| Unidade 4 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1 - Histórico da Administração da Informação Segundo CASTRO (1999) a Gestão da Informação e a gestão do conhecimento são estratégias distintas, mas implicadas. Isso significa que as duas abordagens se complementam, sendo necessárias as clássicas ações de administração da informação que visam estruturar o conhecimento (identificar, armazenar, organizar e distribuir informações) e as ações que promovam a aprendizagem individual e organizacional. A administração da informação tornou-se foco de interesse por parte das empresas ainda por volta dos anos 70, ao mesmo tempo em que se desenvolviam os bancos de dados. Reconhecia-se claramente o valor da informação como meio para melhor explorar oportunidades. Desenvolveu-se, dentro desse enfoque, a percepção de que, nas organizações modernas, a produtividade relaciona-se diretamente com o acesso à informação. A organização dos documentos, visando sua efetiva utilização, mostrou-se, portanto, um desafio a ser enfrentado. Ao longo dos anos 80 e início da década de 90, os estudos da área de Gerência de Recursos Informacionais (GRI) prevaleceram, tendo como objetivo a:
Já nos anos 90, as novas tecnologias e a globalização provocam a superação do paradigma industrial, com novas formas de gestão e organização da produção, estabelecendo mudanças no trabalho, uma vez que a ênfase passa agora a recair sobre o conhecimento. Ou seja, somente por meio do conhecimento o trabalho adquire efetividade e inovação, produzindo a acumulação de riquezas. Desse modo, a partir de meados dos anos 90, a gestão da informação tem-se desenvolvido em direção à Gestão do Conhecimento, sendo considerada importante estratégia utilizada pelas organizações na busca de sua excelência. |
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Tela 2 |
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2
- A Tecnologia da Informação: potencial e limitações
A tecnologia da informação tem evoluído a grande velocidade, sendo um relevante fator de mudanças socioculturais. A tecnologia para acesso às bases de dados remotas foi possível a partir do desenvolvimento da informática e das telecomunicações, as quais permitem a transferência de grande número de mensagens, a altas velocidades, por meio de canais de comunicação como satélites e fibra ótica. O aperfeiçoamento desta tecnologia permite a organização das informações em bases de dados eletrônicas com enorme capacidade de armazenamento. O aumento do volume de informações registradas em bases de dados eletrônicas e a possibilidade de acesso direto às mesmas alimentam a produção de conhecimentos, gerando uma proliferação de novas informações.
O maior desafio para as empresas é acompanhar o ritmo acelerado das mudanças pelas quais passa o mundo. Para isso, elas devem estar preparadas para captar e tratar as informações geradas dentro e fora da organização, permitindo aos administradores tomar decisões rápidas e ações imediatas, proporcionando, assim, possibilidade de vantagem competitiva para a sua organização. Para atender a essa conjuntura é necessário obter informações atualizadas on-line, em nível não apenas da empresa, mas também mundial, e que sejam difundidas internamente em real time. E, para este fim, a tecnologia é essencial.
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Tela 3 |
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Para Davenport e Prusak (1998:156), o objetivo das ferramentas de gestão do conhecimento é modelar parte do conhecimento que existe nas cabeças das pessoas e nos documentos corporativos, disponibilizando-o para toda a organização. A mera existência de conhecimento na empresa é de pouco valor, se este não estiver acessível.
A cultura de aprendizagem e de compartilhamento do conhecimento é um grande desafio para se implantar a gestão do conhecimento. O sucesso da gestão do conhecimento depende de se aliar a tecnologia a uma cultura de aprendizagem. Leia o artigo Para onde caminha a Tecnologia de Informação |
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Tela 4 |
| Para
onde caminha a Tecnologia de Informação...
Tendo isso como pano de fundo, como é que poderíamos ver as tendências para a evolução de TI no Brasil? Segundo o Gartner Group, os gastos com TI já ultrapassam oito por cento das receitas das empresas. Em longo prazo, telecomunicações será a área de maior crescimento no Brasil, os programas de governo eletrônico vão alimentar o crescimento da indústria de TI na área pública, o Brasil continua atraindo fornecedores de soluções, entre outras minúcias que podem nos levar a refletir melhor sobre o mercado de tecnologia. Analisando um pouco o mercado, e indo mais profundamente na questão técnica, conseguimos ver que novas tecnologias têm distintas velocidades de adoção no Brasil.
Grandes desafios de TI As organizações participantes da nova economia, globalizada por característica, impulsionam as áreas de TI das organizações a tomar algumas posições. Como exemplo? As empresas pressionam ao mesmo tempo por corte de custos e por resultados. A organização de TI procura se reestruturar, mas leva o legado consigo, sourcing (intensa terceirização) se torna tendência dominante no mercado de TI, o líder da organização de TI busca se tornar um líder de negócios e nem sempre tem o skill necessário e isso leva a alguns desafios.Podemos destacar como principais desafios itens como:
Vendo o quadro anterior e comparando a pesquisa de Gartner, a tabela abaixo mostra comos os CIOs ou Gerentes de TI reagem aos desafios:
Tendo em vista todas as questões citadas, os gerentes de TI precisam atentar e tomar alguns cuidados, como por exemplo:
Fonte: Gartner Group, Jan/2002. |
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Tela 5 |
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| E o mercado de desenvolvimento de software? Como anda?
Ouvimos e vimos na mídia falar-se muito sobre Java, XML, Net entre outras novidades no mundo de desenvolvimento de software. É tendência? Força de marketing? Modismo? Não discutiremos isso aqui, veremos alguns aspectos curiosos, como:
Os benefícios do XML,
um assunto sobre o qual muitos desenvolvedores de aplicações
para a web estão de acordo. Ele é a cola subjacente
ao compartilhamento de informações do B2B e tem um grande
papel de suporte no gerenciamento de conteúdo. Em recente entrevista
a uma revista de informática, Jerry Daus fala: "Se você
puder transformar seus dados legados no formato XML, poderá
trabalhar com qualquer um que use XML", ou seja, podemos considerar
o XML como uma excelente opção para integração
de dados entre diversos aplicativos.
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Tela 6 |
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JAVA - que nasceu há seis anos, com objetivos bastante diferentes, como permitir a transmissão de dados por TV digital, mudou seu foco junto com a mudança de foco da Sun Microsystems e está em amplo crescimento de adeptos. Existem hoje dezenas de aplicações em Java para aparelhos celulares, há forte presença de Java nos web services, entre outras aplicações que estão sofrendo migração por questões de portabilidade.
Visto isso, vejamos agora a realidade do mercado: segundo o relatório Brasil Software, publicado pela Mayer & Bunge Informática, e abrangendo uma amostra de quase 800 empresas, o ranking das linguagens de programação é liderado pelo Visual Basic, Clipper e COBOL! Só depois aparecem C++, Delphi e Java. Outro aspecto concreto, e difícil de ser mensurado, é que a maioria dos desenvolvedores que usam linguagens de programação orientadas a objetos limita-se a usar as bibliotecas de classes de objetos fornecidos sem nunca criar bibliotecas de classes próprias, que implementem a lógica dos negócios informatizados. A razão principal desta situação é que quase nenhuma empresa consegue desenvolver todas as suas aplicações usando só uma linguagem de programação. No mesmo relatório citado anteriormente, o número médio de linguagens de programação em uso por empresa é superior a dois, e superior a três no caso das grandes empresas. Mesmo quando usam uma linguagem orientada a objetos, essas empresas não vêem sentido em desenvolver bibliotecas de classes que não possam ser utilizadas em todos seus projetos. A única saída para este problema é retirar a tecnologia de objetos das linguagens de programação e colocá-la em algum lugar onde possa ser compartilhada por aplicações escritas em qualquer linguagem de programação. Isso mostra que há espaço para todos na área de desenvolvimento de software. Existem diversas empresas que mantêm sua estrutura de grande porte com mainframes, aplicações em Cobol, PLI, Fortran, como existem também empresas que mantêm suas aplicações desenvolvidas com as últimas novidades em termos de ambiente de desenvolvimento. |
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Tela 7 |
| O
profissional deve usar o conhecimento de linguagens alternativas ou mais
antigas como um diferencial no mercado de trabalho, pois na verdade o mercado
fica pequeno se o profissional domina apenas o que é alternativo
e o mesmo acontece se ele segue apenas as linguagens da moda.
Em matéria de evolução e tendência, acreditamos que há um grande leque de opções, tanto para as empresas de TI e Consultoria, quanto para os profissionais de informática. É preciso que os profissionais de TI estejam antenados para as questões estratégicas de suas organizações e apliquem tecnologia para geração de alguma vantagem e não aplicar tecnologia pela tecnologia. O profissional de TI frente ao artigo – “Para onde caminha a Tecnologia de Informação” - deve estar perplexo pelo caminho trilhado no artigo, passando desde a estratégia empresarial até as linguagens de programação. Isso é algo normal nos dias de hoje das grandes empresas, porém, isso evidencia a questão da "Carreira em Y" que existe nas atividades de fundamento técnico e exato. A metáfora do Y consiste no "trilhar da carreira". A base do Y é única, representando o início da carreira tecnológica, quando todos começam no mesmo lugar, com a mesma base de informações. Após horas extras e experiência adquirida, pode-se optar por dois caminhos: partir para a Gestão ou continuar na Área Técnica. Para ambos, a formação é bem específica. Eduardo Jorge Lapa Lima (eduardolapa@informal.com.br) é consultor da Informal Informática Ltda., (www.informal.com.br), graduado em Análise de Sistemas e pós-graduação em Gestão de Negócios e Tecnologia de Informação pela FGV. O INSIGHT INFORMAL é um informativo gratuito por e-mail sobre Gestão do Conhecimento e E-Business da Informal Informática. Para receber, basta solicitar pelo e-mail getao@informal.com.br ou pelo telefone (55)(21)2556-7903. |
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Tela 8 |
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- Política de Tecnologia da Informação
Tadeu Cruz (1998) define tecnologia da informação como “todo e qualquer dispositivo que tenha a capacidade para tratar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo”. E o uso dessas tecnologias de informação é hoje parte fundamental da produção de bens e serviços. Uma das razões da existência da tecnologia prende-se à utilidade, ou seja, a tecnologia é boa apenas se for útil às pessoas. Como diz Tadeu Cruz, esse caráter utilitário só aparece quando as pessoas aceitam a tecnologia e passam a utilizá-la. As tecnologias devem dar às pessoas o controle efetivo da informação, além de simplificar a operacionalidade de sua atividade, aumentando a produtividade individual. Os recursos de informação incluem mais do que a informação em si, mas também o hardware, o software, os dados, os especialistas e os usuários da informação. E para uma boa gestão do processo devem ser considerados todos os elementos acima citados no mesmo grau de importância.
Para a utilização de qualquer tecnologia é necessária uma cuidadosa avaliação. A melhor tecnologia é aquela que vai cumprir os objetivos propostos, que seria facilitar a execução de tarefas. Uma tecnologia atualizada e ajustada às necessidades da empresa no cumprimento de suas metas e objetivos planejados, pois a organização, como um todo, é profundamente afetada pela tecnologia utilizada. Nesse tempo de mudanças aceleradas, em que a globalização é um dos fatores marcantes da economia mundial, e a Internet dilui as fronteiras entre os Estados e os mercados, a tecnologia, em todas as áreas, mas principalmente na Informação, é um forte alavancador dessas mudanças. |
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Tela 9 |
| Para que as empresas possam atuar e tirar o melhor das tecnologias de informação, é preciso ter um consistente Planejamento de Tecnologia de Informação sustentado pelo seu Planejamento Estratégico.
Segundo Teixeira Filho, a visão estratégica é o ponto de partida para que a empresa se transforme e sobreviva. A visão é fruto da criatividade dos administradores ao perceberem e analisarem o ambiente externo, o macro-ambiente e suas variáveis políticas, econômicas, legais, sociais, demográficas, ecológicas e tecnológicas. Hoje, o ambiente externo apresenta-se instável, volátil e inseguro, tipicamente num momento de ajuste e transformação e está apresentando uma série de ameaças e oportunidades para os empreendedores. É um ambiente dinâmico caracterizado por muitas mudanças. A evolução rápida dos meios de comunicação, os avanços na logística de distribuição, a tendência à expansão dos produtos genéricos com agregação de serviços, a customização do marketing, a visão da tecnologia como commodity, e a própria crise da empregabilidade, são fatores condicionantes nesse cenário. As informações estratégicas são basicamente voltadas para dar suporte à decisão: resumos, análises comparativas, exceções, tendências. Ao contrário da maioria dos processos operacionais, no nível estratégico a estruturação das demandas informacionais é muito baixa, volátil e pouco previsível. A demanda varia até de tomador de decisão para tomador de decisão. Aqui reside a essência do desafio da aplicação da Tecnologia da Informação aos sistemas de informação estratégicos.
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Tela 10 |
| A empresa que melhor perceber as aplicações
das tecnologias emergentes às suas operações, e que
puder usar mais eficazmente a Informática aos processos decisórios,
terá maior vantagem competitiva em seu setor de atuação.
Assim, a Tecnologia da Informação passa a ser recurso estratégico
para a organização, e sua aplicação eficiente
e eficaz se torna fator crítico de sucesso. |
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Tela 11 |
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| Tecnologia da Informação no Planejamento Estratégico Para a elaboração do Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação, as empresas devem saber antecipadamente onde, como e quando devem operar no futuro. O Plano estratégico deve ser construído por meio da análise dos pontos fortes e fracos da empresa, os quais servirão de base para traçar as estratégias de desenvolvimento e criar os objetivos a serem alcançados, que possibilite a levar a empresa ao sucesso. O ambiente interno das empresas está em permanente mudança. Em busca da maximização das vantagens competitivas, as empresas lutam na busca por maior atenção ao cliente, mais agilidade e flexibilidade, um nível superior de qualidade, e uma constante capacitação e motivação dos recursos humanos. Para desenvolver um Plano Estratégico, a empresa deve formular os objetivos que pretende atingir no longo prazo, após levantamento/investigação e análise de informações sobre seis principais fatores condicionantes da competitividade. Esses fatores
são: competidores tradicionais, novos entrantes, fornecedores,
consumidores, produtos/serviços substitutos potenciais e os já
ofertados pela indústria naquele setor e os agentes reguladores.
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Tela 12 |
| A
partir dessa análise, pode-se obter uma radiografia útil do
setor, para a visão estratégica, cujos dados alimentarão
o Planejamento Estratégico com informações
úteis para balizar a visão de negócio, principalmente
quanto às ameaças
e as oportunidades
existentes.
Para o estabelecimento de um Plano de Ação, no nível gerencial, em função do Planejamento Estratégico, é fundamental a divulgação da visão, dos objetivos, da análise de cenário, das metas e fatores críticos de sucesso, para todos na organização. Em função das metas, é necessário o debate e a negociação das condições e recursos com todos os níveis da empresa. As metas podem ser questionadas, e até mesmo podem ser repensadas, em função desse processo.
Planejamento Tecnológico - O Planejamento Tecnológico é um processo estruturado em diversas atividades, cuja aplicação varia em função do setor da indústria, do ambiente organizacional, dos objetivos e setores estratégicos e do tipo de tecnologia em questão. Todas as ações têm como referência a ação estratégica, e o objetivo de criar, sustentar ou aumentar a vantagem competitiva da empresa. Qualquer tecnologia a ser utilizada deve estar madura e estável e, atualizada para o objetivo ao qual se propôs. Outro fator importante é o treinamento, que deve ser encarado como investimento, já que um recurso tecnológico mal utilizado pode gerar custos.
Por ser cada vez mais um recurso estratégico, a aplicação de novas tecnologias precisa ser cuidadosamente planejada, organizada e controlada pelas empresas. Como defende Tadeu Cruz (1998), deve-se usar a metodologia desenvolvida por ele, denominada Operar, que possibilita planejar e executar um plano de Tecnologia da Informação: |
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Tela 13 |
| O
Planejamento Tecnológico talvez seja hoje uma das
atividades mais importantes para a criação, sustentação
e maximização da vantagem competitiva.
Para a compreensão do processo de Planejamento Tecnológico é fundamental perceber duas características básicas da Tecnologia atual: sua volatilidade e seu impacto organizacional. Para Teixeira Filho, a Tecnologia da Informação evolui muito rapidamente, em todas as áreas: hardware, software, comunicação, peopleware, administração etc. Novas tecnologias surgem, em todos os setores, cada vez com um ciclo de desenvolvimento menor, e a custos decrescentes. É muito rápida a obsolescência de produtos e serviços nesse setor.
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Por
outro lado, justamente por se aplicar aos produtos e processos organizacionais,
a adoção de uma nova tecnologia impacta sempre o processo
de trabalho. Saltos significativos na vantagem competitiva, em função
de novas tecnologias, em geral implicam grandes mudanças organizacionais.
Novas tecnologias tornam obsoletos, rapidamente, produtos, processos e,
até mesmo, profissionais especializados. O esforço contínuo
de adaptação gera um estresse organizacional que precisa
ser administrado.
Manter-se atualizado com a tecnologia, e controlar o impacto organizacional de sua aplicação, são os principais desafios que as empresas enfrentam atualmente na área de tecnologia. O processo de Planejamento Tecnológico se divide, genericamente, em três etapas: Identificação de Oportunidades; Internalização da Tecnologia; e Avaliação. |
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Tela 15 |
No
processo de avaliação e negociação,
a empresa realizará uma seleção de prestadores de
serviço, com os quais estabelecerá parceria para o processo
de internalização da nova tecnologia.
Segundo Teixeira Filho, o Planejamento Tecnológico é basicamente um processo de transformação organizacional. A tese defendida aqui é a de que o deve ser baseado num processo de Planejamento Estratégico, pois será possível garantir que o investimento em novas tecnologias reverta em vantagem competitiva para a organização. Só assim será possível basear o salto transformacional da empresa num processo de internalização de novas tecnologias e só assim o uso da Tecnologia da Informação estará em sintonia com a visão estratégica do negócio.
Não basta escolher que tipo de hardware ou de software utilizar, se não se conscientizar os funcionários sobre a importância dessa tecnologia para a empresa e para eles mesmos. Necessário se faz uma maior reorientação das organizações com respeito a possíveis mudanças de atitudes, necessidade de desenvolvimento de novas habilidades exigidas pela nova tecnologia, bem como uma eficiente programação de treinamento por parte da empresa aos seus funcionários/usuários, evitando assim temores e resistências. |
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Resumo Procuramos demonstrar que a gerência da informação é um importante suporte para acesso, armazenamento e distribuição de informações, no tempo e local exigidos pelo negócio. Pudemos perceber que estar atualizado com a tecnologia e controlar o impacto organizacional de sua aplicação são os principais desafios que as empresas enfrentam atualmente na área de tecnologia. Conforme visto, as empresas devem, com base no seu Plano Estratégico, elaborar o seu Planejamento Tecnológico, o qual é hoje uma das atividades mais importantes para a criação, sustentação e maximização da vantagem competitiva. O Planejamento Tecnológico se divide, genericamente, em três etapas: Identificação de Oportunidades, Internalização da Tecnologia, e Avaliação. No Planejamento Tecnológico é preciso atentar para duas características básicas da Tecnologia atual: sua volatilidade e seu impacto organizacional. A Tecnologia da Informação evolui muito rapidamente, com um ciclo de desenvolvimento menor, e a custos decrescentes. Por outro lado, justamente por se aplicar aos produtos e processos organizacionais, a adoção de uma nova tecnologia impacta sempre o processo de trabalho. Saltos significativos na vantagem competitiva, em função de novas tecnologias, em geral implicam grandes mudanças organizacionais. Novas tecnologias tornam obsoletos, rapidamente, produtos, processos e até mesmo profissionais especializados. O esforço contínuo de adaptação gera um estresse organizacional que precisa ser administrado. Vimos também que estruturar e distribuir o conhecimento a partir da Tecnologia da Informação é parte do processo de gestão do conhecimento, que passa também pela mudança cultural, envolvendo uma cultura de compartilhamento do conhecimento e aprendizagem organizacional. Em síntese, a Tecnologia de Informação fornece possibilidades de permanente atualização e integração do negócio, visto que potencializa os processos de tratamento, disseminação e transferência de informações e conhecimentos. Essa tecnologia tão importante, aliada a uma forte política de aprendizagem educacional proporciona às empresas um ambiente mais suscetível à vantagem competitiva. No próximo módulo será feita uma análise sobre as principais ferramentas de Tecnologia da Informação que estão sendo adotadas no processo de gestão do conhecimento. Conheceremos as características das diversas ferramentas, sua classificação e um método de avaliação das ferramentas de gestão do conhecimento criado pelo CRIE da UFRJ, um dos grupos de pesquisa mais respeitados no campo da gestão do conhecimento. |
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| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 17 |
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1 - Conceitos, características, classificação e funcionalidades Com os recursos tecnológicos, a informação tornou-se mais acessível e é produzida em grande quantidade. O problema é um paradoxo: há muita informação e, por isso, parte é desnecessária e parte é difícil de ser localizada. A importância dos softwares para gestão do conhecimento não está em processar dados e informações em grande volume, mas gerar a informação necessária para cada atividade. Por exemplo, muitos projetos de inovação prendem-se aos aspectos técnicos e esquecem dos usuários do projeto, ou seja, o fator humano envolvido, que, na maioria das vezes, passa despercebido. Os principais processos da gestão do conhecimento (conforme definido por DAVENPORT e PRUSAK 1998: 61) são a geração, codificação e transferência de conhecimento. Em função disso, podemos considerar como ferramentas tecnológicas para gestão do conhecimento, aquelas que na prática, atendem pelo menos a um desses processos. Essas ferramentas podem “englobar não só softwares que se autodenominam ferramentas de gestão do conhecimento, mas também softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documentos – GED, sistemas de Business Intelligence, ferramentas de Workflow (fluxo de trabalho), produtos de Groupware e sistemas especialistas”. |
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Tela 18 |
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| A combinação das inúmeras ferramentas disponíveis já permite desenhar um modelo de ferramenta de gestão de conhecimento que deve contemplar as seguintes funcionalidades:
Nestes aspectos as empresas têm utilizado dois tipos de ferramentas:
Principais Conceitos de:
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Tela 19 |
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| Classificação das ferramentas tecnológicas - A funcionalidade essencial do sistema constitui parâmetro fundamental na classificação das ferramentas, em três grupos básicos, destinados ao: |
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Tela 20 |
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| 2 - Método de Avaliação – CRIE/UFRJ Classificação das ferramentas de gestão do conhecimento com base no trabalho e no método de avaliação desenvolvido pelo Centro de Referência em Inteligência Empresarial da UFRJ – CRIE. Com base nessa metodologia de avaliação disponibilizada pelo CRIE, é possível identificarmos as potencialidades e utilidades das tecnologias de informação e comunicação disponíveis para a gestão do conhecimento nas organizações.
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Tela 21 |
| Segundo o CRIE, um sistema de gestão do conhecimento que possua características de aquisição de conhecimento deve ser capaz de responder aos seguintes questionamentos:
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Tela 22 |
| Para organização/armazenamento de dados:
Para aplicação:
Para criação:
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Tela 23 |
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| 3 - Ferramentas específicas para gestão do conhecimento
Os softwares
específicos de gestão do conhecimento buscam estabelecer
relações entre informações e pessoas para
disparar o processo de criação do conhecimento. Eles fazem
o levantamento das habilidades acumuladas pelos funcionários da
empresa; permitem que sejam identificados os conhecimentos mais valorizados
e necessários. |
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Tela 24 |
| Resumo A gestão do conhecimento não é um problema de tecnologia, mas passa pela tecnologia e por sua utilização no suporte e gerência da informação, para auxiliar na avaliação e remodelagem dos processos, buscando sempre a melhoria da produtividade e da vantagem competitiva. Ela envolve mudanças, muitas vezes culturais, principalmente para a implementação de ambiente colaborativo. É possível concluir que a tecnologia da informação contribui em muito com a gestão do conhecimento e seu uso é fundamental durante as fases de aquisição, armazenamento, compartilhamento e descoberta de novos conhecimentos. Sem pretender aprofundar o tema tecnologia, esta unidade teve por objetivo demonstrar que já existe um conhecimento sistematizado em termos das contribuições das ferramentas de tecnologia da informação para a gestão do conhecimento. Foi apresentada uma classificação dessas ferramentas de gestão do conhecimento com base no trabalho e um método de avaliação do CRIE da UFRJ, um dos grupos de pesquisa mais respeitados no campo da gestão do conhecimento. Conforme visto, podemos incluir como ferramentas tecnológicas para gestão do conhecimento não só softwares que se autodenominam ferramentas de gestão do conhecimento, mas também softwares que atendam pelo menos a uma das atividades: armazenar informações (ex: datawarehouse), extrair informações para processo decisório a partir de bases de dados (ex: data mining e sistemas de Business Intelligence), promover divulgação de conhecimentos (ex: ferramentas de Gerenciamento Eletrônico de Documentos – GED, ferramentas de Workflow, produtos de Groupware). |
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| Unidade 4 | Módulo 3 | Tela 25 |
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1
- O que são portais?
A diversidade de ferramentas e sua sofisticação cada vez maior tornam complexa a tarefa de escolha de tecnologia. Já vimos o Método de Avaliação – CRIE/UFRJ – que orienta as funcionalidades de um sistema a ser considerado sistema de Gestão do Conhecimento: aquisição, organização, distribuição e aplicação do conhecimento.
Embora os portais corporativos não sejam ferramentas específicas para gestão do conhecimento, eles constituem uma poderosa tecnologia para o seu gerenciamento. O que é um portal? É um software? Uma linguagem? Um ambiente?
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Tela 26 |
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O que chamamos hoje de portal web começou como uma máquina ou site de busca. O objetivo desses sites era facilitar o acesso às informações que se encontravam espalhadas pela Internet. Inicialmente eram realizadas pesquisas booleanas, por palavras. E mais tarde, para facilitar, as buscas passaram a serem realizadas por categorias, filtrando sites e documentos em grupos pré-definidos como esportes, saúde, meteorologia, turismo etc. Posteriormente, na evolução de um site de busca para um portal, houve a integração de outras funções, como as comunidades virtuais e suas listas de discussão, chats em tempo real, possibilidade de personalização e acesso a conteúdos especializados e comerciais. Essa nova concepção de máquina de busca é que passou a ser chamada de Portal Web ou Portais Públicos. Exemplos. Os autores Reynolds & Koulopoulos identificam as fases de pesquisa booleana, navegação por categorias, personalização, funções expandidas para outras áreas dos mundos informacional e comercial.
Inicialmente, as máquinas de busca permitiam ao usuário da Internet localizar documentos por meio de navegação associativa entre links (ligações ou relacionamentos que apontam e conectam páginas web). A pesquisa com conectores booleanos: E, ou, ou exclusivo, não. Com o operador E, pode-se obter, como resultado da pesquisa, todos os documentos que contenham “termo 1” E “termo 2”, por exemplo. A associação de vários termos e operadores booleanos pode restringir ou ampliar o universo pesquisado. |
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Tela 27 |
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Gerações de portais públicos (Eckerson)
Fonte: Dias, C. A. Portal corporativo: conceitos e características. O destino está em uma economia na qual o B2B e o B2C permitem às empresas se relacionar em qualquer direção, por meio de diversos sistemas ligando a cadeia de fornecedores, automaticamente e on-line. O progresso dos portais Internet chamou a atenção da comunidade corporativa, a qual vislumbrou a possibilidade de utilização dessa tecnologia para organizar e facilitar o acesso às informações internas da empresa. Apesar das semelhanças tecnológicas, os portais públicos e os portais corporativos atendem a grupos de usuários diversos e têm propósitos completamente diferentes. |
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Tela 28 |
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2 - Portais Corporativos Os portais corporativos são uma evolução das Intranets corporativas. As primeiras Intranets surgiram no ano de 1996. Hoje, assistimos a uma evolução de conceitos e práticas bastante significativa. Em apenas oito anos, as Intranets passaram da 1ª à 4ª geração, passaram de máquinas de busca e repositório de informações a portais especializados, baseados em funções profissionais, com a integração de aplicativos corporativos que possibilitam a gerência de atividades específicas na empresa, como vendas, finanças, gestão de pessoas , comunicação interna etc.
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Tela 29 |
| Portal
Corporativo – É tecnologia baseada na web
que busca a integração das aplicações internas
da organização com as aplicações externas. Assim,
o usuário pode verificar seu e-mail, pesquisar a cotação
das ações da empresa, checar as férias a que tem direito
e receber um pedido de um cliente – tudo isso através de uma
interface única de browser, em seu PC. O foco prioritário
de uso do portal ainda é o self-service, principalmente
de serviços de RH, típico da segunda geração
de Intranets.
Pesquisa DELPHI mostra que mais da metade das empresas estão implantando
seus portais e que um quarto seguirá este caminho. Os desafios atuais para implantação dos portais são:
enorme volume de informações, velocidade com que o conhecimento
está mudando, transformação contínua do local
de trabalho e o tempo que a empresa precisa para trazer as informações
corretas onde o usuário esteja de maneira virtual e instantânea. |
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Tela 30 |
Estabelecer a governança é um desafio na construção de portais porque há vantagens e desvantagens tanto na sua centralização quanto na sua descentralização. Há empresas que têm problemas com Intranets departamentais descentralizadas e fragmentadas, sem qualquer integração. No modelo descentralizado, pode ocorrer o marasmo ou caos. O sucesso da ferramenta depende de se manter a motivação por parte dos funcionários. O portal deve ser parte integral do trabalho e da vida dos funcionários. Mas, na perspectiva sociotécnica, o maior desafio para fazer as Intranets evoluírem para um portal, é respeitar o ritmo e a cultura da empresa e em sair de uma computação pessoal, sem nenhum compartilhamento e baixa estruturação, para os sistemas corporativos com alto grau de estruturação e alto grau de compartilhamento. Por ser complexa, a adoção de um portal deve ser gradativa. Mesmo tendo um viés estratégico deve-se começar pelas etapas de uso mais pontual, focando em RH e comunicação interna – mas deve evoluir para um apoio ao negócio-fim da empresa.
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Tela 31 |
Os atuais portais são implementados para atender às necessidades dos funcionários, das comunidades e até da extensa rede que vai além dos limites da organização. Podem possibilitar mudança na forma como trabalhamos e se tornar uma ferramenta de suporte e agilização dos negócios por toda a rede de valor de uma organização. Para ter sucesso, dependem substancialmente de estar focados nos usuários. O objetivo da amplitude do portal corporativo é para que traga mais integração e inteligência. Para isso os portais precisam integrar os sistemas e lógicas anteriores ao portal (os famosos legados). Por exemplo, as empresas podem agregar valor ao negócio por meio dos portais B2E. Num sentido amplo, o B2E engloba tudo que uma companhia faz para atrair e manter equipes bem qualificadas neste mercado tão competitivo, como táticas agressivas de recrutamento, benefícios oferecidos, oportunidades de educação, horário flexível etc.
O reconhecimento da dimensão tecnológica integrada às dimensões humanas e organizacionais possibilita efetivar mudanças. Possui muitos campos teóricos: teoria sobre aprendizado organizacional, mensuração do capital intelectual, psicologia organizacional etc. Nessa perspectiva, os portais corporativos devem ir além de uma cópia digitalizada da organização, precisam ser úteis ao usuário e, conseqüentemente, à organização. |
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Tela 32 |
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3 - Gestão do Conhecimento e o uso de Portais Corporativos A era das Redes - Os novos meios de comunicação e Internet geraram um novo mundo de conectividade. A mudança nos negócios, decorrente dos avanços da Internet e de maior interoperabilidade, cria um novo conceito de cadeia de valor. Hoje a tecnologia permite a integração de dados e pessoas e a otimização de processos. Os portais associam as funcionalidades de armazenamento de informações, integração de sistemas (inclusive ferramentas de data mining), divulgação e compartilhamento do conhecimento (funcionalidades de apoio ao trabalho cooperativo e ao compartilhamento de conhecimento tácito). Os portais corporativos podem ser implantados com foco em Gestão do Conhecimento na medida em que somos produtores e consumidores de informações.
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Tela 33 |
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A era das redes afeta o modelo de negócio, a integração entre atividades e integração da cadeia de valor – como, por exemplo, a gestão do relacionamento com o cliente – CRM gerenciamento da cadeia de suprimento – SCM sistemas integrados de gestão – ERP e as organizações virtuais que estão ligadas eletronicamente.
Trata-se da Primeira onda de TI (Tecnologia de Informação) com necessidade de acesso a ampla base de usuários. Por isso, tem um viés estratégico e deve ser tratado como um Programa e não como um projeto. Para Terra (2002), o Portal deve ser visto como uma nova cola. |
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Tela 34 |
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Os portais na era das redes têm a função, de:
No processo de implantação dos portais corporativos podemos considerar: Primeiro Momento – usufruto de projetos de TI, de RH, reestruturações organizacionais, comunicações internas. Segundo momento – criar incentivos e recompensas adequadas para que as pessoas estejam dispostas a colaborar. De acordo com Terra (2002), o ideal é um planejamento evolutivo determinando-se onde se quer chegar. Evoluir significa quebrar paradigmas do mundo corporativo. O autor mostra as perspectivas de Gestão do conhecimento em portais corporativos, identificando conceitos e ferramentas que podem ser implementadas no Portal. Alguns itens devem ser pautas do processo de implantação, como os aspectos culturais, a existência de padrões, a complexidade do projeto, as necessidades dos usuários etc. |
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Tela 35 |
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Interfaces de portais corporativos
O aspecto que deve ser levado em conta é a sobrecarga informacional dos usuários. Com a Internet o usuário passou a ter mais autonomia para navegação, revolucionando o modo como as pessoas interagem com o computador. Por isso, o Portal deve ser construído de acordo com os padrões da www. Os conceitos-chave são: Acessibilidade - Personalização - Interfaces. Um conceito-chave na implementação de portais corporativos é a personalização, o qual permite tratar os usuários de maneira individualizada, combatendo a sobrecarga informacional e trazendo dados selecionados e alinhados aos objetivos de determinado usuário, de um departamento específico ou da empresa. Uma boa personalização proporciona uma maior produtividade A abordagem mais simples de personalização utiliza-se do perfil do usuário, mas há mecanismos mais complexos e integrados que poderão mapear dinamicamente interesses individuais, baseados no histórico de uso do portal e na evolução das curvas de aprendizagem. |
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Visão centrada no usuário possibilita garimpar informações de fontes de dados estruturados, como sistemas legados, financeiros, RH, CRM e Datawarehousing, juntamente com outras fontes menos estruturadas de informação e conhecimento, oferecendo informações em uma via única e personalizada, através da interface dos portais, como por exemplo: e-mails, documentos, processos em workflow, histórico da atuação de colaboradores em comunidades de prática, fóruns e teleconferências. Portal de Conhecimento Corporativo - A nova geração de portais deve ser focada na perspectiva sociotécnica, que inclui gestão do conhecimento e comunidades de práticas. Trata-se de uma aplicação
pragmática da gestão do conhecimento. |
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São características dos portais mais avançados:
Dadas as suas características, os Portais de Conhecimento permitem: Gestão da Informação – publicação e personalização, e, Gestão do Capital Intelectual – identificação e compartilhamento das melhores práticas. Este tipo de portal funciona ainda como uma ferramenta tática para integrar alianças, com menores custos e menos retrabalho.
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De acordo com Terra (2002), os PdCC podem causar impacto na maneira como as empresas valorizam e recompensam os insights, a criatividade e as capacidades analíticas de seus funcionários. É uma ferramenta multidisciplinar e coletiva, com visão corporativa e colaborativa, superando disputas internas. Podem também funcionar como uma valorização dos funcionários, à medida que possibilitam aos mesmos realizar conexões com projetos que possam lhes interessar e comunidades de seu interesse, notícias corporativas etc. Relação
entre Portais e Esquemas de Gestão do Conhecimento -
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Por meio dos Portais a empresa aumenta capital intelectual mediante a codificação parcial do conhecimento tácito de seus funcionários e melhor utilização do capital intelectual desses. São estratégias de implementação de portais:
Os Portais Corporativos podem ser:
Quanto à função, os portais podem ser:
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PdCC e Cultura Organizacional Muitas vezes, no processo
de implantação de uma nova tecnologia, a cultura e os valores
da organização são relegados ao segundo plano.
Uma cultura de compartilhamento do conhecimento depende de liderança (dar o exemplo). Deve-se promover o compartilhamento como valor da empresa, criar posições e cargos com foco em conhecimento, políticas de RH – trabalho em equipe, rodízio etc., além de sistema de recompensas modificado. Aprendizado e criatividade dependem da motivação, de pessoas dispostas a aprender por meio da interação social e de discussões, de mudança de modelo mental. Portal não
é apenas uma questão de TI – mas se insere em um processo
de Gestão
de Mudanças. |
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PdCC e Comunidades de prática Comunidades de prática, ou seja, comunidades de colaboração voluntária são grupos de pessoas ligadas de maneira informal por um interesse comum no aprendizado e na aplicação prática. O serviço-chave nas implementações de portais são as aplicações para colaboração e desenvolvimento de comunidades. Elas aumentam a capacidade dos funcionários de desenvolverem relações mais próximas e um sentido de pertencimento. Comunidades de prática é um termo que se refere à maneira como as pessoas trabalham em conjunto e/ou se associam a outras naturalmente As comunidades de prática realizam dois trabalhos principais de formação do capital humano: transferência de conhecimento e inovação. Embora não seja um conceito novo, as comunidades de prática assumiram recentemente especial importância. As organizações estão agora empenhadas em atribuir a essas comunidades um papel mais central e em adotar mais intenção no que diz respeito à sua criação. A justificativa para
esta mudança reside na atual percepção de que "o
conhecimento é um ato de participação" e quem
deve gerir o conhecimento são aqueles que o produzem e o usam no
dia-a-dia. |
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Como funcionam? - As comunidades de prática vão além dos limites tradicionais do grupo ou das equipes de trabalho. Trata-se de um conceito diferente da força tarefa ou trabalho em equipe, pois a participação é voluntária, às vezes mesmo só ouvir atentamente.
As redes de trabalho podem estender-se além dos limites de uma organização. Os participantes podem criar “clubes” semi-abertos com alto grau de confiança na relação e na contribuição de cada um. O que une os membros é o sentido comum de propósito e a necessidade real de compartilhar conhecimentos.
Ao oferecer um ambiente de aprendizado forte baseado em trocas de informações síncronas ou assíncronas, as comunidades se tornam conceito atraente tanto para o funcionário como para a organização. Pesquisas do Gartner Group apontam que 50% das empresas já incentivam as comunidades de prática:
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Entende-se que a sobrevivência da empresa exige ligação contínua de comunidades distintas e a síntese do conhecimento coletivo e da organização. As comunidades oferecem ambiente de aprendizagem confiável e oportunidade de entrar em contato com outros indivíduos com interesse, projetos e desafios e/ou motivações similares.
Uma comunidade de
prática é um ótimo canal para mover informação
ou boas práticas, não só porque retém o conhecimento
de forma viva como pela própria ação da comunidade
em que ocorrem os processos de interação social. É
essa interação que tem o poder de construir boas práticas
e soluções inovadoras. |
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| Comunidades de prática: benefícios para a organização
Os PdCC bem projetados reconhecem essa forma natural de comportamento das pessoas e facilitam aos funcionários descobrir novas comunidades e possam escolher sua participação. Riscos a serem evitados:
Comunidades de prática e as formas de agregar valor:
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| PdCC e Comunidades Virtuais A origem das comunidades virtuais estava associada aos movimentos de contracultura e às maneiras alternativas de vida emergidas no final dos anos 1960. Experiências com comunidades virtuais em diversas organizações são anteriores a web. Desde o advento da web, porém, elas se tornaram um instrumento bastante utilizado para trocas de conhecimento no mundo corporativo. Essas comunidades ultrapassam todas as fronteiras existentes, nações, faixas etárias, organizações governamentais ou não, com ou sem fins lucrativos. A existência de uma base territorial fixa não é mais necessária, embora o ciberespaço apresente-se como um espaço público fundamental para a existência de comunidades virtuais. Desse modo, a comunidade virtual possui um senso de lugar, um locus virtual. Começa a existir lugar certo para as comunidades virtuais no planejamento estratégico, no marketing e na comunicação interna das organizações hoje. Empresas nacionais e multinacionais já descobriram a sua funcionalidade e começam a mostrar resultados. Utilizando a Internet e outras tecnologias da informação, é possível ajudar na interação de profissionais através do mundo, compartilhar documentos e comparar diferentes bases de dados das organizações, economizando tempo e dinheiro. |
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| Por exemplo, profissionais de TI participam de comunidade Linux e comunidade Java. Os participantes usam ferramentas e compreendem cultura NETiqueta. Tornam-se importantes os moderadores dedicados ao trabalho da comunidade.
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| PdCC e E-learning Uma importante aplicação do Portal Corporativo de Conhecimento é para o treinamento online. A capacitação adequada melhora a produtividade do trabalhador levando a melhores salários e desempenho das empresas. Os investimentos em T&D tiveram um crescimento de 24% de 93 a 98 nos EUA.
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| Paradigma de treinamento para aprendizagem - É preciso acelerar o aprendizado e a gestão de talentos. Hoje se entende que não se deve definir, de forma centralizada, competências e habilidades que cada área ou funcionário deve desenvolver. No paradigma emergente
a empresa fornece recursos para o aprendizado e para criar um ambiente
que estimule crescimento pessoal e profissional. O crescimento de cursos
online exemplifica a responsabilidade do funcionário no processo
de sua formação. Forças para o crescimento do e-learning:
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Ao projetar uma estratégia de aprendizado corporativo deve-se atentar para o aspecto social da aprendizagem que o componente de treinamento de um portal deve ter. As tecnologias para gestão do conhecimento são de grande importância nesse contexto de educação.
As aplicações de TI para colaboração não substituem o aprendizado face a face: líderes devem planejar o PdCC mas também devem ter consciência de que há conhecimentos tácitos difíceis de codificar. Essas aplicações
dependem do conhecimento prévio, da motivação e da
vontade de criar, agir e compartilhar o conhecimento. O PdCC torna-se
útil para localizar especialistas que sejam líderes de Comunidades
de Prática. |
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| É importante ressaltar que o Portal não é solução, mas oferece ferramentas para ajudar funcionário a cumprir metas de aprendizado e a participar de projetos interessantes, e receber reconhecimento pelas contribuições. Resultados
obtidos com o uso de Portais
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| Resumo Os portais nasceram como máquinas de busca para auxiliar os navegadores da Internet a localizarem documentos e informações, inicialmente com pesquisas por palavras até oferecerem uma personalização e a integração de funções comerciais, tornando-se portais públicos. No segundo tópico abordamos os portais corporativos, o porquê do surgimento dessa tecnologia no âmbito corporativo, a evolução das Intranets de primeira geração para os atuais portais corporativos, o processo de gestão da mudança envolvido em sua utilização, como podem agregar valor aos negócios, sua classificação de acordo com suas funções. Por fim, refletimos sobre os portais corporativos sob a ótica da gestão do conhecimento e enquanto ferramentas de vantagem competitiva, que permitem o aperfeiçoamento e distribuição do capital intelectual. Foram discutidos também os diversos aspectos envolvidos na sua implantação e utilização, como a cultura organizacional e o papel das comunidades de prática, das comunidades virtuais e do e-learning para o aumento do capital intelectual da empresa. |
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