São
inúmeras as discussões, desde a década de 1980, sobre
o desenvolvimento do trabalho. Os estudos abordam o trabalho numa perspectiva
trifásica: artesanal, manufatureira e industrial.
1) Na primeira
fase (artesanal), o trabalhador concebe e executa o trabalho;
2) Na segunda (manufatureira), a divisão do trabalho separa essas
duas instâncias;
3) Na terceira (industrial), levaria a uma requalificação.
O debate
sobre essa terceira fase de qualificação do processo de
trabalho nas economias avançadas continua em torno de quatro teses
fundamentais:
•
desqualificação
tendencial,
• tese
da requalificação
• polarização
das qualificações e
• qualificação
absoluta e desqualificação relativa.
Como nos
mostra CASTRO (1999) “as conseqüências sociais e econômicas
decorrentes do processo de automação em curso na contemporaneidade
não podem ainda ser precisadas com exatidão. Em muitos casos,
mesmo com o crescimento econômico, a exclusão social se mostra
mais evidente do que os benefícios advindos dessa nova ordem. Contudo,
parece-nos, ainda, que é mediante da ampliação do
conhecimento das pessoas, da disponibilização de informações
e da implementação de uma nova forma de pensar, que se pode
oferecer alternativa capaz de concretizar algumas das utopias sonhadas
pelo homem. As novas formas de refletir sobre os problemas, por meio de
um aprendizado contextualizado, constituem o caminho que lhe permitirá
enfrentar seus dilemas, tanto no nível organizacional quanto no
que se refere à sua inserção no mundo. Nesse sentido,
cabe refletir sobre as estruturas que possibilitam ou impedem esse caminho”. |