Resumo

O mercado de capitais tem o papel de promover o crescimento e o desenvolvimento da economia. Essa expansão está diretamente relacionada aos investimentos que as empresas fazem para acumulação de capital produtivo e aumento de sua produtividade. O custo desses investimentos é determinado pela eficiência com que é utilizada a poupança acumulada pelos agentes que têm excesso de recursos.

Basicamente as empresas podem gerar internamente seus próprios recursos, podem se financiar com ações do governo e podem buscar financiamento nos mercados financeiros. Cada uma destas formas tem suas vantagens e seus riscos que precisam ser analisadas.

A simples intermediação financeira promove o desenvolvimento, pois canaliza recursos por meio de aplicação financeira para os superavitários e crédito para as empresas, o que representa um aumento no endividamento e, consequentemente, o comprometimento de resultados futuros com credores financeiros. Por outro lado, a canalização de recursos por meio do mercado de capitais se dá pela busca de novos sócios para os empreendimentos que a empresa necessita fazer. Os empresários ao invés de pagar juros irão pagar dividendos, caso obtenham lucros, o que significa desenvolvimento econômico.

Esta segunda forma de canalização dos recursos diminui o risco para os empresários que transferem parte do risco do negócio para os sócios, diferentemente dos empréstimos bancários que recebem juros, independentemente do resultado da empresa. Podemos afirmar que uma economia é desenvolvida quando possui mercado de capitais eficiente e em desenvolvimento quando não o possui.

A capacidade dos agentes econômicos de poupar fundos em excesso por gastar menos que sua receita criou a necessidade de encontrar uma forma de canalizar estes fundos para pessoas que têm escassez de fundos porque desejam gastar mais do que sua receita, o que deu origem aos bancos.

As atividades básicas dos primeiros bancos envolviam receber depósitos e emprestar recursos. O modelo bancário trazido ao Brasil pelos Portugueses tinha a característica de beneficiar a poucos e ser muito rigoroso na seleção de clientes. As operações bancárias são semelhantes em todos os países do mundo e refletem a forma como os bancos obtêm, utilizam e administram recursos próprios e de terceiros para gerar lucros. Basicamente os bancos são intermediários financeiros com fins lucrativos.

As fontes de recursos (passivos) e seus usos (ativos) que constam do balanço patrimonial servem para explicar a forma como os bancos funcionam. Dentre os principais ativos, encontramos os depósitos compulsórios (reservas), cheques em compensação, depósitos entre bancos, títulos e empréstimos vendidos. Do lado dos passivos temos os depósitos em conta, depósitos bancários, empréstimos e títulos adquiridos além do capital próprio conseguido com a venda de ações.

Os bancos fornecem uma série de serviços como compensação de cheques, manutenção de registros, análise de créditos, e outros, e cobram por isso. Além desta receita os bancos recebem pela diferença entre o que pagam de juros e o que recebem, chamado de transformação de ativos. Um banco bem administrado deve analisar o crédito dos seus empréstimos para evitar quebras, e diversificar seu risco para evitar perdas decorrentes de variações excessivas nas taxas de juros.



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