| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
1 – Localização, Infraestrutura, Política de Pessoal e Ciclo de Vida do Produto Localização e infraestrutura - A localização e a infraestrutura também são itens que integram a caracterização geral da empresa. O estudo da localização deve levar em conta questões como:
|
|
|
Tela 2 |
| De
acordo com o tipo de negócio, outras questões podem ser levantadas.
Empresas de comércio, de serviços e industriais terão
preocupações maiores com este ou aquele item.
Por exemplo, uma empresa comercial estará mais preocupada com o padrão de gastos na região em que será instalada. A empresa de prestação de serviços a domicílio pode estar mais interessada na rede viária em boas condições, pois ela reduzirá os gastos com a manutenção dos veículos e o tempo para deslocamento até o cliente. Para o analista e para o próprio empreendedor,
a localização pode ser item decisivo acerca da viabilidade
do negócio. A empresa que utiliza mão-de-obra especializada
precisa levar isso em conta na sua localização. Situar-se
em região onde não há disponibilidade pode inviabilizar
o negócio antes mesmo de falar-se em investimento. As considerações de infraestrutura podem
ter os mesmos efeitos: a pequena empresa que identificou oportunidade
de negócios, na Internet, precisa verificar se a localização
escolhida oferece as condições de acesso à rede que
ele irá demandar: provedores de banda larga que maximizam o volume
e a velocidade das informações, acesso à rede telefônica,
instalações elétricas compatíveis e assim
por diante. |
|
|
Tela 3 |
|
| Registros
e seguros - Muitas oportunidades de negócios estão
baseadas em inovação: novo produto, novo serviço, nova
utilização para produto existente ou nova forma de prestar
serviço. Nesses casos, a viabilidade do negócio estará
condicionada ao registro da inovação, que é a garantia
legal da exclusividade.
Em outros casos, o sucesso do novo negócio baseia-se na confiabilidade da marca; o registro dela é cuidado essencial ao êxito do negócio. Esses registros devem ser mencionados na caracterização da empresa. Do mesmo modo, a crescente onda de insegurança que vivemos aumentou o significado dos seguros contra roubo de equipamentos ou depredação de instalações, além dos tradicionais seguros contra-incêndio. Equipe gerencial - A apresentação
da equipe
gerencial é fundamento relevante do plano de negócio.
Há crescente preocupação dos analistas em verificar
a consistência dessa equipe.
Muitos autores relatam depoimentos de analistas
de plano de negócios que caminham numa só direção:
mesmo que várias previsões do plano não se confirmem,
a equipe gerencial experiente e qualificada saberá reconduzir o
negócio para o rumo correto. Por outro lado, mesmo que as condições
previstas se confirmem, gestores inexperientes podem conduzir o negócio
ao fracasso. |
|
Tela 4 |
Cópia do currículo dos gestores deve integrar os anexos do plano, relatando as principais realizações de cada um e do papel que terá no novo negócio. Pode-se incluir organograma da empresa, demonstrando sua estrutura hierárquica. Quanto às empresas já existentes, o relato pode ser facilitado pelo histórico dela, embora enfatizando o perfil da equipe que efetivamente atuará no negócio proposto. Para empresas
nascentes, a descrição pode ser absolutamente decisiva para
todo o plano do negócio. Por melhor que seja a oportunidade identificada
pelo empreendedor, ele deve procurar associar-se a gestores experientes,
respeitados no ramo em que pretende atuar, sob pena de que sua proposta
não seja levada a sério. |
|
|
Tela 5 |
| Política
de gestão de pessoas
Do mesmo modo que a preocupação com a equipe gerencial tem sido destacada pelos analistas de planos de negócios, ganha destaque a preocupação com a política de gestão de pessoas da empresa que pretende explorar a oportunidade descrita.
Para muitos empreendimentos, o sucesso do negócio está associado à mão de obra especializada ou à atendimento diferenciado do cliente capaz de identificar especificidades e solucionar de imediato os problemas. A tendência de mercado precisa ser prevista e manter correspondência com a política de gestão de pessoas, que envolve treinamento e elementos de motivação, participação nos resultados, possibilidade de ascensão profissional e bom ambiente de trabalho. Mesmo que o novo negócio esteja sendo iniciado por empresa muito pequena, talvez composta apenas por seus sócios, essa política será necessária quando ela atingir o crescimento esperado e, muitas vezes, alardeado no plano. Assim, desde logo, tal política deve ser prevista, ao menos em seus princípios fundamentais. |
|
|
Tela 6 |
| Ciclo
de vida do produto ou serviço
Ao descrever seu produto, o empreendedor deve esclarecer quanto ao estágio em que o produto ou serviço se encontra. Segundo Dornelas (2001), há quatro situações típicas:
Cada
um desses estágios indica uma relação entre os custos
de comercialização e o volume de vendas. |
|
|
Tela 7 |
| 1)
Assim, no lançamento, os custos de comercialização
tendem a ser muito altos, pois é necessário investir recursos
na divulgação do produto ou serviço e o volume de vendas
ainda é baixo.
2) A fase de crescimento vivencia o aumento do volume de vendas, quando os custos de comercialização se estabilizam porque os clientes já conhecem o produto, passa-se a experimentar um período de lucros crescentes. 3) Na maturidade, o volume de vendas cresce menos e são necessários novos investimentos para a comercialização, a fim de estabilizar a lucratividade. 4) No período de declínio, o volume de vendas cai e o produto ou serviço tende a ser extinto; os custos de colocação dele no mercado já não permitem a obtenção de lucros. Os estágios do ciclo de vida não devem ser
analisados do ponto de vista da empresa, mas do negócio. A empresa
start-up pode estar propondo um produto que se encontra no estágio
de maturidade. Ele terá que mostrar, na sua estratégia e
no seu plano de marketing, como pretende superar a tendência
ao declínio e, assim, viabilizar o negócio. Note que, em
função dos custos envolvidos no processo de comercialização
e das receitas previstas com vendas, identificar o estágio do produto
ou serviço terá repercussões, ainda, no plano financeiro |
|
|
Tela 8 |
| Inovação
e perspectivas de evolução do produto ou serviço
Quando o negócio se baseia em produto ou serviço
inovador, obviamente a classificação é de estágio
de lançamento. São fundamentais as perspectivas de evolução
do produto ou serviço. Independente do estágio em que esteja,
é necessário apresentar avaliação de como
o produto e/ou serviço ofertado se posiciona tecnologicamente em
relação à concorrência, e como ele evoluirá.
É fundamental ter em conta que, ao ser suprida uma necessidade
do consumidor, outras poderão surgir e é preciso demonstrar,
então, que a empresa possui planejamento para se manter atualizada
e não perder espaço para os concorrentes. Sem dúvida,
a questão será avaliada com muita atenção
por investidores ou sócios potenciais do negócio. |
|
|
Tela 9 |
Custos envolvidos e indicadores operacionais - O processo operacional envolve uma série de custos que devem ser demonstrados. Todos, sem exceção.
Em cada negócio, os custos envolvidos podem ser diferentes. Entretanto, de forma geral, os principais custos a serem apresentados são:
|
|
|
Tela 10 |
Outros elementos importantes do processo operacional devem ser indicados, eles serão utilizados como parâmetros no plano financeiro, tais como:
Estes últimos indicadores são especialmente complexos de ser definidos, quando se trata da prestação de serviços. No caso, um dos parâmetros mais relevantes a observar é o número de reclamações recebidas em determinado período. Mesmo assim, com algum esforço e em conjunto com a equipe que opera o negócio, é possível definir parâmetros de qualidade que se tornem referência para a qualidade do processo. Parceiros do negócio - Já foram examinadas as implicações do mercado “hiperdimensionado” em que convivem as empresas e que podem influenciar o desenvolvimento de novos negócios. Convém lembrar, também, o fato de as empresas serem crescentemente mistas, pois precisam combinar atividades de vários ramos da economia, como indústria, comércio e serviço, para que possam agregar valor a seus clientes, razão de ser do negócio. As duas considerações,
por sua vez, permitem concluir que está cada vez mais difícil
imaginar que uma empresa, sozinha, consiga atender com eficiência
e eficácia todas as etapas do seu processo operacional. |
|
|
Tela 11 |
| Emerge,
assim, com toda força, a necessidade de estabelecerem-se parcerias.
A necessidade de parcerias não é requisito
apenas para novas empresas. A General Motors desenvolveu todo um novo
sistema de produção baseado em seus parceiros. Em suas novas
fábricas, a General Motors é responsável somente
pela montagem final dos componentes que resultam no produto, o automóvel.
Tal estratégia, baseada em confiança e reciprocidade no trato com os fornecedores, fez com que a General Motors reassumisse o posto de líder mundial entre as montadoras de automóveis. Se um gigante dos automóveis atentou para referidos aspectos, é de imaginar-se que deve inspirar quem está iniciando um novo negócio. Esse momento do plano de negócios, ao encerrar-se
a descrição da empresa, é reservado justamente para
que o empreendedor apresente as parcerias que já possui ou irá
desenvolver para explorar sua oportunidade de negócio. |
|
|
Tela 12 |
|
2
– Layout ou Arranjo Físico
Para que a organização tenha layout ou arranjo físico adequado, faz-se necessário a contratação de profissional qualificado. Caso isso não seja possível, faça você um esquema de distribuição das áreas da empresa. |
|
Tela 13 |
3 – Capacidade Produtiva e/ou Comercial A capacidade
instalada da empresa deve ser estimada com base no volume de produção
para atividades que evolvem a fabricação de produtos, e
no volume de operações quando se tratar de serviços.
A empresa deverá avaliar o quanto pode ser produzido ou quantos
clientes podem ser atendidos com a estrutura proposta, para novas empresas,
ou ainda, em caso de empresa existente, a avaliação deverá
ser com base na estrutura atual.
Deve-se considerar ainda, as oscilações de mercado (sazonalidade), que normalmente ocorre no segmento da atividade econômica que irá atuar. Empresa
existente
|
|
|
Tela 14 |
| Assim, é possível avaliar o nível de ocupação, ou seja, o quanto a empresa utilizará da capacidade instalada. Veja exemplo a seguir: Capacidade de produção e nível de ocupação
_________
b) No comércio:
c) Em serviços:
Em todos os casos, a análise deverá observar o tempo disponível para a realização da atividade, bem como o tempo gasto para a execução da mesma. |
|
|
Tela 15 |
|
|
4 – Processo de Produção e/ou de Comercialização Produtos e Serviços: processo operacional Nesse aspecto
o plano tem o objetivo de detalhar os produtos e serviços que o
novo empreendimento (empresa ou unidade de negócios) pretende oferecer.
A descrição não requer que o autor do plano entre
em pormenores de engenharia ou tecnologia; mas deve ser capaz de fornecer
ao leitor a noção exata de todas as características
do produto e/ou serviço. No caso dos
produtos, a descrição do processo operacional implica em
descrição de todo o processo produtivo, desde a escolha
das matérias-primas e seus fornecedores, da armazenagem da mesma,
passando pelo processo de transformação em si, descrevendo
os controles de qualidade que serão implementados, até chegar,
ao produto final e a sua forma de comercialização e distribuição. |
|
Tela 16 |
|
Resumo O plano operacional
da empresa deve iniciar pela avaliação da localização,
infraestrutura, registros, seguros, equipe gerencial, quadro de mão
de obra, ciclo de vida do produto, aspectos de inovação
e parceiros do negócio. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 17 |
| 1
- A importância do plano financeiro
Até este ponto da elaboração do plano de negócios, tivemos oportunidade de tratar de um conjunto de elementos que compuseram a descrição de uma oportunidade de negócio e de como ela poderia ser explorada. Para tanto, após analisarmos o processo de definição do negócio, descrevemos como seria estruturada a organização que irá conduzi-lo. Expusemos, ainda, as condições do mercado onde a empresa pretende atuar. Com base nestas considerações, passamos à definição de como a empresa pretende atuar estrategicamente e qual o seu plano de marketing para transformar a oportunidade identificada em uma realidade. Chegamos, agora, à seção geralmente considerada como a mais complexa pela maioria dos empreendedores. Isto é compreensível. Já abordamos, em outros momentos, a dificuldade pela qual passam vários empreendedores de formalizar seus planos que, de forma tácita, estão para eles tão óbvios e cujos resultados positivos são inevitáveis. Se esta dificuldade aparece na necessidade de descrição dos planos, imagine colocá-los em números e submetê-los a um conjunto de cálculos de avaliação.
Mas não
deveria ser assim. O plano financeiro vem, neste ponto,
consolidar o plano de negócio. Assim, é simplesmente a consequência
lógica das seções anteriores, a expressão
numérica dos argumentos colocados. Em outras palavras, tudo o que
até aqui foi proposto pelo empreendedor terá, agora, que
demonstrar sua viabilidade. |
|
|
Tela 18 |
Primeiramente, significa apresentar ao analista do plano, seja ele um financiador ou um investidor, quais os investimentos necessários para o start-up, ou seja, para o início do novo empreendimento, e qual o retorno, e em que tempo que esses investimentos podem oferecer retorno.
Mas a
viabilidade não é só a exposição de
números e indicadores palatáveis. Há um segundo aspecto,
mais sutil, subjetivo, que é a capacidade do empreendedor de conduzir
este plano. Isto será avaliado, em grande medida, pela adequação
dos dados apresentados que serão uma importante manifestação
do conhecimento do empreendedor sobre o negócio. |
|
|
Tela 19 |
A utilidade do plano financeiro, no entanto, não se restringe à análise de viabilidade, mas esta, quando adequadamente apresentada, pode torná-lo um excelente instrumento para atração de novos investidores ou para a obtenção de financiamentos. Mais do que isso, o plano financeiro pode ser uma importante ferramenta de gerenciamento. Em novas empresas, ele pode ser a base do orçamento operacional, ou seja, aquele que será utilizado no dia a dia do novo negócio. Em empresas já atuantes, ele deverá ser incorporado ao orçamento em operação, somando-se, assim, aos outros instrumentos utilizados na gestão financeira da empresa. Além disso,
os indicadores produzidos pelo plano financeiro, ao serem divulgados internamente,
servem como um parâmetro da atuação cotidiana e forma
de catalisar os esforços de todos os colaboradores para que se
atinjam os valores esperados quando da projeção do negócio. |
|
|
Tela 20 |
Segundo Siegel et al, 1996 , a elaboração do plano financeiro deve seguir algumas diretrizes fundamentais, quais sejam:
Quando se trata de uma empresa já em atividade, devem-se utilizar os dados das demonstrações contábeis dos anos anteriores, preferencialmente auditados. Alguns analistas podem requerer os dados dos últimos cinco anos da empresa. Quando se trata de uma empresa nascente, obviamente, não há histórico a ser analisado. Isto implica que todos os dados utilizados no plano financeiro são resultantes de estimativas. Este é um ponto sensível do plano. Muitos empreendedores tendem a transpor seu otimismo com a oportunidade identificada para os números. Neste aspecto, os analistas são bastante criteriosos e a constatação de que os dados estejam distantes da realidade do setor em que o empreendedor está se lançando podem fazer com que toda a credibilidade do plano seja posta em xeque. Assim, o plano financeiro
deve contar com fontes de dados absolutamente confiáveis. Isto
pode ser obtido com a busca dos dados junto a entidades de classe, estudos
setoriais ou mesmo com outros empreendedores atuantes no mesmo mercado.
É fundamental, ainda, que os dados apresentados estejam contextualizados,
ou seja, que as projeções da empresa sejam comparadas com
os dados do setor para que fique claro ao analista o potencial do empreendimento
apresentado em relação aos existentes no mercado. |
|
|
Tela 21 |
Em várias seções do plano, são informados projeções e gastos que são relevantes para o plano financeiro. Muitas vezes, no afã de que os indicadores econômico-financeiros apresentem resultados atrativos ou acima da média, o empreendedor cai na tentação de construir um plano financeiro independente, sem relação com as demais seções do plano.
|
|
|
Tela 22 |
Na descrição da empresa, mencionamos a necessidade de detalhamento do processo operacional. De lá devem ser extraídos os custos de produção ou de prestação de um serviço, além dos investimentos necessários para aquisição de máquinas, equipamentos e mobiliários para as instalações da operação. No plano de marketing, outras informações relevantes estão presentes. A estratégia de marketing indicará os gastos com a comunicação da empresa (publicidade e propaganda), sua política de preços e promoções são elementos fundamentais para as estimativas de receita e, por fim, a projeção de vendas é a base de toda a elaboração da principal ferramenta financeira de um novo empreendimento: a elaboração do fluxo de caixa. Portanto, a consistência do plano financeiro coloca em jogo não apenas a análise desta seção, mas de tudo o que foi apresentado no plano de negócio e a própria capacidade do empreendedor e de sua equipe. Cenários
alternativos: o plano financeiro, como já podemos observar,
é recheado de elementos subjetivos. Todas as projeções
e indicadores, objetivamente calculados, são resultados de hipóteses
formuladas pelo empreendedor sobre o comportamento do mercado em que vai
atuar. Assim, uma das críticas que pode ser feita a um plano financeiro
reside na aderência de seus pressupostos aos resultados esperados,
em média, pelos analistas de mercado e outros empreendedores do
setor. |
|
|
Tela 23 |
O plano financeiro deve, portanto, estar dotado de um antídoto para esta crítica, qual seja, a construção de cenários alternativos para o planejamento financeiro. Não há um número predeterminado de cenários, entretanto, recomenda-se que sejam apresentados pelo menos dois tipos:
Com esses
cenários, o empreendedor estará mantendo a difícil
combinação que deve ser buscada ao longo de todo o plano
entre profissionalismo e otimismo, entre a necessidade de demonstrar o
conhecimento empresarial necessário para conduzir o empreendimento
e as vantagens da oportunidade identificada. |
|
|
Tela 24 |
Atualização periódica: A última diretriz diz respeito, por um lado, ao papel do plano de negócio como instrumento de gerenciamento do novo empreendimento, seja uma nova empresa, seja um novo negócio em uma empresa já existente. Por outro, as alterações mercadológicas podem alterar projeções integrantes do plano. Em ambos os casos, o plano financeiro deve ser constantemente atualizado.
Caso o negócio já esteja em operação, à medida que os dados reais vão sendo contabilizados, eles devem substituir os projetados e servir como parâmetros para o redimensionamento das projeções. A comparação entre previsto e realizado serve de medida do bom andamento do negócio. Mesmo que o negócio ainda não esteja operando, é preciso ter em conta que, muitas vezes, um plano de negócio pode ficar longos períodos em análise. Mesmo já tendo sido apresentado o plano, o empreendedor deve procurar atualizá-lo com as novas informações que o contexto mercadológico vai apresentando. Isto demonstra sua capacidade de acompanhamento do ambiente competitivo, reforçando a credibilidade do plano, mesmo que novos dados possam piorar algumas estimativas. |
|
|
Tela 25 |
2 - Estrutura do plano financeiro O plano financeiro deve iniciar com a apresentação dos principais pressupostos em que se basearam as projeções que serão expostas. Opcionalmente as premissas podem ser apresentadas ao longo do plano, antecedendo a projeção a que se refere. O usual, aqui, é apresentar as premissas gerais do plano no início e as que se relacionam com um ou outro indicador específico são apresentadas junto a ele. Uma premissa deve estar relacionada à outra. Lembre-se as premissas estão já expressas em muitos momentos do plano. E embora elas devam ser justificadas mais ou menos de acordo com o interesse do público-alvo do plano, em geral, as premissas mais importantes são (SIEGEL et al., 1996):
|
|
|
Tela 26 |
A. Fontes e aplicações dos fundos De acordo com Bangs (2002), estas informações são necessárias para propostas de financiamento, mas também são úteis para os empresários. Obs. As informações aqui apresentadas aparecerão nas projeções do fluxo de caixa. Um modelo
de descrição de fontes e aplicações de recursos
financeiros:
|
|
|
Tela 27 |
|
B. Lista de bens de capital Bangs (2002) reforça que é importante que um plano de negócios tenha uma lista de Bens de capital para ajudar a manter o controle sobre os bens depreciáveis para fins de seguro, evitando assim que suas reservas para substituição de equipamentos básicos tornem-se insuficientes (ou para serem utilizadas como caixa 2) e para auxiliar na criação de um orçamento de custos. Exemplos de bens de capital são móveis e máquinas de escritório, instalações da loja, maquinário utilizado para fazer ou entregar produtos e veículos de entrega. Nenhum desses equipamentos tem previsão de desgaste antes de muitos anos. Esses bens são depreciáveis. Depreciação é expressa como “despesas de depreciação” no demonstrativo de receitas e serve para proteger as receitas dos impostos, de forma a poder substituir o equipamento na medida do necessário. |
|
Tela 28 |
Exemplo de Lista de Bens de Capital Obs. Não foi feito nenhum abatimento por depreciação, por tratar-se de um novo negócio. Caso contrário, constaria em uma coluna para depreciação acumulada, de forma que o valor depreciado do Bem de Capital poderia ser apresentado. EMPRESA XYZ LTDA.
Obs. Quando
for o caso, adicione imposto sobre vendas e custos de instalação
sobre o custo ou a lista de preços. |
|
|
Tela 29 |
C.
Balanço Patrimonial |
|
|
Tela 30 |
|
|
Para o cálculo do ponto de equilíbrio, o autor recomenda fazer estimativas cautelosas, utilizando-se de volume de vendas e margem um tanto pessimistas, e exagerar um pouco seus custos esperados. A fórmula básica do ponto de equilíbrio é: V=CF + CV V=
nível do ponto de equilíbrio de vendas em reais Quando você quiser calcular o ponto de equilíbrio e souber que margem bruta (lucro sobre vendas) esperar em termos de percentual das vendas, utilize a seguinte fórmula: V = CF / MB MB= Margem bruta, definida como porcentagem de venda Obs.
Caso o empresário deseje determinar quantas unidades terá
que vender para atingir o ponto de equilíbrio, ele deve simplesmente
dividir o ponto de equilíbrio obtido acima em reais pelo preço
unitário, para obter o número de unidades a serem vendidas. |
|
Tela 31 |
E. Demonstração de resultados e projeções de receitas É
um demonstrativo voltado para a análise do desempenho dos lucros
do empreendimento (SIEGEL et al., 1996). Está fortemente relacionado
com a projeção de vendas e, por isso, é um dos elementos
centrais para a avaliação da consistência do plano.
Deve ser projetado, também, para no mínimo três e
no máximo cinco anos, sendo que nos primeiros dois anos seus dados
devem ser apresentados segundo uma projeção mensal ou trimestral,
bastando, nos anos restantes, uma projeção dos seus valores
anuais. Em muitos casos, é interessante que a demonstração
de resultados seja acompanhada por um quadro de fontes e usos dos recursos,
que irá auxiliar na comparação entre os investimentos
necessários e os resultados esperados. “O
raciocínio que norteia a projeção das receitas é:
desde que a maioria das despesas seja previsível e que as receitas
não flutuem muito drasticamente, o futuro será muito semelhante
ao passado. Se você estiver na fase inicial, procure informações
sobre demonstrativos financeiros e índices de receita das empresas
semelhantes à sua”.(BANGS, 2002, p. 94) |
|
|
Tela 32 |
F.
Análise do fluxo de caixa e projeções “A
projeção do fluxo de caixa procura orçar as necessidades
de dinheiro de uma empresa, mostrando como o dinheiro entrará e
sairá da empresa no decorrer de um determinado período.
O dinheiro entra na empresa através de vendas, cobrança
dos recebíveis, injeção de capital, etc. e sai através
de pagamentos à vista de despesas de todos os tipos.” (BANGS,
2002, p. 107) G.
Registros históricos (para um empreendimento existente) |
|
|
Tela 33 |
| 3
- Primeiros passos
Podemos partir, agora, para a elaboração do plano financeiro. Atentos às diretrizes e à estrutura, devem ser adotados alguns procedimentos práticos. Destacamos, aqui, aqueles indispensáveis:
Segundo Bangs (2002), o primeiro passo em direção ao gerenciamento do negócio para obtenção dos lucros é estabelecer um sistema de escrituração que forneça os dados brutos para os documentos de controle a seguir: balanço, análise do ponto de equilíbrio, informações sobre os rendimentos e análise do fluxo de caixa. Esses documentos serão vistos detalhadamente nesta unidade. O sistema de escrituração da empresa deve ser suficientemente simples para que o empresário ou um funcionário possa mantê-lo atualizado diariamente, com provisões de resumos semanais, mensais, trimestrais e anuais. É importante que esse sistema contenha controle monetário (talão de cheques e uma fita de registro de dinheiro em caixa são parte de seu sistema de escrituração). Os documentos
de controle mencionados anteriormente fornecem a estrutura para o planejamento
da empresa. Usados de forma adequada, funcionam como instrumento orçamentário,
um sistema de alerta precoce, um identificador de problemas e um gerador
de soluções. Esses demonstrativos devem ser usados sistematicamente.
O empresário deve criar o hábito de se dedicar ao menos
algumas horas a cada mês, para analisá-los, assim que o negócio
estiver funcionando. |
|
Tela 34 |
Além desses aspectos, alguns cuidados especiais precisam ser adotados. Em primeiro lugar, embora o plano financeiro possua uma estrutura comum aos vários tipos de empresas, sejam do setor industrial ou de serviços, o mesmo não é verdade para o estilo do plano. Um plano voltado a um potencial investidor deverá enfatizar os itens capazes de demonstrar o retorno possível do investimento, em valores e em prazo. Já um plano destinado a obter financiamento deverá enfatizar a capacidade de pagamento do empréstimo, no prazo e taxa acordados. Para um financiador, a lucratividade é relevante até o ponto em que ela determina a capacidade de pagamento do novo empreendimento. Assim, ao trabalhar a redação do plano, o empreendedor deve saber ressaltar os indicadores financeiros de acordo com o público-alvo do plano de negócio. Em segundo lugar, é preciso atenção redobrada nos planos financeiros de empresas start-up, em especial se elas são inovadoras. Nestes casos, os parâmetros de mercado podem não ser adequados para o empreendimento em questão, elevando a incerteza em relação à precisão das estimativas. É preciso que seja reservado espaço para a justificativa detalhada dos dados que embasam cada projeção. Além disso,
alguns indicadores específicos podem ser agregados. Por exemplo,
uma empresa que sustenta sua oportunidade em um produto inovador deve
demonstrar indicadores dos investimentos e da produtividade de suas atividades
de pesquisa e desenvolvimento, que poderão reduzir as incertezas
do analista em relação às possibilidades de evolução
do negócio em longo prazo. |
|
|
Tela 35 |
Resumo O plano financeiro do novo empreendimento tem como objetivo demonstrar a viabilidade dos planos e ações propostos nas demais seções do plano. Sucintamente podemos dizer que ele consiste em expor aos eventuais analistas do plano quais os investimentos necessários para o start-up, qual o retorno previsto sobre este investimento e em que tempo. Em outras palavras, ainda mais concisas, o plano financeiro consiste em demonstrar a atratividade e a lucratividade do novo empreendimento. Além deste objetivo fundamental, o plano financeiro é uma ferramenta essencial para a implementação do negócio, sendo utilizado como base do orçamento operacional e parâmetro para a atuação de todos na empresa. Para a consecução desses objetivos, o plano deve contar, necessariamente, com dados confiáveis, baseados em resultados da própria empresa, ou, no caso do start-up, do setor em consideração. Em geral a estrutura do plano apresenta os seguintes componentes:
Esses dados, por sua vez, devem ser consistentes com o restante do plano de negócio, em que várias previsões de gastos são mencionadas em diferentes seções. Outro aspecto fundamental é considerar cenários alternativos para o negócio, considerando seus impactos sobre as projeções financeiras realizadas. Por fim,
os dados precisam ser atualizados periodicamente para que o plano não
perca sua funcionalidade. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 3 | Tela 36 |
1 - Demonstrações Financeiras no Plano de Negócios Os demonstrativos contábeis são instrumentos criados para traduzir a situação econômico-financeira das empresas de forma padrão, permitindo sua análise com clareza e, assim, possibilitar comparação objetiva entre empresas. Independentemente das obrigações legais de publicação destes instrumentos, que, via de regra, não atingem as pequenas empresas, a utilidade dos demonstrativos extrapola em muito a exigência legal e tornou-se uma necessidade em toda análise empresarial.
Em todos os casos, a elaboração dos demonstrativos deve estar a cargo de profissional habilitado, o Contador, devidamente registrado no órgão de classe respectivo. Pode ser um funcionário da empresa ou, como é usual em micro e pequenas empresas, um escritório de contabilidade contratado para este serviço. Mais uma
vez fica clara a necessidade de que o plano seja articulado em seu conjunto,
evitando contradições e inconsistências que serão
facilmente identificadas por um analista, abalarão a confiabilidade
de suas proposições e o inviabilizarão como um instrumento
administrativo para o próprio empreendedor. |
|
|
Tela 37 |
2 - Balanço Patrimonial (BP) O balanço patrimonial é um dos principais demonstrativos contábeis. Ele mostra a situação financeira e patrimonial de uma empresa em determinado ponto no tempo, o último dia de um ano de operações, denominado de ano de exercício social, que pode coincidir, ou não, com o último dia de um ano normal. Para cumprir o papel a que se propõe, o balanço patrimonial é divido em três partes:
|
|
Tela 38 |
O ativo e o passivo são subdivididos de acordo com o prazo de disponibilidade ou de exigência de seus itens. O ativo pode ser:
O ativo circulante é integrado por itens como:
O ativo realizável a longo prazo, por sua vez, é constituído por:
O ativo permanente,
também denominado de fixo, é composto por
máquinas, equipamentos, terrenos, prédios e assim por diante.
Podem compor o ativo permanente, as patentes possuídas pela empresa,
algumas vezes classificadas nos livros-texto como ativos intangíveis.
No ativo permanente, devem ser registrados, ainda, os custos decorrentes
da depreciação dos bens, cuja entrada, obviamente, é
negativa. |
|
|
Tela 39 |
O passivo pode ser classificado em circulante e exigível a longo prazo. O Passivo Circulante agrupa as contas referentes às obrigações que deverão ser pagas dentro de um ano (no curto prazo), ou seja, no decorrer do exercício seguinte. Ex: Contas (e/ou duplicatas) a pagar, fornecedores, salários e encargos sociais, impostos e taxas a pagar, impostos a recolher, dividendos a pagar e empréstimos bancários. Já o passível
exigível a longo prazo refere-se às contas relativas às
obrigações da entidade a serem pagas após o exercício
seguinte. Ex: Financiamentos, títulos a pagar e empréstimos
de empresas associadas.
|
|
|
Tela 40 |
A avaliação do ativo e do passivo em suas divisões permite uma melhor compreensão da realidade financeira da empresa. Para uma empresa madura, por exemplo, um ativo permanente elevado é um resultado esperado e uma garantia mesmo que o capital de giro possa estar comprometido, o que será medido pela diferença entre o ativo e o passivo circulante. Já para uma empresa nascente, a necessidade de capital de giro para enfrentar as contingências pode ser tão crítica que um elevado ativo permanente, embora sempre bom, possa ser menos importante. Essas relações ficam mais claras quando estudamos os indicadores financeiros. |
|
|
Tela 41 |
Vejamos um exemplo de balanço patrimonial.
|
|
|
Tela 42 |
No plano de negócio, o balanço patrimonial deve ser apresentado com projeções anuais para o período de no mínimo três e no máximo cinco anos. Recomenda-se que, no caso de empresas já existentes, sejam encaminhados, ainda, os balanços patrimoniais de até cinco anos antes da elaboração do plano. Siegel et al. (1996) advertem para algumas precauções quanto à projeção dos balanços em novas empresas, mais especificamente em relação a pontos observados pelos analistas, tais como:
|
|
|
Tela 43 |
|
|
|
Tela 44 |
| 3
- Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
O demonstrativo de resultados, ou demonstrativo de lucros e perdas, como diz o nome, é uma apresentação dos resultados da empresa em determinado período, com a discriminação das receitas e despesas em que a mesma incorreu e que lhe conduziram ao respectivo resultado. Em relação ao balanço patrimonial, o demonstrativo de resultados apresenta a vantagem de não ser o retrato da situação financeira da empresa apenas em um ponto no tempo, mas, isto sim, do seu desempenho ao longo de todo o período. Em contrapartida, não é suficiente para uma avaliação da evolução histórica da situação patrimonial da empresa. O quadro abaixo apresenta os itens componentes de uma demonstração de resultados padrão:
|
|
|
Tela 45 |
Para ilustrar e fixar a apresentação do demonstrativo de resultados, vamos observar o exemplo abaixo:
No plano
de negócio, a demonstração de resultados deve ser
apresentada com a sua projeção anual para um período
de no mínimo três e no máximo cinco anos. Nos casos de empresas já instaladas, recomenda-se a apresentação do demonstrativo de resultados de até cinco anos antes da elaboração do plano, como subsídio para que o analista avalie os resultados projetados. |
|
|
Tela 46 |
4 - Importância do Fluxo de Caixa O fluxo de
caixa é um dos demonstrativos contábeis que necessariamente
devem integrar o plano de negócios. Muitos autores, para definir o fluxo de caixa, recorrem a uma analogia com o controle que uma pessoa física executa sobre sua conta corrente junto a um banco. Todo mês, esta pessoa acompanha as movimentações de sua conta corrente, verificando o ingresso de recursos (entradas) e efetuando os pagamentos devidos (saídas). Durante o período que intercala uma entrada e outra, a pessoa organiza seus rendimentos para fazer frente às saídas previstas e, se possível, poupar recursos para emergências. Quando o saldo de entradas e saídas se mostra positivo, busca-se uma forma de remuneração do recurso excedente, uma aplicação financeira, por exemplo, que permita, ao menos, a manutenção do poder de compra deste recurso para ser utilizado em outro momento, de acordo com os planos que esta pessoa tem. Não resta dúvida de que essa analogia é absolutamente procedente.
O fluxo de caixa está
para a empresa como o controle de uma conta corrente bancária comum
está para uma pessoa física. A diferença normalmente
encontrada é no volume de transações bem superior
que uma empresa acaba por fazer. |
|
|
Tela 47 |
Vejamos algumas definições de fluxo de caixa para comprovar isto.
Portanto, podemos nos valer da analogia e com base nas definições apresentadas dizer que:
De acordo com o Sebrae, são objetivos do fluxo de caixa:
|
|
|
Tela 48 |
Estas entradas e saídas de caixa, por sua vez, podem ser originadas de três tipos de atividades (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997), quando consideramos apenas o fluxo de caixa operacional: Operações da empresa no novo negócio: são os ingressos e saídas de recursos resultantes das atividades que serão empreendidas pela empresa no novo negócio.
Para Dornelas (2001), as operações podem ser sintetizadas como:
|
|
Tela 49 |
Com base nos registros e projeções, o fluxo de caixa oferece vários elementos para a gestão financeira e para a análise de viabilidade do negócio.
Para a gestão
financeira, o fluxo de caixa permite que o empreendedor visualize pontos
de estrangulamento do caixa, suas maiores despesas, o melhor momento de
efetuar uma aquisição, quando conceder ou não um
desconto para um cliente, a possibilidade de iniciar uma promoção,
parâmetros para a negociação com fornecedores e assim
por diante. |
|
|
Tela 50 |
Os outros demonstrativos, como o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados, não cumprem o papel de auxiliar na análise de viabilidade do negócio. Para um novo empreendimento, a situação patrimonial pode ser um bom indicador da sua potencialidade, mas o fato de o balanço ser um demonstrativo estático, que apresenta a situação em um determinado momento, não permite conclusões maiores sobre a viabilidade do negócio. Algo semelhante ocorre com o demonstrativo de resultados. Embora seja muito mais dinâmico que o Balanço, o demonstrativo de resultados expressa a evolução do lucro em termos contábeis. Isto é, um recebimento devido será contabilizado como tal, mas o dinheiro não estará na conta da empresa. Trabalhar com recursos efetivamente ingressados no caixa ou gastos a partir dele constitui instrumento de gestão bem mais apropriado. |
|
Tela 51 |
Em novos negócios, muitas vezes, a liquidez, isto é, a disponibilidade de recursos no caixa, pode ser muito mais relevante para a viabilidade do que a lucratividade ou o patrimônio. É o caso de muitas empresas inovadoras que não conseguiram se estabelecer. Um produto inovador, em muitas situações, precisa de tempo para ser aceito pelo mercado. Recursos são investidos para que os clientes potenciais usem um protótipo ou conheçam uma versão de demonstração. Embora os lucros potenciais desta empresa possam ser elevadíssimos, ela vai precisar de muitos recursos para sustentar o negócio neste período inicial em que não haverá entradas de caixa. Por maior potencial que muitas empresas apresentaram, o descuido com o fluxo de caixa impediu que este potencial se efetivasse, abortando projetos promissores. Com base nessa constatação, nota-se que efetuar a gestão do fluxo de caixa, do capital de giro, é uma atividade fundamental para o sucesso do novo empreendimento e deve estar prevista no plano de negócio. |
|
|
Tela 52 |
Elaboração do fluxo de caixa Pudemos observar no item anterior quais atividades geram as entradas e saídas que serão contabilizadas e previstas no fluxo de caixa. Agora podemos ver um modelo de fluxo de caixa mensal, projetado para um ano. Fluxo de Caixa Mensal
Obs.: O saldo inicial de caixa é o saldo de caixa do período anterior. |
|
|
Tela 53 |
Como podemos observar, parte das informações necessárias à elaboração do fluxo de caixa podem ser encontradas no demonstrativo de resultados, especialmente a receita com vendas, os custos e despesas do período considerado e as várias medidas do lucro: bruto, operacional e líquido. Entretanto, retomando nossa consideração de que o demonstrativo de resultados trabalha com dados contábeis, ou melhor, dados registrados pelo princípio de competência, ao passo que o fluxo de caixa trabalha com valores que efetivamente passam pelo caixa, a elaboração de um fluxo preciso requer o envolvimento de todos os setores da empresa, alimentando os gestores com as informações pertinentes (PREVIDELLI, 1995). Outros cuidados importantes para a elaboração de um fluxo de caixa: Período adequado de previsão: uma das questões mais debatidas em planos financeiros é a confiabilidade de suas previsões. Nos fluxos de caixa, pelo detalhamento requerido, propor previsões em prazos muito longos pode aumentar a incerteza. Essa situação deve ser equilibrada, portanto, com projeções mensais do fluxo de caixa ao menos para os primeiros dois anos do empreendimento e a apresentação de projeções anuais do fluxo para o terceiro, quarto e quinto ano do empreendimento. Cobertura das operações de caixa: é importante dimensionar um determinado saldo ou posição de caixa em termos do período (dias) de operações de caixa que ele está cobrindo. Isto auxilia na gestão financeira do dia a dia, embora sempre esse dimensionamento possa ser afetado pela capacidade de cobrança dos recebimentos devidos e pela possibilidade de surgirem problemas ou oportunidades imprevistos. Orçamento operacional: o fluxo de caixa deve ser a base do orçamento operacional. Assim, ele deve ser consistente com as atividades previstas e deve, de fato, atuar como um parâmetro para a tomada de decisão. |
|
|
Tela 54 |
Resumo Os demonstrativos
contábeis são instrumentos que sintetizam a situação
econômico-financeira das empresas, de forma padronizada, permitindo
a comparação entre as mesmas.
O Balanço Patrimonial informa a situação financeira e patrimonial de uma empresa em um determinado ponto no tempo. Para cumprir estes objetivos, está dividido em três seções:
O Demonstrativo
dos Resultados do Exercício apresenta os resultados da empresa
ao longo de um determinado período, discriminando as receitas e
despesas em que ela incorreu, permitindo uma visão mais dinâmica
do que a proporcionada pelo Balanço Patrimonial.
Assim como
o Balanço de Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados do Exercício,
o Fluxo de Caixa deve ser projetado para um período de três
a cinco anos, sendo que para projetos de longa maturação
é normal que as projeções sejam efetuadas para períodos
que vão de 10 a 20 anos. |
|
|
| Unidade 3 | Módulo 4 | Tela 55 |
1 - Decisão de investir
Desde a busca de oportunidades, passando pela definição do negócio, até as definições estratégicas e do plano de marketing, tudo está a serviço de uma decisão tomada para realizar um investimento, especificamente, um investimento em um novo negócio.
O investimento
é a variável central para o desenvolvimento econômico. Por isto, está na essência da atividade empreendedora e assume dimensão tão relevante. Isso se reflete, também, no interesse dos analistas de plano de negócios. |
|
|
Tela 56 |
A análise do investimento previsto é o mais debatido e talvez o mais importante item do plano de negócio. Mas o que o novo investimento pode proporcionar? Do ponto de vista econômico-financeiro, um investimento deve atender a três critérios:
Essa tríplice
exigência dificilmente será atendida em sua plenitude por
um negócio específico, por mais promissor que ele seja.
Em geral, os negócios são combinações dessas
características que resultam numa determinada atratividade e lucratividade. |
|
|
Tela 57 |
Um negócio pode ser bastante seguro, embora ofereça um retorno baixo e pouca liquidez. Alternativamente, pode apresentar alta liquidez e rentabilidade excepcional, entretanto, seus riscos podem ser bastante preocupantes. Não há uma regra para definir essas combinações, cada oportunidade identificada irá apresentar uma determinada combinação. Porém, certa regularidade pode ser identificada dentro de um mesmo setor, ao menos no que diz respeito aos riscos envolvidos e a remuneração de mercado. Contatando empreendedores experientes e consultando fontes adequadas, o empreendedor pode estimar, com boa chance de acerto, qual seria a remuneração adequada para seu investimento, qual a liquidez recomendada e qual a sua segurança. Mesmo que não haja grande utilidade prática, dada a especificidade de cada situação a ser analisada, Bernardi (2003) informa que em países estáveis a taxa média de retorno esperado para um investimento é de 15 a 20% ao ano, enquanto no Brasil esta taxa gira em torno de 25 a 30%. As altas taxas de juros possibilitam altas remunerações para o capital investido em aplicações financeiras, o que precisa ser equiparado e superado pelos investimentos produtivos. Essa é a razão pela qual as taxas de juros freiam os investimentos e, portanto, o crescimento econômico. Quanto ao prazo do retorno do investimento, as taxas de retorno mencionadas acima implicam expectativa de recuperação do investimento num período de 5 a 10 anos nos países estáveis e de 3 a 5 anos no Brasil. |
|
|
Tela 58 |
A opção entre essas combinações resulta de um processo decisório em que estão em jogo os modelos mentais dos empreendedores. Para os analistas, a identificação de qual combinação é mais conveniente segue critérios bastante pragmáticos, de acordo com os interesses da sua instituição.
Para um banco que está avaliando o plano de negócio com vistas à concessão de um financiamento, o principal interesse na análise será identificar a capacidade de pagamento do empreendedor. Portanto, o banco irá focar as variáveis que possam responder sobre a liquidez do investimento, mais do que àquelas que dizem respeito à segurança e a rentabilidade, embora elas também sejam consideradas. Para um investidor potencial, as informações mais relevantes estarão associadas à análise da rentabilidade, isto é, com o retorno que este investimento poderá oferecer em relação às outras possibilidades de aplicação do mesmo recurso, como no mercado financeiro. Além disso, um investidor estará preocupado com a segurança do investimento, ou seja, a certeza de que poderá recuperar o recurso aportado. A liquidez, embora seja relevante, é uma informação secundária em relação às anteriores. Como veremos, essas considerações serão consequência dos dados econômico-financeiros arrolados ao longo do plano e consolidados no balanço patrimonial, no demonstrativo de resultados e, principalmente, no fluxo de caixa do empreendimento. |
|
|
Tela 59 |
2 - O orçamento O orçamento
de uma empresa é uma previsão do que ela pretende faturar
e receber num determinado período, e daquilo que ela pretende gastar
e pagar no mesmo período com o respectivo controle do efetivamente
ocorrido.
A elaboração do orçamento se apoia em previsões decorrentes de condições externas e fatores internos à empresa, das quais são alocados recursos às diversas áreas, para um período definido. O orçamento está intimamente ligado à função de planejamento da empresa que consiste, essencialmente, em estabelecer objetivos e traçar planos de ação para atingi-los. O
orçamento quantifica e expressa um futuro desejado, e não
um futuro “que poderá ser”. Ele é um instrumento
à disposição dos executivos para ajudá-los
a "fazer acontecer" o que foi previsto. O controle orçamentário
é parte integrante do orçamento
Normalmente é feito para um período de um ano e consiste, na sua conceituação mais ampla, em levantar um balanço projetado para o fim do ano considerado. Compreende a elaboração de previsões detalhadas e completas de todos os aspectos que caracterizam as operações da empresa, em termos monetários como nos orçamentos operacionais, financeiros e de investimentos ou em termos não monetários como nos orçamentos de vendas físicas, unidades produzidas, matérias primas necessárias, horas homem requeridas, entre outros. O orçamento de capital Para o empreendedor,
neste momento do plano de negócio, a tarefa é definir o
orçamento de capital do novo empreendimento. Em conjunto, aquisição e instalação compõem o investimento em bens produtivos (ou imobilização produtiva). Haverá, ainda, uma parcela do investimento destinada a mobiliário, computadores, telefones, enfim, uma parcela do investimento que atua em suporte ao processo operacional, mas que não está diretamente relacionada com ele, sendo denominada de imobilização comercial. Os recursos previstos no orçamento de capital são também chamados de “imobilizado”, pois constituem o ativo permanente da empresa. O orçamento de capital é muitas vezes denominado de tabela de imobilização. Estes itens possuem uma vida útil que deve ser estimada pelo empreendedor que, por sua vez, definirá sua taxa de depreciação. Veja um exemplo da tabela.
O orçamento de capital espelha um conjunto de decisões críticas que o empreendedor fez e que devem estar descritas nas seções anteriores do plano de negócio. O empreendedor, por exemplo, tem que definir se suas instalações serão em local próprio ou alugado. A aquisição de um prédio, de um galpão industrial ou mesmo de uma sala comercial envolve a inversão de vultosos recursos. Para muitos empreendedores iniciantes, somente o aluguel se mostra viável. Outra decisão crítica, por exemplo, está expressa na definição dos canais de distribuição. Para uma pequena indústria, a venda direta exigirá a aquisição de caminhões para transporte e a contratação de vendedores e pessoal de apoio administrativo para organizar o processo logístico. Recorrer a distribuidores terceirizados elimina muitos desses custos, em especial o de aquisição dos caminhões. Outra alternativa para eliminar esse custo de aquisição seria recorrer ao aluguel do caminhão, o que, ao longo prazo, pode se mostrar muito dispendioso. |
|
Tela 60 |
3 - Análise do ponto de equilíbrio (PE) O ponto de equilíbrio (break-even point) permite identificar, em unidades ou em valores monetários, o volume de vendas necessário para equilibrar receitas e gastos. Em outras palavras,
o ponto de equilíbrio expressa uma determinada relação
dos gastos fixos (custos e despesas fixas) e variáveis (custos
e despesas variáveis) com o volume de vendas, assinalando o momento
em que o negócio iguala receitas e despesas, tendo lucro zero,
e a partir do qual se espera que ele passe a gerar lucros (Previdelli,
1995).
|
|
Tela 61 |
A fórmula do ponto de equilíbrio é de fácil dedução, como veremos a seguir (Bernardi, 2003). Em primeiro lugar, lembremos que a receita total (RT), no ponto de equilíbrio, é igual aos gastos totais (custos totais (CT) e despesas totais (DT), com lucro igual a zero, logo,
Os custos totais (CT) são o resultado da soma dos custos fixos (CF) com os custos variáveis (CV); as despesas totais (DT) são a soma das despesas fixas (DF) com as despesas variáveis (DV). Os custos variáveis, são dados por:
As despesas variáveis são dadas por:
A receita total é igual à quantidade vendida (Q) multiplicada pelo preço unitário de venda (PVu), ou seja:
|
|
|
Tela 62 |
Logo, a fórmula do ponto de equilíbrio será assim desenvolvida:
Logo,
Substituindo (2), (3) e (4) em (5), temos:
A equação (6) constitui, então, a fórmula do ponto de equilíbrio, onde Q indicará a volume a ser vendido, em unidades monetárias, para atingir o ponto de equilíbrio. Como assinala Bernardi (2003), se observarmos a expressão do denominador {Pvu – (CVu + Dvu)}, temos a expressão algébrica do conceito de margem de contribuição, ou seja, quanto cada unidade vendida contribui para cobrir os gastos fixos, assim, como ele propõe, podemos expressar a fórmula do ponto de equilíbrio como:
Para que se obtenha o ponto de equilíbrio em valores monetários, basta que a margem de contribuição seja expressa em valores percentuais. |
|
|
Tela 63 |
Vamos desenvolver um exemplo. Suponha um processo produtivo em que sejam apresentados os seguintes dados:
Considerando nossa fórmula do ponto de equilíbrio, Q = (CF + DF) / {Pvu – (CVu + Dvu)} Temos que,
Logo, para atingir o ponto de equilíbrio, neste exemplo, é necessário vender 500 unidades. Como já possuímos todos os dados necessários, basta multiplicarmos esta quantidade pelo preço de venda unitário, para termos a receita de vendas necessária (ou o faturamento necessário) para chegarmos ao ponto de equilíbrio. No caso, seria necessário um faturamento de R$ 400,00. Entretanto, considerando os mesmos dados, poderíamos obter a margem de contribuição em termos percentuais da seguinte forma:
Logo, a margem de contribuição percentual (MC) será dada pela participação da margem de contribuição unitária sobre o preço, logo:
Portanto, temos: Q($) = 150/0,375 = 400 c.q.d. |
|
|
Tela 64 |
É importante observar alguns pontos teóricos críticos para as considerações acerca do ponto de equilíbrio:
O ponto de equilíbrio é um dos indicadores mais visados por analistas de planos de negócio, sejam financiadores ou investidores. Assim, com os cuidados acima ressaltados, deve ser apresentado no plano financeiro logo após a apresentação do fluxo de caixa. De acordo com Bangs (2002), esse documento poderá ser utilizado para tomar decisões em áreas decisivamente importantes como: definir preços, comprar ou alugar equipamentos, projetar lucros ou perdas para diferentes volumes de vendas, e até mesmo para contratar ou não um novo funcionário. |
|
|
Tela 65 |
Ponto de nivelamento: operacional e financeiro O ponto de nivelamento operacional (PNO) é considerado uma medida do risco do negócio, pois indica a partir de qual percentagem do faturamento a empresa começaria a gerar lucro operacional. Sua fórmula é:
Onde: O ponto de nivelamento financeiro (PNF), também é considerado uma medida do risco do negócio, pois indica a partir de qual percentagem do faturamento a empresa começaria a gerar saldos de caixa positivos e, consequentemente, abaixo de qual percentual a empresa teria saldos de caixa negativos. Sua fórmula é:
Onde: |
|
|
Tela 66 |
4 - Análise econômico-financeira do investimento Definido
o valor total do investimento, obtido a partir do orçamento de
capital, e reunindo os dados constantes dos demonstrativos contábeis
já estudados, estamos em condições de calcular os
indicadores econômico-financeiros de viabilidade do investimento,
que deverão ser apresentados no plano de negócio. Os métodos de cálculo geralmente utilizados são:
|
|
|
Tela 67 |
Todos estes métodos são baseados em dados oriundos do demonstrativo de resultados e, principalmente, do fluxo de caixa. Estes indicadores
devem obrigatoriamente estar presentes no plano e são um dos itens
mais observados pelos analistas, sendo que muitos, de acordo com sua especialidade,
vão direto a este ponto para decidir se prosseguem ou não
a leitura do plano. Entretanto, a simples exposição dos
itens não é satisfatória, sendo fundamental que eles
sejam comparados com os indicadores históricos do ramo do negócio
proposto. |
|
|
Tela 68 |
Método do Payback O principal objetivo do cálculo do Payback é possibilitar a análise da liquidez do investimento. Para tanto, ele calcula o prazo em que o investimento feito será recobrado. Quanto menor o Payback, mais atrativo é o investimento. Para efetuar este cálculo, são necessárias as seguintes variáveis (PREVIDELLI, 1995b):
|
|
|
Tela 69 |
Método do Valor Presente Líquido O método do valor presente líquido (VPL) está baseado na comparação dos valores atualizados das entradas de caixa líquidas previstas com base na operação do novo negócio com o investimento necessário para o empreendimento. Caso o VPL seja positivo, o empreendimento pode ser considerado viável, já que os valores atualizados das entradas de caixa líquidas terão superado o investimento inicial. Do contrário, caso o VPL seja negativo, o empreendimento será considerado inviável, pois os valores do fluxo de caixa atualizados terão se mostrado inferiores ao investimento requerido. O cálculo do VPL, então, se dá pela fórmula abaixo:
Novamente podemos recorrer a uma planilha eletrônica ou a uma calculadora financeira para obter as entradas líquidas de caixa atualizadas ou, diretamente, o VPL. |
|
|
Tela 70 |
Método da Taxa Interna de Retorno A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que iguala o valor presente dos fluxos de caixa projetados ao investimento realizado. Isto ocorre quando o VPL é igual a zero. No caso da TIR, entretanto, não é estabelecida uma taxa de desconto a princípio, embora a taxa de retorno mínimo seja um parâmetro fundamental. A TIR é a taxa que será buscada ao fazer-se VPL = 0. Trata-se, portanto, de uma avaliação da rentabilidade potencial do empreendimento proposto. Segundo Previdelli (1995b), o critério de decisão sobre a viabilidade, considerando a TIR, é que esta seja igual ou superior a taxa mínima de retorno definida pelo empreendedor ou, o que é o mesmo, a taxa de desconto (K). Como vemos, há um grau de subjetividade importante nesta medida, já que a taxa de desconto é uma variável definida pelo autor do plano. Sua relevância, portanto, depende do conhecimento do negócio que o empreendedor mostrou ao longo de todo o plano de negócio e que sustentou a definição da taxa mínima de retorno. |
|
|
Tela 71 |
Indicadores econômico-financeiros A partir do balanço patrimonial e do demonstrativo de resultados, podemos calcular uma série de indicadores econômico-financeiros que podem, com objetividade, responder a muitas das questões discutidas até aqui e auxiliar na avaliação da viabilidade do empreendimento.
Segundo Salim et al. (2001, p.117), os indicadores econômico-financeiros “são relações obtidas a partir das demonstrações financeiras com o objetivo de definir parâmetros que ilustrem o desempenho de uma empresa, as tendências desse desempenho e que também funcionem como parâmetros para a comparação com o desempenho de empresas concorrentes”. |
|
|
Tela 72 |
Os indicadores são basicamente de quatro tipos:
Para responder a questão formuilada na figura anterior, veja exemplos a seguir: A empresa XYZ Ltda., no final do exercício de 2009, apresentou em suas demonstrações financeiras: balanço patrimonial (BP) e demonstração de resultados do exercício os seguintes dados: a) Inversões realizadas (fixas e financeiras): R$ 100.000,00 b) Patrimônio líquido (PL): R$ 120.000,00 c) Receitas do exercício (RT): R$ 120.000,00 d) Lucro líquido (LL): R$ 18.000,00 A partir desses dados têm-se a lucratividade e a rentabilidade da empresa, conforme cálculo a seguir: Lucratividade
Rentabilidade
|
|
|
Tela 73 |
Resumo A decisão de investir está no cerne da atividade empreendedora. Avaliar o potencial de um negócio é, em grande medida, analisar a potencialidade do investimento proposto, oque está relacionado a três conceitos fundamentais: rentabilidade, liquidez e segurança. Essa avaliação, no entanto, deve ser contextualizada de acordo com o tipo de empreendimento e o setor em que ele se insere. Ao empreendedor cabe, em primeiro lugar, a elaboração de um orçamento de capital, onde estejam listadas as imobilizações produtivas e comerciais que serão efetuadas. Decorre do fluxo de caixa uma série de indicadores utilizados para avaliar a viabilidade do negócio. Um destes indicadores é o ponto de equilíbrio (break-even point), assim como os pontos de nivelamento operacional financeiro, que indica o volume de vendas necessário para equilibrar receitas e gastos [resultado(lucro)=zero]. Em seguida, devem ser apresentados os indicadores que permitam uma avaliação objetiva do investimento proposto, compondo a análise econômico-financeira do investimento. Os principais métodos considerados são: Método do payback, Método do valor presente líquido (VPL), Método da taxa interna de retorno (TIR). O método de payback objetiva a análise da liquidez do investimento, informando o prazo necessário para a recuperação do valor investido. Já o método do valor presente líquido (VPL) e da taxa interna de retorno (TIR) partem dos dados do fluxo de caixa projetado e permitem avaliar a viabilidade do investimento. Por fim,
somam-se a esses, os indicadores de liquidez, atividade, endividamento,
lucratividade e rentabilidade. |
|
|