2 - A Economia institucionalista

Tudo ia bem no “melhor dos mundos”, com um desenvolvimento nunca antes observado na história da humanidade. Porém, a partir de 1965, um fenômeno novo começou a se manifestar, para o qual a teoria de Keynes não estava bem preparada: Uma inflação renitente, que não estava respondendo bem aos remédios disponíveis.

Principalmente após o primeiro choque do petróleo, em 1973, a inflação iniciou uma fase ascendente em quase todos os países, o que levou os economistas a pôr em dúvida a eficácia do keynesianismo. Ato contínuo, a teoria neoclássica, com as novas roupagens do monetarismo (baseado na Teoria Quantitativa da Moeda que relaciona a quantidade de dinheiro com os níveis de atividade econômica e de preços), começou a se sobressair, já que abordava a inflação diretamente, ao contrário de Keynes, que não se preocupou com o fenômeno.

Os remédios monetaristas e neoclássicos eram amargos, pois propunham a recessão e o desemprego como terapia, lembrando 1929. Com o segundo choque do petróleo em 1979 e a ampliação de uma nova e grave crise no capitalismo, o monetarismo entrou de vez em ação.

Mas, para a decepção geral, não surtiu os efeitos desejados, embora tivesse funcionado em alguns países, como nos EUA. No Brasil e nos subdesenvolvidos em geral, ao contrário, apenas ajudou a acirrar a inflação que junto com a recessão deram origem a mais um novo e inesperado fenômeno econômico: a Estagflação, para a qual nenhuma teoria convencional estava preparada.



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