| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 1 |
1 - O que é a Cadeia de Suprimento Para Ching (2001), a cadeia de suprimento ou de abastecimento é todo esforço envolvido nos diferentes processos e atividades empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final. É a atividade que lida diretamente com os fornecedores buscando suprir todas às necessidades de produção e de atendimento da demanda de uma empresa. Nesse contexto, temos diversos processos que agrupam funções em torno de um fluxo de atividades que visam, principalmente, atender às necessidades dos clientes (demanda). Dentre esses processos temos o Processo de suprir demanda que trata basicamente da cadeia de suprimento. A figura a seguir apresenta os diversos processos existentes na atividade logística da cadeia de suprimento (estratégia empresarial, gerar demanda, suprir demanda e manter demanda), bem como, os principais atores envolvidos nesta cadeia (clientes, consumidores, acionistas, empregados, fornecedores, colaboradores e a própria comunidade). Portanto, a cadeia de suprimento é composta de redes de empresas que se sucedem desde a extração de matéria-prima, sua transformação, montagem, armazenagem e distribuição até a chegada do produto nas mãos do consumidor final. Dessa forma, podemos concluir que o principal alvo da cadeia de suprimento é o atendimento aos clientes e consumidores finais, por meio de um abastecimento eficiente e preciso na quantidade e qualidade requeridas.
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Tela 2 |
2 - Gestão da Cadeia de Suprimento (Supply chain management) O conceito da gestão da cadeia de suprimento é muito mais amplo e estrategicamente mais importante, pois envolve estratégias que passam por focalizar a necessidade e satisfação do cliente até a manutenção dos clientes atuais e a obtenção e manutenção de novos clientes. Tudo realizado da melhor maneira possível, de forma cooperativa e buscando o benefício e a satisfação de todos os envolvidos na cadeia, ou seja, é uma gestão que visa oferecer o máximo valor ao cliente e o máximo retorno financeiro para a empresa. A gestão da cadeia de suprimento tem como principal objetivo a integração dos membros da cadeia (sem verticalização), orientada pelo mercado, facilitando a fluidez dos fluxos logísticos de recursos, informações e produtos. Na figura abaixo pode-se observar que as informações e os recursos fluem em direção oposta a dos produtos e materiais.
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Tela 3 |
Empresas líderes esperam com o emprego do supply chain, uma redução em seus custos, como é o caso da Motorola que reduziu em 75% sua base de fornecedores (85% de seus fornecedores são preferenciais) e obteve uma economia anual em torno de 7% (Ching, 2001). A figura abaixo mostra que em 1997, com o emprego da gestão da cadeia de suprimento, o desempenho das empresas líderes já apresentavam uma vantagem de 51% sobre as empresas típicas e com um custo logístico sobre as vendas de 5%. Já a figura seguinte, mostra que o salto na qualidade dos serviços prestados pelas empresas líderes que aderiram ao supply chain é de 98, 1%, em 1997.
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Tela 4 |
3 - Fatores de Interferência no Desempenho da Cadeia de Suprimento Existem diversos fatores que podem interferir no desempenho do supply chain, entre eles citam-se:
A capacidade de respostas às demandas dos clientes está associada ao emprego do ECR – Efficient Consumer Response (resposta eficiente ao consumidor), em que o consumidor final dá início à cadeia de distribuição no momento em que suas mercadorias passam pelo check out e as informações relativas a essa compra são então compartilhadas com todos os integrantes da cadeia de suprimento em tempo real. As estratégias empregadas como apoio ao ECR em lojas de varejo podem ser como nos mostra a figura abaixo:
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Tela 5 |
2 - Fluxo de pedidos: O desempenho positivo de uma cadeia de suprimento também está associado ao bom desempenho dos fluxos de pedidos, ou seja, o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento do pedido do cliente é de fundamental importância ao desempenho da cadeia. Para se obter esse sistema é necessário um gerenciamento centrado das previsões, planejamento das necessidades, compras e controle de materiais e da produção. No centro desse sistema, existe um planejamento das necessidades que é orientado pelo mercado. Os inputs desse planejamento incluem os dados e informações relacionadas às consultas e aos pedidos, mudanças dos preços, campanhas promocionais e disponibilidade dos produtos. Esses dados e informações geram, então, o processo para o atendimento dos pedidos, que ocorrem de maneira integrada por meio do sistema de informação (para maiores detalhes ver unidade 1, módulo 4 – noções de sistema de informação). A figura abaixo apresenta um modelo de um sistema de gerenciamento do pedido.
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Tela 6 |
Resumo Para Ching (2001), a cadeia de suprimento (supply chain) é todo esforço envolvido nos diferentes processos e atividades empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final. Normalmente, a cadeia de suprimento é composta de redes de empresas que se sucedem desde a extração de matéria-prima, sua transformação, montagem, armazenagem e distribuição até a chegada do produto nas mãos do consumidor final, que é o principal alvo da cadeia de suprimento. Empresas líderes esperam com o emprego do supply chain, uma redução em seus custos e um salto na qualidade dos serviços prestados. É o caso da Motorola que reduziu em 75% sua base de fornecedores (85% de seus fornecedores são preferenciais) e obteve uma economia anual em torno de 7%, em 1997 (Ching, 2001). Existem diversos fatores que podem interferir no desempenho do supply chain, dentre eles citam-se:
A capacidade de respostas às demandas dos clientes está associada ao emprego do ECR – Efficient Consumer Response (resposta eficiente ao consumidor). As estratégias empregadas utilizadas como apoio ao ECR em lojas de varejo podem ser:
No geral, o coração do negócio de qualquer empresa está no desempenho de seu sistema de gerenciamento de pedido ao cliente, que é uma estrutura de planejamento que faz a ligação do sistema de informações com o fluxo de produtos e materiais necessários para atender à demanda e que, portanto, o processo de atendimento dos pedidos (fluxo de pedidos) deve ser projetado com o apoio irrestrito das demais áreas e de maneira integrada com as funções convencionais do processo. Podendo assim interferir, positivamente, no desempenho do supply chain. |
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| 1 - Importância Como vimos à administração de estoques é uma atividade essencial da logística empresarial. Essencial, porque é quase impraticável fornecer produção instantânea e cumprir prazos de entrega aos clientes se não há uma boa administração de estoque e uma parceria com os fornecedores. Além disso, entre a missão logística de equilibrar os custos e o nível de serviço está o “estoque” que, se bem gerenciado nos permite cumprir a missão logística sem faltas ou excessos. Nellemann (1975), in Ballou (1993), cita uma frase que descreve bem essa situação:
Em princípio, a administração ou gerência de estoques compreende o planejamento e programação das necessidades e o controle de materiais, a fim de atender regularmente aos usuários quanto a quantidades, prazos e qualidades requeridas. Assim resumidos: A importância da gestão do estoque advém, entre outros, da sua contribuição na composição dos custos logísticos que podem representar 26% (Ballou, 2001) e por está relacionado à criação de valor logístico em termos de tempo (quando), ou melhor dizendo, depende da empresa ter ou não ter o produto estocado no momento exato e na quantidade correta para agregar valor logístico de tempo a este produto. Portanto, o “estoque” é merecedor de atenção por parte de todo profissional em logística. |
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| 2 - Componentes do estoque Os recursos materiais constituem os estoques de uma empresa e podem ser assim classificados:
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| 3 - Problemática, função e objetivos da administração de estoques Uma das mais relevantes funções da administração de estoques está relacionada ao nível de estoque que se deve manter, ou melhor, ao controle de estoques, que é uma função da necessidade de estipular os diversos níveis de materiais e produtos que a empresa deve manter, dentro de parâmetros econômicos. O problema da administração de estoques está diretamente caracterizado na frase: “dentro de parâmetros econômicos”. Ou seja, é preciso tomar uma decisão acerca das quantidades dos materiais e produtos a serem mantidos em estoques, bem como em relação aos custos associados tanto ao processo produtivo quanto à estocagem. Portanto, a problemática é: “por um lado manter um volume de materiais e produtos em estoque que atenda à demanda do mercado, assim como suas variações e, por outro, minimizar os investimentos nesse setor.” Estabelecer os níveis de estoque é apenas uma parte do problema do controle de estoque. Logo, o dimensionamento das necessidades de estoque, como mostra a figura abaixo, deve ter como principal base uma política que atenda:
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| Como principal função, temos:
Como objetivos, temos: Geral
Específicos
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| 4 - Custos Do Estoque Segundo Ballou (2001; 1993), os custos que uma empresa incorre para obter e manter os seus estoques é composto pelo somatório de três classes gerais de custos relevantes:
O custo total de manutenção de estoques surpreende muitos administradores. Nos Estados Unidos ele chega a assumir 25% do valor do custo médio dos produtos, ao ano (Ballou, 2001). Abaixo, apresenta-se a porcentagem de cada componente do custo total apresentado por Ballou (2201), onde se observa que o custo de capital pode representar mais de 80% desse custo:
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Tela 12 |
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Tela 13 |
| A figura a seguir apresenta a composição do custo total em formato de “U”, significando que existe um valor mínimo para essa curva (onde o somatório dos custos de pedir e de manter o estoque é o mais baixo); ainda se observa na figura que, quanto maiores às quantidades estocadas, maiores serão os custos de manutenção. Porém, se maiores quantidades forem solicitadas, menos pedidos serão feitos e, portanto, teremos menos custos de pedidos. Este é o grande dilema logístico.
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Tela 14 |
| Resumo A administração de estoques é uma atividade essencial da logística empresarial e tem como missão minimizar o investimento no estoque, ao mesmo tempo em que procura alcançar os níveis de disponibilidade almejados. Este é o grande problema dentro da administração de estoques: encontrar o balanço ótimo dos custos dos estoques, uma vez que eles podem representar 26% na composição dos custos logísticos (Ballou, 2001). Logo, o problema está em compor custos “dentro de parâmetros econômicos”. Ou seja, é preciso tomar uma decisão acerca das quantidades dos materiais e produtos a serem mantidos em estoque em função dos custos associados tanto ao processo quanto à estocagem. Para tentar
solucionar este problema, a administração de estoques tem
como função: a otimização
do uso dos recursos na área logística da empresa, e como
principal objetivo, encontrar um plano de suprimento
que minimize os custos do estoque e
maximize o nível de serviço
(a disponibilidade do produto).
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| Unidade 2 | Módulo 4 | Tela 15 |
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- Razões para manter estoques
Em geral sabemos que a manutenção de estoques acarreta uma grande imobilização de capital de giro, além de outros custos administrativos que de algum modo afetam o custo final da produção e da comercialização de produtos e serviços. O ideal para qualquer empresa seria a inexistência total de estoques, na medida em que fosse possível atender ao usuário somente no momento em que as demandas ocorressem. Entretanto, na prática isso não ocorre, tornando-se imperativo a existência de um nível de estoques que possa atender plenamente e sistematicamente os mercados, supridor e consumidor. Alguns procedimentos podem ser empregados com o objetivo de transferir os custos de estocagem, sempre que possível, para o fornecedor. Caso do sistema just in time que veremos mais adiante. Mas, voltando ao nosso dilema de manter
estoques, façamos o seguinte questionamento: Será que realmente
é necessário manter estoques? Esta pergunta é bem
respondida por Ballou (2001), no livro de sua autoria – Gerenciamento
da cadeia de suprimentos – quando diz: “Se a demanda para
produtos de uma empresa fosse conhecida com certeza e os produtos pudessem
ser fornecidos imediatamente para satisfazê-la, teoricamente a estocagem
não seria necessária uma vez que nenhum estoque seria mantido.”
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Tela 16 |
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No entanto, a realidade é outra: as previsões não são tão certas e a distribuição (transporte) não ocorre tão rapidamente. Como resultado, temos que nos amoldar à realidade e compensar os custos de estocagem (ou armazenagem) com custos de transporte (por meio do embarque de quantidades maiores e mais econômicas) e de produção-compra (por meio da produção de lotes econômicos em tamanho e em seqüência). A solução, segundo Ballou (2001), é usar apenas armazenagem suficiente de forma que um bom equilíbrio econômico, entre os custos de transporte, armazenagem e produção possa ser alcançado. E aí está a chave do bom desempenho de toda a cadeia de suprimentos. Ballou (2001; 1993) cita as seguintes razões para manter estoques:
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Tela 17 |
No entanto, quando se trabalha com estoques,
é preciso tomar muito cuidado para definir seu nível. Mesmo
sendo mais fácil o gerenciamento, quando se tem a segurança
dos estoques, é também mais fácil à defesa
de críticas por superestocagem do que a de por falta de suprimentos.
Devemos ponderar e considerar algumas críticas como a de que os
estoques são considerados, no contexto atual, desperdícios,
pois absorvem capital que poderia ter destinações melhores
(à visão das empresas modernas), como para melhorar a produtividade
ou a competitividade. A maioria das empresas diminui o nível de
estoque para aplicar no mercado financeiro. Ou seja, transformam o capital
imobilizado em capital disponível. |
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Tela 18 |
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| 2
- Previsão das incertezas
Como vimos à logística de suprimento gera suprimento para o estoque e para a produção, e que o estoque tem que atender à solicitação da produção e dos pedidos dos clientes e consumidores, tudo com base em previsões de demanda ou consumo que podem ser mais ou menos precisas, conforme o método de previsão empregado. Porém, o conhecimento dos hábitos de compra dos clientes, a intuição e também a sorte, são aliados nesta difícil tarefa de determinar qual a quantidade de produto que os clientes deverão comprar. A previsão de demandas é realizada através da projeção de dados passados para um futuro preestabelecido. Em princípio, os métodos de previsão podem ser agrupados em três grupos (Ballou, 2001):
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Tela 19 |
| Dentre
as técnicas mais usuais, vamos exemplificar a técnica da média
de suavização exponencial, que é uma simplificação
da técnica de ponderação exponencial e provavelmente,
a mais útil para previsão em curto prazo. Ela é simples,
pois apenas necessita nos seus cálculos os dados do período
mais recente: a previsão no período e a sua respectiva demanda
real.
Essa técnica emprega em seus cálculos uma constante de ponderação ou suavização @, com valores entre 0 e 1, que na prática, varia entre 0,01 e 0,3 (Ballou, 2001). A fórmula para obter a previsão da demanda com o emprego desta técnica é:
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Tela 20 |
| Como
exemplo de aplicação técnica da média de suavização
exponencial, tem-se:
Certa empresa registrou para determinado
item de seu estoque, o seguinte: Deve-se calcular a previsão para
o mês seguinte, considerando:
Ou seja, a previsão de demanda para o mês seguinte é de 674 unidades. Sendo que, quando soubermos a demanda real neste mês calculado, poderemos calcular a nova previsão para o mês seguinte a este calculado; e assim por diante. Portanto, a previsão de 674 unidades para o mês solicitado passa a ser a previsão prévia quando o procedimento é repetido para o mês subseqüente |
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Tela 21 |
O quadro a seguir apresenta a descrição de algumas técnicas empregadas para previsão baseada na tabela-resumo do livro de Ballou (2001): Gerenciamento da cadeia de suprimentos.
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Tela 22 |
| 3
- Conceitos relevantes
Com o objetivo de facilitar a tomada de
decisão quanto ao melhor tipo de instrumento estatístico
que devemos usar para obter a melhor previsão possível,
vamos conceituar alguns elementos significativos na gestão de estoques:
Nas figuras acima, podemos visualizar, respectivamente, as demandas:
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Tela 23 |
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Tela 24 |
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Tela 25 |
A figura abaixo apresenta todos os elementos apresentados.
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Tela 26 |
| Resumo
Em geral, a estocagem de materiais e produtos prevendo seu uso futuro exige investimentos por parte da empresa. O ideal seria a perfeita combinação entre a oferta e a demanda, possibilitando a inexistência total de estoques, na medida em que fosse possível atender ao usuário somente no momento em ocorressem as demandas, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, na prática isso não ocorre, tornando-se imperativo a existência de um nível de estoques que possa atender plenamente e sistematicamente os mercados, supridor e consumidor. Alguns procedimentos podem ser empregados com o objetivo de transferir os custos de estocagem, sempre que possível, para o fornecedor. Caso do sistema Just in time. Para Ballou (2001), algumas das razões para se manter estoques são:
Quando se trabalha com ESTOQUES é preciso tomar muito cuidado para definir seu nível. Mesmo sendo mais fácil o gerenciamento quando se tem a segurança dos estoques e também mais fácil a defesa de críticas por superestocagem do que a de por falta de suprimentos, devemos ponderar e considerar algumas críticas como a de que os estoques são considerados, no contexto atual, desperdícios. Na definição do nível
de estoques podemos contar com várias técnicas. Entre as
técnicas mais usuais, citamos a técnica da média
de suavização exponencial, que é uma simplificação
da técnica de ponderação exponencial e provavelmente,
a mais útil para previsão em curto prazo. Ela é simples
e apenas necessita, nos seus cálculos, os dados do período
mais recente: a previsão do período e a
sua respectiva demanda real. |
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