| Novas ideias,
no entanto, já estavam há algum tempo em gestação.
De fato, já nos primórdios da crise, em 1967, surge uma obra
que iria revolucionar outra vez o pensamento econômico: "O novo
estado industrial", de John Kenneth Galbraith, economista de Harvard
e um dos criadores da Escola Institucionalista que tem por base as teorias
de organização industrial.
A tese de que os mercados competitivos, ideia-chave em Smith, Marx, Walras e Keynes, estavam desaparecendo começou a ganhar corpo com um estudo de Berle & Means, A Moderna Sociedade Anônima e a Propriedade Privada, publicado em 1929. Retomada por Galbraith e enriquecido com as análises de Veblen († 1929) e Schumpeter († 1950), acabou por abalar profundamente os alicerces nos quais se sustentavam as teorias tradicionais. Segundo Galbraith, as grandes empresas multinacionais e estatais haviam submetido o mercado aos seus interesses, os preços haviam sido por elas tabelados e a livre competição substituída pelas colaborações, acordos e cartéis. Isso explicava a estagflação: A recessão diminuía os lucros, que eram restaurados pelo aumento dos preços. Se as vendas caíssem ainda mais, novo aumento haveria. Como o consumidor não poderia procurar um preço menor pelo mesmo produto, pois estavam todos tabelados pelos cartéis, acabava por ter que pagar o preço estabelecido. O remédio institucionalista era o governo contra-tabelar os preços e as rendas (impostos, juros, salários, lucros e aluguéis), por meio de uma Política de Rendas. |
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