Desta forma, o comakership, entendido como uma relação evoluída entre o cliente e o fornecedor, está sendo considerado como um fator prioritário nas estratégias industriais. Isso fica claro quando acompanhamos empresas, mesmo perfeitas, porém que estão colocadas em uma cadeia de negócio de baixo valor agregado e com fornecedores pouco capazes, falindo.

Giorgio Merli (1994) considera que esse relacionamento passa por quatro fases distintas:

Abordagem convencional - dá-se prioridade ao preço. Relacionamento de adversários, quem pode mais impõe suas condições. Desconfiança quanto à qualidade. Inspeção em 100% dos recebimentos.

Melhoria da qualidade - dá-se prioridade à qualidade do produto. Início de um relacionamento mais duradouro, com o nascimento de confiança recíproca. Reduz-se o número de fornecedores, eliminando-se previamente aqueles que não têm qualidade. É o primeiro estágio do relacionamento tipo comaker.

Integração operacional - dá-se prioridade ao controle dos processos, levando-se em conta sua potencialidade. Já surge uma participação do fornecedor no projeto do produto (co-design) e do processo. O cliente e o fornecedor fazem investimentos comuns em pesquisa e desenvolvimento, com o cliente muitas vezes financiando programas de melhoria da qualidade dos fornecedores, para que estes implantem sistemas de garantia da qualidade. É um passo além no relacionamento comaker.

Integração estratégica - Já é uma parceria nos negócios. Gerenciamento comum dos procedimentos dos negócios, incluindo o desenvolvimento de produtos e processos, engenharia simultânea, desdobramento da função qualidade, fornecimento sincronizado e qualidade assegurada. Tem-se, nesse caso, o relacionamento do tipo comakership.



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