| Resumo
O lugar onde se produz o intercâmbio e a transformação de ativos financeiros e se determinam seus preços é conhecido como mercado financeiro. Com a evolução tecnológica o lugar físico (mercado) deixou de ter importância. As funções de estabelecer
o contato entre os agentes superavitários e deficitários,
de ser um mecanismo eficiente de fixação de preços
para os ativos, de proporcionar liquidez aos ativos e de reduzir os prazos
e os custos da intermediação são fundamentais para
se caracterizar um mercado financeiro. Para melhor definir e disciplinar o sistema financeiro de cada nação surgem os órgãos reguladores do mercado que são responsáveis pelas políticas: monetária, creditícia, cambial e fiscal. A existência destes órgãos decorre não da imposição do Estado, mas da própria economia, que exige a sua implantação e bom funcionamento. Consequentemente, quanto melhor ajustado e estimulado o mercado financeiro pelos seus órgãos reguladores, maiores as probabilidades de desenvolvimento e prosperidade econômica. O Sistema Financeiro Brasileiro teve sua
origem no Banco do Brasil, fundado em 1808. Esta fase durou até
1965 quando foi aprovado o projeto que criou o Banco Central do Brasil,
órgão coordenador do Sistema Financeiro Nacional. No início dos anos 90 o ganho propiciado pelas transferências inflacionárias enriqueceu os banqueiros e os grandes empresários, penalizando o país e provocando desequilíbrios macroeconômicos prejudiciais ao desenvolvimento sustentado. Com a queda da inflação os bancos tiveram que se adequar e cortar custos, fechar agências e remanejar pessoal para investir na qualidade dos serviços, assim como na sua automação. Este processo restringiu o crédito ao consumidor, elevou os depósitos compulsórios sobre os depósitos a vista o que diminuiu o volume de dinheiro na praça. Em consequência, o aumento na inadimplência e rombos diários em alguns bancos, o Banco Central foi obrigado a intervir até que se tomou a medida de reestruturar e fortalecer o sistema financeiro brasileiro por meio do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). Além destas medidas, o Banco Central
melhorou a fiscalização e a regulamentação
bancária, facilitando sua ação em caráter
preventivo. Hoje o BACEN está estudando medidas para a constituição
de um sistema de classificação de riscos, que complementará
as mudanças já efetuadas na legislação bancária.
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