Unidade 2 Módulo 2
Tela 1
Análise de Ishikawa

1 - Uso da Análise de Ishikawa

Sabe-se que para mudar um efeito é necessário atuar sobre suas causas. Se um produto está sendo rejeitado, certamente ocorreu "algo" que causou esta má qualidade do produto, em alguma fase do processo de produção.

A melhor maneira de demonstrar como estão relacionadas as causas e o efeito é o Diagrama de Ishikawa. Quando certo produto está sendo rejeitado como um "mau produto", utiliza-se a Análise de Ishikawa para se conhecer este "algo", ou seja, o conjunto de causas que gerou o problema.



Tela 2
Análise de Ishikawa

A Análise de Ishikawa foi projetada para:

- Retratar uma situação complexa;

- Examinar todas as causas possíveis da má qualidade do produto;

- Identificar as causas que realmente contribuem para a má qualidade;

- Aplicar ações corretivas;

Utiliza-se também esta análise para observar as causas de um bom resultado ou efeito. Se estas causas forem conhecidas, esse resultado positivo poderá ser reproduzido em outras ocasiões.



Tela 3
Análise de Ishikawa

As causas principais que provocam determinado efeito podem ser distribuídas em diferentes categorias. Essas categorias, que servem para classificar as causas primárias, são representadas pelos 4Ms: Máquinas, Mão de Obra, Materiais e Métodos.

São também utilizadas mais categorias, como por exemplo, Meio ambiente, Orçamento/Finanças (Money) e Gerenciamento (Management), de acordo a situação ou conforme a natureza do problema em estudo.

Isso facilita estabelecer um inter-relacionamento e a respectiva análise posterior.



Tela 4
Análise de Ishikawa

2 - Elaboração do Diagrama de Ishikawa

Realiza-se a Análise de Ishikawa em seis passos, sendo que os cinco primeiros são referentes à construção do Diagrama de Ishikawa e o último ao Plano de Análise de Causas.

Colocar as causas primárias

Preencher as demais causas

Incubar ideias

Fazer o plano de análise de causas



Primeiramente, determina-se o problema a ser analisado, que é tratado como efeito. A seguir, identifica-se este problema no Gráfico de Pareto. Normalmente é a coluna de maior percentagem que se encontra à esquerda do gráfico.

Este efeito é indicado no centro de uma folha do álbum seriado, dentro de um retângulo. A folha do álbum seriado é afixada no lado direito da parede, em frente ao grupo.



Desmembrar o processo que está em análise, em cada uma de suas etapas.

Cada etapa deve ser escrita no centro de uma folha de álbum seriado. Afixa-se a última etapa do processo ao lado do efeito que está sendo analisado. Em seguida a próxima etapa e as seguintes até chegar à Etapa 1. As etapas são interligadas por setas indicando a ordem de realização do processo, sendo que a última etapa é ligada ao efeito que está em estudo.



Uma etapa é um conjunto de atividades após o qual é possível interromper-se a realização do processo sem prejuízo para o produto ou o serviço final.



Para utilizar a técnica, colocam-se os 4Ms em cada uma das etapas do processo.

No canto superior esquerdo coloca-se Maq (Máquinas).
No canto superior direito MdO (Mão de Obra).
No canto inferior esquerdo Mat (Materiais).
No canto inferior direito Met (Método).
Liga-se cada um dos cantos com o nome da etapa correspondente, no centro da folha.



Para completar as demais causas: secundárias, terciárias etc, o grupo deve utilizar sessões de (brainstorming), o facilitador do grupo escolhe iniciar pelo item "Máquinas" da etapa 1 do processo. Dirige ao grupo esta pergunta: - Que máquina, na Etapa 1, pode provocar o efeito em estudo?

Se a resposta for "Máquina 1", é colocada no diagrama como causa secundária, ligada por seta ao item "Maq".

O facilitador baseia-se na última resposta para formular a próxima pergunta: Qual parte da Máquina 1, na etapa 1, pode provocar este efeito? A resposta a esta pergunta será colocada no diagrama como causa terciária. E ligada por uma seta à Máquina 1.

Em seguida pergunta: Por qual razão a Parte 1 da Maquina 1, na Etapa 1 pode provocar este efeito? A resposta (Razão 1) será colocada no diagrama como causa quaternária. Será ligada, por seta, à parte 1.

O facilitador solicitará mais razões pelas quais a Parte 1 da Máquina 1 poderá provocar o efeito em estudo. Todas as respostas serão registradas no diagrama, sempre ligadas a Parte 1. Quando não houver mais respostas à pergunta sobre razões, ele passará novamente à pergunta sobre partes. Solicitará que seja nomeada outra parte da Máquina 1 que poderá estar provocando o efeito em análise. Quando terminarem as respostas para partes o facilitador volta a perguntar sobre máquinas. Solicita outra máquina na Etapa 1 que possa provocar o efeito em análise.

O facilitador fará perguntas dirigidas até preencher o item Maq da Etapa 1. Ao terminar o item Maq, o facilitador escolherá outro M da primeira Etapa. Ao terminar os 4Ms da primeira etapa do processo o facilitador usa a mesma sistemática para preencher as demais etapas.



Brainstorming é uma técnica intencionalmente desinibidora em que não há julgamento ou crítica às ideias apresentadas. É utilizada para gerar um grande número de ideias, por meio da capacidade criativa das pessoas.



Após registrarem as causas do problema no diagrama o grupo deve abandonar o problema por alguns dias. É preciso esquecer quem sugeriu as diversas ideias e deixar que brotem novas ideias para completar o diagrama.

As novas ideias serão registradas nos locais que os participantes indicarem. Este tempo de espera significa dar um prazo ao inconsciente dos participantes para trabalhar na solução do problema.



Esta é a etapa do raciocínio lógico: O grupo indica quais as causas do diagrama que em seu entender provocam o efeito que está sendo estudado.

O facilitador coloca uma marca colorida em cada uma das causas sugeridas pelo grupo e certo número de causas é classificado como "causas suspeitas" e incluídas no Plano de Análise de Causas.

Neste Plano está indicado o nome do membro do grupo responsável por sua verificação. Será também anotado o método que o grupo usará para o estudo e a data prevista para apresentação do resultado.

Os membros do grupo utilizam tabelas para o levantamento e análise dos dados, gráficos e histogramas. Neste estudo algumas das causas identificadas são confirmadas e outras rejeitadas por não serem responsáveis pelo efeito em estudo.



Tela 5
Análise de Ishikawa

3 - Aplicações

O diagrama de Ishikawa ilustra com clareza as causas que relacionadas afetam a qualidade de um produto ou serviço. Existem vários objetivos que podem ser atingidos por intermédio da Análise de Ishikawa, de acordo com as várias aplicações. Os mais importantes serão vistos a seguir.

Aprendizado: Receber ideias de várias pessoas para o desenho do diagrama reúne conhecimento de diversos mapas mentais num único mapa mais completo. Todos os participantes ganham novos conhecimentos sobre o problema em estudo. Mesmo pessoas sem conhecimento prévio de determinado assunto aprendem muito quando participam da construção do diagrama ou simplesmente o examinam posteriormente.



Tela 6
Análise de Ishikawa

Guia para discussão: Um debate torna-se improdutivo quando os membros do grupo se desviam do tópico principal. Na construção do Diagrama de Ishikawa, todos os participantes se mantêm estritamente no assunto em estudo. Acompanham a evolução da análise à medida que ela se desenvolve. Eliminam-se as repetições e mantém-se o foco sobre o problema em estudo.



Tela 7
Análise de Ishikawa

Coleta de informações: A construção do diagrama constitui um sistema comprovado de levantamento de informações sobre determinado assunto. Todos os membros do grupo devem participar com ideias. As descobertas e conhecimentos de um fazem surgir novas idéias no cérebro dos demais.



Tela 8
Análise de Ishikawa

Nível de tecnologia do grupo: Se um diagrama apresenta poucas informações sobre o efeito em estudo, pode-se concluir que as pessoas envolvidas em sua construção possuíam pouco conhecimento sobre a tecnologia desse efeito. Para aplicar a Análise de Ishikawa em um determinado efeito, a seleção dos participantes revela-se muito importante. Os formadores do grupo da Análise de Ishikawa devem conhecer muito bem a respectiva tecnologia.



Tela 9
Análise de Ishikawa

Resumo

Para mudar um efeito, é necessário atuar sobre suas causas. Se um produto está sendo rejeitado, certamente ocorreu "algo" que causou a má qualidade do produto, em alguma fase do processo de produção. A melhor maneira de demonstrar como estão relacionadas as causas e o efeito é o Diagrama de Ishikawa. Utiliza-se também esta análise para observar as causas de um bom resultado ou efeito. Se estas causas forem conhecidas, o resultado positivo poderá ser reproduzido em outras ocasiões.

As causas principais que provocam determinado efeito podem ser classificadas em diferentes categorias. Essas categorias, que servem para classificar as causas primárias, são representadas pelos 4Ms: Máquinas, Mão de Obra, Materiais e Métodos. Podem ser usadas mais categorias, como Meio ambiente, Orçamento/Finanças (Money) e Gerenciamento (Management), conforme a necessidade ou conforme a natureza do problema em estudo.

A Análise de Ishikawa é realizada nos seguintes seis passos:

1: Identificar o efeito a ser analisado;
2: Definir as etapas do processo
;
3: Colocar as causas primárias
;
4: Preencher as demais causas
;
5: Incubar ideias
;
6: Fazer o plano de análise de causas
.

O diagrama de Ishikawa ilustra com clareza as causas que relacionadas afetam a qualidade de um produto ou serviço. Em consequência, a Análise de Ishikawa pode ser empregada para ações de aprendizagem, como guia de discussão, para coleta de informações e para conhecimento do nível de tecnologia de um grupo de trabalho.



Unidade 2 Módulo 3
Tela 10
Análise de Valores

1 - Funções de um Produto

Para se aumentar o valor real de um produto para o cliente, pode-se utilizar uma técnica denominada Análise de Valores. A Análise de Valores está fundada na análise das funções do produto. Esta análise pode ser realizada com o objetivo de se obter uma redução de custo, resolver algum problema existente, etc., sempre preservando ou aumentando a qualidade.

A análise de valores é feita de uma maneira ordenada, obedecendo a uma metodologia específica, por um grupo multifuncional, representando todos os setores da empresa.



Tela 11
Análise de Valores

As funções de um produto são os usos para os quais este produto é feito ou destinado.

Para descrever cada função, se usa um verbo e um substantivo, por exemplo, "produzir luz" define a função de uma lâmpada elétrica.

Existe uma limitação: o verbo não pode ser um verbo de ligação, pois neste caso seria descrita uma característica do produto e não uma função, por exemplo, "ser transparente".



Tela 12
Análise de Valores

As funções de um produto são classificadas em dois tipos:

Função de uso: é a tarefa técnica de desempenho do produto. Para uma lâmpada, por exemplo, a função de uso seria "produzir luz".

Função de estima: está ligada aos fatores motivacionais de compra, que provocam o desejo de aquisição.



Tela 13
Análise de Valores

As funções são também classificadas em três classes: básica, auxiliar e desnecessária.

A função básica é aquela para a qual o objeto é comprado ou fabricado. Para a lâmpada, seria "produzir luz".

A função auxiliar é a que permite a existência da função básica, como "segurar filamento" ou adicionar valor ao objeto, como "dar atratividade".

A função desnecessária é uma tarefa desempenhada pelo produto que não tem valor nenhum para o usuário e que o fabricante não precisa realizar para obter a função básica.



Tela 14
Análise de Valores

Identificar as funções desnecessárias e eliminá-las é a primeira tarefa da Análise de Valores, pois elas estão associadas a custos que devem ser eliminados. Um processo, quando analisado por esta metodologia, mostrará inúmeras funções que são desnecessárias sob o ponto de vista do cliente. São funções que foram incluídas no passado empiricamente, tentando resolver algum problema, que talvez ainda continue existindo.

Identificar e classificar todas as funções de um produto ou processo e estabelecer como o custo está distribuído entre elas, é a mais importante etapa da Análise de Valores.



Tela 15
Análise de Valores

2 - Fases da Análise de Valores

A Análise de Valores obedece a um plano de trabalho constituído de cinco fases: coleta de dados; análise de dados; procura de alternativas; julgamento; estudo de viabilidade.



É a fase na qual o facilitador do grupo deve coletar e manter disponíveis todas as informações referentes ao produto ou processo que vai ser examinado.



Nesta fase de análise, os dados disponíveis são analisados pelo grupo multidisciplinar, com o objetivo de familiarizar todos os participantes com os vários aspetos do produto em análise.

Processa-se a descrição de todas as funções que o produto desempenha com o levantamento dos respectivos custos. Determinam-se as funções desnecessárias que podem ser eliminadas, e as funções que devem ser otimizadas.

A análise dos dados é desenvolvida nos seguintes passos:

a) Determinar a função básica do produto
b) Determinar as funções auxiliares que tornam o produto aceitável do ponto de vista do cliente
c) Aplicar a lógica do "Como?" e do "Por quê?", usando o ponto de vista do cliente, para determinar as funções necessárias para realizar a função básica e auxiliares.
d) Alocar o custo do produto, distribuído pelas diversas funções.
e) Consultar os clientes, a fim de determinar sua aceitação, e aplicá-la às funções.

Examinando fisicamente o produto em todos os seus ângulos, apalpando, montando, desmontando, torcendo, estudando os desenhos técnicos, os catálogos etc., vão surgindo perguntas. Para estas perguntas é preciso procurar respostas que devem ser expressas por um verbo e um substantivo, as quais serão as funções do produto. Um produto composto deve ser desmembrado em seus componentes, que serão analisados como se fossem produtos independentes. Ao final desta fase, o grupo terá então elaborado uma lista extensa com todas as funções do objeto e de seus componentes.




Uma vez determinadas as funções que devem ser otimizadas, seja relativo ao custo ou ao desempenho, passa-se à procura de alternativas para estas funções. Para isso utilizam-se os processos de criatividade em grupo, partindo da pergunta: "Como podemos executar esta função de forma mais barata ou melhor?"



O grupo passa para a fase de julgamento das alternativas geradas na fase anterior. Seleciona as que melhor poderão atender aos objetivos, comparando cada alternativa com as exigências do projeto, do mercado, de custos, etc.



O grupo prepara um estudo de viabilidade técnica, econômica e mercadológica para cada uma das alternativas selecionadas na fase anterior. Dependendo do resultado, o grupo poderá então encaminhar aos setores competentes uma ou mais propostas para estudo final de implantação.



Tela 16
Análise de Valores

Resumo

A Análise de Valores funda-se na análise das funções de um produto. Pode ser realizada com o objetivo de se obter uma redução de custo ou resolver algum problema existente, sempre preservando ou melhorando a qualidade. É realizada de maneira ordenada, obedecendo a uma metodologia específica, por um grupo multifuncional, representando todos os setores da empresa.

As funções de um produto são os usos para os quais este produto é feito ou destinado. As funções são classificadas em Função de uso e Função de estima e ainda em três classes: função básica, função auxiliar e função desnecessária.

A Análise de Valores obedece a um plano de trabalho constituído de cinco fases: coleta de dados; análise de dados; procura de alternativas; julgamento; estudo de viabilidade.



Unidade 2 Módulo 4
Tela 17
Roteiro das Melhorias

1 - Fases do Roteiro de Melhorias

Duas melhorias nunca são idênticas, e a maneira de implementá-las é também diferente. O Roteiro da Melhoria é um instrumento que ajuda a determinar por onde começar. Indica também qual a melhor sequência a seguir na implantação de uma melhoria. Esse roteiro é composto de duas fases:

Fase 1 - Determinação das causas:

Fase 2- Eliminação das Causas: (Plano de análise de causas)



Tela 18
Roteiro das Melhorias

Fase 1 - Determinação das causas

a) Escolher a melhoria

O grupo seleciona uma situação existente que pretenda melhorar. Esta situação pode ser o resultado de diversos problemas com os quais a organização já se habituou a conviver. Para resolver esta situação, emprega-se o brainstorming ou qualquer outra das técnicas de gerar ideias criativas. A situação atual e o objetivo previsto devem ser quantificados para o grupo saber "quando" este objetivo foi atingido. Convém ter cuidado para não fixar metas irreais.

Exemplo:>



Um grupo multidisciplinar de um determinado órgão federal, utilizando o brainstorming, levantou cerca de 20 melhorias que podem ser implementadas na sua organização. Após várias votações, selecionam a melhoria desejada na área do protocolo: a melhoria mais votada foi reduzir 30% do tempo necessário em processo de aposentadoria.



Tela 19
Roteiro das Melhorias

b) Identificar o efeito a ser analisado

O grupo deve determinar qual o primeiro efeito a ser analisado. Com a aplicação do Gráfico de Pareto, levantam-se os efeitos prejudiciais à melhoria pretendida, classificados por ordem de importância. O efeito principal constitui o primeiro a ser estudado. A situação atual do efeito a analisar deverá ser bem estudada pelo grupo: Como este processo funciona? O que é realizado? Onde ele é feito? Quando ele é realizado? Por que ele é feito desta maneira?



Tela 20
Roteiro das Melhorias

Os membros do grupo devem estudar todas as especificações e todo e qualquer dado disponível sobre tal efeito. Todos os membros do grupo devem ver pessoalmente o processo em operação, se ele não for totalmente conhecido deles.

Exemplo:



Um grupo de qualidade irá fazer um acompanhamento de um documento. É feito um fluxograma do processo desde sua entrada em uma cidade do país até a publicação da portaria. Esta publicação é feita no Diário Oficial. O grupo examina todos os processos de aposentadoria dos últimos meses. Uma folha de verificação é desenhada para coletar estes dados. Pelo Gráfico de Pareto, verifica-se qual o setor da organização é responsável pela maior demora no andamento do processo.




Tela 21
Roteiro das Melhorias

c) Descobrir as causas

O grupo deve analisar as relações entre o efeito e suas causas. Só assim serão identificadas as causas primordiais que ocasionam aquele efeito. Para isto, constrói-se um Diagrama de Ishikawa. Geralmente, a construção deste diagrama acarreta a necessidade de diversas reuniões. É de extrema importância que as causas indicadas no diagrama indiquem a verdadeira relação entre elas. A inter-relação entre as causas é a chave na procura das causas reais de um efeito.



Tela 22
Roteiro das Melhorias

Ao terminar o diagrama, o grupo investiga cada uma das causas. Assim, o grupo determinará qual delas poderá ter influência sobre o efeito em estudo. As causas mais importantes serão assinaladas no diagrama. A seguir, o grupo prepara o Plano de Análise de Causas. Neste plano, são relacionadas as causas mais prováveis com a maneira de se verificar cada uma delas. O responsável pela coleta de dados tem o nome escrito no Plano. Às vezes, cumpre solicitar o auxilio de outras áreas da organização, o que será feito pelo chefe imediato do grupo.

O grupo utiliza tabelas, gráficos e histogramas para examinar os dados referentes às causas consideradas. Vamos classificar as causas. Abandonaremos as não pertinentes ao efeito e corrigiremos as causas pertinentes.

Exemplo:



O grupo faz a Análise de Ishikawa, tendo como efeito: "O que pode ocasionar atraso no setor X". O trabalho do Setor X é dividido nas suas diversas etapas e cada uma delas examinada pelos 4Ms. Quando o diagrama é concluído, são selecionadas as causas mais prováveis.



Tela 23
Roteiro das Melhorias

2 - Plano de Análise de Causas

Com os dados disponíveis, pode-se elaborar o Plano de Análise de Causas. Já verificamos cada causa e vamos agora eliminar as causas pertinentes. Suponha-se que foram confirmadas as seguintes causas: parte de um formulário que provoca muitos pedidos de esclarecimentos e sobrecarga do funcionário.

Determinar as ações: As ações corretivas para eliminar causas pertinentes ao problema devem ser determinadas pelo grupo. Para isso, usa-se a técnica do brainstorming ou ferramenta similar. O grupo deve ficar atento à previsão de novos problemas, trazidos à operação atual pelas ações corretivas.

Exemplo:



Os membros do grupo utilizam uma reunião criativa para determinar como eliminar as causas pertinentes. O jeito é redesenhar o formulário! E deslocar um dos funcionários de uma atividade folgada para a sobrecarregada.



Tela 24
Roteiro das Melhorias

Elaborar o plano de implantação: No caso de ações corretivas simples, o grupo planeja essas ações por escrito, ponderando para que todos os membros entendam e aprovem este plano. Estas ações foram propostas. Todos entenderam e aprovam este plano?

Todo plano de implantação bem feito deverá responder a estas sete perguntas: O que deve ser feito? Por que deve ser feito? Por quem deve ser feito? Quem o fará? Onde será feito? Como será feito? E Quanto custará?

No caso de ações corretivas complexas, pode-se necessitar do auxílio de outras áreas da empresa para planejá-las e, talvez, para implantá-las.

Exemplo:



Um grupo redige um Plano de Implantação com as duas providências indicadas, mostrando como elas podem resolver o problema. O plano é então enviado ao chefe do grupo para conseguir a devida aprovação.



Tela 25
Roteiro das Melhorias

Realizar a implantação: O fato de o grupo levar alguns meses para localizar as causas principais de um determinado efeito, analisar essas causas, fazer um bom plano para eliminá-las, e esse plano ficar na gaveta do chefe imediato, constitui perda de tempo e desmotivação. É importante que a implantação obedeça ao plano original do grupo, a fim de eliminar as verdadeiras causas.

Exemplo:



A partir de hoje iremos implantar no setor X , as providências indicadas pelo nosso grupo.



Tela 26
Roteiro das Melhorias

Verificar os resultados: Após a implantação das ações corretivas, o grupo deverá verificar as consequências provocadas no efeito em estudo. Nesta fase, utilizam-se as tabelas, Análise de Pareto, gráficos e histogramas. Esses instrumentos são necessários para se obter os resultados. Se as providências que foram implantadas não satisfizerem o objetivo fixado inicialmente, o grupo deverá voltar ao Gráfico de Pareto e escolher o próximo efeito para estudo e correção. Este processo continua até que seja atingida a meta fixada pelo grupo.

Exemplo:



Realiza-se o monitoramento do processo do setor em estudo. O objetivo é avaliar a redução de tempo provocada pelo projeto implementado. Se a redução for superior aos 30% estabelecidos pelo grupo, o projeto é dado por concluído. Em caso negativo o Gráfico de Pareto indica qual o novo setor da organização deverá ser estudado pelo grupo. O grupo, então, irá realizar um trabalho semelhante para este novo setor. O tempo foi reduzido em apenas 5%.



Tela 27
Roteiro das Melhorias

Padronizar as alterações: Ao conseguir o objetivo fixado inicialmente, o grupo providenciará a padronização das medidas implantadas. É a empresa que padroniza estas medidas. O grupo só deve dar-se por satisfeito quando receber cópia das normas com as respectivas alterações por ele proposta, com base nas sugestões que resolveram o efeito estudado.

Quando esta melhoria for implantada o grupo estará em condições de escolher outra melhoria, iniciando novo projeto. Este trabalho deve ser contínuo, pois proporciona aos participantes satisfação profissional.



Tela 28
Roteiro das Melhorias

Resumo

Sabe-se que duas melhorias nunca são idênticas e que a implementação delas é também diferente. O Roteiro da Melhoria é um instrumento que ajuda a determinar por onde começar e qual a melhor sequência a seguir na implantação de uma melhoria. Esse roteiro é composto de duas fases:

Determinação das causas e Eliminação das Causas

Na primeira fase o grupo seleciona uma situação existente que pretenda melhorar empregando o brainstorming ou qualquer outra técnica de gerar ideias criativas; identifica o efeito principal, o primeiro a ser estudado, analisando o processo envolvido nesse efeito. Em seguida, o grupo analisa as relações entre o efeito e as causas, utilizando o Diagrama de Ishikawa e outras técnicas, para descobrir as causas que provocam aquele efeito.

Na segunda fase, com os dados coletados, é possível elaborar o Plano de Análise de Causas, determinando as ações corretivas. Em seguida, o grupo elabora o plano de implantação, realiza esse plano, verifica os resultados e providencia a padronização das alterações junto aos órgãos de direção.