O problema da alocação dos resultados é também comumente encontrado em cooperativas. Esse problema existe devido aos existentes conflitos de incentivo entre os gerentes de cooperativas e seus respectivos associados, e os princípios cooperativos de controle democrático, retorno limitado de capital, distribuição dos benefícios de acordo com a utilização da cooperativa e operação a custo.

O uso indiscriminado da alocação do resultado do exercício para fundos e reservas indivisíveis é criticado porque esta forma de alocação infringe o princípio cooperativo de operar a custo.

Os recursos que acumulam nas reservas e fundos indivisíveis não são retornados aos associados. Além do mais, o direito de propriedade é diluído e ninguém sabe quem na verdade é dono dos fundos e reservas indivisíveis até que a cooperativa liquide e todos os credores preferenciais aos associados sejam pagos.

O sentido de propriedade é perdido e associados sentem-se menos compelidos a controlar os gerentes nas cooperativas que utilizam extensivamente o uso de fundos e reservas indivisíveis porque a reivindicação direta sobre os investimentos da cooperativa é pequena.

Incorporação de resultados ao capital - O custo zero atribuído aos fundos e reservas indivisíveis leva gerentes a subestimarem o verdadeiro custo de capital para a cooperativa levando ao excesso de investimentos de capital nas cooperativas, problema este comumente mencionado na literatura.

Como o custo médio do capital é subestimado, gerentes de cooperativas tendem a aprovar projetos com taxas de retorno inferior ao custo médio de capital verdadeiro da cooperativa. Com a facilidade de utilizar os fundos e reservas indivisíveis, gerentes e diretores tentam evitar empréstimos levando várias cooperativas a sub-utilização do débito de longo prazo.



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