A história republicana brasileira é um suceder de ondas de centralização e de descentralização.

Na Primeira República (1889-1930), vivemos experiência descentralizadora, na qual o papel dos estados na política nacional tinha proeminência a ponto de somente ser possível eleger o presidente da República com o apoio tácito dos governadores. Posteriormente, com o Estado Novo (1930-1945), passamos a uma forte centralização. De novo, na experiência democrática de 1946-1964, os estados readquiriram um papel relevante no jogo político nacional e, mais uma vez (1964-1985), passamos a uma forte centralização instaurada pelo regime militar, na qual houve uma redução significativa na autonomia e nas atribuições político-administrativas dos estados e municípios. Finalmente, em 1985, com a redemocratização do país, a Assembléia Nacional Constituinte adotou uma estrutura altamente descentralizada.

Embora, por um lado, a Constituição de 1988 tenha representado um avanço quanto às garantias de autonomia político-administrativa dos estados e municípios, por outro lado, provocou algumas novas complicações para o desenvolvimento do processo decisório.



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