| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 1 |
1 - Fluxo de Caixa Livre para a Empresa – FCLE Segundo Gitman (2004), o fluxo de caixa livre para a empresa (em inglês, free cash flow to the firm – FCFF) representa o volume de fluxo de caixa disponível para os investidores: os fornecedores de capital de terceiros (credores), os fornecedores de capital próprio (proprietários), após a cobertura de todas as necessidades operacionais (custos/despesas operacionais) e os investimentos no Imobilizado e nos ativos realizáveis operacionais líquidos.
Antes da fórmula e dos exemplos, vamos dar uma olhada em alguns componentes do FCLE. Para operar o FCLE o ponto de partida será a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) a partir do resultado operacional, EBIT (Earning Before Interest and Taxes). De posse do FCO (Fluxo de Caixa Operacional) já estudado anteriormente, se faz necessário entender os dois componentes (que vêm depois do FCO):
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a) Variação no ativo imobilizado No Ativo Imobilizado é onde se localizam os investimentos destinados à fabricação do produto da empresa. Logo, os investimentos em máquinas, equipamentos, veículos, informática etc. são considerados como investimentos ligados com a geração/distribuição do(s) produto(s) gerado(s) pela empresa.
Nas demonstrações financeiras da Companhia Vale do Rio Doce referentes ao exercício encerrado em 31/12/2007, na mensagem da Presidência, encontramos a seguinte afirmação: “A implementação de nossa visão de negócios possibilitou investimentos na ordem de US$7,625 bilhões, excluindo as aquisições, valor 58% superior em relação a 2006. Somos a mineradora que mais investiu no mundo em 2007, com US$5,423 bilhões em crescimento orgânico – sendo US$4,682 bilhões em projetos e US$741 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) – e US$2,202 bilhões destinados à manutenção das operações existentes”. Para efeito de cálculo do FCLE, iremos nos ater exclusivamente ao Imobilizado e ao Diferido, quando este for uma conseqüência do primeiro. O cálculo da variação do ativo imobilizado será desenvolvido na ocasião da resolução dos exemplos. |
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b) Variação no ativo realizável operacional Líquido (VAROL) Segundo Damodaran (2007), a maioria das empresas privadas e públicas possui ativos em sua contabilidade que podem ser considerados como não operacionais. Exemplos. A elaboração do FCLE exige que somente valores operacionais sejam considerados, portanto, existem algumas contas que fazem parte do “Ativo Circulante” e do “Ativo Realizável de Longo Prazo” que estão ligadas diretamente com a atividade fim da empresa. Duas contas são consideradas operacionais por praticamente 100% dos acadêmicos e, também, pelos analistas: “Contas a Receber” e “Estoques”. Do lado do passivo exigível operacional, nós temos as contas: “Fornecedores”, “Impostos a Recolher sobre Faturamento” e as “Despesas Provisionadas”. O que seriam as Despesas Provisionadas? Basicamente: salários a pagar e obrigações sociais a recolher (FGTS e INSS). Além das rubricas clássicas já mencionadas, costuma aparecer no lado do ativo realizável operacional as rubricas: “Impostos a Recuperar”; “Adiantamento a Fornecedores” e “Despesas Antecipadas” (desde que nesta conta não tenha despesa financeira). No lado do passivo exigível operacional podemos encontrar a rubrica “Adiantamento de Clientes”, “Aluguéis a Pagar” etc. Vale destacar que a conta “Caixa” e a conta “Bancos Conta Movimento”, mais conhecidas como “Disponível” não são uma unanimidade entre acadêmicos e analistas. Muitos acadêmicos e analistas consideram a rubrica “Disponível” como uma conta operacional, assim, deveria fazer parte do cálculo do ativo realizável operacional líquido. Nós iremos considerar a rubrica “Disponível” como um ativo não operacional. |
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Tela 4 |
Fórmula para o FCLE (Fluxo de Caixa Livre para a Empresa)
Onde: Como calcular a VBAI? VAROL: como calcular? O modelo de avaliação do fluxo de caixa livre para a empresa estima o valor de toda a empresa, determinando o valor presente de seus fluxos de caixa livres descontados a uma determinada taxa de corte. Como taxa de corte, a mais utilizada é o custo médio ponderado de capital – WACC- (weighted average cost of capital). Nesse Módulo, apuraremos apenas o valor do FCLE. |
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2 - Exemplos
De posse dessas informações calcule:
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido
Podemos observar que a M. Dias Branco experimentou uma liberação do ativo realizável operacional líquido no ano de 2006, isto é, ao invés de pedir caixa, o ativo realizável operacional líquido liberou caixa. Nesse caso, a administração do ativo realizável operacional líquido contribuiu para o aumento do FCLE. b) Variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) Fórmula: Como o valor do investimento bruto foi menor que o valor da depreciação/amortização, o valor do investimento líquido no ativo permanente foi negativo: ($30.986), ou seja, ao invés de pedir caixa, tivemos uma liberação de caixa nesse valor. c) Fluxo de caixa livre para a M. Dias Branco em 31/12/06. FCLE = FCO ± VBAI ± VAROL O FCLE calculado em 2006 poderá ser utilizado para o pagamento do serviço da dívida (principal mais encargos) e a remuneração dos acionistas (pagamento de dividendos). |
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Tela 7 |
2) A Zamprogna S.A. em suas demonstrações financeiras consolidadas ( em milhares de reais) encerradas em 31/12/07 e 31/12/06 apresentou os seguintes números selecionados:
De posse dessas informações, calcule:
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Tela 8 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido
Observamos que a Zamprogna, em 2007, experimentou um acréscimo nas suas necessidades de investimento no ativo realizável operacional líquido, portanto, o valor de $2.488 está pedindo caixa; quanto maior for a VAROL, maior será a pressão sobre o FCO e, com isso, menor tende a ser o FCLE. b) Variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) Fórmula: Ocorreu um aumento significativo do investimento bruto no ativo imobilizado em 2007. Qual foi a pressão sobre o FCO por parte do Imobilizado/Diferido? Basta descobrir o valor do investimento líquido no ativo imobilizado em 2007: $366.834 - $10.437 = $356.397. Como esse valor foi muito superior ao FCO podemos deduzir que a Zamprogna teve que buscar dinheiro junto a fontes externas: bancos (no caso da captação de empréstimos): investidores (emissão de dívida nova; emissão de novas ações). c) Fluxo de caixa livre para a Zamprogna em 31/12/07 FCLE = FCO ± VBAI ± VAROL O FCLE negativo da Samprogna reflete o investimento líquido elevado feito no Imobilizado, assim como a variação na VAROL. Presume-se que a maturação do investimento, com o tempo, irá proporcionar FCO suficiente para remunerar os agentes econômicos que financiaram o investimento ocorrido em 2007. |
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Tela 9 |
3) O Grupo Schincariol com atuação preponderante na industrialização de bebidas no comércio atacadista e varejista, em suas demonstrações financeiras consolidadas (em milhares de reais) encerradas em 31/12/07 e 31/12/06 apresentou os seguintes números selecionados:
De posse dessas informações calcule:
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Tela 10 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido:
Observamos que o Grupo Schincariol, em 2007, experimentou uma liberação de caixa no seu ativo realizável operacional líquido, logo, este valor irá contribuir para o aumento do FCLE. Em análise de crédito, algumas instituições financeiras costumam valorizar muito o desempenho da VAROL, porque é um forte indicativo de risco de crédito nas empresas. No mercado financeiro, algumas instituições bancárias utilizam o Mapa de IOG (Investimento Operacional em Giro) como um dos instrumentos de análise de crédito (determinação de risco de crédito). No Mapa de IOG nós devemos dividir cada uma das contas (exceto o resultado final, no nosso caso, VAROL) pelas vendas líquidas; com isso, é possível medir a evolução do ativo realizável operacional líquido em relação ao comportamento das vendas. Quanto maior a razão “Ativo Operacional Líquido/Vendas Líquidas” maior o risco de crédito. b) Variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) Fórmula: c) Fluxo de caixa livre para o Grupo Schincariol em 31/12/07 O FCLE calculado da Schincariol, em 31/12/2007, é um reflexo do forte investimento realizado no parque fabril da empresa, assim como, em parte, pela redução nada desprezível do resultado operacional em 2007, em decorrência segundo a empresa de um processo de forte reestruturação operacional. O fato de a empresa ter apresentado em 31/12/2007 um FCLE negativo não significa que a empresa esta para quebrar ou que está muito ruim, nada disso. |
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Tela 11 |
4) A Companhia Vale do Rio Doce é
uma sociedade anônima aberta que tem como atividades preponderantes:
a extração e o beneficiamento e a venda de minério
de ferro, pelotas, cobre concentrado e potássio, a prestação
de serviços logísticos, a geração de energia
elétrica e a pesquisa e desenvolvimento mineral. Em suas demonstrações
financeiras consolidadas (valores expressos em milhões de reais)
encerradas em 31/12/07 e 31/12/06 apresentou os seguintes valores selecionados:
De posse dessas informações calcule:
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Tela 12 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido:
A Vale apresentou, no exercício encerrado em 31/12/07, um acréscimo nas suas necessidades de financiamento no ativo realizável operacional líquido no valor de R$ 996 milhões. Esse valor pressionou o FCO, quanto maior a VAROL, menor tende a ser o FCLE. b) Variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) Fórmula: O investimento líquido alcançou: $18.439 - $4.119 = $14,320 bilhões, portanto, o FCO foi pressionado em $14,320 bilhões. Quanto maior o valor do investimento líquido, maior será a necessidade de geração de caixa das atividades operacionais da empresa. c) Fluxo de caixa livre da Vale em 31/12/07 O valor encontrado em 31/12/2007 sugere que a Vale poderá utilizar o mesmo para, por exemplo:
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Tela 13 |
5) A Fertilizantes Heringer S.A., com sede em Viana, no Estado do Espírito Santo, Brasil, tem como atividade preponderante a industrialização e comercialização de fertilizantes sob a marca Heringer, desde 1968. A seguir alguns números selecionados das demonstrações financeiras (em milhares de reais) encerradas em 31/12/2007 e 31/12/2006.
De posse dessas informações calcule:
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Tela 14 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido:
O valor calculado para a VAROL, em 31/12/2007, mostra pressão significativa sobre o FCO da Heringer. A rubrica estoques foi a grande responsável pelo aumento significativo dos investimentos no ativo realizável operacional líquido. b) Variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) VBAIHeringer= ($182.065 + $3.084) – $84.741 + $9.040 O ativo imobilizado pediu caixa no ano de 2007. O valor do investimento líquido no Imobilizado foi de: $109.448 - $9.040 = $100.408. Por se tratar de investimento no imobilizado, podemos deduzir que o retorno se dará a médio e longo prazo, portanto, devemos sempre olhar para as fontes que deram sustentação para esse tipo de investimento. Se a maturação for de médio e longo prazos, a empresa deverá utilizar fontes com as mesmas características: médio e longo prazos para pagamento. c) Fluxo de caixa livre da Heringer em 31/12/07 FCLE = EBIT (1 – T) ± VLAI ± VAROL O valor negativo do FCLE não deve assustar, já que a empresa deve estar experimentando um período de crescimento acelerado. |
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Tela 15 |
6) A CCR - Companhia de Concessões Rodoviárias em suas demonstrações financeiras (em milhares de reais) consolidadas encerradas em 31/12/2007 e 31/12/2006, apresentou os seguintes valores selecionados:
De posse dessas informações calcule:
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Tela 16 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido:
O valor encontrado para a VAROL em 31/12/2007 está pedindo caixa, logo, quanto maior o valor da VAROL, maior deverá ser a geração de caixa operacional por parte da empresa. b) Variação líquida no ativo imobilizado (VLAI) VLAICCR= ($2.602.025 + $236.278) – ($2.412.257 + $246.802) O ativo imobilizado líquido aumentou, logo, ele pediu caixa, quanto maior este valor mais FCO a empresa terá que gerar. c) Fluxo de caixa livre da CCR em 31/12/07 FCLE = EBIT (1 – T) ± VLAI ± VAROL Quanto maior o valor do FCLE, maior a capacidade da empresa em saldar seus compromissos junto aos credores e maiores serão as oportunidades de remunerar seus proprietários (sócios). |
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Tela 17 |
7) As Lojas Renner S.A. têm como atividade principal o comércio no varejo de artigos de vestuário, de artigos de esportes e de outros próprios de lojas de departamentos. Em suas demonstrações financeiras (em milhares de reais) consolidadas, encerradas em 31/12/2007 e 31/12/2006, apresentaram os seguintes valores selecionados:
De posse dessas informações calcule:
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Tela 18 |
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Resolução a) Variação no ativo realizável operacional líquido:
As demonstrações financeiras consolidadas das Lojas Renner S.A. encerradas em 31/12/2007 mostraram aumento das necessidades do ativo realizável operacional líquido, com isso ocorreu pressão sobre o FCO no valor de $58.569. b) Variação líquida no ativo imobilizado (VLAI) VLAIRenner= $ 283.768 - $241.062 Durante o exercício social encerrado em 31/12/2007 as Lojas Renner S.A. injetaram em seu ativo imobilizado $42.706, ou seja, aquele conjunto de contas do ativo permanente pediu caixa (dinheiro). c) Fluxo de caixa livre da CCR em 31/12/07 FCLE = EBIT (1 – T) ± VLAI ± VAROL As Lojas Renner S.A. apresentaram em suas demonstrações financeiras consolidadas de 31/12/2007 o valor de R$54,678 milhões, destinados aos credores e aos acionistas. O FCLE é o caixa proveniente das operações que normalmente está disponível para distribuição aos investidores. |
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Tela 19 |
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| 8) A empresa
JJ em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/AnoX
apresentou as seguintes informações:
NOPLAT = $200 Calcule o FCLE para a JJ. 9) A empresa Alfa em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/AnoX apresentou as seguintes informações:
Calcule o FCLE para a empresa Alfa. 10) A empresa Gama em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/AnoX apresentou as seguintes informações:
Calcule o FCLE para a empresa Gama. 11) A empresa XYZ em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/AnoX apresentou as seguintes informações:
Calcule o FCLE para a empresa XYZ. |
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Tela 20 |
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12) A empresa Alpha em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/AnoX apresentou as seguintes informações:
Calcule o FCLE para a empresa Alpha. 13) Em determinado exercício social a Empresa Alpha apresentou um acréscimo na VAROL no valor de $1.120. Mostrou também uma injeção de dinheiro bruto no ativo imobilizado no valor de $900. Se o NOPLAT naquele exercício social foi de $1.720 e a despesa com depreciação/amortização foi de $300, qual foi o FCLE gerado naquele exercício social? |
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Tela 21 |
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14) A Empresa JJ em suas demonstrações financeiras encerradas nos dois últimos exercícios sociais apresentou os seguintes números selecionados:
De posse dessas informações calcule: a variação no ativo realizável operacional líquido (VAROL); a variação bruta no ativo imobilizado (VBAI) e o FCLE. |
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Tela 22 |
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Os exemplos a seguir são apenas para demonstrar alguns cálculos,
de forma muito simples, sem muito aprofundamento, sobre avaliação
de empresas. O nosso referencial teórico básico são
os escritos do professor Damodaran. Seria interessante, para os que têm
interesse em aprofundar o assunto o acesso ao site do professor Damodaran:
www.damodaran.com . O professor Damodaran, juntamente com Tom Copeland
e Tim Koller são indicações de pesquisa para avaliação
(Valuation) de empresas. Sobre as obras de Copeland e Koller
seria interessante pesquisar o site da McKinsey & Company: www.mckinsey.com 16) Modelo de Crescimento nulo. Ao invés de pensarmos numa empresa vamos pensar num imóvel de renda. Admita que um imóvel esteja rendendo R$1.450,00 de aluguel mensalmente. Sendo de 1% a.m. o custo de oportunidade de mercado (ganho da melhor alternativa de aplicação disponível), estimar o valor desse imóvel hoje. 17) Modelo de crescimento constante (Modelo de Gordon). Suponhamos que na Empresa Alpha o último FCLE tenha sido igual a $100. O custo de capital estimado para a empresa é de 10% ao ano. Está previsto que a taxa de crescimento constante (para sempre) do FCLE será de 5% ao ano. Estimar o VAO de Alpha. |
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18) Modelo de Crescimento constante. Suponhamos que na Empresa Alpha o EBIT corrente seja igual a $10.000,00. A alíquota do IR/CS seja de 34%. A VAROL corrente é de $1.200 e a VLAI é de $3.000. O custo de capital estimado para a empresa é de 13,25% e a taxa de crescimento constante para o FCLE foi estimada em 4,25%. Estimar o VAO da empresa. 19) Modelo de crescimento constante. Suponhamos que na Empresa Alpha o NOPLAT corrente seja de $1.000. O custo de capital estimado da empresa é de 13%. A empresa obtém um retorno sobre o capital igual ao seu custo de capital. a. Supondo que a empresa esteja em crescimento estável e cresça
5% ao ano para sempre, faça uma estimativa da taxa de reinvestimento
da empresa. 20) Modelo de crescimento variável. Suponhamos que na Empresa Alpha o FCLE corrente é igual a $100. O custo de capital estimado para a empresa é de 11,75%. A empresa irá apresentar nos próximos cinco anos uma taxa de crescimento no seu FCLE de 15%. A partir do ano seis, a taxa de crescimento estimada constante para o FCLE da empresa será de 5%. Estimar o VAO da empresa. |
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21) Modelo de crescimento variável. Você é um investidor e está interessando em estimar o valor intrínseco da ação da Empresa Alpha. As informações levantadas por você sobre a empresa são as seguintes: EBIT atual = $1.000 |
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22) Modelo de crescimento variável. Suponhamos um investidor que está interessando em estimar o valor intrínseco da ação da Empresa Alpha. As informações levantadas pelo investidor sobre a empresa são as seguintes: NOPLAT corrente = $5.000 Para o sexto ano está estimado:
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23) A Empresa Alpha obteve um retorno depois dos impostos sobre o capital de 10% no último ano e espera mantê-lo no próximo ano. Se o lucro resultado operacional depois dos impostos (NOPLAT) do corrente ano é de $100 milhões e a empresa reinveste 50% do seu NOPLAT, faça uma estimativa do seu fluxo de caixa livre para o próximo ano. 24) Solicitaram-lhe que avaliasse a Empresa Alpha S/A e você chegou aos seguintes dados:
Faça uma estimativa do valor dos ativos operacionais da empresa, do seu valor total e do seu patrimônio líquido. |
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Tela 27 |
Resumo O fluxo de caixa livre para a empresa (FCLE) representa o volume de fluxo de caixa disponível para os investidores: a) os fornecedores de capital de terceiros (credores), b) os fornecedores de capital próprio (proprietários), após a cobertura de todas as necessidades operacionais (custos/despesas operacionais) e os investimentos no Imobilizado e nos ativos realizáveis operacionais líquidos. O cálculo do valor do investimento do ativo imobilizado poderá ocorrer de duas maneiras. A primeira, partindo-se do valor bruto do investimento no ativo imobilizado e a segunda, partindo-se do valor líquido do investimento no ativo imobilizado. O cálculo da variação do ativo realizável operacional líquido (VAROL) deverá considerar contas do ativo realizável operacional de curto e de longo prazo, assim como contas do passivo exigível operacional, também, poderá envolver contas de curto e de longo prazo. Além das contas operacionais, será importante saber distinguir as contas que não são operacionais, como por exemplo, a rubrica caixa. Como o FCLE é o montante de caixa que está disponível para distribuição a todos os investidores, podemos afirmar que entre os usos do FCLE encontramos:
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1 - Convergência entre os métodos Segundo Damodaran (2007) na avaliação de fluxo de caixa descontado, o objetivo é identificar o valor de um ativo considerando-se o seu fluxo de caixa, a taxa de crescimento e características de risco. Na avaliação por múltiplos ou avaliação relativa, o objetivo é avaliar um ativo com base na forma como ativos similares são precificados corretamente pelo mercado.
Na avaliação de fluxo de caixa descontado, tentamos estimar o valor intrínseco (valor teórico) de um ativo com base na sua capacidade de gerar fluxos de caixa no futuro. Na avaliação relativa, julgamos quanto vale um ativo, analisando o que o mercado está pagando por ativos similares. Se o mercado estiver, em média, correto na forma como precifica os ativos, a avaliação de fluxo de caixa descontado e a avaliação relativa (por múltiplos) devem convergir. Se, contudo, o mercado estiver sistematicamente superestimando ou subestimando um grupo de ativos ou um segmento inteiro, as avaliações de fluxo de caixa descontado podem divergir das avaliações por múltiplos. |
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2 - Quatro passos básicos no uso de múltiplos Segundo Damodaran (2007) os múltiplos são de fácil uso e de fácil abuso. Há quatro passos básicos para a utilização prudente dos múltiplos e na identificação de abusos em mãos alheias.
Qual é o múltiplo mais aplicado em avaliações? É o múltiplo P/L. A equação desse múltiplo é a seguinte:
A equação em si é consenso entre os analistas, o problema localiza-se no valor a ser utilizado no numerador e no denominador da equação. Exemplo Portanto, o primeiro
passo quando se discute uma avaliação baseada em um múltiplo
é assegurar que todos na discussão estejam usando
a mesma definição para esse múltiplo. |
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Cada múltiplo
possui um numerador e um denominador.
Existirá consistência no múltiplo se, por exemplo, sendo
o numerador do múltiplo um valor do patrimônio líquido,
o denominador desse múltiplo deverá ser também um valor
do patrimônio líquido. Se o numerador do múltiplo for
um valor de empresa, o denominador deverá ser igualmente um valor
de empresa.
Para ilustrar, a razão P/L é um múltiplo de definição consistente, já que o numerador é o preço da ação (que é um valor do patrimônio líquido) e o denominador são os lucros por ação (que também é um valor do patrimônio líquido). Um exemplo de não consistência ocorre com o múltiplo “Preço/Ebitda”, um múltiplo que tem conquistado adeptos nos últimos anos entre os analistas. O seu numerador é um valor do patrimônio líquido e o denominador, um indicador dos lucros da empresa. Na avaliação relativa, o múltiplo é calculado para todas as empresas de um grupo e depois comparado entre essas empresas para se julgar quais estão precificadas a maior e quais a menor.
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Quando se usa um múltiplo é sempre útil ter noção sobre o valor alto, baixo ou típico desse múltiplo no mercado. Muitos analistas que usam múltiplos possuem foco setorial e uma boa noção como diferentes empresas nos seus segmentos classificam-se em múltiplos específicos. O que geralmente falta, entretanto, é a percepção de como o múltiplo é distribuído no mercado todo. Por que um analista de software se importaria com as razões P/L de ações de serviços públicos? Tanto as ações de software quanto os de serviço público concorrem pelo mesmo real (R$) de investimento, portanto, de certa forma, devem jogar pelas mesmas regras. O investidor que já rastreou o mercado por um período sabe que os múltiplos mudam ao longo do tempo para todo o mercado e para segmentos individualizados. Por que os múltiplos mudam com o tempo? Veja a resposta.
Do ponto de vista prático, quais são as consequências? A primeira é que as comparações de múltiplos no decorrer do tempo estão repletas de perigos. A segunda é que as avaliações relativas têm vida curta. Uma ação pode parecer barata em relação a empresas comparáveis hoje, mas essa análise pode mudar radicalmente nos próximos meses. Avaliações intrínsecas são inerentemente mais estáveis do que as avaliações relativas. |
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Na avaliação de fluxo de caixa descontado o valor de uma empresa é uma função de três variáveis:
Cada múltiplo, seja de lucros, receitas ou valor contábil é uma função das mesmas três variáveis: risco, crescimento e potencial de geração de fluxo de caixa. De forma intuitiva, portanto, as empresas com taxas de crescimento mais elevadas, menor risco e maior potencial de geração de fluxo de caixa devem negociar a múltiplos mais altos que outras com menor crescimento, maior risco e menor potencial de fluxo de caixa. Os indicadores específicos de crescimento, risco e potencial de geração de fluxo de caixa utilizados variarão de múltiplo para múltiplo. Conhecer os fundamentos que determinam um múltiplo é útil como primeiro passo, mas compreender como o múltiplo muda à medida que os fundamentos se alteram é tão importante quanto seu uso. |
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Quando se usam múltiplos, eles tendem a ser utilizados em conjunto com empresas comparáveis, para se determinar o valor de uma empresa ou de seu patrimônio líquido.
Embora a prática convencional seja analisar empresas pertencentes ao mesmo segmento ou negócio, nem sempre essa é necessariamente a forma mais correta ou a melhor de identificar essas empresas. Além disso, por mais cuidadoso que sejamos na escolha das empresas comparáveis, as diferenças permanecerão entre a empresa objeto da avaliação e as comparáveis. Descobrir como controlar essas diferenças é parte crucial da avaliação relativa. O ideal seria podermos avaliar uma empresa pela análise da precificação de outra idêntica – em termos de risco, crescimento e fluxos de caixa. Em nenhuma parte dessa definição há um componente que se refira ao ramo de negócio ou segmento ao qual a empresa pertence. Assim, uma empresa de telecomunicações pode ser comparada a outra de software, se ambas forem idênticas em termos de fluxos de caixa, crescimento e risco. Há três formas de controlar as diferenças:
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3 - Ajustes subjetivos A avaliação relativa começa com duas escolhas – o múltiplo usado na análise e o grupo que abrange as empresas comparáveis. Em muitas avaliações relativas, calcula-se o múltiplo para cada empresa comparável e extrai-se a média. Para avaliar uma empresa individualizada, o analista compara o múltiplo a que se negocia à média calculada; se for significativamente diferente, ele pode julgar - de forma subjetiva - se as características individuais da empresa (crescimento, risco e fluxo de caixa) podem explicar a diferença. Assim, uma empresa pode ter uma razão P/L de 22 em um segmento em que a média de P/L é apenas 15, mas o analista pode concluir que essa diferença justifica-se, pois a empresa apresenta potencial de crescimento maior que o da média setorial. Se, no julgamento do analista, a diferença no múltiplo não puder ser explicada pelos fundamentos, a empresa será considerada superestimada (se o seu múltiplo for maior que o da média) ou subestimada (se o seu múltiplo for menor que o da média).
O ponto fraco dessa abordagem não é que os analistas sejam chamados para fazer julgamentos subjetivos, mas que os julgamentos geralmente se baseiam em pouco mais que adivinhação. Com demasiada frequência, esses julgamentos confirmam o viés dos analistas sobre as empresas. |
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- Múltiplos modificados
Nessa abordagem, modificamos o múltiplo para levar em conta a sua variável determinante mais importante – a variável companheira. A título de exemplo, analistas que comparam as razões P/L entre empresas com taxas de crescimento muito diferentes geralmente dividem a razão P/L pela taxa de crescimento esperado em LPA (lucro por ação), para determinar uma razão P/L ajustada ao crescimento ou a razão P/L/C (em inglês, price-earnings/growth – PEG). Essa razão é depois comparada entre empresas com diferentes taxas de crescimento, para que sejam identificadas empresas estimadas a menor ou a maior.
Há duas premissas implícitas que adotamos ao usar esses múltiplos modificados. A primeira é que essas empresas são comparáveis em todas as outras medidas de valor, exceto naquela que está sendo controlada. Em outras palavras, ao comparar razões P/L entre empresas, pressupomos que sejam todas de risco equivalente. Outra premissa que geralmente se faz é que a relação entre múltiplos e fundamentos é linear. Novamente, usando razões P/L/C para ilustrar o ponto de vista, admitimos que, à medida que dobra o crescimento, a razão P/L dobrará; se essa premissa não se sustentar e as razões P/L não aumentarem na mesma proporção do crescimento, as empresas com altas taxas de crescimento parecerão baratas com base na razão P/L/C. |
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5 - Técnicas estatísticas Ajustes subjetivos e múltiplos modificados são difíceis de usar quando a relação entre múltiplos e variáveis fundamentais que os determinam torna-se complexa. Para esses casos, há técnicas estatísticas promissoras. Damodaran menciona:
1) Regressões setoriais Em uma regressão, tentamos explicar uma variável dependente por meio de variáveis independentes que acreditamos que influenciem a primeira. As regressões apresentam três vantagens em relação à abordagem subjetiva:
Em geral, as regressões parecem particularmente adequadas à nossa tarefa em uma avaliação relativa, que é dar sentido a dados volumosos e, às vezes, contraditórios. Há duas perguntas básicas a responder, ao se executarem regressões setoriais:
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2) Regressão de mercado Buscar empresas comparáveis em um segmento de atuação é bastante restritivo, principalmente quando há relativamente poucas empresas no segmento ou quando uma empresa opera em mais de um segmento. Como a definição de empresa comparável não é daquela que está no mesmo segmento, mas que possui as mesmas características de crescimento, risco e fluxo de caixa que a empresa em análise, não precisamos restringir nossa escolha de empresas comparáveis àquelas do mesmo ramo de negócio. A abordagem anterior, de regressão setorial, controla as diferenças das variáveis que acreditamos que causem variação nos múltiplos das empresas. É possível, contudo, que as proxies que usamos para risco (beta), crescimento (taxa de crescimento esperado em lucros por ação) e fluxo de caixa (dividendos) sejam imperfeitas e que a relação não seja linear. Para lidar com essas limitações, podemos acrescentar mais variáveis à regressão (por exemplo, o porte da empresa pode funcionar como uma boa proxy de risco). |
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6 - Reconciliação entre avaliação relativa e de fluxo de caixa descontado Segundo Damodaran (2007) em geral as duas abordagens à avaliação – relativa (por múltiplos) e de fluxo de caixa descontado – produzirão diferentes estimativas de valor para a mesma empresa, no mesmo momento. É até possível que uma abordagem gere o resultado de que a ação está subestimada, enquanto a outra conclui exatamente o contrário. Além disso, mesmo no âmbito da avaliação relativa, podemos chegar a diferentes estimativas de valor, dependendo do múltiplo aplicado e das empresas que serviram de base. As diferenças de valor entre avaliação de fluxo de caixa descontado e avaliação relativa decorrem de visões divergentes de eficiência de mercado, ou para ser mais exato, ineficiência de mercado. Observe:
Em outras palavras,
quando avaliamos uma nova empresa de software em relação
a outras menores, pressupomos que o mercado as tenha precificado corretamente
na média, embora possa ter-se equivocado na precificação
individual delas. Assim, uma ação pode ser superavaliada
com base no fluxo de caixa descontado, mas subavaliada em bases relativas,
se as empresas usadas na comparação da avaliação
relativa estiverem todas precificadas a maior pelo mercado. O inverso
pode ocorrer, se todo o segmento ou mercado estiver subprecificado. |
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7 - Múltiplos de Patrimônio Líquido Segundo Damodaran (2007) ao investir em ações, nossos interesses recaem principalmente sobre o fato de o patrimônio líquido de uma empresa estar ou não precificado de forma justa. A sequência lógica é analisarmos os múltiplos de patrimônio líquido, em que relacionamos o valor de mercado do patrimônio líquido aos lucros ou ao valor contábil do patrimônio liquido nessa empresa.
Ao calcular múltiplos
de patrimônio líquido, é claramente inadequado usar
o resultado operacional como indicador de resultados, porque ele se acumula
para todos os detentores de direitos na empresa. |
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8 - Múltiplos Vamos examinar alguns múltiplos de patrimônio líquido amplamente utilizados. a) Razão preço/lucro A razão preço/lucro é aquela do valor do patrimônio líquido para os lucros gerados aos investidores em patrimônio líquido.
b) Razão P/L/C Ocasionalmente, gestores de carteiras e analistas comparam as razões P/L à taxa de crescimento esperado, para identificar ações subestimadas ou superestimadas. Como uma consequência natural, a razão P/L/C é definida como a razão preço/lucro dividida pela taxa de crescimento esperado em lucros por ação:
Por exemplo, estima-se que uma empresa com razão P/L de 20 e taxa
de crescimento de 10% tenha uma razão P/L/C de 2. Em prol da consistência,
a taxa de crescimento utilizada nessa estimativa deve ser a taxa de crescimento
esperado em lucros por ação ou lucro líquido, em
vez do lucro operacional, porque se trata de um múltiplo de patrimônio
líquido. Outro detalhe, a razão P/L futuro nunca deve ser
empregada nesse cálculo, pois pode resultar em uma contagem duplicada
de crescimento. |
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c) Razão preço/valor contábil O preço de mercado do patrimônio líquido de uma empresa reflete as expectativas de mercado do poder de lucros e dos fluxos de caixa da empresa. O valor contábil do patrimônio líquido é a diferença entre o valor contábil dos ativos (Total do Ativo) e o valor contábil do passivo exigível (PC + ELP), um número em grande parte determinado pelas convenções contábeis.
d) Razão preço/vendas Um múltiplo de receita mede o valor do patrimônio líquido ou de um negócio relativo às receitas que gera. Como ocorre com outros múltiplos, mantidas as demais condições, as empresas que negociam a baixos múltiplos de receitas são consideradas baratas em relação a empresas que negociam a múltiplos de receitas altos.
Embora essa razão seja definida de forma inconsistente, ainda assim é amplamente utilizada. Uma vantagem que os múltiplos de receitas apresentam sobre os múltiplos de lucros e valor contábil é que há muito menos empresas nas quais esse múltiplo não pode ser calculado e, portanto, menos viés no processo de comparação. |
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Resumo Ao avaliar um ativo o analista de investimento poderá utilizar dois modelos: o modelo de fluxo de caixa descontado e o modelo por múltiplos (avaliação relativa). Nos dois modelos o analista deverá dispor de muitas informações, tanto a nível interno quanto a nível externo, sobre o ativo a ser avaliado. Na avaliação por múltiplos existem quatro passos básicos que o analista de investimento deverá seguir:
No quarto passo o analista de investimento deverá tomar cuidado com a escolha de empresas comparáveis, para tanto, deverá empregar três formas de controlar as diferenças: ajustes subjetivos, múltiplos modificados e técnicas estatísticas. O múltiplo de patrimônio líquido mais utilizado pelos analistas de investimento é o múltiplo Preço/Lucro, cuja equação é a seguinte:
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| Unidade 4 | Módulo 4 | Tela 43 |
| 1
- Análise de múltiplo de patrimônio líquido
Segundo Damodaran (2007) há duas questões centrais que precisamos abordar em relação a cada múltiplo. A primeira refere-se às variáveis que determinam esse múltiplo e a segunda, à relação entre cada variável e o múltiplo. Determinantes de múltiplos de patrimônio líquido A análise de múltiplos de patrimônio líquido será apresentada de duas maneiras:
Os modelos podem ser
definidos em termos de dividendos reais (razão
de payout) ou dividendos potenciais (FCLPL/Lucros).
Todos os múltiplos de patrimônio líquido, exceto a
razão P/L/C, aumentam à medida que a razão de payout
e a taxa de crescimento sobem, e diminuem com o grau de risco da empresa.
Embora essas sejam as únicas variáveis que importam para
os múltiplos de lucros, o retorno sobre o patrimônio líquido
e a margem de lucro líquido são as variáveis adicionais
que determinam as razões “preço/valor contábil”
e “preço/vendas”, respectivamente. |
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Tela 44 |
Determinantes de múltiplos de patrimônio líquido: modelo de crescimento estável.
Onde: P0=
Preço corrente da ação |
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Tela 45 |
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O múltiplo de patrimônio líquido para uma empresa de alto crescimento também pode ser relacionado aos fundamentos. No caso especial do modelo de desconto de dividendos em dois estágios, essa relação pode ser explicitada de forma muito simples. Quando se espera que uma empresa tenha alto crescimento nos próximos n anos e crescimento estável a partir daí, o modelo de desconto de dividendos pode ser formulado como: a) Razão P/L para uma empresa de alto crescimento Equação:
Onde: Razão
de payout = Razão de payout nos primeiros
n anos Dessa forma, a razão
P/L para uma empresa de alto crescimento é determinada pelas mesmas
três variáveis que estabelecem as razões P/L para
uma empresa em crescimento estável – a razão de payout,
o grau de risco e a taxa de crescimento em lucros.
Saiba + |
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Tela 46 |
Estendendo a mesma abordagem, podemos obter as equações fundamentais para razões P/L/C, preço/valor contábil e preço vendas. b)
Razão P/L/C para uma empresa de alto crescimento
c)
Razão Preço/Valor contábil do patrimônio líquido
d)
Razão Preço/Vendas
Ainda segundo Damodaran
(2007), embora as equações pareçam assustadoras,
as conclusões são reconfortantes. Os determinantes desses
três múltiplos, como a razão P/L, não alteram
no cenário de crescimento estável. |
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Tela 47 |
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Embora todas as equações baseiem-se em um modelo de desconto de dividendos de dois estágios, elas podem ser generalizadas para o modelo FCLPL, substituindo-se a razão de payout pela de FCLPL para lucro líquido. Há duas vantagens para essa substituição. A primeira é que obtemos estimativas mais realistas dos múltiplos para empresas que não estão pagando o seu FCLPL como dividendos. A segunda é que a razão FCLPL/Lucro líquido ou razão de payout potencial não está restrita a ser maior que zero. Exemplos 1) Exemplo adaptado de Damodaran (2007, p. 186). Vamos supor que estejamos estimando os múltiplos de patrimônio líquido para uma empresa com as seguintes características:
Com as informações fornecidas estimar a razão P/L, a razão Preço/Valor contábil e a razão Preço/Vendas. |
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Tela 48 |
| Antes
de operar cada um dos múltiplos vamos desenvolver alguns cálculos
que serão comuns para os múltiplos solicitados.
Margem Líquida
= lucro líquido/vendas Vendas/Valor contábil
do PL=$150.000.000/$100.000.000 ROE = Margem líquida
x (Vendas/Valor contábil do PL) Custo do PL para
o período de alto crescimento = 9 + (1,1 x 5,5) Custo do PL para
o período de crescimento estável = 9 + (0,95 x 5,5) Índice de
retenção para os primeiros seis anos= (1 – índice
de payout) Taxa de crescimento
esperado para o período de alto crescimento (próximos
seis anos). Como estamos assumindo que após o sexto ano a taxa de crescimento esperado em lucro líquido cairá para 4,25% para sempre, e como o ROE continuará em 18%, o índice de payout para o período estável será de: Índice de
payout em período estável = 1 – (g/ROE) Vamos agora para o cálculo dos múltiplos solicitados: |
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Tela 49 |
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a)
Razão P/L
P/L = Razão de payout x (1 + g) x [1- (1 + g)n/(1 + ke,hg)n ]/( ke,hg – g) + [Razão de payoutn x (1 + g)n x ( 1 + gn)]/[(ke,st – gn) (1 + ke,hg)n] P/L = {0,08 x (1 + 0,1656) x [1 – (1 + 0,1656)6/(1+ 0,1505)6]}/(0,1505
– 0,1656) + [0,76 x (1 + 0,1656)6 x (1 + 0,0425)/(0,14225 –
0,0425) x (1+0,1505)6] Com base nos fundamentos dessa empresa é de se esperar que o seu patrimônio líquido seja negociado a 9,091768508 vezes o seu lucro líquido, isto é: $18 milhões x 9,091768508 = $163,65 milhões. b) Razão Preço/Valor contábil do PL P0/BV0 = (ROEhg){Razão de payout x ( 1 + g) x [ 1- (1 + g)n /(1 + ke,hg)n]/( ke,hg – g)} + (ROEst){[Razão de payoutn x (1 + g)n x ( 1 + gn)]/[(ke,st – gn) (1 + ke,hg)n]} P0/BV0 = 0,18 {0,08 x (1 + 0,1656) x [1 – (1 + 0,1656)6/(1+ 0,1505)6]}/(0,1505
– 0,1656) + 0,18 [0,76 x (1 + 0,1656)6 x (1 + 0,0425)/(0,14225
– 0,0425) x (1+0,1505)6] Com base nos fundamentos dessa empresa é de se esperar que o seu patrimônio líquido contábil seja negociado a 1,636518332 vezes, isto é: $100 milhões x 1,636518332 = $163,65 milhões. c) Razão Preço/Vendas P0/Vendas0 = (Margem líquida) {Razão de payout x ( 1 + g) x [ 1- (1 + g)n /(1 + ke,hg)n]/( ke,hg – g)} + (Margem líquida) {[Razão de payoutn x (1 + g)n x ( 1 + gn)/(ke,st – gn) (1 + ke,hg)n]} P0/Vendas0 = (0,12) x {0,08 x (1 + 0,1656) x [1 – (1 + 0,1656)6/(1+
0,1505)6]}/(0,1505 – 0,1656) + [0,76 x (1 + 0,1656)6 x (1 + 0,0425)/(0,14225
– 0,0425) x (1+0,1505)6] Com base nos fundamentos dessa empresa é de se esperar que o seu patrimônio líquido seja negociado a 1,091012221 vezes o valor de suas vendas, isto é: $150 milhões x 1,091012221 = $163,65 milhões. |
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Tela 50 |
2) Uma determinada empresa que tem como atividade principal o comércio, no varejo, de artigos de vestiários, de artigos de esportes e de outros próprios de lojas de departamentos, em suas demonstrações financeiras, encerradas em 31/12/2008 (milhares de reais), informou:
Estimar o valor da empresa tomando base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/Lucro”. |
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Tela 51 |
| Margem
Líquida = lucro líquido/vendas
Margem líquida = R$162.450/R$2.856.636 Margem líquida = 0,0569 ou 5,69% Vendas/Valor contábil do PL =R$2.856.636/R$711.493 ROE = Margem líquida x (Vendas/Valor contábil do PL) Custo do Patrimônio Líquido para o período de alto
crescimento = 7 + (1,2 x 5,5) Custo do Patrimônio Líquido para o período de crescimento
estável = 7 + (1,0 x 5,5) Índice de retenção para os primeiros cinco anos=
(1 – índice de payout) Taxa de crescimento esperado para o período de alto crescimento
(próximos cinco anos). Como estamos assumindo que após o quinto ano a taxa de crescimento esperado em lucro líquido cairá para 5,0% para sempre, e como o ROE cairá para 15%, o índice de payout para o período estável será de: Índice de payout em período estável =
1 – (g/ROE) Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: |
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Tela 52 |
a) Razão P/L P/L = Razão de payout x (1 + g) x [1- (1 + g)n/(1 + ke,hg)n ]/( ke,hg – g) + [Razão de payoutn x (1 + g)n x (1 + gn)]/[(ke,st – gn) (1 + ke,hg)n] P/L = {0,2773 x
(1 + 0,1649) x [1 – (1 + 0,1649)5/(1+ 0,136)5]}/(0,136 –
0,1649) + [0,67 x (1 + 0,1649)5 x (1 + 0,05)/(0,125 – 0,05) x
(1+0,136)5] Com base nos fundamentos dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido seja negociado a 12,13139099 vezes o seu lucro líquido, isto é: R$162.450 x 12,13139099 = R$1.970.744,45. Em 31/12/2008 a empresa possuía 121.596 em circulação, com isso, o preço estimado por ação, com base na nossa avaliação, seria de $1.970.744,45/121.596 = $16,21. Naquela data, as ações da empresa estavam sendo negociadas no mercado a vista no pregão da Bovespa, em média, por $15,67. Nesse caso a nossa estimativa está 3,45% acima do preço de mercado, o que caracteriza uma pequena subestimação do preço do papel. |
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Tela 53 |
3) Uma determinada empresa que tem como atividade principal a industrialização e a comercialização de produtos de fibrocimento, cimento, concreto, gesso e produtos de matéria plástica, bem como outros materiais de construção e respectivos acessórios, em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/2008 (em milhares de reais) foram informados:
Estimar o valor da empresa tomando por base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/Lucro”. |
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Tela 54 |
| Margem
Líquida = lucro líquido/vendas Margem líquida = R$81.201/R$705.922 Margem líquida = 0,1150 ou 11,50% Iremos operar com margem líquida = 6,0% Vendas/Valor contábil do PL =R$705.922/R$247.947 ROE = Margem líquida x (Vendas/Valor contábil do PL) Custo do PL para os próximos cinco anos: 7 + (1,15 x 5,5) = 13,325% Índice de retenção para os primeiros cinco anos=
(1 – índice de payout) Taxa de crescimento esperado para os próximos cinco anos: Como estamos
assumindo que, após o quinto ano, a taxa de crescimento esperado
em lucro líquido será de 4,0% para sempre, e como o ROE
será de 15%, o índice de payout para o período
estável será de: |
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Tela 55 |
Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: a) Razão P/L P/L = Razão de payout x (1 + g) x [1- (1 + g)n/(1 + ke,hg)n ]/( ke,hg – g) + [Razão de payoutn x (1 + g)n x ( 1 + gn)]/[(ke,st – gn) (1 + ke,hg)n] P/L = {0,7751 x (1
+ 0,027) x [1 – (1 + 0,027)5/(1+ 0,13325)5]}/(0,13325 – 0,027)
+ [0,73 x (1 + 0,027)5 x (1 + 0,04)/(0,125 – 0,04) x (1+0,13325)5] Com base nos fundamentos
dessa empresa é de se esperar que o seu patrimônio líquido
seja negociado a 8,3720775582 vezes o seu lucro líquido, isto é:
R$81.201.000,00 x 8,372075582 = R$679.820.909,3. Em 31/12/2008 a empresa
possuía 71.570.634 ações em circulação,
com isso o preço estimado por ação, com base na nossa
avaliação, seria de R$679.820.909,3/71.570.634 =R$9,498601190
ou R$8,50. Naquela data, as ações da empresa
estavam sendo negociadas no mercado, a vista, no pregão da Bovespa,
por R$5,11 por ação, em média. Com
base nas nossas estimativas as ações da empresa em 31/12/2008
estavam subavaliadas. |
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Tela 56 |
4) Uma determinada empresa que se dedica ao comércio de varejo de produtos de consumo através de 461 lojas (2007 eram 394 lojas), em suas demonstrações financeiras encerradas em 31/12/2008 declarou (em milhares de reais):
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Tela 57 |
Margem
Líquida = lucro líquido/vendas Vendas/Valor contábil
do PL =R$9.260.291/R$418.435 ROE = Margem líquida
x (Vendas/Valor contábil do PL) Custo do Patrimônio
Líquido para os próximos cinco anos: Índice de retenção
para os próximos cinco anos: (1 – índice de payout) Taxa de crescimento
esperado para os próximos cinco anos: Como estamos assumindo que, após o quinto ano, a taxa de crescimento esperado em lucro líquido será de 6% para sempre, e como o ROE será mantido, o índice de payout para o período de crescimento estável será de: Índice de
payout em período de crescimento estável = [1 –
(g/ROE)] |
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Tela 58 |
Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: a) Razão
Preço/Vendas P0/Vendas0 = 0,0126
x {0,2607 x (1 + 0,2061) x [1 – (1 + 0,2061)5/(1+125)5]/(0,125 –
0,2061)} + 0,0126 {[0,7848 x (1 + 0,2061)5 x (1 + 0,06)]/(0,114 –
0,06) x (1 + 0,125)5} Com base nos fundamentos
dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido
seja negociado a 0,295249713 vezes o seu faturamento bruto, isto é:
R$9.260.291.000 x 0,295249713 = R$2.734.098.259. Em 31/12/2008
a empresa possuía 728.643.895 ações em circulação
(sendo 62,46% de ações preferenciais e 37,54% de ações
ordinárias). Logo, o preço estimado para as ações
da loja para 31/12/2008 alcançou: R$2.734.098.259/728.643.895 =
R$3,75 por ação. Com base nas informações
contidas nas demonstrações financeiras dessa loja, o preço
médio de mercado, no dia 31/12/2008, por ação, era
de R$5,91, portanto, naquela data as ações estavam sendo
negociadas com preço acima do valor estimado (superavaliada). |
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Tela 59 |
5) Uma determinada empresa que tem como objeto social participar em empresas que possuam concessão de exploração de rodovias, assim como em empresas prestadoras de serviços relacionados à operação de rodovias, vias urbanas, pontes, túneis e infraestrutura metroviárias, em suas demonstrações financeiras consolidadas encerradas em 31/12/2008 e 31/12/2007 declarou (em milhares de reais):
Assumimos que o ROE deverá ser reduzido para 25% e que o índice de payout para os próximos cinco anos será de 30%. Para o período de perpetuidade assumimos que o ROE irá se manter em 25% e que a taxa de crescimento do lucro líquido será de 5%, gn. Assumimos que o beta para o patrimônio líquido da empresa será de 1,2 para os cinco primeiros anos e que, para o período de perpetuidade, o beta será de 1,0. A taxa livre de risco estimada será de 7% e o prêmio pelo risco de mercado estimado é de 5,5%. Estimar o valor da empresa tomando por base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/Lucro”. |
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Tela 60 |
Índice
de retenção nos primeiros cinco anos = (1 – 0,30) Taxa de crescimento
nos primeiros cinco anos = ROE x 0,70 Custo do PL nos primeiros
cinco anos = 7,0 + (1,2 x 5,5) Índice de payout
no período de perpetuidade = 1 – (0,05/0,25) Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: a) Razão
P/L P/L = {0,30 x (1 +
0,175) x [1 – (1 + 0,1750)5/(1 + 0,1360)5]}/(0,1360 – 0,1750)
+ [0,80 x (1 +0,1750)5 x (1 + 0,05)]/[(0,1250 – 0,05) x (1 + 0,1360)5] Com base nos fundamentos dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido seja negociado a 14,92089617 vezes o seu lucro líquido, isto é: R$713.586 x 14,92 = R$10.646.703. Em 31/12/2008 a empresa possuía 403.101.800 ações em circulação, com isso, o preço estimado por ação, com base na nossa avaliação, seria de $10.646.703.000/403.101.800 =$26,41. Naquela data as ações dessa empresa estavam sendo negociadas no mercado a vista, no pregão da Bovespa, em média, a $23,63. Nesse caso, a nossa estimativa está 11,76% acima do preço de mercado, o que caracteriza que o papel estava subestimado. |
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Tela 61 |
6) Uma determinada empresa iniciou suas atividades em 1961 na cidade de Fortaleza – CE. Essa empresa tem por objetivo social a industrialização, o comércio e a distribuição de produtos alimentícios derivados do trigo, especialmente biscoitos, massas alimentícias e farinha de trigo, atuando, também, na fabricação, comercialização e distribuição de margarinas e gorduras vegetais. Em suas demonstrações financeiras consolidadas encerradas em 31/12/2008 a empresa informou (em milhares de reais):
Estimar o valor da empresa tomando por base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/lucro”. |
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Tela 62 |
| Índice
de retenção para os próximos cinco anos = (1 –
0,15) Índice de retenção para os próximos cinco anos = 0,85 Taxa de crescimento esperado para os próximos cinco anos: Taxa de crescimento esperado = ROE x índice de retenção Taxa de crescimento esperado = (0,13 x 0,85) x 100 Taxa de crescimento esperado = 11,05% Como
estamos assumindo que após o quinto ano a taxa de crescimento esperado
em lucro líquido será de 4% para sempre, e como o ROE será
mantido, o índice de payout para o período de crescimento
estável será de: Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: Razão P/L Com base nos fundamentos
dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido
seja negociado a 9,209207744 vezes o seu lucro líquido, isto é:
R$214.228.000 x 9,209207744 = R$1.972.870.157 Em 31/12/2008
a empresa possuía 113.450.000 ações em circulação,
com isso, o preço estimado por ação, com base na
nossa avaliação, seria de R$1.972.870.157/113.450.000 =R$17,38977662
ou R$17,39. Naquela data, as ações da empresa
estavam sendo negociadas no mercado a vista, no pregão da Bovespa,
em média, a R$19,79 por ação. Com
base nas nossas estimativas, a ação dessa empresa, em 31/12/2008,
estava superavaliada (o preço de mercado estava acima do valor
estimado). |
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Tela 63 |
7) A Positivo Informática S.A., fundada em 1989, com casa matriz na cidade de Curitiba – PR – tem como atividades preponderantes a industrialização, comercialização e desenvolvimento de projetos na área de informática; industrialização, comercialização e locação de software e hardware; comercialização de equipamentos de informática, de sistemas de aplicação pedagógica e de administração escolar, planejamento e suporte técnico e pedagógico; representação, comercialização, implantação, treinamento e suporte, assistência técnica de equipamentos e de sistemas de ensino técnico, tecnológico e científico em diversas áreas e demais atividades correlatas, em suas demonstrações consolidadas de 31/12/2008 apresentou as seguintes informações:
Estimar o valor da empresa tomando por base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/Valor contábil do patrimônio líquido”. |
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Tela 64 |
| Margem
Líquida = lucro líquido/vendas Margem líquida = R$136.075/R$2.222.814 Margem líquida = 0,0612 ou 6,12% Vendas/Valor contábil do PL =R$2.222.814/R$570.009 Vendas/Valor contábil do PL =3,90 ROE = Margem líquida x (Vendas/Valor contábil do PL) Custo do Patrimônio Líquido para os próximos três
anos: Índice de retenção para os próximos três
anos: (1 – índice de payout) Como estamos
assumindo que após o terceiro ano a taxa de crescimento esperado
em lucro líquido será de 5,5% para sempre, e como o ROE
será de 15%, o índice de payout para o período
de crescimento estável será de: |
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Tela 65 |
Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: a) Razão
Preço/Valor contábil do patrimônio líquido P0/BV0 = 0,06 . {0,90
. (1 + 0,006) . [1 – (1 + 0,006)3/(1+0,125)3]/(0,125 – 0,006)}
+ (0,15) {[0,63 x (1 + 0,006)3 . (1 + 0,055)]/([0,1195 – 0,055)
. (1 + 0,125)3]} Com base nos fundamentos dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido seja negociado a 1,23533193 vezes o seu patrimônio líquido contábil, isto é: R$570.009 x 1,23533193 = R$704.150. Em 31/12/2008 a empresa
possuía 88.000 ações em circulação.
Logo, o preço estimado para as ações da empresa,
para 31/12/2008, alcançou: R$704.150/88.000 = R$8,00 por ação.
Com base nas informações contidas nas demonstrações
financeiras da empresa, o preço médio de mercado no dia
31/12/2008, por ação, era de R$6,90, portanto, naquela data,
a ação estava sendo negociada com preço subestimado
(o preço de mercado estava abaixo do valor estimado). |
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Tela 66 |
8) A Souza Cruz S/A, fundada em 25 de abril de 1903, tem casa matriz na cidade do Rio de Janeiro. A empresa é líder absoluta no Brasil no mercado de cigarros com destaque na produção e exportação de fumo. Em suas demonstrações consolidadas de 31/12/2008 apresentou as seguintes informações (em milhões de reais):
Estimar o valor da empresa tomando por base o múltiplo de patrimônio líquido “Preço/Lucro”. |
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Tela 67 |
Índice
de retenção = (1 – índice de payout) Margem Líquida
= lucro líquido/vendas Vendas/Valor contábil
do PL =R$11.046,4/R$2.128,3 ROE = Margem líquida
x (Vendas/Valor contábil do PL) Taxa de crescimento
esperado para os próximos cinco anos: O custo do patrimônio
líquido será = 7,0 + (1,0 x 5,5) |
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Vamos agora para o cálculo do múltiplo solicitado: Razão P/L P/L = Razão
de payout x (1 + g) x [1- (1 + g)n/(1 + ke,hg)n ]/( ke,hg –
g) + [Razão de payoutn x (1 + g)n x ( 1 + gn)]/[(ke,st
– gn) (1 + ke,hg)n] Com base nos fundamentos
dessa empresa, é de se esperar que o seu patrimônio líquido
seja negociado a 9,307155853 vezes o seu lucro líquido, isto é:
R$1.249,6 x 8,372075582 = R$11.630,22. Em 31/12/2008
a empresa possuía 305.690.100 ações em circulação,
com isso, o preço estimado por ação, com base na
nossa avaliação, seria de R$11.630,22/305.690.100 = R$38,04578558
ou R$38,05. Naquela data as ações da empresa
estavam sendo negociadas no mercado a vista, no pregão da Bovespa,
em média, a R$44,10 por ação. Com
base nas nossas estimativas, a ação da Souza Cruz, em 31/12/2008,
estava superavaliada (o preço de mercado estava acima do valor
estimado). |
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9) A WEG é uma companhia aberta, com sede em Jaraguá do Sul– SC – Brasil e possui ações listadas na Bovespa. O Grupo WEG tem como objeto social a produção, industrialização, comercialização, exportação e importação de sistemas industriais, eletromecânicos e eletrônicos, máquinas elétricas girantes, máquinas e equipamentos em geral, aparelhos para produção, distribuição e conversão de energia elétrica, material elétrico, controladores programáveis, partes e componentes de máquinas, aparelhos e equipamentos em geral, turbinas hidráulicas de todos os tipos e capacidades, resinas em geral, materiais tintoriais, substâncias e produtos de origem vegetal e química destinados à indústria e à ciência, por meio de parques fabris localizados no Brasil, Argentina, México, Portugal e China. Em suas demonstrações consolidadas de 31/12/2008 a WEG apresentou as seguintes informações:
Para a WEG iremos trabalhar com mais de uma simulação para estimar o valor da ação da empresa. a) Para a nossa primeira estimativa para a ação da WEG assumimos:
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Os cálculos serão feitos com base nos dados da tabela abaixo.
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e)
Preço estimado da ação para o ano de 2016 (preço
terminal) f) Valor presente
estimado do preço terminal g) Somatório
dos componentes do valor estimado da ação: Em 30/12/2008 a ação da WEG era negociada no pregão da Bovespa por um preço médio de R$10,00 cada, com isso, a nossa estimativa indica que o papel estava superavaliado (valor de mercado maior que o valor estimado). |
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b) Para a nossa segunda estimativa para a ação da WEG assumimos:
c) Para a nossa terceira estimativa para a ação da WEG assumimos:
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d) Para a nossa quarta e última estimativa para a ação da WEG assumimos:
Acreditamos que, das quatro estimativas, essa última está mais próxima de um preço justo para o papel da WEG. Não é pelo fato de o preço estimado para a ação ser 71% maior que o preço vigente no pregão do dia 30/12/2008: [($17,10/$10) -1] x 100 = 71% que existe exageros nas premissas empregadas por esse escriba. Ocorre que no final de 2008 o ambiente econômico global estava sobre forte tensão com muito medo (forte aversão ao risco) por parte dos agentes econômicos, com isso, o preço de muitos papéis e, certamente, o da WEG também estava fora dos fundamentos. Por exemplo, no pregão do dia 08/06/2009 as ações da WEG foram negociadas com um preço médio de R$14,62. |
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Resumo Na determinação de múltiplos de patrimônio líquido, podemos empregar o modelo de desconto de dividendos de crescimento estável e, também, o modelo de desconto de dividendos em dois estágios. Os modelos podem ser definidos em termos de razão de payout ou FCLPL/Lucros. O múltiplo de patrimônio líquido para uma empresa de alto crescimento também pode ser relacionado aos fundamentos. No caso especial do modelo de desconto de dividendos em dois estágios, essa relação pode ser explicitada de forma muito simples. Embora as equações pareçam assustadoras, as conclusões são reconfortantes. Todos os múltiplos de patrimônio líquido, exceto a razão P/L/C, aumentam à medida que a razão de payout e a taxa de crescimento sobem, e diminuem com o grau de risco da empresa. O modelo de desconto de dividendos pode ser formulado, por exemplo, como: Razão P/L para uma empresa de alto crescimento Equação:
Onde: Razão
de payout = Razão de payout
nos primeiros n anos O múltiplo
de patrimônio líquido mais utilizado pelos analistas é
o múltiplo P/L. |
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| Unidade 4 | Módulo 5 | Tela 75 |
1 - Aquisição de empresa Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002), não existe atividade mais dramática ou controvertida em finanças de empresas do que a aquisição de uma empresa por outra, ou a fusão de duas organizações. Há três procedimentos legais básicos que podem ser usados por uma empresa para adquirir outra empresa: 1) fusão ou consolidação; 2) aquisição de ações e, 3) aquisição de ativos. Olhando-se, por exemplo, o ambiente das fusões e aquisições a nível global chama atenção o crescimento vertiginoso ocorrido entre 1995 e 2006. Segundo o McKinsey Global Institute, em 1995, o valor das fusões e aquisições era de US$850 bilhões, com 9.251 negócios fechados. Em 2006, o valor total envolvido em fusões e aquisições em todo o mundo foi de US$3,861 trilhões, o mais alto valor já registrado, com 33.141 transações individuais. |
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- Fusão ou consolidação
Fusão é absorção de uma empresa por outra. A empresa que procede à absorção conserva seu nome e sua identidade, e adquire todos os ativos e passivos da empresa absorvida. Após a fusão, a empresa absorvida deixa de existir como entidade separada. Uma consolidação é igual a uma fusão, exceto pelo fato de que se cria uma empresa inteiramente nova. Numa consolidação, as duas empresas deixam de existir, em termos jurídicos, e se tornam parte da nova empresa. Numa consolidação, a distinção entre a empresa que é absorvida ou que absorve a outra não é importante. A fusão entre a Brahma e a Antarctica para compor a Ambev, ocorrida em 2000, serve como exemplo. |
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3 - Aquisição de ações Uma segunda maneira de adquirir outra empresa é comprar as ações com direito a voto dessa empresa, com pagamento em: dinheiro, ações ou outros títulos. Isso pode começar por uma oferta privada pela administração de uma empresa à outra. A certa altura, a oferta é comunicada aos acionistas da empresa vendedora. Isso pode ser efetuado mediante oferta geral de compra, que é uma oferta pública de compra de ações de uma empresa visada. É feita por uma empresa diretamente aos acionistas de outra empresa. A oferta é transmitida aos acionistas da empresa visada por meio de anúncios públicos, tais como os divulgados em jornais. Alguns dos fatores envolvidos na escolha entre uma aquisição de ações e uma fusão são os seguintes:
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| Muitas
aquisições de ações acabam transformando-se
formalmente em fusão mais tarde.
Um exemplo interessante,
devido à confusão provocada no mercado, principalmente para
os detentores de ações preferenciais da Ambev, foi a fusão
da Interbrew, que possui sua casa matriz na Bélgica, com a Ambev,
ocorrida no primeiro trimestre de 2004. A Interbrew-Ambev irá abocanhar
15% do mercado global de cerveja; com fábricas em 36 países;
com mais de 200 marcas de cervejas, com presença em 140 países.
Suas marcas globais serão: Brahma, Stella Artois e Beck’s.
A fusão teve como característica interessante, o fato de
que três dos acionistas, por deterem poder sobre o capital votante,
fecharam a operação sobre sigilo total. |
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- Aquisição de ativos
Uma empresa pode adquirir outra empresa comprando todos os seus ativos. Exige-se, nesse caso, a aprovação formal pelos acionistas da empresa vendedora. Esse enfoque de aquisição evita o problema criado por acionistas dissidentes, existente numa aquisição de ações. A aquisição de ativos envolve a transferência da titularidade sobre os ativos. O processo jurídico de transferência de ativos pode ser bastante oneroso. Como exemplos de aquisição de ativos nós temos a aquisição da Chaparral Steel, segunda maior produtora americana de estrutura de aço, em julho de 2007, pela multinacional brasileira Gerdau S.A., por US$4,2 bilhões. A compra da Inco, mineradora canadense do setor de níquel, por aproximadamente US$18 bilhões, efetuada pela multinacional brasileira Vale do Rio Doce em fins de 2006. A compra, no setor de frigorífico, da Swift Armour da Argentina em 2005, pela multinacional brasileira JBS-Friboi. Ainda, a JBS em 2007 desembolsou US$1,4 bilhão pela americana Swift, agora JBS USA. A compra da mexicana Canamex Químicos, em 2003 pela, também multinacional brasileira Ultra do setor de química. Outra multinacional brasileira com forte atuação no resto do mundo é a catarinense WEG, que, por exemplo, em 2000 comprou a fabricante de motores para eletrodomésticos Morbe na Argentina. |
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- Esquema de classificação
Os analistas financeiros tipicamente classificam as aquisições em três tipos: 1. Aquisição Horizontal. Essa é uma aquisição de uma empresa pertencente ao mesmo setor da empresa compradora. As empresas competem uma com a outra nos mercados de seus produtos. Por exemplo, algumas aquisições ocorridas no mercado financeiro nacional pelo Banco Santander: Banespa; Meridional; Bozano, Simonsen etc. Ainda no mercado financeiro, compras realizadas pelo Banco Itaú: Banco do Estado de Goiás (BEG); Bemge; Banerj; Banestado; BBA Creditanstalt etc. O banco holandês ABN Amro comprou o Banco Real. No setor siderúrgico, a Gerdau com sede em Porto Alegre-RS, comprou sete usinas nos Estados Unidos e três no Canadá. Comprou também, a siderúrgica mineira Pains. No setor de varejo, o Grupo Pão de Açúcar comprou as redes: Barateiro (SP); Reimberg e Nagumo (SP); Parati (Paraná); Mercadinho São Luiz (Ceará) e Sé (SP). Ainda no setor varejista, a Wal-Mart comprou a rede de supermercados Bompreço. No setor de celulose, a Aracruz Celulose comprou a Riocell, localizada na cidade de Guaíba-RS. No segmento de gás carbônico no Brasil, a White Martins comprou a Liquid Carbonic. No segmento de varejo, loja de departamento, a Magazine Luiza comprou os 50 pontos da gaúcha, Lojas Arno.
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| 2. Aquisição
Vertical. Envolve empresas situadas em estágios distintos do mesmo
processo produtivo. A aquisição de uma agência de turismo
por uma companhia aérea seria uma aquisição vertical.
Por exemplo, a aquisição da Cobra Computadores pelo Banco
do Brasil. Com o objetivo de reforçar sua posição em
novos mercados, no setor de energia, a Petrobras, diretamente ou por meio
da BR Distribuidora, fez as seguintes aquisições: Agip (gás,
combustível e lubrificante), com esta compra a Petrobras, pela primeira
vez em sua história, passou a operar com gás engarrafado;
Termelétrica de Termoaçu (80% de participação);
Distribuidora de Gás de Minas Gerais – Gasmig. O Grupo Randon,
com sede em Caxias do Sul – RS, após tomar gosto pelo segmento
de autopeças, a partir de 1986, com a criação, em parceria
com o grupo americano Arvin-Meritor, da fabricante de freios Master, adquiriu
a Fras-Le, líder em lonas e pastilhas de freio. Muitas vezes algumas
empresas são obrigadas a se desfazer de alguns ativos, mesmo sendo
bons ativos, foi o caso da Klabin – maior fabricante de papel e celulose
do país –, que por carregar uma dívida quatro vezes
maior que seu lucro operacional, preferiu vender as produtoras de celulose
Bacell e Riocell.
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Tela 82 |
| 3. Conglomerado. A empresa compradora e a empresa adquirida não estão relacionadas de forma alguma. A aquisição de uma empresa produtora de alimentos por uma empresa fabricante de computadores seria considerada uma operação de formação de conglomerado. Por exemplo, o Grupo Camargo Corrêa S/A. Este grupo opera com empresas que atuam no segmento de: engenharia e construção; cimento; calçados e têxteis; energia; concessões rodoviárias e gestão ambiental. Em 1956 a Camargo Corrêa comprou a CAVO, atualmente operando na prestação de serviços para o meio ambiente. Em 2002, a Camargo Corrêa consolidou o controle na São Paulo Alpargatas, detentora das marcas: Havaianas, Mizuno, Topper e Rainha. Em 2003, a Camargo Corrêa concluiu o seu controle sobre a Santista Têxtil. Outro conglomerado nacional, o Grupo Votorantim, que opera nos seguimentos de: cimento; celulose e papel; metais; filmes flexíveis; química; agroindústria; energia e também no setor financeiro. Este Grupo, que surgiu no ano de 1918 com uma pequena indústria têxtil, operou muitas aquisições no decorrer do século XX e início deste século: em 1957, aquisição do controle da CBM – Companhia Brasileira de Metais; em 1986, aquisição da Cia de Cimento Santa Rita; em 1988, aquisição da Celpav, a primeira fábrica de papel e celulose do Grupo; em 1992, aquisição da empresa Papel Simão; em 2001, aquisição de 28% do capital votante da Aracruz Celulose; em 2002, aquisição da Paraibuna de Metais; ainda em 2002, aquisição da Engemix, que opera no segmento de concreto. É evidente que muitas outras empresas do Grupo foram constituídas ao invés de compradas, por exemplo: em 1989, surge a Citrovita em Catanduva, primeira fábrica de suco de laranja concentrado do Grupo; em 1995, foi criada a Votorantim Correta; em 1996, foi criada a BV Financeira etc. |
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Tela 83 |
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- Observação sobre takeovers
Takeover é um termo genérico e impreciso que se refere à transferência de controle de uma empresa de um grupo de acionistas a outro. Uma empresa que tenha decidido assumir o controle de outra empresa é geralmente chamada de ofertante. A ofertante propõe-se a pagar, em dinheiro ou títulos, para obter as ações ou os ativos de uma empresa. Se a proposta for aceita, a empresa visada cederá o controle sobre suas ações ou seus ativos à ofertante em troca de pagamento (isto é, ações, títulos de dívida ou dinheiro). Por exemplo, quando uma empresa ofertante adquire uma empresa visada,
o direito ao controle das atividades operacionais da empresa visada é
transferido a um novo conselho de administração da empresa
visada. Isto é o que se chama de takeover por aquisição.
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Tela 84 |
| Caso um
takeover seja realizado por meio de aquisição, ele
o será por uma fusão, por uma oferta pública de compra
de ações, ou pela compra de ativos. Em fusões e ofertas
públicas de compra, a empresa compradora adquire as ações
ordinárias, com direito a voto, da Empresa adquirida. Os takeover
podem ocorrer por meio de disputas por procurações. Essas
disputas ocorrem quando um grupo de acionistas tenta conseguir a maioria
dos assentos no conselho de administração, elegendo novos
conselheiros. Uma procuração autoriza o outorgado a votar
em todos os itens da pauta de uma assembléia de acionistas. Numa
disputa por procurações, as procurações dos
demais acionistas são solicitadas por um grupo de acionistas insatisfeitos. |
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Tela 85 |
| 7 - Táticas Defensivas Os administradores
de empresas que são alvo de aquisição geralmente
resistem a tentativas de takeover. A resistência tipicamente
começa com pronunciamentos à imprensa e circulares aos acionistas,
expondo o ponto de vista dos administradores da empresa. Eventualmente,
pode ir até a ações judiciais e a solicitação
de propostas de compra por outras empresas. A reação dos
administradores, visando frustrar uma tentativa de takeover,
pode até beneficiar os acionistas da empresa visada, caso provoque
uma oferta com prêmio mais elevado pela empresa que deseja adquiri-la,
ou por outra empresa. Evidentemente, a resistência da administração
pode ser simplesmente um reflexo de interesse próprio e ocorrer
às expensas dos acionistas. Ou seja, os administradores podem resistir
a uma tentativa de takeover para proteger seus empregos. |
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Tela 86 |
| 8 - Aquisições alavancadas
Segundo Gitman (1997),
uma técnica conhecida que foi amplamente usada durante a década
de 1980 para fazer aquisições é a aquisição
alavancada, a qual envolve o uso de grandes montantes de dívidas
para a aquisição de uma empresa. As aquisições
alavancadas são exemplos bem-definidos de uma fusão
financeira empreendida para criar uma sociedade anônima altamente
endividada com incrementado fluxo de caixa e valor. Geralmente, em uma
aquisição alavancada, 90% ou mais do preço de compra
é financiado com dívida. Uma grande parte do empréstimo
é garantida pelos ativos da empresa adquirida, e os credores, devido
ao alto risco, detêm uma parte da participação acionária
da empresa. |
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Tela 87 |
Os títulos
de dívida de alto risco (junk bonds) têm sido usados
rotineiramente para levantar grandes montantes de dívida, necessários
para financiar as transações de aquisição
alavancadas.
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Tela 88 |
Resumo Os analistas financeiros tipicamente classificam as aquisições em três tipos: horizontal; vertical e conglomerado. Muitas aquisições são operadas por meio de takeover. Este é um termo genérico e impreciso que se refere à transferência de controle de uma empresa de um grupo de acionistas a outro. Geralmente, as tentativas de takeover sofrem resistências dos administradores das empresas. Durante a década
de 1980 uma técnica conhecida de aquisição foi à
aquisição alavancada. Este tipo de aquisição
envolve o uso de grandes montantes de dívidas. Geralmente, em uma
aquisição alavancada, 90% ou mais do preço de compra
é financiado com dívida. Isto exige que a empresa a ser
comprada apresente três atributos: uma boa posição
em sua industria, com sólidos lucros históricos, e razoável
expectativa de crescimento; um nível de dívida relativamente
baixo e fluxos de caixa estáveis e previsíveis. |
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