| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Criatividade
A criatividade é uma característica natural da espécie humana e seu exercício é absolutamente cotidiano. É um potencial inerente ao ser humano. Como tal, o seu desenvolvimento passa a ser uma das necessidades da espécie. A criatividade é a ferramenta que forjou o mundo. Ela está presente em tudo o que é humano.
Em seu dia a dia, o ser humano enfrenta inúmeros desafios que o fazem refletir e buscar soluções para facilitar sua vida. Graças à imaginação, criatividade e inovação o homem atravessou os séculos evoluindo a cada minuto, criando melhores condições de sobrevivência. Criatividade é um termo genérico com vários significados correlatos. Existem inúmeras definições sobre criatividade. Veja algumas delas:
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Tela 2 |
| Criatividade
implica a emergência de um produto novo, seja uma idéia ou
invenção seja a reelaboração e aperfeiçoamento
de produtos ou idéias já existentes. Não basta que
a resposta seja nova. É importante e necessário que ela seja
apropriada à situação. Que o ato criativo seja relevante.
A criatividade precisa ser estimulada. Para isso, a pessoa necessita de autoconhecimento, tanto em relação aos aspectos cognitivos, afetivos e sociais, como em relação ao seu próprio corpo. Quanto mais autoconsciente for uma pessoa, maior probabilidade ela terá de criar. Da quantidade de idéias criativas nasce a qualidade da criação. Geralmente, a maioria das pessoas não consegue desenvolver seu lado criativo por dois motivos:
Elas precisam não só de outras pessoas que facilitem esse processo, mas de ambientes favoráveis ao desenvolvimento da criatividade. |
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Tela 3 |
| A criatividade
está diretamente relacionada ao prazer. O prazer de fazer algo. Alexander
Lowen, em seu livro Prazer, uma abordagem criativa da vida, diz que “o
prazer fornece a motivação e a energia ao processo criativo
que por sua vez, aumenta o prazer e a alegria de viver”.
No atual mundo organizacional, as pessoas querem ter o prazer de criar algo novo, seja um produto, um serviço ou processo de trabalho. E o que as organizações valorizam muito, hoje em dia, é a capacidade de pensar dos colaboradores. Por meio dessa capacidade são gerados valores para a empresa, os quais, quando agregados aos produtos e serviços, solidificam a empresa no mercado. A criatividade implica em respostas novas e imaginativas às diversas situações pelas quais o sujeito está vivenciando em seu cotidiano, tanto em sua vida particular quanto profissional. Com criatividade, muitos problemas que pareciam sem solução começam a ter saída. |
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Tela 4 |
| 2
- As organizações e o processo de criatividade
As organizações encontram-se cada vez mais preocupadas em investir no capital humano que está a seu serviço. É por meio da valorização deste, e maior investimento nas pessoas que compõem a organização, que se consegue gerar um diferencial competitivo no mercado.
Os seres humanos passam a maior parte de seu dia no ambiente de trabalho, onde se vêem diante de inúmeros desafios. Mediante o ato de pensar, é possível apresentar soluções muitas vezes criativas para os desafios surgidos. Os pensamentos transformadores e geradores de novas possibilidades facilitam a vida da organização e contribuem para a melhoria da qualidade de vida no ambiente organizacional. Mas por que desenvolver e valorizar o potencial criativo dos colaboradores? Bem, essa postura possibilita aos colaboradores ampliarem o leque de produção de conhecimento, desenvolver o pensamento na busca de respostas e soluções para determinada situação e trabalharem com prazer e envolvimento no que fazem. |
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Tela 5 |
| É
importante que o administrador conheça a importância da criatividade
para a organização e como desenvolvê-la. À medida
que a criatividade do colaborador é valorizada, o crescimento e desenvolvimento
do colaborador na organização são notáveis.
Estamos nos referindo ao ato criativo que agregue valor à organização
como um todo.
O administrador, como um facilitador desse processo, deve:
Agindo assim, o administrador terá uma boa base para fundamentar seu trabalho e contribuirá para o desenvolvimento e crescimento da equipe e da organização. |
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Tela 6 |
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| Mediante
a valorização do potencial criativo e inovador dos colaboradores,
as organizações têm tido como resposta o aumento da
produtividade, o envolvimento e comprometimento dos funcionários,
a fixação da marca no mercado, entre outros.
Por esses motivos, uma empresa criativa deve:
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Tela 7 |
| Vivemos
em uma sociedade que privilegia a racionalidade, a linearidade. Temos de
ser lógicos, coerentes, acertar sempre etc. Portanto, a tendência,
da maior parte de nós, é desenvolver o lado que privilegia
a racionalidade, a lógica, a intelectualidade, enfim, o lado esquerdo
do cérebro. Não que isso seja ruim. O ideal é que possamos
transitar com naturalidade entre os dois hemisférios.
Desde pequenos somos valorizados por sermos lógicos, racionais e analíticos. Em conseqüência, é provável que tenhamos grande tendência a utilizar mais o hemisfério esquerdo. Isso ocorre porque nossas respostas foram reforçadas no meio social e, portanto, é natural que nos leve a mantê-las. Por outro lado, tendemos a negligenciar o uso do hemisfério direito, o que também é natural. O ideal é que haja um equilíbrio no uso dos dois. Como mantemos esses padrões de comportamento ao longo da vida, é comum que nos comportemos de igual modo em nossas organizações. Cabe à empresa transformar-se em agente facilitador do processo criativo, já que a criatividade exige o uso constante do hemisfério direito do cérebro. |
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Tela 8 |
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Durante muito tempo acreditou-se que a criatividade estava relacionada a um lampejo de inspiração, ocorrendo como num passe de mágica. Estaria ainda relacionada com desajustamento ou loucura. O trabalho criativo seria o resultado de tentativas para compensar desajustamentos na vida. Conflitos inconscientes desempenhariam fatores decisivos na criação.
Sabe-se que uma personalidade criativa deve apresentar características tais como: autonomia, flexibilidade, abertura para novas experiências, autoconfiança, persistência, sensibilidade emocional e bagagem de conhecimento. Essas características podem ser desenvolvidas nos colaboradores organizacionais. Grande parte da criatividade empresarial depende da criatividade da descoberta. O detalhe importante é sabermos que todo e qualquer ato criativo combina três tipos de criação: a artística, a descoberta e uma boa dose de humor. |
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Tela 9 |
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Acredita-se, hoje, que todo ser humano apresenta um certo grau de criatividade. Alguns fatores devem ser enfatizados para o desenvolvimento do potencial criativo:
Quando uma empresa constantemente produz novidades, conserva sua posição competitiva perante os concorrentes, pois estes ficam impossibilitados de saber qual será o próximo passo.
Mas não basta apenas visualizar um produto melhorado para o futuro. A empresa criativa deve concorrer com eficiência, tentando descobrir a melhor maneira de produzir um produto ou serviço para atender as expectativas ou ir além delas. As empresas se mantêm vivas no mercado quando conseguem unir o que produzem com as estratégias pré-estabelecidas para novas práticas e novos processos. Estas empresas têm sempre em foco o que produzem e como produzem. |
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Tela 10 |
| 3
- Fases do processo criativo
Todo processo criativo apresenta uma fase lógica e uma fase criativa propriamente dita que se desenvolvem articuladamente, mas em momentos diferentes, como podemos ver no digrama abaixo:
O interessante e importante é compreendermos que o processo criativo deve agregar valor à organização como um todo, estimulando todos os colaboradores e encorajando-os no sentido de desenvolverem o potencial criativo que possuem. |
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Tela 11 |
| 4
- A Criatividade e a competitividade
Com o desenvolvimento científico e tecnológico, o conhecimento tem-se tornado obsoleto, em um período muito curto de tempo, exigindo uma aprendizagem contínua e permanente. É praticamente impossível prever quais os tipos de conhecimentos serão necessários em breve; então, torna-se premente que as organizações se reestruturem para atender às novas demandas. Então:
Podemos dizer que a competitividade permanente de uma empresa está:
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Tela 12 |
| Num mundo
em que temos concorrentes cada vez mais agressivos, consumidores cada vez
mais exigentes e condições de mercado mudando a toda hora,
a criatividade é, sem dúvida alguma, um grande diferencial
competitivo.
Embora o brasileiro seja considerado um povo criativo, não existe entre nós a disseminação da cultura criativa nas organizações porque grande parte das empresas brasileiras não sabe lidar com essa cultura. O que se vê no Brasil é que boas idéias não são, muitas vezes, aproveitadas de forma correta.
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Tela 13 |
A criatividade deve ser percebida não somente como um instrumento de soluções de problemas, mas também como uma alavanca para negócios e novos serviços. Nas organizações, a importância de criar está ligada às necessidades, problemas, dificuldades e curiosidades, ou à busca de estratégias para se manter competitivo.
Hoje, as organizações têm pouco tempo para apresentar posições estáticas. O que se exige é dinamismo constante, atualização tecnológica e pessoas que pensem. Enfim, as tão faladas mudanças são causa e conseqüência da criatividade. Os líderes que se mantêm no cenário de mudanças são os que as aceitam, as vivenciam e o mais importante: as promovem. |
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Tela 14 |
| Surge dentro
das empresas um interesse cada vez maior em desenvolver e implantar o pensamento
criativo entre seus colaboradores, visando o desenvolvimento dos processos
e produtos com melhor qualidade num tempo cada vez mais reduzido.
Algumas organizações têm implantado, em seus treinamentos, técnicas de desenvolvimento da criatividade. O objetivo desses treinamentos é descondicionar os sujeitos, liberando assim a sua capacidade criativa e sensível e os resultados têm sido surpreendentes.
Segundo algumas organizações, o resultado desse trabalho já pode ser percebido na melhoria dos relacionamentos internos e do posicionamento dos próprios colaborados em situações de tomadas de decisão e exposição das idéias em reuniões de equipe. |
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Tela 15 |
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Enquanto administradores, devemos:
Para focalizar o pensamento criativo, devemos levar em consideração três dimensões: as habilidades de domínio, as habilidades criativas e a motivação para a tarefa. Um dos segredos para incrementar novas habilidades criativas é aprender a romper com os pressupostos corriqueiros a respeito das relações entre idéias e coisas e que nos habilitará a conceber relações inusitadas, nunca antes imaginadas, entre as partes. |
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Tela 16 |
| Resumo
Neste módulo procuramos trabalhar a importância da criatividade e suas conseqüências no meio organizacional. A criatividade é uma característica humana e ela, à medida que crescemos, tende a se embotar em virtude da educação que recebemos em nossa sociedade. Algumas organizações estão utilizando a criatividade de seus colaboradores como diferencial competitivo de mercado. Muitas delas têm oferecido treinamentos a seus colaboradores no sentido de terem esse potencial desenvolvido. Essas organizações concluíram que os resultados foram surpreendentes e se revelaram nas próprias relações de trabalho. Verificamos que o processo criativo não é fruto de um raio luminoso. Existe um processo criativo composto por fase lógica inicial (momento da preparação), seguida dos períodos de incubação e iluminação (primeira e segunda partes da fase criativa) e o momento final da fase da lógica (verificação). Mostrou-se ainda que, embora haja avanços tecnológicos e não saibamos como prever as condições desse avanço, cada vez mais as pessoas e organizações estão investindo no pensamento e na produção criativa. A forma de conduzir da liderança é fundamental porque cabe a ela reconhecer a importância da criatividade para o meio organizacional e promover um ambiente que a promova. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 17 |
| 1
- Inovação
Temos visto, até aqui, algumas definições de criatividade, como desenvolvê-la e de que forma utilizá-la como diferencial competitivo. Agora, vamos estudar as noções de inovação para compreender seus efeitos no contexto da organização. Antes, vamos procurar clarear as idéias sobre o significado de criatividade e inovação. Geralmente, o uso dos termos criatividade e inovação são definidos como se fossem sinônimos. Apesar de serem processos interligados, apresentam características próprias. Comparemos os conceitos, iniciando com uma definição ainda não explorada de criatividade, mas que se alinha às outras estudadas no módulo I:
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Tela 18 |
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Agora,
vejamos algumas definições de inovação:
Assim, a inovação considera as condições do ambiente de trabalho para a implementação das idéias criadas ou as dimensões que os colaboradores possam explorar para serem implementadas. Podemos, então, dizer que a criatividade é a fase anterior ao processo de inovação; a inovação, por sua vez, vincula-se às condições ambientais da empresa para a viabilização e implementação das idéias. E porque é importante distinguirmos esses conceitos?
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Tela 19 |
| 2
- Criatividade, Inovação, Processo e Produto
As empresas criativas e inovadoras não criam apenas novos produtos e/ou novos serviços; criam novas práticas e novos processos que facilitem o próprio desenvolvimento organizacional. Estas empresas têm sempre em foco o que produzem (produtos e serviços) e como os produzem (processos e práticas). Para que de fato haja inovação é necessário ou é providencial que os elementos da criatividade artística estejam presentes – seja na elegância de um plano de negócio, seja no estilo de um projeto. Quando uma empresa produz constantemente coisas novas, conserva sua posição competitiva perante os concorrentes, pois estes ficam impossibilitados de saber qual será o próximo passo a ser dado.
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Tela 20 |
No mundo real, as empresas se mantêm vivas no mercado quando conseguem unir o que produzem com as estratégias pré-estabelecidas; caso contrário, estarão fadadas ao fracasso e à obsolescência.
Inovar produtos com rapidez e produzi-los abaixo do custo simplesmente não combinam. Para que seja vitoriosa, a empresa deve criar de acordo com suas estratégias. A capacidade de concentrar a criatividade na estratégia é que determinará o êxito de uma empresa. |
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Tela 21 |
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| Empresas,
geralmente, desejam agregar valor para o cliente, com o produto ou serviço
que lhe oferece. Entretanto, ao entregar valor para o cliente, devem colhê-lo
também. É importante que a organização, ao oferecer
o produto ou serviço, possa extrair disso ganhos suficientes para
manter o seu negócio. A empresa criativa e de vanguarda deve ter
isso em mente e agregar os dois tipos de valor.
Também é importante para a empresa ter clareza da necessidade de adotar um novo produto ou serviço se este gerar valor explícito para a empresa e despertar interesse e necessidade em quem dele fizer uso. Em algumas organizações, o sucesso está não na inovação do produto, mas na inovação dos processos como, por exemplo, a Toyota. A inovação nos processos pode ser uma vantagem competitiva igual à da criatividade e inovação em produtos e serviços. |
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Tela 22 |
A organização deve estabelecer um diferencial entre os processos e as práticas propriamente ditas, conforme podemos ver na tabela abaixo.
Devemos nos lembrar que as práticas são fundamentais no funcionamento de uma empresa, já que esta é composta de pessoas que se inter-relacionam. A empresa deve observar a maneira como as pessoas interagem e descobrir alternativas facilitadoras para que essa interação se amplie e intensifique, pois isto será favorável às ações criativas.
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Tela 23 |
| Perspectivas
da criatividade e da inovação nas organizações
brasileiras
No Brasil, a grande dificuldade para desenvolver a criatividade e a inovação prende-se à enorme burocracia para abrir novos negócios. Existe ainda o aspecto da hierarquia empresarial, que acaba exigindo que o profissional tenha que galgar vários níveis hierárquicos para mostrar suas idéias. Por outro lado, ainda existe a forte tendência de não se valorizar a criatividade e a inovação. Ainda que estejam forçosamente ligados às mudanças organizacionais, nem sempre são bem vistos pela maioria empresarial, pois, em muitas organizações ainda é cultuado o refrão:
Enfim, a criatividade e a inovação passam a ser uma ameaça à acomodação e ao marasmo em que muitos se encontram dentro das organizações. |
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Tela 24 |
| Existe
ainda um olhar de desconfiança diante de novas propostas. O novo
torna-se ameaçador porque, de alguma maneira, tira as pessoas envolvidas
da zona de conforto, levando-as a uma mudança, que pode ser ou não
significativas.
Nos países de primeiro mundo, as pessoas são valorizadas e admiradas pelos méritos criativos que possuem e que venham agregar valor à organização. Muitas dessas empresas instituem prêmios como forma de valorizar as idéias criativas e inovadoras apresentadas pelos colaboradores.
Porém, comparando com os ambientes dos países desenvolvidos, os brasileiros já começam a demonstrar sinais de desenvolvimento na área da criatividade e inovação empresarial. |
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Tela 25 |
| 3
- Desdobramentos da Inovação nas relações organizacionais
É importante, ao falarmos em inovação nas organizações, nos determos às relações estabelecidas entre a organização e as pessoas que a compõem. É necessário que a pessoa seja valorizada. E, mais importante: devemos entender os modelos mentais que estruturam a organização, pois desta forma teremos condições de analisar e avaliar o nível de inovação realmente existente.
E qual a inter-relação entre inovação, valorização da pessoa e entendimento dos modelos mentais da organização?
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Tela 26 |
| A
liderança no processo criativo e de inovação
Sabemos que as mudanças sempre causam algum tipo de resistência, o que não é nada positivo para as organizações. O líder, para ser criativo e inovador, deve, portanto:
O líder criativo e inovador, além de estimular sua equipe, dirigirá melhor os processos de mudança e inovação à medida que conhecer e enfrentar aqueles que são os inimigos dessa mudança.
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Tela 27 |
Empresas que se prendem com rigidez às normas acabam criando áreas ou setores que podemos chamar de “imexíveis”, gerando o conforto de grupos minoritários que se opõem e resistem a qualquer tipo de mudança. Por outro lado, esse tipo de organização se recusa a seguir ou criar atalhos facilitadores de desenvolvimento de processos, prendendo-se durante longos anos a processos obsoletos, que na prática só atrasam ou dificultam a agilização da organização. É importante que a organização favoreça o surgimento de novas idéias. São as novas idéias que, ao gerar novos produtos e serviços para o mercado, ajudam a consolidar a organização, num sistema cada vez mais competitivo.
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Tela 28 |
| 4
- Equipes criativas e inovadoras
Como transformar sua equipe numa equipe criativa e inovadora? Como levar sua organização a facilitar o surgimento dessas equipes? Sabemos que nem sempre isso é fácil, mas sabemos também que isso é um a exigência do mundo atual. A criatividade e a inovação devem ser vistas nas equipes como ferramentas de mudança, tanto na solução de problemas como na descoberta de oportunidades. Existem, porém, alguns fatores que, na prática, são restritivos para esse desenvolvimento. Entre esses fatores estão:
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Tela 29 |
Organizações de vanguarda trabalham com dois fatores básicos, os quais podem tornar viável o desenvolvimento da criatividade no interior da empresa: 1) fator equipe e 2) fator estrutura.
Ao falarmos em equipe, forçosamente nos remetemos à liderança e à delegação, que permeia todo e qualquer grupo.Quem delega, multiplica seu valor. Esse tipo de liderança facilita o desenvolvimento da criatividade e a tomada de decisão. |
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Tela 30 |
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Novamente, pensemos sobre a liderança: a que tipo de líder estamos nos referindo?
Com esse estilo de liderança haverá um clima saudável, em que os membros se encorajem mutuamente e o entusiasmo se faça presente, mesmo nas situações difíceis e delicadas. Podemos dizer que a liderança criativa se desenvolve a partir de dois pontos críticos: segurança e desapego. O líder deve cultivar características criativas e inovadoras para que possa também disseminar e cultivar essa mesma atitude entre as pessoas que estejam sob sua liderança.
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Tela 31 |
| Inicialmente,
sabe-se, não há como retroceder no mundo corporativo. As mudanças
ocorrem de forma acelerada e é necessário nos adaptarmos a
elas da melhor forma possível. Por outro lado, a condição
de líder, por si, já exige a posição de agente
de mudança.
A própria condição humana tem uma tendência de acomodação às rotinas confortáveis que acabam por sabotar projetos não incluídos no dia a dia. No que se refere à criatividade e inovação, situações de acomodação às rotinas confortáveis são cada vez mais combatidas por líderes experientes e empresários de sucesso. O que se exige hoje é dinamismo constante, atualização tecnológica e pessoas que pensem. Essas seriam algumas das alternativas para operar mudanças. É importante refletirmos sobre o que Predebon (2001) argumenta sobre a inovação:
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Tela 32 |
| Resumo
A criatividade, apesar de fazer parte do processo de inovação, não se confunde com essa, visto a inovação voltar-se para as condições de viabilização e implementação das idéias criadas. As empresas criativas e inovadoras não criam apenas novos produtos e/ou novos serviços, mas também criam novas práticas e novos processos. Não basta apenas visualizar um produto melhorado para o futuro. A empresa inovadora deve concorrer com eficiência. Para que seja vitoriosa, a empresa deve criar em consonância com suas estratégias. É a capacidade de concentrar a criatividade e a inovação na estratégia que determinará o êxito da empresa. Em algumas organizações, o sucesso está não na inovação do produto, mas na inovação dos processos. Devemos lembrar que as práticas são fundamentais no funcionamento de uma empresa, já que esta é composta de pessoas que se inter-relacionam. É importante para a empresa ter clareza da necessidade de adotar um novo produto ou serviço se este gerar valor explícito para a empresa e despertar interesse e necessidade em quem dele fizer uso. Devemos perceber a criatividade e a inovação não apenas como um instrumento de soluções de problemas, mas também como alavancagem de negócios e surgimento de novos serviços. É preciso compreender a criatividade e a inovação como instrumentos de mudança, tanto na solução de problemas como na descoberta de oportunidades. No contexto das organizações criativas, o líder deve permitir/facilitar a seus liderados que exerçam, da melhor maneira possível, suas competências, desenvolvam suas dimensões criativas, e promovam o ambiente para a inovação. Com estas metas, com certeza, terá uma equipe mais realizadora. O líder criativo e inovador, além de estimular sua equipe, dirigirá melhor os processos de mudança e inovação, à medida que conhecer e enfrentar os aspectos “inimigos” dessa mudança (grande rigidez das normas, excessiva departamentalização, dentre outros). As mudanças ocorrem de forma acelerada e é necessário adaptar-nos a elas da melhor forma possível. Ser líder, por si, já exige a posição de agente de mudança. Para que as mudanças ocorram, também é fundamental
que a empresa promova e apóie o surgimento de novas idéias,
porque são elas que criarão novos produtos e serviços
para o mercado, o que auxilia a organização a se consolidar
em espaços cada vez mais competitivos. |
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| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 33 |
1 - Investindo nas pessoas À medida que as organizações enfrentaram as sérias mudanças ocorridas no mercado internacional foram aprendendo a lidar com um novo referencial: a necessidade de sobreviver ao mercado competitivo. Descobriram, felizmente, que a grande saída para essa sobrevivência viria por e através das pessoas. Surge então um novo enfoque de valorização, crescimento e desenvolvimento organizacional, tendo como fim último, a descoberta dos grandes potenciais existentes no seio da organização. Assim, começam a investir nas pessoas.
E por que investir em pessoas? A resposta é simples: as pessoas em geral são leais a quem as valoriza, as respeita, e que lhes oferece oportunidades na vida. |
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Tela 34 |
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Outro ponto a considerar é que essas mesmas pessoas, em suas inter-relações, têm o potencial de fazer o sucesso ou o fracasso de qualquer organização.
É importante que todo administrador tenha a clareza de que qualquer tecnologia por mais necessária, importante e inovadora que seja, não leva a organização ao sucesso e à competitividade no mercado. Esse tão procurado êxito empresarial depende de haver pessoas à frente das tecnologias.
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Tela 35 |
Com as mudanças ocorridas no mercado de trabalho, a área de Recursos Humanos, muitas vezes vista como centralizadora, vem assumindo seu espaço estratégico. Começando por descentralizar, essa área passou a distribuir a responsabilidade pelo desenvolvimento das pessoas no interior da organização a todos os gerentes, criando assim uma nova ordem: uma nova forma de gestão integrada e focada no negócio, na qual todos passam ser vistos como parceiros da organização. Essa nova ordem exige que todo gerente seja, também, gerente de pessoas e cabe a ele a responsabilidade de descobrir talentos e potenciais escondidos para que sejam desenvolvidos.
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Tela 36 |
| O
grande segredo para o sucesso hoje não é apenas reter os
talentos descobertos, mas saber o que fazer para mantê-los. Isso
é uma questão vital para o sucesso da organização
no mercado.
Podem ser mantidos os velhos jargões do gênero “valorizamos nossos funcionários” ou “funcionário trabalhando feliz”. A prática cotidiana nos mostra que se espera da organização um bom planejamento no sentido de como a empresa deverá tratar seu maior tesouro: as pessoas.
O comprometimento do qual tanto se falou e ainda se fala já não é mais uma via de mão única. Para que haja sucesso, o comprometimento tem que ser de ambas as partes. Hoje, exige-se por parte dos empregadores uma maior maturidade para lidar com o colaborador, pois este já não se deixa enganar com discursos não cumpridos. |
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Tela 37 |
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2 - A Gestão por Competências
Conforme tomamos consciência de que o sucesso do negócio está no adequado investimento feito nas pessoas, melhor será nossa capacidade de antecipação e adaptação ao mercado em constante renovação. Estamos falando de desenvolvimento de competências dentro da organização. E o que é competência?
Podemos dizer que a competência envolve ação por parte de alguém e, como tal, pode ser observada e mensurada. Podemos ainda dizer que competências podem ser trabalhadas, desde que o potencial para tal se faça presente. |
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Tela 38 |
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| A Gestão por Competência:
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Tela 39 |
| Em virtude da crescente busca por maior competitividade e inovação, os modelos clássicos de administração de pessoas já não atendem às novas necessidades e perspectivas de mercado. Hoje, fala-se em agilidade e flexibilidade, com foco em resultados. É nesse novo contexto da valorização do capital humano que a gestão de pessoas ganha força. Novos modelos surgem para subsidiar e alavancar essa nova maneira de encarar o trabalhador na sua identificação e relação com o trabalho. Com isso, os atuais sistemas de desenvolvimento humano nas organizações estão sendo redesenhados e transformados em poderosas ferramentas de gestão do capital humano. O capital Humano e a organização – As organizações, ao longo de seu desenvolvimento, enfrentaram diversas mudanças, principalmente de cunho econômico, o que as obrigou a buscar maior flexibilidade para uma melhor adaptação ao mercado.
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Tela 40 |
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O
objetivo de buscar novas oportunidades, aumentar a competitividade e gerenciar
os riscos e as ameaças aos negócios não é
fácil. Essa transição exigiu dos grandes empresários
um período de aprendizagem e adaptação
As empresas entenderam que, mesmo contando com recursos financeiros e tecnológicos para agir nesse ambiente de grandes transformações, havia um fator de grande relevância e que não poderia ser negligenciado sob risco de fracasso total: as pessoas. As pessoas, com seus talentos e potencias, permeiam a organização como um todo. Como diz Picarreli (2002):
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Tela 41 |
| Esse
pensamento é adequado, pois o sucesso da organização
está no fato de alinhar sua estratégia de negócio
com a estratégia do capital humano.
Perder esse capital impõe à organização uma busca constante por outro que substitua o anterior, o que envolve perda significativa e retrabalho sobre todo um sistema auto gerenciado.
Gerenciar competências está diretamente ligado à capacidade do administrador saber atuar com responsabilidade, mobilizando e integrando recursos, viabilizando situações e gerenciando conhecimentos. |
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Tela 42 |
| Esse
propósito visa sempre integração e agregação
de valor aos indivíduos e à organização, num
sentido de troca constante entre ambos. Para que isso ocorra, inicialmente,
é importante que os administradores tenham clareza do conceito de
valor.
Muitas organizações empolgadas com os processos de benchmarking olham apenas para fora e, muitas vezes, tentam copiar, limitando-se à imitação ou, quando muito, a uma proximidade com as melhores práticas do mercado. |
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Tela 43 |
Nesse propósito, começam desesperadamente a garimpar no mercado externo profissionais de alto gabarito para desempenhar atividades copiadas de outros, esquecendo-se de olhar para dentro, desperdiçando talentos e seus pontos fortes.
Por outro lado, se essas mesmas organizações neuroticamente só conseguem vislumbrar o próprio umbigo não conseguem perceber as oportunidades que estão a surgir a cada instante, desconhecendo as relações de mercado e as melhores práticas de atuação organizacional. Segundo Neto (2004), “uma base explicativa para o sucesso de algumas organizações fundamenta-se no melhor uso de seus recursos, tangíveis e intangíveis, o que requer conhecê-los para poder administrá-los bem”. |
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Tela 44 |
| Com base
nesse conhecimento, a organização consegue identificar os
talentos e perfis desejados em seu corpo de profissionais para que as estratégias
de negócio sejam alcançadas.
Daí, a importância da utilização de estratégias de retenção de profissionais. Perdê-los significa perder uma quantidade razoável de capital humano já preparado e atendendo aos objetivos do negócio. A dinâmica de identificar, disseminar e qualificar as competências dentro da organização acaba criando um círculo virtuoso e desejado que, quando bem trabalhado culminará com a retenção e comprometimento do colaborador em questão. Vejamos o diagrama abaixo, representando o círculo virtuoso:
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Tela 45 |
| Os
propósitos da Gestão por Competências
Para que haja sucesso e alcance das metas e objetivos, toda a alta liderança deve conhecer perfeitamente a missão organizacional, bem como objetivo as e metas que a organização quer atingir. Para isso, todo o planejamento estratégico deve envolver não apenas o negócio como um todo, mas também as pessoas que fazem parte dele. Procuraremos mostrar a os principais propósitos de uma organização que visa o sucesso a partir da boa gestão de competências. Entre eles vale a pena ressaltar:
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Tela 46 |
| Tendências
do mercado e suas emergências
À medida que as exigências do mercado externo aumentam temos clareza de que o mercado interno tende a aumentar suas próprias exigências, nas mesmas proporções. Portanto, é necessária, por parte das organizações, muita atenção, foco nas pessoas, consciência de sua missão no mercado e clareza dos objetivos e metas que quer alcançar. Só assim poderá se antecipar e se adaptar aos novos desafios. Reter talentos, já dissemos, é a grande preocupação atual. Quando perdemos um talento para o mercado, com ele vai parte da história, da cultura e do saber organizacional.
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Tela 47 |
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É necessário que as organizações estejam sempre atentas para o que poderíamos chamar de “o fenômeno da debandada”. Sabemos, hoje, que a lealdade de um colaborador está atrelada a uma série de fatores, desde a questão salarial, até ao contrato psicológico feito entre as partes envolvidas no labor. Inúmeras pesquisas, entre elas a da revista Exame, revelam o que as melhores empresas para trabalhar oferecem a seus colaboradores. É imperioso repensar a prática da gestão de pessoas, inovando e gerando condições para transformar essa gestão em resultados positivos, por meio da boa administração de competências e talentos.
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Tela 48 |
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Diante dos cenários que se descortinam, em nível de mercado interno e externo, podemos ter uma certeza: ou mudamos, procurando novas estratégias para pôr fim ao poder centralizador, em que cada grupo luta para manter seu espaço, em total desagregação, ou a área de gestão de pessoas estará fadada a sucumbir no mar da competição desenfreada.
Para evitar que isso ocorra é fundamental que a área de Recursos Humanos ocupe seu lugar de fato e de direito: estar presente nas decisões estratégicas da organização, quando então poderá influir nessas decisões gerando novas possibilidades de melhoria para as pessoas e para toda a organização. |
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Tela 49 |
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3
- Práticas e Tendências
A partir de agora, apresentaremos as principais tendências que se referem às áreas de: a) Recrutamento e Seleção; b) Treinamento e Desenvolvimento; 3) Gestão de Desempenho; e 4) Cargos e Salários, no que se refere à melhoria da competitividade no mercado. A) Áreas de Recrutamento e Seleção Para melhor compreendermos as diferenças entre as práticas da área de RH e as tendências dessa área, vejamos o quadro comparativo a seguir:
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Tela 50 |
| B)
Treinamento e Desenvolvimento Como a capacitação ocorria?
Os cursos, seminários ou palestras oferecidos à comunidade de trabalho não apresentavam muita especificidade. Normalmente, eram extensivos a todos os colaboradores de determinado cargo. Como exemplo, podemos citar: curso de planejamento para todos os gerentes; relações públicas para todas as atendentes; relações interpessoais para todas as equipes, e assim por diante.
Muitas vezes, as indicações para participar desses cursos eram vistas pelos colaboradores como castigo, ou como um instrumento de manipulação de comportamento. Havia uma marca de cultura paternalista, na qual a organização se colocava como a responsável nº 1 pelo desenvolvimento, gerando assim uma atitude de acomodação por parte do colaborador que esperava o investimento da organização.
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Tela 51 |
| C) Gestão de Desempenho Até bem pouco tempo, a área de RH trabalhava com a conhecida Avaliação de Desempenho. Vejamos as características da Avaliação de Desempenho e as tendências da Gestão de Desempenho (atual sistema gerencial de avaliação).
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Tela 52 |
D) Cargos e Salários No que se refere à remuneração, tínhamos uma organização altamente hierarquizada que promovia uma cultura de controle. A preocupação com o pagamento dos salários prendia-se ao desempenho individual, com salário fixo e uma forte resistência ao uso da remuneração com base no desempenho. O foco era no cargo, considerando as avaliações de desempenho para as promoções, com base em fatores comuns. Com isso, surgia um número grande de títulos para diversos cargos e, quanto mais altos os cargos, mais os salários elevados eram justificados. Os cargos eram descritos de forma limitada, com base nas responsabilidades individuais. |
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Tela 53 |
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Aparece
de forma incipiente uma tentativa de relacionar a política de remuneração
aos objetivos organizacionais, sendo a remuneração utilizada
como ferramenta de controle do comportamento e da produtividade.
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Tela 54 |
| Resumo
O grande segredo para o sucesso hoje não é apenas reter os talentos descobertos, mas saber o que fazer para mantê-los. Para isso, as empresas passaram a valorizar seu pessoal e a investir no seu crescimento e desenvolvimento. Isso é uma questão vital para o sucesso da organização no mercado. O investimento feito nas pessoas levou ao desenvolvimento de competências dentro da organização. Por isso, hoje, fala-se em gestão de competências. E o que é competência? É um conjunto de características percebidas nas pessoas e que envolverão conhecimentos, habilidades e atitudes levando a uma melhoria no desempenho da pessoa a ou de uma equipe de trabalho. A Gestão por competência integra todos os sistemas da área de recursos humanos, constituindo uma ferramenta de administração de pessoas e viabilizando o sucesso e crescimento organizacional. Gerenciar competências está diretamente ligado à capacidade de o administrador saber atuar com responsabilidade, mobilizando e integrando recursos, viabilizando situações e gerenciando conhecimentos. A dinâmica de identificar, disseminar e qualificar as competências dentro da organização acaba criando um círculo virtuoso e desejado que, quando bem trabalhado, culminará com a retenção e comprometimento do colaborador em questão. O gestor de pessoas deve possuir, entre outros atributos, visão de futuro, saber fazer análise de cenário; ter espírito empreendedor, sempre procurando respostas a seus questionamentos; e capacidade de tirar grandes aprendizados das incertezas e dúvidas. Reter talentos é a grande preocupação atual. À medida que se perde um talento para o mercado, vai com ele parte da história, da cultura e do saber organizacional. A prática da gestão de pessoas necessita ser repensada, inovando e gerando condições para transformar a gestão de pessoas em resultados positivos por meio da boa administração de competências e talentos. |
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| Unidade 2 | Módulo 4 | Tela 55 |
| 1
- Relação entre a entrevista e a vantagem competitiva
A maioria de nossas organizações está à procura de talentos que possam agregar valor às atividades organizacionais. Em contrapartida, encontramos inúmeros administradores queixando-se da inabilidade em selecionar as pessoas certas. Em primeiro lugar, quero dizer que o contato inicial com o candidato é de fundamental importância tanto para o entrevistado quanto para a organização. Surge então a clássica pergunta:
A
entrevista é o momento em que candidato e organização
estarão frente a frente, falando de seus anseios, dúvidas,
investimentos e expectativas. Dependendo do que ocorrer nesse momento
é possível obtermos grandes êxitos ou enormes fracassos. |
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Tela 56 |
Uma entrevista bem feita nos coloca em vantagem competitiva em relação a nossos concorrentes, pois poderemos descobrir potenciais talentos e assim mantê-los em nossa organização. Embora pouco se fale da entrevista, deve-se ter clareza de que ela é o sustentáculo do trabalho inicial do selecionador no processo de escolha do candidato mais adequado para a organização. Uma boa entrevista nos mostrará o comportamento do candidato, seu posicionamento frente a determinados acontecimentos, seu grau de conhecimento em relação a determinados assuntos, sua perspicácia, seus interesses, sua forma de lidar com as frustrações cotidianas etc.
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Tela 57 |
É no momento da entrevista que o candidato se aproxima mais da organização, podendo conhecer a sua posição no mercado, sua missão e seus objetivos. Cabe ao entrevistador, perceber os verdadeiros motivos que levaram o entrevistado a escolher a organização entre as muitas existentes no mercado. Esse momento é muito delicado, pois nem sempre esses motivos se colocam de forma explícita, cabendo ao entrevistador, com base em sua experiência, perceber os motivos do candidato.
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Tela 58 |
2 - O que considerar na primeira entrevista Quando você está em processo de entrevistar candidatos, tenha sempre claro o que você procura neles. A maioria de nós tende a procurar as características das pessoas tais como: confiável, comunicativo, interessado, assim por diante. A verdade é que essas características não nos garantem, necessariamente, o bom desempenho do colaborador. Muitos gerentes, ao fazerem entrevistas, ficam atentos para ver se o candidato tem as “qualidades” que eles acreditam que um bom funcionário tem de apresentar. Muitos utilizam testes para ratificarem essas características.
O que
muitas vezes o gerente não leva em consideração é
que uma situação de entrevista é uma situação
especial, na qual o candidato, de antemão, sabe que está
sendo avaliado e isso interfere em suas atitudes e em seu discurso. |
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Tela 59 |
Pelo fato de as organizações possuírem um sistema de regras e regulamentos que acabam definindo o comportamento aceitável, as pessoas procuram, numa situação de avaliação, minimizarem as características que poderiam não ser bem aceitas.
Em situações de descontração, ao contrário, como festas e reuniões informais, as pessoas sentem-se mais relaxadas. Nessas condições, as características que aparecem, na verdade, são fortes prognósticos do comportamento. Pelo fato de fazermos
parte de diversos grupos sociais, somos extremamente adaptáveis
às situações, apresentando uma gama de comportamentos
diferenciados. Existem, porém, alguns comportamentos que se repetem
nas mais diversas situações. Essa é a nossa marca
registrada, diríamos assim. |
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Tela 60 |
O que deve ser considerado, na prática, são as características de personalidade que geralmente são estáveis nas mais diversas situações vivenciadas pelo sujeito. São esses pontos que devemos considerar durante as entrevistas.
A saída não é trabalhar com os comportamentos presentes, pois estes são mais ou menos presumíveis e previsíveis, mas tentar entender o comportamento do sujeito em situações vivenciadas por ele no passado. É importante
que o entrevistador perceba como o candidato reagiu, por exemplo, em situações
de frustração, de coação, de valorização,
em organizações nas quais trabalhou anteriormente. |
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Tela 61 |
Assim,
quando for entrevistar, faça perguntas que se concentrem em experiências
prévias vivenciadas pelo candidato e que sejam relevantes para
o cargo em questão.
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Tela 62 |
3 - Finalidade da entrevista
Em geral, as organizações valem-se da entrevista, entre outras ferramentas, quando têm um cargo a ser preenchido. Existem estágios pelos quais passam o entrevistador e o entrevistado. Os estágios, segundo Cappelli, são os seguintes:
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Tela 63 |
Modalidades de entrevistas e utilização Podemos ainda dividir as entrevista em duas modalidades: estruturadas e não estruturadas.
Utilização
– Estrategicamente, é interessante que o entrevistador utilize
as duas modalidades. Para isso, é necessário ele ter uma
certa experiência na área, preparando-se antecipadamente
com perguntas chaves que sirvam de base para uma possível tomada
de decisão. O ideal é que o entrevistador utilize a modalidade
em que ele se sinta melhor e tenha maior domínio. |
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Tela 64 |
4 - Fases da entrevista Pela própria característica de trabalho do administrador – contato com pessoas –, a entrevista passa ser uma ferramenta de grande importância. A partir da entrevista, o administrador contrata pessoas, fecha negócios, toma decisões etc. Daí a necessidade de o administrador ter domínio na utilização dessa ferramenta. Por exemplo, quem iria a uma reunião que envolvesse milhões em dinheiro sem estar preparado? Espera-se que ninguém. O mínimo a ser feito seria preparar algumas perguntas a respeito da situação ou objeto da transação, para a certeza de estar fazendo um bom negócio, não é mesmo? O segredo é estar sempre preparado.
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Tela 65 |
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Numa situação de entrevista de contratação:
Veja um exemplo
de modelo de formulário que servirá de norteador para o
entrevistador fazer a sua entrevista com o candidato. |
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Tela 66 |
A entrevista, para ser bem feita, deve ter três (3) fases: A) o início; B) o desenvolvimento; e C) o encerramento. A) O Início O início deve durar cerca de 10% do tempo reservado para a entrevista. É o momento de “quebrar o gelo” e das apresentações pessoais. Cabe ao entrevistador criar uma condição de conforto para que a entrevista flua com tranqüilidade. Mostre-se agradável, criando um clima de empatia. Evite o famoso “a
primeira impressão” é a que fica. Esse fenômeno
chama-se Efeito Halo. Isso contamina a relação
e pode ser prejudicial no decorrer da entrevista, pois nos impede de ver
o candidato como ele realmente é enquanto pessoa, levando-nos a
fazer suposições a respeito do mesmo sem nenhuma fundamentação. |
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Tela 67 |
O entrevistador deve chegar sempre no horário. Se houver um imprevisto que o atrase, deverá telefonar e pedir a alguém do setor para avisar ao candidato. Respeitar o candidato é fundamental para a credibilidade da empresa.
Se for impossível
realizar a entrevista, deve-se contatar o candidato com antecedência,
explicando o imprevisto e remarcando para outra data e horário. |
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Tela 68 |
B) O Desenvolvimento: Etapa que, em geral, utiliza cerca de 80% do tempo da entrevista. É o tempo destinado à coleta das informações e explicações sobre a organização. Nessa fase, o entrevistador precisa avaliar todas as qualificações do candidato, tomando por base o curriculum do entrevistado para aprofundar as informações – elas poderão revelar muito sobre a competência do candidato.
Faça perguntas relacionadas às realizações do candidato, envolvendo respostas que demonstrem capacidade analítica e raciocínio lógico. Atenção
e concentração são fundamentais. A capacidade de
escuta é o grande diferencial do entrevistador nesse momento. Este
deve lembrar-se de que errar na decisão de escolha pode significar
grandes prejuízos para a organização. |
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Tela 69 |
Sem contar que sua imagem como entrevistador poderá ficar comprometida. Por isso, deverá sempre pedir detalhes de forma direta, buscando medidas tangíveis de sucesso. Perguntas e respostas
sobre cenários darão uma idéia de como o candidato
aborda e lida com os problemas. O entrevistador deve procurar saber como
ele lidou com problemas semelhantes em situações passadas,
ou então o que faria se enfrentasse uma situação
semelhante no presente. Isso dará base para perceber a capacidade
de tomar iniciativa, decisão, análise de cenário
etc. |
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Tela 70 |
Muitos candidatos fazem perguntas a respeito do salário e, dependendo da organização, o próprio entrevistador pode falar sobre isso. Em outras empresas, somente o RH está habilitado para dar tal informação e isso deve ficar claro para o candidato.
Nessa fase, manter o controle sobre a entrevista é muito importante. Segundo Cappelli, um dos segredos para manter o controle é fazer a maior parte das perguntas e ouvir a maior parte do tempo. Caso o candidato se desvie da linha de condução da entrevista, traga-o de volta, fazendo uma pergunta direta. Faça pequenas
anotações que julgar procedentes ao longo da entrevista.
Evite, porém, anotações de cunho pejorativo, preconceituoso
ou que sejam discriminatórias, ou ainda que se choquem com leis
vigentes no país.
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C) O Encerramento Para essa fase, deverá ser reservado 10% do tempo total da entrevista. Nesse momento, o entrevistador deve aproveitar para:
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5 - Sintetizado as dicas para uma boa entrevista
Vejamos, em forma de dicas, os passos até aqui estudados que podem aumentar a possibilidade de sucesso de uma entrevista. São passos simples, os quais, se forem seguidos, darão direção, confiança e segurança a qualquer pessoa em situação de entrevista. 1) Inicialmente, deve-se
procurar conhecer com antecedência o curriculum do candidato.
Depois, devem ser formuladas perguntas mais aprofundadas sobre itens que
sejam relevantes para o cargo em questão. Não esquecer de
rever a descrição da função para a qual o
candidato está sendo indicado; |
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4) Trabalhar com hora de 50 minutos, caso se desejar uma longa entrevista. Dar sempre um intervalo de 10 minutos entre uma entrevista e outra. Também é preciso se recompor psicologicamente, é preciso relaxar. Esse espaço de tempo serve exatamente para isso. Deve-se aproveitar esse intervalo para uma ligação telefônica, para exercícios de respiração, para fazer anotações rápidas a respeito do último candidato. Isso lhe energizará para receber o próximo candidato;
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Tela 74 |
6) Trazer sempre na lembrança o fato de uma situação de entrevista causar ansiedade ao candidato, portanto não se deve deixá-lo esperando muito tempo. Não é ético. Ao recebê-lo, deve-se ser cordial, criando um clima de descontração deixando-o à vontade;
7) Iniciar a entrevista
com perguntas simples que possam quebrar o gelo inicial. Explicar ao candidato
o que se pretende discutir, quanto tempo durará a entrevista, encorajando-o
a fazer perguntas. É importante que fique claro para o candidato
ser a entrevista um campo farto para intercâmbio de questões
e discussões e nunca espaço para coerção e
intimidação; |
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10) Por outro lado, o entrevistador também precisa ter sob controle a própria ansiedade. É comum encontrar gerentes, principalmente os mais jovens, ávidos por informações a respeito do candidato e por isso não param de falar. Essa atitude, geralmente, cria inibição, o que prejudica a entrevista;
11) Fazer pausa de alguns segundos após o candidato ter finalizado sua reposta. Muitas vezes, o silêncio do entrevistador estimula o candidato a continuar falando; 12) Finalmente, quando perceber que todas as questões já foram esgotadas, que o candidato já respondeu a todas as questões, o entrevistador deverá encerrar a entrevista, sempre perguntando antes, se o candidato ainda tem alguma dúvida a respeito da empresa ou do cargo e que gostaria de esclarecer. É, também, nesse momento que o candidato fica sabendo quais serão os próximos passos da seleção pela qual está passando. É importante que ele saiba que em breve a organização manterá com ele um novo contato, seja via telefone, carta ou e-mail. Com a saída do candidato da sala, caberá ao entrevistador anotar os pontos que mais lhe chamaram a atenção durante a entrevista. É fundamental que isso aconteça imediatamente, pois evita que haja algum tipo de esquecimento por parte do entrevistador. Esse material enriquecerá a avaliação do candidato.
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Tela 76 |
Resumo Uma entrevista bem feita coloca-nos em vantagem competitiva em relação a nossos concorrentes, pois poderemos descobrir potenciais talentos e assim mantê-los em nossa organização. É no momento da entrevista que o candidato se aproxima mais da organização, podendo conhecer a sua posição no mercado, sua missão e seus objetivos. A finalidade de qualquer entrevista é obter informações a respeito de uma pessoa ou situação para que se possa tomar a melhor decisão possível. As entrevistas dividem-se em:
A entrevista apresenta três fases:
Dicas para a realização de entrevista:
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