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Não nos cabe, aqui, realizar um retrospecto da “crise” tentando encontrar suas “causas” e “origens”. Todos temos, ainda que vagamente, noção de alguns fatores exógenos – os choques de petróleo de 1973 e 1979/80 e a consequente crise da dívida externa em decorrência das altas taxas de juros internacionais que passam a ser praticadas pelos países industrializados importadores de petróleo – e outros endógenos – como o esgotamento do modelo desenvolvimentista, baseado na industrialização por substituição de importações, fortemente centrado no Estado, com o consequente desgaste da ordem político-institucional que sustentava esse modelo. O crescente desequilíbrio fiscal, a desordem das contas públicas e uma inflação galopante tornaram-se parte da rotina do país, bem como as várias tentativas de estabilização da economia, com uma longa série de “pacotes” terrificantes dos quais os indefesos cidadãos se tornaram reféns. |
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