços cada vez mais adequados ao uso dos consumidores. O capital é o recurso mais facilmente reconhecido, por sua característica de liquidez, levando-o a poder ser utilizado até mesmo na aquisição de outros recursos. A tecnologia é outro recurso que vem ganhando cada vez mais importância. Assim, tecnologias mais avançadas produzem um diferencial em relação às anteriores, normalmente traduzido em menores custos, ou outro diferencial que possa ser transformado em algum tipo de vantagem econômica, como maior lucro. |
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Tela 10 |
Recursos Tecnológicos - A maioria dos teóricos da área de administração de materiais é unânime em considerar a tecnologia como um fator de produção, ao lado dos recursos clássicos:
Ao se falar em tecnologia, em geral a associamos com algo intangível incorporado a entidades concretas, a bens físicos, como máquinas, ferramentas e produtos químicos. Na realidade, a tecnologia abrange bem mais do que isso – ela é o corpo de conhecimentos com o qual a empresa conta para criar produtos ou serviços. Então, do mesmo modo que temos que gerenciar o fluxo de materiais, patrimônio, recursos humanos e de capital, temos de gerir o conhecimento dentro das empresas. Isso significa saber como ele é adquirido, como se aprimora e como é transmitido, aplicado e preservado. O conhecimento integra a cultura da empresa, e os fatos têm demonstrado que ele não é de nenhuma forma ilimitado, isto é, cada empresa tem competências básicas que lhe permitem ser líder em determinados campos, mas não em todos. O negócio essencial – também conhecido como core business, ou foco da atividade – é fundamental para a competitividade. Isso precisa ser bem entendido, já que não significa uma atitude drástica: não é necessária nem a superespecialização – que restringe o campo de atuação -, nem a extrema diversificação – que enfraquece a consecução dos objetivos. Fala-se cada vez mais na organização que aprende, isto é, que dedica uma parcela considerável de seus esforços no sentido de utilizar as experiências do cotidiano como fonte de feedback de seu conhecimento acumulado, possibilitando acertos de rumo em função de novos conhecimentos adquiridos. Os recursos tecnológicos da empresa devem ser planejados, desenvolvidos, adquiridos e controlados, e ter ações sobre eles tomadas de acordo com informações geradas interna ou externamente à empresa. |
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Tela 11 |
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| 4
- Tecnologia: produto, processo, gestão e informação
Ao se falar em produtos, imediatamente pensamos em bens materiais, físicos e tangíveis utilizados para consumo ou reprodução de outros bens. Quando o assunto é serviço, no entanto, imaginamos algo difícil de mensurar, algo intangível. Um produto é o resultado de um processo de transformação; algo que agrega valor e que está sendo manipulado para posterior oferta ao mercado ou como resposta à solicitação do mercado. Por sua vez,
processos são sequências estruturadas de
atividades que, por meio de ações físicas, comportamentais
e/ou de informações, permitem a agregação
de valor a uma ou mais entradas, transformando-as em uma ou mais saídas
que representam um estado diferenciado do original. Ou, segundo Hammer
(1998) processo é simplesmente a reunião de tarefas ou atividades
isoladas para alcançar certos resultados. Gestão ou administração é o processo de conseguir que as atividades sejam feitas de forma eficiente e eficaz com e por meio de outras pessoas. As funções clássicas da administração são planejamento, organização e controle. A empresa moderna, por assim dizer, da era da informação, procura constantemente novas formas de se autoadministrar, pois sabe que aí está um dos caminhos para conseguir vantagens competitivas. A gestão de
fluxo de informações passa a ter um caráter
estratégico na obtenção da vantagem competitiva,
objetivo final de qualquer empresa. A melhoria da eficácia da utilização
da informação passa a ser preocupação de todos
os colaboradores e não somente da alta gerência ou do pessoal
da informação. |
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Tela 12 |
| Resumo
A administração de recursos materiais e patrimoniais implica
definições, visão sistêmica e classificação
dos materiais da organização. Vivemos na era informação.
A cada dia a informação se torna o mais precioso ativo das
empresas. O colaborador do conhecimento passa a ser muito importante para
a organização, pois seu know how pertence a ele
próprio e não ao local onde trabalha. O desafio da empresa
moderna é compartilhar esse saber e, com isso, ganhar vantagem
competitiva em relação à concorrência. |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 13 |
| 1
- O Plano Mestre da Produção O planejamento e controle de produção é função do sistema de materiais. Produzir algo é complexo. Algumas empresas fabricam poucos produtos diferentes, ao passo que outras fabricam muitos produtos. Entretanto, cada uma utiliza diversos processos, maquinários, equipamentos, habilidades de trabalho e materiais. Organizar todos esses fatores é um problema complexo, sendo essencial um bom planejamento e controle da produção.
Um sistema de planejamento de qualidade deve responder a quatro questões:
Essas são questões de prioridade e de capacidade. Uma prioridade está
relacionada a quais produtos, quantos e quando eles são necessários.
O mercado estabelece suas prioridades. A produção é
responsável por elaborar planos para satisfazer à demanda
de mercado, sempre que possível. |
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Tela 14 |
Capacidade, por sua vez, é a competência necessária para produzir bens e serviços. Às vezes, depende dos recursos da empresa - maquinário, força de trabalho, recursos financeiros - e a disponibilidade de material nos fornecedores. Em curto prazo, capacidade é a quantidade de trabalho que a força de trabalho e os equipamentos podem desempenhar em dado período. O relacionamento que deveria existir entre prioridade e capacidade é expresso na figura abaixo.
Dá-se o nome de Plano Mestre de Produção (PMP) ao documento que diz quais itens serão produzidos, e quantos de cada um, para determinado período. Geralmente, esse período cobre algumas poucas semanas, podendo chegar a 6 meses ou um ano. |
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Tela 15 |
O PMP deverá ter um aspecto simplificado, como mostra a tabela:
Chegar a um Plano Mestre de Produção que compatibilize as necessidades de produção com a capacidade disponível pode revelar-se uma barreira complexa, em especial se os produtos envolvidos exigirem muitas operações, em regime intermitente, com a utilização de mesmo equipamento para diversos produtos. A partir do momento
em que o Plano Mestre de Produção diz o que se vai fazer
– quais os produtos e quanto de cada um deles – começa
então o problema de programar e controlar a produção
para cumprir o previsto. Existem várias técnicas e métodos
disponíveis para o cumprimento dessa tarefa. |
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Tela 16 |
| 2
- Estratégia básica de planejamento
De forma resumida, o problema de planejamento de produção normalmente apresenta as seguintes características: • Um horizonte
de tempo de 12 meses é utilizado com atualizações
periódicas: mensal ou trimestral;
Tomando-se como exemplo uma família de produtos que tenha previsão de demanda, observe que a demanda é sazonal.
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Tela 17 |
Há quatro estratégias básicas a serem utilizadas no desenvolvimento do plano de produção:
Estratégia de acompanhamento de demanda: A estratégia de seguimento do consumo significa produzir as quantidades demandadas a qualquer tempo. Os níveis de estoques mantêm-se estáveis, ao passo que a produção varia para atender à procura.
A figura abaixo mostra esta estratégia. A empresa fabrica apenas o suficiente a qualquer tempo para atender exatamente a demanda. Em alguns setores esta é a única estratégia que pode ser seguida.
Por exemplo, restaurantes têm de servir refeições quando os clientes quiserem, não podendo estocar ou guardar comida, e serviços e devem ser capazes de atender à demanda quando ela ocorrer. Nesse caso, a empresa precisa ter capacidade suficiente para poder atender ao pico de demanda. O restaurante deve ter equipamentos e garçons suficientes para atender a demanda no horário de almoço, embora tais recursos fiquem ociosos no horário do jantar. A vantagem da estratégia
de seguimento da demanda é que os estoques podem ser mantidos em
níveis mínimos. Os bens são produzidos quando a demanda
acontece e não são guardados. Desse modo os custos associados
ao armazenamento de estoques são evitados, pois podem ser muito
altos. |
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Tela 18 |
Estratégia de nivelamento da produção - A estratégia de nivelamento da produção significa gerar continuamente uma quantidade para igualar à média da demanda.
Essa relação é mostrada na figura a seguir. As empresas calculam sua demanda total durante o período de tempo do plano e, na média, produzem o suficiente para atendê-la. Algumas vezes, a demanda é menor que a quantidade produzida e os níveis de estoques aumentam. Outras vezes, a demanda é maior e esse estoque é utilizado.
A vantagem da estratégia de nivelamento da produção é que ela resulta em nível de operação suave, que evita os custos de alteração nos níveis de produção. As empresas não precisam ter excedente de capacidade para atender aos picos de demanda. Não precisam contratar e treinar trabalhadores e dispensá-los em períodos de pouca demanda. Podem constituir uma força de trabalho estável. A desvantagem é que o estoque irá crescer em épocas de baixa demanda. Esse estoque representará um custo correspondente para ser mantido. Nivelamento da produção
significa que a empresa utiliza seus recursos em certo nível e
produz a mesma quantidade a cada dia de operação. A quantidade
produzida a cada mês (algumas vezes a cada semana) não será
constante porque o número de dias úteis varia de mês
para mês. |
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Tela 19 |
| Plano
de produção para nivelamento da produção
- Para desenvolver um plano de nivelamento da produção o procedimento
é o seguinte:
1.
Totalizar a previsão de demanda para o horizonte de planejamento;
4.
Calcular a produção necessária em cada período,
dividindo a produção total pelo número de períodos; |
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Tela 20 |
Resumo da Solução
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Tela 21 |
| 3
- Estratégia de subcontratação
Subcontratação significa produzir sempre em nível mínimo da demanda e atender a qualquer demanda adicional via subcontratação. Subcontratação pode significar a compra de quantidades extras demandadas ou evitar a demanda adicional. Essa última alternativa pode ser implementada aumentando-se os preços quando a procura está em alta ou estendendo-se os lead times.
Essa estratégia é mostrada abaixo. A maior vantagem dessa estratégia é seu custo. Os custos associados com excesso de capacidade são evitados e como a produção é nivelada, não há custos associados com mudanças nos níveis de produção. A maior desvantagem dessa estratégia é que os custos de compras (itens, transporte e inspeção) podem ser maiores do que se fossem fabricados na planta produtiva.
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Tela 22 |
| 4
- Estratégia híbrida
As três estratégias discutidas anteriormente são estratégias puras. Cada uma delas tem seu próprio conjunto de custos, equipamentos, contratação/demissão, horas extras, estoque e subcontratação. Na realidade, há várias estratégias combinadas ou híbridas possíveis de uma empresa utilizar. Cada uma delas possui seu próprio conjunto de características de custos. A administração da produção é responsável por encontrar a combinação de estratégias que minimize a soma total de custos envolvidos, fornecendo o nível de serviço requerido e atingindo os objetivos dos planos financeiros ou de marketing. A figura a seguir mostra um plano híbrido possível. A demanda é atingida até certo ponto, a produção é parcialmente suavizada e, nos períodos de pico, entra em cena alguma subcontratação. Este plano é apenas um entre muitos que podem ser desenvolvidos.
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Tela 23 |
| Resumo
O planejamento da produção constitui o primeiro passo em um sistema de planejamento e controle da produção. O horizonte de planejamento mínimo depende dos leads times relativos à compra de material até a fabricação do produto. Três estratégias básicas podem ser utilizadas para se desenvolver um plano de produção: seguimento, nivelamento da produção ou subcontratação. Cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens operacionais e custo. É responsabilidade da administração da produção selecionar a melhor combinação desses planos básicos, de modo que os custos totais sejam minimizados e o nível de serviço aos clientes seja mantido. Um plano de produção para estoque determina quanto produzir em cada período para se atender aos seguintes objetivos:
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 24 |
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1 - Porque classificar os materiais Com o aumento significativo
dos materiais utilizados nas empresas e as exigências dos consumidores
de novos produtos, tornou-se necessária a criação
de uma linguagem única que permitisse identificar, de forma inequívoca,
cada item de material. Essa linguagem envolve uma classificação
e uma codificação dos diversos materiais. O sistema de classificação é primordial para qualquer área de material, pois sem ele, não pode existir um planejamento eficiente dos estoques, aquisições corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento.
A classificação não deve gerar confusões, ou seja, um produto não pode ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo este semelhante.
A identificação do material pode ser feita por meio dos modelos descritivo e referencial. |
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Tela 25 |
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2 - Método de Identificação Descritivo Procura, na descrição
detalhada do item do material, apresentar todas as particularidades ou
características que individualizem o material, independentemente
das referências do fabricante ou comercial.
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Tela 26 |
| 3
- Método de Identificação Referencial
Este método é empregado nas situações em que são desnecessários maiores detalhamentos na identificação de material, sendo suficiente a referência ou código do fornecedor (fabricante) para sua caracterização e individualização.
Descrição
Padronizada -> nome básico: Para–raios Descrição
Técnica -> tipo: válvula Descrição
Auxiliar -> embalagem: caixa com 60 unidades
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Tela 27 |
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A codificação de materiais adotada com maior frequência é a que classifica os materiais em:
Os sistemas de codificação mais comuns são: Sistema Alfabético
- O material é codificado utilizando-se um conjunto de letras suficientes
para preencher toda a identificação do material.
Atualmente, em virtude
da utilização crescente da tecnologia do código de
barras e dos bancos de dados nacionais, utiliza-se simplesmente um número
sequencial e um dígito de autocontrole quando um material é
cadastrado dentro do sistema de materiais. Além disso, no momento
do cadastramento, identifica-se numericamente o grupo e o subgrupo do
material para as análises e informações necessárias.
Nesse critério, o “código do material” passa
a ser somente o número sequencial. Para uma estocagem
e uma recuperação adequada dos materiais, devem-se identificar
os locais onde serão armazenados. Código de endereçamento
2 . 1 . 3 . 2 . 1 – material estocado na área 2 do almoxarifado,
na rua nº 1, na prateleira nº 3, 2º local vertical e 1º
boxe horizontal. |
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Tela 28 |
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| 4
- Código de Barras A codificação de materiais tomou um grande impulso com a introdução de novas tecnologias que permitiram o reconhecimento ótico de caracteres, em substituição à digitação de código de itens. Para se ter uma ideia do volume de transações envolvidas, um supermercado realiza em média 250.000 digitações por dia, isto é, cada código ou operação realizada envolve a digitação de vários números, o que demanda um grande número de pessoas para realizar esse trabalho, com grande probabilidade de cometer erros de digitação. Dessa forma o código de barras surge como uma tecnologia introduzida nas operações de movimentação de grandes volumes de dados que eram digitados em terminais data entry. Nesse sistema, as informações são gravadas oticamente em materiais e com tintas e hoje está sendo largamente utilizado. O código de barras ( figura abaixo ) veio revolucionar e simplificar as operações. Dentre as vantagens da sua utilização, pode-se destacar:
No Brasil, a introdução e o gerenciamento do uso da aplicação de código de barras têm supervisão de EAN BRASIL – Associação brasileira de Automação Comercial ou Associação Brasileira de Automação -, fundada em 8 de novembro de 1983, recebeu do governo federal a incumbência de administrar, no âmbito do território brasileiro, o Código Nacional de Produtos, Sistema EAN/UCC (Europe Article Number/ Uniform Code Council).
A EAN Internacional, entidade com sede em Bruxelas, Bélgica, nomeou a EAN BRASIL como Organização de numeração no Brasil, para proporcionar assistência completa à implementação do sistema EAN/UCC nas empresas filiadas. Suas principais responsabilidades são:
Em 01.06.56, foi estabelecido um acordo de cooperação entre a EAN International e o UCC – Uniform Code Council, Inc , entidade americana que administra o sistema UPC (Código Universal de Produtos) de numeração e código de barras utilizado nos Estados Unidos e no Canadá. Essa aliança
promove maior colaboração, intercâmbio e suporte técnico
entre os parceiros comerciais de todo o mundo. |
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Tela 29 |
O sistema EAN/UCC em detalhes: há trinta anos, o bloco de notas e gaveta da caixa registradora eram ferramentas comuns usadas para somar a conta de um consumidor. A manutenção de estoque era pesadelo, e os resultados costumavam ser imprecisos. Em pouco tempo, as companhias perceberam que, se quisessem ter êxito nas condições que cada vez mais lhe eram impostas no mundo dos negócios, teriam de revisar seus sistemas de gestão interna e de comunicação de dados com seus parceiros comerciais. Atualmente, parte das transações em organizações varejistas e atacadistas é feita com o uso da tecnologia do código de barras, permitindo o registro rápido e preciso dos movimentos de venda e da gestão de estoques, garantido maior produtividade e qualidade. As sementes desse
desenvolvimento foram plantadas em 1974, quando os fabricantes e distribuidores
de doze países europeus formaram um conselho para examinar a possibilidade
de desenvolver um sistema padronizado de numeração de artigos
para a Europa, semelhante ao Sistema de Código Universal
de Produtos (UPC) já estabelecido nos Estados Unidos pelo
Uniform Code Council (UCC). Como resultado, foi criada
em 1977 uma entidade sem fins lucrativos, a European Article Numbering
Association( EAN). Com o êxito do sistema EAN expandindo-se
para outros países fora da Europa, a European Article Numbering
Association adquiriu um status internacional e tornou-se a International
Article Numbering Association, conhecida como EAN International. |
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Tela 30 |
O sistema
EAN permite que as companhias tenham um sistema eficiente de comunicação,
integrando todos os parceiros comerciais ao longo da cadeia de suprimentos,
sejam eles fabricantes, atacadistas, distribuidores ou consumidores finais.
O principal fator
integrador do sistema EAN é a representação uniforme
dos dados, na forma de um identificador não significativo, que
é transferido entre usuários, seja por meio de códigos
de barras ou pelo EDI. |
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Tela 31 |
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Por que utilizar o Sistema EAN/UCC? Os benefícios da utilização do Sistema EAN/UCC são:
Vantagens
para a indústria |
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Tela 32 |
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A EAN International desenvolveu um sistema de números que garante a identificação exclusiva e sem ambiguidade. Esses números proporcionam um idioma comum pelo qual os fabricantes, exportadores, importadores, atacadistas e varejistas podem comunicar informações relativas aos produtos ou serviços que negociam. Os números de produtos são representados por códigos de barras que podem ser lidos por scanners ao longo de toda a cadeia de suprimentos, e fornecem informações precisas. Isto é importante para a melhoria da gestão empresarial. Marcado na embalagem, esse padrão de codificação compõe-se de barras verticais, com diferentes larguras e distanciamento entre elas, podendo ou não possuir uma numeração humano-legível (que é o número codificado logo abaixo de sua simbolização em barras), decodificável por leitores ópticos, proporcionando captura de dados mais rápida para o sistema logístico e distributivo. Os itens escaneados no ponto de venda de varejo são chamados unidades de consumo, ao passo que os itens negociados entre as empresas são chamados unidades de distribuição. Quais são os benefícios da codificação EAN?
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Tela 33 |
A estruturação de codificação, por sua vez, tem uma configuração como a apresentada na figura abaixo.
O
dígito verificador tem por finalidade verificar se a leitura dos
números representados por barras verticais está correta.
Para tal, ele é calculado com base em um conjunto de operações
matemáticas realizadas com os números representados pelas
barras, que identificam o prefixo, a empresa e o produto propriamente.
O resultado final dos cálculos é um número que é
comparado ao dígito verificador. Caso a comparação
não resulte em sucesso, ou seja, o dígito verificador não
for igual ao resultado das operações matemáticas
realizadas com os demais números, o leitor de código de
barras rejeita sua leitura. É por essa razão que muitas
vezes, na saída de um supermercado, o operador do caixa, após
algumas tentativas frustradas de leitura do código de barras de
um produto que adquirimos, digita todos os números encontrados
logo abaixo do código de barras. |
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Tela 34 |
O Sistema EAN oferece subgrupos para atender as necessidades de padronização dos seus usuários:
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Tela 35 |
O controle de qualidade do código de barras é essencial, uma vez que as barras existentes nos códigos possuem uma série de informações e sua impressão deverá ser de boa qualidade. Isso significa que as barras têm larguras apropriadas e definidas de acordo com normas específicas. Existem equipamentos projetados especialmente para fazer o controle de qualidade das barras que, normalmente, é realizado pela gráfica responsável pela impressão das embalagens em que são inseridos os códigos de barras. É importante ainda mencionar que o controle de qualidade da impressão dos códigos de barras impede a ocorrência de devoluções de lotes de produtos acabados devido à existência de códigos de barras fora das especificações, aumentando os custos de comercialização dos produtos e, em muitos casos, afetando também a imagem da empresa. A leitura dos códigos de barras é realizada por equipamentos denominados scanner, pistola laser e canetas ópticas. Para que a leitura seja efetuada, basta que posicionemos o código de barras na altura especificada para que o equipamento faça a leitura. Atualmente, a tecnologia de scanner permitiu a fabricação de equipamentos altamente sensíveis que permitem a leitura em situações bastante adversas em relação aos modelos de equipamentos existentes anteriormente. As aplicações dos códigos de barras são inúmeras. Além do grande avanço na sua utilização nas embalagens industriais e comerciais, promoveu uma sensível melhoria na produtividade, no manuseio e no despacho de cargas e serviços de atendimento a clientes, como é o caso de uma loja de departamento ou mesmo um supermercado. Essa tecnologia de código de barras teve sua aplicação estendida para o controle de pacientes em hospitais. |
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Tela 36 |
Resumo O sistema de classificação
é fundamental para qualquer área de material, pois sem ele,
não pode existir um planejamento eficiente dos estoques, aquisições
corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento. O sistema EAN (European
Article Numbering Association) permite que as companhias tenham
um sistema eficiente de comunicação, integrando todos os
parceiros comerciais ao longo da cadeia de suprimentos, sejam eles fabricantes,
atacadistas, distribuidores ou consumidores finais. A identificação
correta é decisiva sempre que são obtidas, gravadas, comunicadas
ou transferidas informações e conhecimentos. O sistema provê
todo o necessário para isso por meio de uma abordagem única
para a identificação e comunicação. |
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