| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
1 - Criação da cultura informacional e competitiva na empresa A inteligência competitiva necessita:
Todas essas ações visam à criação de uma cultura informacional e competitiva na organização |
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Tela 2 |
O processo de inteligência competitiva organizacional deve seguir sete passos para seu funcionamento contínuo. Para ser
implantado na organização, um Sistema de Inteligência
Competitiva (SIC) deve ser estruturado em cinco etapas (GOMES & BRAGA,
2001): As necessidades
de informação dos tomadores de decisão são
a base do processo de IC e são obtidas em entrevistas e registradas
sob a forma de questões relevantes. As áreas de vigilância são definidas no quadro do ambiente onde se insere a organização, representado na figura abaixo (GOMES & BRAGA, 2001):
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Tela 3 |
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| Etapa
2 – Coleta e tratamento da informação |
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Tela 4 |
| Etapa
4 – Disseminação da informação |
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Tela 5 |
| 2 - Processo de Inteligência Competitiva Organizacional O modelo proposto mostra de forma geral o processo da inteligência competitiva organizacional que a organização deve gerenciar para obter competitividade empresarial. A inteligência competitiva possibilita o desenvolvimento da organização de forma contínua num mercado cada vez mais agressivo.
Dados,
informação e conhecimento, conforme já mencionado,
são matérias-primas para o processo de inteligência
competitiva. Por meio da IC, é possível estabelecer uma
cultura organizacional baseada em informação e conhecimento,
visando maior flexibilidade de atuação no mercado e maior
capacidade de criação e geração de tecnologia,
ou seja, maior competitividade. |
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Tela 6 |
| 3 - Inteligência Competitiva de Mercado No início do século passado, um grande industrial americano, afirmou: se tivesse no bolso um único dólar investiria em propaganda. Era o tempo em que os dois grandes desafios eram: produzir em série (fordismo) e fazer-se conhecido. Os mercados estavam ávidos por consumo, com demandas várias vezes superior à oferta. O nível de concorrência ainda não incomodava os "players" do mercado. Seguramente, nosso iluminado messias do marketing, nos nossos dias, afirmaria: - se me restasse um último dólar, compraria informação. Passados quase um século, surgiram questionamentos impensáveis para aquela época: ser conhecido por quem? Que mídia utilizar? Que comportamento de compra apresenta o meu mercado? Que segmento de mercado apresenta-se mais receptivo aos meus produtos? Quem são os concorrentes que representam um perigo iminente? Perguntas do dia a dia que as grandes organizações vivem e que exigem pronta resposta, sob pena de perda de participação no espaço competitivo.
Do ponto de vista do marketing, várias análises podem ser desenvolvidas a partir de um dado que nasceu de uma simples compra, por exemplo, a correlação entre produtos. Ao analisar um banco de dados com milhares de registros, podemos extrair uma única informação, por exemplo, que a compra de pó de café ocorre, em noventa por cento dos casos, entre seis da tarde e oito da noite. De posse desta informação, o supermercado pode estabelecer promoções relâmpagos neste horário ou estabelecer ilhas de degustação para as várias marcas de café disponíveis por volta das sete da noite. Portanto, as decisões operacionais e os planos estratégicos das empresas que se orientam pelos consumidores (customer driven) são forjados neste conhecimento, que teve origem em informação, que, por sua vez, se originou dos dados. Este conhecimento, hoje bastante explícito, com a ajuda da tecnologia, nasceu da análise do comportamento do consumidor, captando e analisando dados.
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Tela 7 |
| No capitalismo idealizado, sem a presença do Estado, que vive exclusivamente da livre iniciativa, as organizações passam a competir por um consumidor livre para expressar as suas preferências de compra. Neste contexto, as empresas procuram se diferenciar e estar sempre no foco dos clientes, sendo sempre a marca escolhida. Uma das formas de diferenciação no espaço competitivo é o conhecimento. O seu diferencial de mercado passa a ser o conhecimento que você possui e seu oponente não. É o conhecimento como diferencial que gera o conceito de Inteligência Competitiva de mercado. A liderança na inovação das formas de concepção de produto, e abordagem de marketing, gera para as empresas que operam em mercados competitivos:
Decidir baseado em
informação é hoje imperativo, uma questão
de sobrevivência para as organizações. O perseverante
caminhar desde o dado até a aplicação da Inteligência
Competitiva deve ser vivido intensamente, entrar no sangue da organização
de forma tão visceral que num futuro breve os executivos não
se permitirão tomar decisões, neste mundo cravejado de incertezas,
sem uma base de informações sólidas e confiáveis. |
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Tela 8 |
4 - A IC através do Data Mining Talvez a definição mais importante de Data Mining tenha sido elaborada por Usama Fayyad (FAYYAD et al. 1996):
Esse processo se vale de diversos algoritmos (muitos deles desenvolvidos recentemente) que processam os dados e encontram esses "padrões válidos, novos e valiosos". É preciso ressaltar um detalhe que costuma passar despercebido na literatura: embora os algoritmos atuais sejam capazes de descobrir padrões "válidos e novos", ainda não temos uma solução eficaz para determinar padrões valiosos. Por essa razão, o Data Mining ainda requer uma interação muito forte com analistas humanos, que são, em última instância, os principais responsáveis pela determinação do valor dos padrões encontrados. Além disso, a condução ou direcionamento da exploração de dados é também tarefa fundamentalmente confiada a analistas humanos, um aspecto que não pode ser desprezado em nenhum projeto de IC que queira ser bem-sucedido. |
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Tela 9 |
Data Mining é uma das novidades da Ciência da Computação que veio para ficar. Com a geração de um volume cada vez maior de informação, é essencial tentar aproveitar o máximo possível do investimento. Talvez a forma mais nobre de utilizar esses vastos repositórios seja descobrir se há algum conhecimento escondido neles. Um banco de dados de transações comerciais pode, por exemplo, conter diversos registros indicando produtos que são comprados em conjunto. Quando se descobre isso, pode-se estabelecer estratégias para otimizar os resultados financeiros da empresa. Essa já é uma vantagem suficientemente importante para justificar todo o processo. Contudo, embora essa ideia básica seja facilmente compreensível, fica sempre uma dúvida sobre como um sistema é capaz de obter esse tipo de relação. |
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Tela 10 |
5 - Os Passos do Data Mining Para nosso objetivo, é suficiente apresentar os passos fundamentais de uma mineração bem-sucedida.
É
a partir desses repositórios que se pode selecionar algumas colunas
para atravessarem o processo de mineração.
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Tela 11 |
O data mining é um dos conceitos importantes para encontrar padrões em que se requer que os dados brutos sejam sistematicamente "simplificados" de forma a desconsiderar aquilo que é específico e privilegiar aquilo que é genérico. Faz-se isso porque não parece haver muito conhecimento a extrair de eventos isolados. A loja de uma rede que tenha vendido a um cliente em particular uma quantidade impressionante de um determinado produto em uma única data pode apenas significar que esse cliente em particular procurava grande quantidade desse produto naquele exato momento. Mas isso provavelmente não indica nenhuma tendência de mercado. Em outras palavras, não há como explorar essa informação em particular para que no futuro a empresa lucre mais. Apenas com o conhecimento genérico é que isto pode ser obtido. Por essa razão, devemos, em Data Mining, controlar nossa vontade de "não perder dados". Para que o processo dê certo, é necessário sim desprezar os eventos particulares para só manter aquilo que é genérico. |
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Tela 12 |
Resumo No atual ambiente competitivo de negócios, é vital para toda organização industrial que observe o que seus concorrentes estão fazendo e em que direção o mercado está se movendo. As mais importantes questões que os executivos da empresa moderna devem colocar para si mesmos são:
Define-se Data Mining como sendo o processo não trivial de identificar, em dados, padrões válidos, novos, potencialmente úteis e ultimamente compreensíveis. Data Mining é
uma novidade da Ciência da Computação que lida com
a geração de um volume cada vez maior de informação,
tentando aproveitar o máximo possível delas e tentando descobrir
se há algum conhecimento escondido nelas, sendo uma vantagem suficientemente
importante para justificar todo o processo. Para que o processo dê
certo, é necessário sim desprezar os eventos particulares
para só manter aquilo que é genérico. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 13 |
1 - Incerteza e Competitividade Um dos principais fatores que estão caracterizando o final do século XX é a incerteza. O ritmo acelerado das mudanças econômicas, tecnológicas, sociais e políticas no mundo têm como consequências frequentes as rupturas de tendências. Essas rupturas aumentam a incerteza com relação ao futuro, independente da área em que uma organização esteja atuando. Toda essa turbulência é fruto, principalmente, do desenvolvimento da telemática, que acelerou o processo de globalização e o acirramento da concorrência entre as empresas. O acesso e a manipulação de grande volume de informações, que estão cada vez mais rápidos e baratos, geram maiores impactos, tanto no macroambiente como no ambiente interno das organizações.
Outro fator que aumenta esses impactos é o fato de que o acesso à informação pode ocorrer de forma simultânea para várias pessoas em diversas partes do mundo. Verifica-se também que a disseminação da informação torna-se mais fácil, o que também facilita a geração de novos conhecimentos mais rapidamente. |
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Tela 14 |
Essa nova ordem mundial, movida pela informação e pelo conhecimento – seu principal fator de produção – tem como consequência o surgimento da Sociedade do Conhecimento (DRUCKER, 1997). A empresa, que antes apenas se preocupava com o seu ambiente negocial, hoje tem que monitorar todo o macroambiente – político, tecnológico, econômico, social – e tentar antever as futuras modificações para se manter competitiva no mercado. É nesse contexto que surge a discussão sobre Inteligência Competitiva. Seu papel é explicado, segundo Maldonado (1998), pelo trinômio
ou seja, busca por crescentes fontes de informações científicas, tecnológicas e econômicas que apoiem a tomada de decisão. Essas informações
devem assegurar a redução do tempo de resposta frente às
exigências do ambiente externo, visando ao desempenho e ao posicionamento
da empresa no contexto socioeconômico em que atua. |
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Tela 15 |
A definição de Kahaner (1996) para Inteligência Competitiva:
deixa claro que o conceito de competitividade que adota em sua obra é o de competitividade sistêmica, ou seja:
Esses fatores podem favorecer e aperfeiçoar o aprendizado e a capacidade de acumulação de conhecimentos, tais como:
As compreensões
anteriores da competitividade referiam-se a uma visão interna da
empresa. Seja ela voltada para custos
ou voltada para resultado.
Não havia, em nenhum dos dois casos, preocupação
com a interação da empresa com o ambiente no qual a empresa
estava inserida. |
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Tela 16 |
2 - Competitividade Sistêmica Competitividade
sistêmica é uma abordagem que analisa a empresa contida e
absorvendo influências de um ambiente muito maior do que o determinado
pelo seu negócio. Fatores sistêmicos de competitividade são
aqueles que não são ligados à competência do
produtor/comerciante, mas são ditados pelas características
da organização social em que o produtor/comerciante está
imerso, como por exemplo: infraestrutura e logística da região
ou país, política monetária, política fiscal,
o nome da região ou do país reconhecidos internacionalmente
como “marca” de qualidade etc. Segundo Mcmaster (1996) e Stoffler
(1994), os competidores que irão sobreviver são aqueles
que estiverem conectados com o meio ambiente e que produzirem acesso às
estruturas do futuro. Eles estarão conectados aos diversos ambientes
e gerarão informações que aumentarão suas
habilidades para sobreviver tanto no ambiente atual como no futuro. Eles
não somente farão estudos de futuro, mas serão capazes
de influenciar seu próprio futuro pela definição
de suas estratégias.
Entretanto, como definir estratégia em um ambiente em constante
mudança e que cada vez interage mais com a empresa? |
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Tela 17 |
3 - Relação com a Tomada de Decisões Verifica-se que é unânime a associação do conceito de Inteligência Competitiva com a tomada de decisão e a definição do posicionamento futuro da empresa no mercado, ou seja, com a definição da estratégia da empresa. Deve-se, entretanto, considerar que, em um ambiente incerto, a definição de estratégias torna-se tarefa árdua para uma empresa que não disponha de ferramentas adequadas para lidar com ambiente turbulento. Conforme abordado anteriormente, os antigos métodos de definição de estratégias, baseados predominantemente em tendências, não se aplicam a esse novo contexto. Como as rupturas de tendência estão se tornando constantes, a utilização desses métodos leva as empresas a terem que se reposicionar em curto espaço de tempo, gerando perda de recursos e dificultando sua sobrevivência. Grumbach (1997) argumenta que o que determinará a diferença entre beneficiar-se ou ser excluído do contexto atual de globalização será a capacidade de governos e empresas vislumbrarem os cenários futuros e, em decorrência, estabelecerem um eficiente planejamento estratégico que lhes permita evitar os problemas futuros ou protegerem-se deles. E isso só será possível com o auxílio das técnicas prospectivas. Segundo Porter (1992), algumas empresas começaram a utilizar os cenários como instrumentos para que pudessem compreender as implicações estratégicas da incerteza de um modo mais completo. Com a construção de cenários múltiplos, uma empresa pode explorar sistematicamente as possíveis consequências da incerteza para a sua opção de estratégia. Porter lembra ainda que, além de facilitar o desenvolvimento do pensamento estratégico e da definição das estratégias da empresa, o exercício de elaboração de estudos prospectivos traz aos administradores outros benefícios, tais como:
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Tela 18 |
4
- Cenários Prospectivos |
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Tela 19 |
No
Brasil, segundo Buarque (1998), apud Marcial (2005), a prática
de elaboração de cenários é recente. As primeiras
empresas a utilizarem tal prática foram o BNDES, a Eletrobrás,
a Petrobrás e a Eletronorte em meados da década de 80, em
função de operarem com projetos de longo período
de maturação, o que exigia uma visão de longo prazo. |
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Tela 20 |
Resumo O ritmo acelerado das mudanças no mundo tem como consequências frequentes as rupturas de tendências. Essas rupturas aumentam a incerteza com relação ao futuro, independente da área em que a organização esteja atuando. É nesse contexto que surge a Inteligência Competitiva. Seu papel é explicado pela busca por crescentes fontes de informações científicas, tecnológicas e econômicas que apoiem a tomada de decisão e assegurem a redução do tempo de resposta frente às exigências do ambiente externo, visando seu desempenho e posicionamento no contexto em que atuam. Verifica-se
que é unânime a associação do conceito de Inteligência
Competitiva com a tomada de decisão e a definição
do posicionamento futuro da empresa no mercado, ou seja, com a definição
da estratégia da empresa. Deve-se, entretanto, considerar que,
em um ambiente incerto, a definição de estratégias
torna-se tarefa árdua para uma empresa que não disponha
de ferramentas adequadas para lidar com ambiente turbulento. |
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