Resumo

As estruturas organizacionais de modelo burocrático mostram-se inadequadas aos desafios de mudanças contínuas: a regra da racionalidade desse modelo, baseada na redução das incertezas, já não se mostra viável em ambientes instáveis. Não serve, portanto, para a gestão das organizações contemporâneas. Novos modelos têm sido defendidos pelos diversos especialistas, como organizações “em hipertexto”, “em rede ou virtuais”, “horizontais”, “inteligentes”, “autodesenhadas” etc. O que se busca com essas alternativas é a própria reinvenção da empresa, tornando-a capaz de acompanhar as mudanças do ambiente, enfatizando-se as novas formas de pensar, o acesso irrestrito às informações, a liberdade de expressão, o trabalho em equipe (workgroups), o empowerment, as estruturas menos hierárquicas, em suma, a valorização do capital intelectual e da aprendizagem.

Porém, embora as limitações das estruturas departamentais sejam conhecidas, são poucas as empresas que têm adotado formatações organizacionais flexíveis e dinâmicas, virtuais, estruturadas em redes. Isto porque os empresários não desejam modificar as características ideológicas das teorias e práticas de administração que sustentam o poder, ainda que ambíguas e entremostrem contradições em suas aplicabilidades. Assim, apesar das idéias predominantes sobre o futuro das empresas e de seus negócios, é provável que as habituais estruturações piramidais continuem a ser adotadas pelas empresas. Todavia, não é mais admissível permitir que o passado impeça uma inovadora jornada para o futuro, já que o futuro, além de dificilmente copiar o passado, não mais pode ser alcançado por um caminho certo, seguro, linear.

No atual sistema de organização da produção, a emergência de uma cultura de aprendizagem é apontada como fator crítico para as organizações, inserido em um mercado altamente competitivo (SENGE, 1990; SCHEIN, 1993; FLEURY & FLEURY, 1997; NONAKA & TAKEUCHI, 1997; MCGEE &PRUSAK, 1994; CHOO, 1998; SVEIBY, 1998; STEWART, 1998). Esses autores destacam a contribuição da informação enquanto estímulo e suporte ao processo de aquisição de conhecimentos, assim como a importância dos valores dos indivíduos inseridos nas organizações.

Os trabalhadores são chamados a incorporar seus saberes nos projetos. Novas relações de trabalho são praticadas, (empregabilidade, empowerment), um novo perfil profissional é requerido. Tratamos de conceitos como competência e criação de conhecimento. No âmbito da empresa, a área de Produção tem por meta a manufatura flexível, com a fábrica enxuta. Na área de marketing busca-se superar as expectativas do cliente. Na área de Recursos Humanos fala-se em gestão do capital intelectual. Na área de Informações há a inclusão da Inteligência Competitiva e a perspectiva da gestão do conhecimento.

Por isso, novas formas de gestão têm sido buscadas, entre elas, Organizações em Hipertexto, Organizações em Rede ou virtuais, Corporação Horizontal, Organizações Inteligentes, Organização Holística, Empresa Humanizada.



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