| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
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- Curva de demanda
Suponha uma economia hipotética que ocorra em determinada cidade,
Fernandópolis, a qual se desenvolveu do centro para a periferia,
com as principais escolas, comércio, hospitais etc. encontrando-se
na área central. Imagine também que o leiloeiro da cidade ficasse no meio da praça e enviasse dois mensageiros: um para o grupo dos compradores e outro para o dos vendedores – ambos previamente separados. Os mensageiros registravam os interessados e retornavam com uma lista informando quantos imóveis eram oferecidos e a que preços, e outra lista com o nome dos possíveis adquirentes. Ao serem comparadas as relações, observou-se que: ao preço de 50.000 unidades monetárias, apenas uma pessoa estaria disposta à compra. O segundo preço foi de 49.000 unidades monetárias, igualmente com um comprador. Por inferência, pode-se dizer que, para preços intermediários (entre 50.000 e 49.000 unidades monetárias), continuar-se-ia tendo apenas um comprador. Da mesma forma, apenas dois imóveis seriam vendidos, até atingir o terceiro preço mais alto e, assim, sucessivamente. |
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Tela 2 |
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O procedimento para o leilão está descrito a seguir:
O leiloeiro anunciava o preço pelo qual os imóveis seriam negociados, atendendo, da melhor maneira, ofertantes e demandantes. Mas como ele chegava
ao preço ideal? Gráfico 1
Após indicar os preços e os compradores, o leiloeiro ligava os pontos por meio de uma linha chamada curva de demanda. Igual procedimento era feito na lista dos vendedores, de forma a encontrar-se a chamada de curva de oferta. O preço escolhido para o ajuste do mercado era aquele em que se encontravam as curvas de demanda e de oferta. |
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Tela 3 |
Certa vez, o leiloeiro decidiu colocar um lance acima do preço de ajuste do mercado; os vendedores ficaram contentes, pois receberiam mais. Entretanto, para surpresa, não havia compradores para todos os imóveis. Então, o leiloeiro percebeu que existia excesso de oferta, havendo enormes insultos e críticas ao trabalho por ele realizado.
No dia seguinte, com o objetivo de resolver o problema, o leiloeiro ofereceu os imóveis disponíveis a preço inferior ao de ajuste do mercado. Novamente, para surpresa, houve problemas. Desta vez, os compradores ficaram felizes, porém, não havia imóveis suficientes para todos os compradores, pois os vendedores não aceitaram vendê-los. Nesse caso, existia: excesso de demanda. Depois desses acontecimentos, o leiloeiro aprendeu a lição e nunca mais tentou apresentar preço diferente do de ajuste, ficando próspero e rico. No entanto, a sua felicidade teve fim. Certo dia, um economista mostrou aos habitantes da cidade que o leiloeiro era desnecessário, pois o anúncio aberto dos preços dos imóveis teria o mesmo efeito sem nenhum ônus para os envolvidos. Essa história ajuda a ilustrar como são formadas as curvas de demanda e a de oferta no mercado. É possível definir algumas regras para a demanda e a oferta de bens e serviços. |
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Tela 4 |
| Pode-se
analisar individualmente cada comprador e observar a quantidade que cada
um estaria disposto a adquirir com o preço correspondente.
Ao se representar essas quantidades, respectivamente, nos eixos Y e X, a curva encontrada é chamada curva de demanda individual. Ao se observar o comportamento de cada indivíduo desenhando a sua curva, serão notadas as várias curvas de demanda individual. Da soma de todas as quantias que cada indivíduo se disponha a pagar, com cada preço representado graficamente, obtém-se a curva de demanda de mercado. É de se supor existirem fatores que influenciam na decisão de adquirir ou não determinadas mercadorias, nos vários níveis de preços. Se alguns habitantes decidiram comprar imóveis mais caros, em virtude de serem mais próximos do centro, evidentemente estavam condicionados por suas rendas e tinham gastos com outras mercadorias (alimentos, roupas etc.). Não se sobrevive “apenas morando”; cada um deve estabelecer as suas prioridades e, a partir delas, efetuar as suas escolhas.
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Tela 5 |
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- Incentivos
As pessoas enfrentam as necessidades de fazer escolhas. Mas entender como pessoas e empresas fazem as escolhas e como essas opções podem mudar quando as circunstâncias econômicas se alteram é diferente e relevante para a ciência econômica. Na hora de tomar uma decisão, se o preço da gasolina aumenta, as pessoas resolverão comprar outro tipo de automóvel? Procurariam um mais econômico? Ou decidiriam por uma moto? Quando os tomadores de decisão ponderam sistematicamente os prós e os contras das alternativas que se apresentam, é possível prever como reagirão as alterações das condições econômicas. Os economistas analisam
as escolhas pensando nos incentivos, num contexto econômico. Quando o preço da gasolina aumenta, por exemplo, as pessoas têm mais incentivo para andar menos de automóvel. Quando o preço de um bem aumenta, as empresas são induzidas a produzi-lo em maior quantidade para aumentar seus lucros. |
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Tela 6 |
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Os incentivos também são afetados pela expectativa de retorno esperado pelas pessoas nas diferentes atividades. Se as pessoas que têm curso superior ganham relativamente mais do que as que concluíram apenas o ensino médio, estas terão maior incentivo para cursar o nível superior.
Quando
os economistas estudam o comportamento de pessoas ou empresas, observam
os incentivos com que elas se deparam. Quanto à classificação,
os incentivos são diretos, e quando não são tão
óbvios, são indiretos. Tomadores
de decisões respondem a incentivos; os incentivos são importantes
para entender as escolhas. |
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Tela 7 |
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- Trocas
A importância das trocas para a Economia fica mais clara quando elas não vão indo tão bem. Exemplo A dificuldade russa de estabelecer preços impossibilitava a melhor
alocação dos recursos existentes. A economia “parou”
para que se conseguisse reiniciar as trocas em novo sistema.
Uma das constatações mais importantes da economia é o reconhecimento de que ambas as partes ganham numa troca voluntária; seja ela entre duas pessoas, entre uma pessoa e uma empresa ou entre residentes de dois países diferentes. A troca pode aumentar o bem-estar das duas partes. Nas modernas sociedades, ocorrem milhões de trocas. Poucas pessoas produzem quaisquer dos bens e serviços que elas próprias desejam consumir. Os economistas descrevem a troca como englobadas no conceito de mercado.
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Tela 8 |
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- Informação
Tomar decisões adequadas obviamente exige informação. Afinal, será difícil pesar os custos e os benefícios de escolhas alternativas se não se conhece quais são eles. Uma empresa que está considerando a aquisição de novo software precisa conhecer não apenas os custos de cada uma das alternativas, mas também suas capacidades e limitações.
A Internet é fonte de informação independente para compradores. Porém, há vários aspectos fundamentais sobre os quais o conhecimento difere de outros bens. Exemplos O papel da informação é tão fundamental que afeta a própria natureza do mercado, como no mercado de automóveis usados, compradores e vendedores podem ter informações diferentes sobre a qualidade do bem. O vendedor terá melhores detalhes sobre suas condições, mas também terá incentivo para não revelar o verdadeiro estado do carro. Terá preço mais alto aquele em melhores condições. Em consequência, o comprador relutará em confiar no vendedor que afirma estar o carro em perfeitas condições.
Quando os consumidores não têm informações adequadas para fazer escolhas, o governo intervém para exigir que as empresas as prestem. No Brasil, para o mercado de ações existe a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A informação imperfeita pode interferir nos incentivos. A informação – ou a ausência dela – tem papel destacado na determinação da forma dos mercados e na capacidade dos mercados privados para garantir o uso eficiente dos recursos escassos. |
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Tela 9 |
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- Distribuição
A economia de mercado não determina apenas quais bens serão produzidos e como o serão, mas também para quem são produzidos. As pessoas consideram inaceitável a maneira como o mercado distribui os bens entre as famílias. Observe o exemplo. Os esforços do governo para redistribuir renda podem ter como custo a redução da eficiência econômica (alocação dos recursos). Os economistas acreditam que certas intervenções do governo são desejáveis para manter as condições de renda e o consumo dos agentes. O equilíbrio
entre as preocupações sobre a igualdade (também chamadas
de preocupações com a equidade) e a eficiência é
questão central das economias modernas. |
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Tela 10 |
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6 - Escolha do Consumidor
Até
Robinson Crusoé, morando sozinho numa ilha deserta, se depara com
escolhas e responde a incentivos ao fazer escolhas.
A quantidade de cada bem a ser comprada depende do preço desse bem e de todos os outros bens que participam do plano de consumo. Depende, também, do preço de bens substitutos e bens complementares e da renda disponível para gastos de cada consumidor.
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Tela 11 |
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| Na realidade,
a plena satisfação do consumidor é
limitada pelo seu poder de compra. Muitas pessoas desejam bens que não
podem adquirir; assim, os consumidores devem escolher entre os bens que
precisam ter e os que podem ficar fora do seu plano de consumo.
Essa escolha deverá ser realizada racionalmente, de forma que a renda limitada disponível seja distribuída entre vários bens, com objetivo de obter a maior satisfação para cada unidade monetária gasta.
Fatores diversos podem afetar a escolha do consumidor na montagem de seu plano de consumo e, consequentemente, na forma de atendimento de suas necessidades. São alguns desses fatores:
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Tela 12 |
| Resumo
Curva de demanda representa a relação entre a quantidade
de mercadoria comprada a cada preço, ou seja, de que forma as mudanças
nos preços das mercadorias levam as pessoas a alterar a quantidade
que desejam comprar. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 13 |
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- Curva de oferta Na economia imaginária de Fernandópolis, no papel em que o leiloeiro desenhava uma linha vertical, para nela escrever os preços, tinha a lista de preços dos mais baixos para os mais altos. Na horizontal, ele anotava as quantidades de imóveis, dos menores preços para os maiores, da esquerda para direita. Após introduzir todos os preços totais dos vendedores e as respectivas quantidades ofertadas, o leiloeiro ligava esses pontos e formava a curva de oferta. Portanto, é possível construir tabelas de oferta e, a partir delas, traçar as correspondentes curvas de oferta, como segue na tabela inédita do leiloeiro de Fernandópolis.
A curva acima mostra as várias quantidades de determinados bens e serviços que os produtores desejam vender no mercado em determinado período de tempo. Da mesma forma que a demanda, a curva de oferta representa o plano, a intenção dos produtores ou vendedores racionais, e não a venda efetiva, afetada por variáveis, dentre elas: o preço de venda, os demais preços e os preços dos fatores de produção ou insumos. O produtor, bem como o consumidor, é bastante sensível à variação de preço, sendo esta informação fundamental para determinar a quantidade a ser ofertada. O processo de produção é extremamente dependente da tecnologia disponível (por exemplo, melhorias tecnológicas podem aumentar a oferta) e dos próprios objetivos e metas do empresário (percepção da realidade e suas preferências). |
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Tela 14 |
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| Outros
fatores que influenciam na decisão de produção e na
oferta são relevantes, como:
O importante
é verificar os pontos da curva de oferta que representam os pontos
em que os vendedores racionais estarão minimizando seus custos. Gráfico 2 – CURVA DE OFERTA NO FORMATO EXPONENCIAL
Em
Fernandópolis, a curva de oferta tem a forma de
uma reta positivamente inclinada, um formato linear.
Porém, nem sempre é assim. A curva de oferta
pode ter um formato potencial ou exponencial,
dependendo de como os dados estatísticos forem apresentados, ou
seja, de como se comporta a relação entre preços
e quantidades, considerando-se que outros fatores comportamentais do mercado
também auxiliam os agentes a determinar essa relação. |
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Tela 15 |
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Os agentes envolvidos na produção e venda de bens e serviços podem ser caracterizados por três tipos de comportamento no mercado:
A curva de
oferta mostra que o preço mais alto leva os vendedores a ofertar
mais. O preço é a causa e a quantidade ofertada é
o efeito; portanto, a curva tem inclinação positiva: o preço
sobe, a quantidade se eleva; o preço cai, a quantidade abaixa.
Preço e quantidade movem-se juntos, na mesma direção,
ao longo da curva de oferta. Isso ocorre devido ao fato de se o empresário
decidir produzir mais uma unidade, o preço deverá ser maior
ou igualar-se ao custo de gerar o bem ou serviço. O acréscimo
de custo referente à nova unidade representa o custo
marginal da mercadoria. Para que as unidades adicionais sejam produzidas,
o preço precisa subir. Dessa maneira, a curva de oferta inclina-se
para cima porque os custos marginais sobem. |
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Tela 16 |
2 - Equilíbrio de mercado É possível, assim, representar os lados da demanda e da oferta do mercado com ambas as curvas operando em conjunto para determinar o preço de equilíbrio do mercado. Na tabela a seguir, traçam-se as curvas de oferta e demanda no mesmo gráfico, no caso de Fernandópolis, a partir das tabelas de ofertantes e demandantes.
GRÁFICO DE OFERTANTES E DEMANDANTES
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Tela 17 |
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O que representa o equilíbrio?
Bem-estar
e equilíbrio são, frequentemente, confundidos. O bem-estar
é associado a como atingir o máximo. Quando se trata de
bem-estar individual, basta perguntar aos indivíduos (ou unidades
familiares) para se conhecer os eventos que afetam positiva ou negativamente
o seu estado de satisfação. Bem-estar econômico é
o dos que vivem e trabalham numa economia. Está intimamente ligado
ao bem-estar do grupo, da coletividade; a melhora do bem-estar de um indivíduo
não causa a melhora do bem-estar do grupo. Quando um evento afeta
de forma crescente o bem-estar de um indivíduo, frequentemente
decresce o bem-estar de outra pessoa do grupo. |
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Tela 18 |
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3 - Eficiência de Pareto O
critério é útil para comparar os resultados de diferentes
instituições econômicas e é muito utilizado
na escolha ótima de políticas públicas
que envolvem o bem-estar econômico de determinada comunidade. O
conceito consiste em afirmar que, se for possível encontrar forma
de melhorar a situação de um indivíduo, sem piorar
a de outro, ocorre uma situação “ótima
de Pareto”, alocação denominada eficiência
de Pareto.
Quando
não ocorre uma “ótima de Pareto”, ou seja, ninguém
se beneficia da alocação, dizemos que a alocação
é “ineficiência de Pareto”. |
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Tela 19 |
4 - Formas de análise do equilíbrio A teoria econômica possui quatro formas básicas para realizar a análise do equilíbrio. São elas: equilíbrio estático, equilíbrio estático comparativo, equilíbrio dinâmico e equilíbrio dinâmico comparativo.
Pode ser representado graficamente nas curvas de oferta e demanda:
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Tela 20 |
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5 - Tendência ao nível de equilíbrio Supondo uma economia de mercado, na qual haja concorrência e em que vigore o mecanismo de preços, os agentes econômicos no mercado tenderão a voltar-se ao equilíbrio no confronto. Como pode ser observado no gráfico 5, para qualquer preço superior a p0 (como p’), a quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que os consumidores desejam comprar. Existe um excesso de oferta (qs’ – qd’’). Por outro lado, com qualquer preço inferior a p0, surgirá um excesso de demanda (qd’’ – qs’’), ou seja, os compradores ou demandantes querem comprar mais. (qd’’), mas os ofertantes querem vender menos (qs’’), em virtude do preço p’’ estar abaixo do preço de equilíbrio. Assim, tanto na situação de excesso de oferta, quanto na de excesso de demanda, não existe a compatibilidade de desejos entre ofertantes e demandantes. Então, quando ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão estoques não planejados e terão que diminuir seus preços, disputando os escassos consumidores. No caso de excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos, como pode ser observado no Gráfico 5:
Quando a economia se encontra em equilíbrio e não existem pressões para alterar preços, os planos dos compradores são consistentes com os planos dos vendedores. Não existem filas e os estoques são planejados pelas empresas. Diz-se que a economia está em equilíbrio estável. |
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Tela 21 |
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6 - Análises clássicas do equilíbrio A análise do equilíbrio pode ser realizada tomando-se por base duas abordagens clássicas: a análise do equilíbrio parcial e a análise do equilíbrio geral. Essa abordagem considera o produto dentro de mercado isolado e determina as condições de equilíbrio nesse mercado, admitindo, com relação a outros bens, interdependência próxima, não geral. São utilizados modelos em que o preço e a quantidade de equilíbrio para um produto qualquer são determinados pelas curvas de oferta e de procura, considerando-se, entretanto, os preços dos outros produtos como dados.
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Tela 22 |
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Embora limitada, a análise do equilíbrio parcial é extremamente útil em estudos sobre o mecanismo de formação de preços de produtos, em especial em dois tipos de problemas.
A análise do equilíbrio geral, por considerar todos os preços como dependentes uns dos outros, tem aplicabilidade maior, fornecendo ferramentas para análise com dois objetivos: o aspecto da teoria pura, que fornece os meios de visualizar o sistema econômico em sua totalidade, além de possibilitar a determinação do segundo e do terceiro preços e dos efeitos de mais alta ordem de um distúrbio econômico. Quando o impacto desse distúrbio econômico é de suficiente magnitude para repercutir em toda economia, a análise de equilíbrio geral fornece as respostas mais relevantes, com relação aos seus últimos efeitos. Nesse caso, sua aplicabilidade é maior para estudos da formação de preços de produtos que exerçam grande influência na economia, como, por exemplo, o petróleo.
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Tela 23 |
Resumo Curva de oferta representa a relação entre a quantidade de mercadoria vendida a cada preço, ou seja, de que forma as mudanças no preço das mercadorias levam os produtores a alterar a quantidade que desejam vender. Uma
curva de oferta apresenta pontos representativos em que os vendedores
racionais estarão minimizando seus custos. Curva de oferta de mercado define-se pela soma de todas as quantidades que cada firma está disposta a produzir a cada preço. O consumidor possui um plano de consumo, os produtores ou vendedores racionais também possuem inicialmente um plano ou intenção, e não a compra efetiva. O processo de produção é extremamente dependente da tecnologia disponível (melhorias tecnológicas podem aumentar a oferta) e dos próprios objetivos e metas do empresário (percepção da realidade e suas preferências). Os fatores condicionantes são os que condicionam a oferta à hipótese de racionalidade dos produtores e, por consequência, de maximização de seus resultados. Os preços e os prazos constituem-se exemplo desses fatores. Os fatores objetivos são aqueles representativos da própria existência da quantidade da mercadoria destinada à venda, sem a qual não haverá oferta; por exemplo, a falta de bens e serviços a serem vendidos. Os fatores subjetivos são aqueles estreitamente relacionados à percepção do produtor, como a disposição do ofertante em vender ou não. O equilíbrio entre a oferta e a demanda representa um estado de permanência, posição da qual não há incentivo ou oportunidade para se deslocar. O conceito de eficiência dispõe-se no que tange ao estado de conforto das pessoas que vivem num sistema econômico (bem-estar econômico). Ótima de Pareto define caso em que se possa encontrar forma de melhorar a situação de um indivíduo sem piorar a de nenhum outro num sistema econômico. O equilíbrio estático identifica o balanceamento de forças focalizado em dado momento. Dessa forma, é possível comparar diferentes equilíbrios estáticos em diferentes momentos no tempo (equilíbrio estático comparativo) sem a preocupação em saber como o mercado se move de um equilíbrio para outro. O equilíbrio dinâmico constitui-se na análise simultânea de diversos equilíbrios em diferentes instantes. Quando é possível a comparação entre esses equilíbrios em diferentes momentos para saber como o mercado se move de um equilíbrio para o outro, surge a Análise Dinâmica Comparativa. O equilíbrio é tido como estável quando ocorre numa economia e não existem pressões para alterar preços. O equilíbrio parcial analisa mercadoria inserida num mercado isolado e determina as condições de equilíbrio nesse mercado, admitindo, com relação a outros bens, a interdependência próxima, não geral. O equilíbrio entre oferta e demanda considera os preços dos demais produtos como dados. O equilíbrio geral estuda em conjunto os mercados de todos os produtos e de todos os fatores, procurando determinar condições de equilíbrio simultâneo desses mercados. Admite, assim, a interdependência geral entre os mercados e os produtos. Ex.: equilíbrio entre oferta e demanda define todos os preços como dependentes uns dos outros. |
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| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 24 |
| 1
- Conceito de elasticidade
Cada produto possui sua própria capacidade com relação às variações dos preços e da renda. Tal sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade.
A partir desse conceito, os economistas podem responder à pergunta: Quanto?
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Tela 25 |
| 2
- Elasticidade-preço da demanda
Conforme já citado, cada produto possui sua própria capacidade com relação às variações dos preços e da renda. Tal sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade.
Como a correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, pois quando um aumenta o outro diminui e quando um é positivo o outro é negativo, o resultado da elasticidade é negativo. A fórmula da elasticidade-preço da demanda é expressa por: em que:
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Tela 26 |
Classificação da demanda e a elasticidade-preço Considerando E = elasticidade
Uma variação de 10% nos preços leva a uma variação de demanda desse bem de 5% (em sentido contrário).
Se o preço aumentar 10%, a quantidade demandada cai também em 10%.
Uma variação de 10% no preço, a quantidade de demandada varia em sentido contrário em 15%. |
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Tela 27 |
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Formas de cálculo da elasticidade O cálculo
do valor numérico da elasticidade depende do conhecimento da função
demanda e pode ser calculado num ponto específico da demanda
ou em determinado trecho da curva. Exemplo
do cálculo. O gráfico expressa a função demanda e as várias formas de analisar o fenômeno econômico, bem como o significado dos resultados obtidos:
Atenção: A elasticidade-preço da demanda será sempre negativa, pois a curva de demanda é negativamente inclinada, ou seja, para facilitar o entendimento, convencionou-se calcular a elasticidade-preço da demanda em módulo, o que equivale a multiplicar o resultado por (-1).
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Tela 28 |
Elasticidade-preço da demanda no ponto A ocorre quando se calcula a elasticidade apenas para um dado preço ou certa quantidade. No exemplo a seguir, do ponto A, origem, para o ponto B, destino:
No ponto A, a demanda é elástica, ou seja, |Ed|=4. (>1) Elasticidade-preço da demanda no ponto B (ponto B, origem; ponto A, destino): No ponto B, a demanda é inelástica, ou seja, |Ed| = - 0,66. (<1) Elasticidade-preço da demanda no Arco AB (ou no ponto médio) – Em vez de utilizar-se apenas um ponto, consideram-se as médias de preços e de quantidades. Basta substituir, na fórmula anterior, PA e QA, pelas médias entre PA e PB e entre QA e QB. Chamando-se de PAB o preço médio e de QAB a quantidade média e utilizando-se os dados do exercício anterior, tem-se:
No ponto médio ou no arco, a demanda é elástica, ou seja, |Ed| = 1,5. (>1) |
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Tela 29 |
Elasticidade-preço em curvas de demanda em linha reta. Elasticidade-preço
da demanda é a mesma ao longo de determinada curva em linha
reta; isso porque sua inclinação
Se a inclinação
for a mesma ao longo de toda a curva, não se pode esquecer de que
o preço e a quantidade são
diferentes em cada um dos pontos dessa curva.
Conforme o gráfico nº 02, a elasticidade-preço da demanda comporta-se ao longo de determinada curva em linha reta, partindo da esquerda para a direita. No eixo vertical, quando Q é igual a zero, a elasticidade-preço é infinita (qualquer número dividido por 0 é infinito). A quantidade sobe e o preço desce, logo, a elasticidade-preço da curva de demanda acontece. Quando a curva atingir o eixo horizontal, a elasticidade-preço passa a ser 0, tendo em vista que o preço (P) é igual a zero. Gráfico
nº 02 |
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Tela 30 |
Existem
dois casos extremos de curva de demanda:
Outro extremo é a demanda perfeitamente inelástica (E = 0): esta curva é representada por uma linha vertical, significando que, seja qual for o preço, as pessoas compram a mesma quantidade. Por exemplo, alguns medicamentos e procedimentos médicos vitais podem aproximar-se do que poderia representar uma curva de demanda perfeitamente inelástica.
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Tela 31 |
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Alguns fatores afetam o grau de elasticidade-preço da demanda: |
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Tela 32 |
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Receita do vendedor e elasticidade-preço da demanda - Quando um produtor ou vendedor aumenta o preço espera que a receita total cresça, ou seja, deseja que seus ganhos também se elevem. O estudo da elasticidade-preço da demanda permite prever o que deve acontecer com a receita total quando varia o preço de um bem. Ou seja, a receita aumenta, diminui ou permanece constante?
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Tela 33 |
3 - Elasticidade-preço cruzada da demanda Possui conceito semelhante ao de elasticidade-preço. A diferença é saber qual a mudança percentual que ocorre na quantidade de determinado bem quando se modifica o preço de outro bem. Assim sendo, mede a variação percentual da quantidade procurada do bem X para cada unidade de variação percentual do preço Y.
Caso a elasticidade cruzada seja positiva (>0), os bens são ditos substitutos ou concorrentes. Por exemplo, se o preço do cachorro-quente sobe, as pessoas poderão comprar mais hambúrgueres.
No caso de a elasticidade cruzada ser negativa, os bens são chamados de complementares, pois se complementam no consumo. Por exemplo, se o preço da mostarda subir, a demanda por cachorros-quentes poderá baixar.
No cálculo da elasticidade-preço cruzada da demanda, é importante determinar se o valor resultante é positivo ou negativo, pois classifica os bens respectivamente em substitutos e complementares. Por essa razão, não se multiplica o resultado por (-1), como na elasticidade-preço.
Então: no ponto A (para calças), o consumidor consome 3 calças por R$1000,00 cada uma. No ponto C (para camisas), consome 5 camisas.
Se o preço da calça sobe para R$ 1500,00 cada, o consumidor
passará do ponto A para o ponto B na sua demanda comprando apenas
2 calças. Ao mesmo tempo, passa do ponto C por camisas para o ponto
D, ou seja, passa de 5 para 3 camisas, diminuindo também o consumo,
ou a demanda por camisas. |
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Tela 34 |
Observa-se
que não há a necessidade de se saber o preço das
camisas, pois o preço que aumentou foi o das calças.
Verifica-se que é importante o sinal, positivo ou negativo. No exemplo a Ec é negativa (-0,8), significando que a variação no preço das calças e na quantidade demandada de camisas está em sentido oposto, pois o preço das calças aumentou de R$ 1000,00 para R$ 1500,00 e a quantidade demandada de camisas diminuiu de 5 para 3, o que comprova que os bens são complementares, ou seja, quando o preço das calças se eleva, o consumidor irá comprar menos calças, logo passará a comprar menos camisas. Assim, conclui-se
que a relação de complementariedade implica uma Ec negativa,
enquanto a substitutibilidade, numa Ec positiva. E quando os bens não
se relacionam, a Ec é igual a zero, por exemplo, calça e
sanduíche, pois o numerador de sanduíche não se modifica
: |
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Tela 35 |
4 - Elasticidade-renda da demanda O coeficiente de elasticidade-renda da demanda (ER) mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada, resultante de uma variação percentual na renda do consumidor, mantido tudo o mais constante.
Se a elasticidade-renda da demanda for negativa, o bem é inferior, ou seja, aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem.
Se a elasticidade-renda da demanda for positiva, e menor que 1, o bem é tido como normal; isto é, aumentos de renda levam a aumentos no consumo (comportamento esperado do consumidor).
Se a elasticidade-renda da demanda for positiva e maior que 1, o bem é superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a aumento mais que proporcional no consumo do bem.
Se a elasticidade-renda da demanda for igual a zero, o bem é de consumo saciado, ou seja, aumentos na renda não alteram o consumo, como por exemplo, o sal e o açúcar.
Assim como na elasticidade-preço cruzada, no cálculo da elasticidade renda da demanda, é importante determinar se o valor resultante é positivo ou negativo, pois classifica os bens, respectivamente, em normal ou inferior; e também não se multiplica o resultado por (-1). Pode-se utilizar
o conceito elasticidade-preço cruzada para identificar
setores que estão em declínio e setores em expansão.
Se houver incremento na renda, o setor com elasticidade-renda mais elevada
(expansão) tenderá a aumentar relativamente sua participação
no mercado em detrimento dos setores com menor elasticidade-renda. |
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Tela 36 |
Resumo
Ou, ainda, no intervalo entre dois pontos (AB), denominado arco (AB), consideram-se as médias de preços e de quantidades dos pontos, tem-se
A
demanda é classificada com relação ao preço,
em módulo, como elástica, para coeficientes maiores do que
um (> 1), de elasticidade unitária para coeficientes iguais
a um (= 1) e inelástica, para coeficientes menores do que um (<
1). A elasticidade-renda mede as variações relativas no consumo, devido a variações relativas na renda do consumidor e pode ser expressa, matematicamente, assim:
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação percentual da quantidade procurada do bem X para cada unidade de variação percentual do preço Y. É fundamental para as empresas que desejam, devido à maior variedade de produtos à disposição do consumidor, verificar sua fidelidade junto aos seus produtos (identificando bens substitutos ou complementares). Pode ser expressa, matematicamente, da forma que segue:
Por ser um indicador dos gastos dos consumidores, com relação à variação de preços, a elasticidade-preço da demanda e a receita das empresas estão relacionadas. Representam queda na receita de vendas: liquidar produtos inelásticos ou, ainda, aumentar o preço de produtos elásticos. |
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| Unidade 2 | Módulo 4 | Tela 37 |
| 1
- Elasticidade-preço e classificação da oferta
A relação preço-quantidade é sempre direta, ou seja, as quantidades oferecidas mudam no mesmo sentido que as variações do preço: reduções no preço diminuem a quantidade ofertada e aumentos de preço elevam essas quantidades. Dessa forma, o sinal do coeficiente de elasticidade-preço da oferta, independentemente da maneira utilizada em sua determinação, é sempre positivo, tornando desnecessária a representação por meio de módulo, como no caso da elasticidade-preço da demanda. |
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Tela 38 |
São
casos gerais:
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Tela 39 |
São
casos especiais:
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Tela 40 |
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Na elasticidade-preço da oferta, se a curva de oferta for uma linha reta, não é necessário ter a mesma elasticidade em todos os gráficos. Isso ocorrerá apenas quando surgir a partir da origem, ou seja, do momento em que o preço e a quantidade ofertada forem iguais a zero.
Assim como na elasticidade-preço da demanda, analogamente, as formas de cálculo da elasticidade-preço da oferta podem ser realizadas no ponto ou em um intervalo entre dois pontos (AB), denominado arco (AB). Considerando então as médias de preços e de quantidades dos pontos, tem-se:
inclusive, podendo apresentar variações discretas ou infinitesimais (com o uso de derivadas). A aplicação
do conceito de elasticidade da oferta é pouco frequente comparativamente
à elasticidade da demanda. Uma das teses da chamada corrente
estruturalista da inflação é que a oferta de
produtos agrícolas seria inelástica a estímulos de
preços em virtude da baixa produtividade da agricultura, provocados
pela estrutura agrária. A agricultura, dominada por latifúndios
improdutivos, ao lado de uma grande parcela de pobres agricultores, preocupada
apenas em produzir alimentos para sua própria subsistência,
não responderia ao aumento da demanda de alimentos. A industrialização
e, consequentemente, a urbanização das economias em
crescimento provocam aumento de preços dos alimentos e das matérias-primas.
Isso representaria aumentos de custos de produção, que são
repassados pelas empresas aos preços dos produtos. |
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2
- Fatores que afetam o grau de elasticidade-preço da oferta:
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- Incidência tributária e intervenção governamental
O conhecimento da incidência de um imposto (isto é, sobre quem efetivamente recai o ônus do imposto: consumidores ou vendedores) é importante para determinar os aspectos econômicos e sociais da tributação. O instrumental simples de oferta e demanda e os conceitos de elasticidade são adequados para essa análise.
Antes, deve-se observar como os impostos são classificados:
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Há dois tipos de impostos sobre vendas:
O peso dos
impostos diretos e indiretos na estrutura tributária de um país
mostra a maneira pela qual os tributos atingem os indivíduos na
sociedade. Depende das participações relativas dos tributos
diretos e indiretos no total da arrecadação fiscal.
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Os impostos indiretos, por afetarem o custo de produção das empresas, diminuem a oferta de bens, fazendo que o preço de equilíbrio de mercado aumente e a quantidade de equilíbrio diminua.
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| O
efeito de um imposto de vendas: equilíbrio e elasticidades - Quanto
ao impacto de impostos sobre a economia, suponha-se que o imposto sobre
o pacote de cigarro tenha sofrido aumento de 50 centavos quando a economia
estava em equilíbrio com o preço anterior ao do aumento.
As empresas são meras intermediárias, ou seja, responsáveis apenas pelo recolhimento e repasse aos cofres públicos. Por isso, caso não haja aumento no preço, as empresas pagam a totalidade do imposto, alterando assim o ponto de equilíbrio destas em função da redução da oferta. Em geral, as empresas buscam, ao menos, repassar parte do ônus ao consumidor final. A divisão do ônus tributário entre produtores e consumidores faz-se de acordo com as elasticidades-preço da demanda e da oferta do bem em análise. No caso apresentado, em especial, como o cigarro possui curva de demanda inelástica, certamente, o deslocamento da curva de oferta representará um aumento no preço de mercado superior à redução da quantidade demandada, de forma a compensar a perda para as empresas. Conclui-se, portanto:
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Os gráficos representam o que ocorre no mercado do bem – Quaisquer variações após a imposição de um imposto específico de ‘t’ unidades monetárias sobre a quantidade transacionada do bem.
Em que: Pe
= Preço de equilíbrio original;
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Analisando sobre quem incide o imposto, observa-se no Gráfico 5: No ponto A, o preço de equilíbrio é R$3,00; ou seja, os compradores pagam R$3,00 por cada unidade do produto. Admitindo-se que o governo estabeleça um imposto específico de R$1,00 por cada unidade vendida do produto. Assim, a curva de oferta sofrerá um deslocamento para a esquerda de O1 para O2. O novo preço de equilíbrio passa a ser de R$ 3,50 no ponto B. Então, será repassado aos compradores o valor acrescido de R$0,50 e eles passarão a pagar R$3,50 por unidade do produto e não mais o valor anterior de R$3,00. Ocorre que
a outra parte do imposto, que no caso é de R$0,50, recairá
sobre os vendedores que receberão um preço mais baixo pelo
produto, ou seja, R$2,50 em vez de R$3,00 que era obtido antes da determinação
do imposto pelo governo.
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| O resultado
apresentado no Gráfico 5 não ocorre em todas as situações.
De fato, os compradores podem pagar mais ou menos imposto, e isso dependerá
das elasticidades da demanda e da oferta, como pode ser observado:
O novo ponto
de equilíbrio passa a ser dado pelo ponto B. No novo ponto de equilíbrio,
o preço permanece o mesmo, o que significa que os vendedores deverão
arcar com a totalidade do imposto. |
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| 4
- Política de preços mínimos (na agricultura)
Trata-se de uma política orientada para garantir os preços ao produtor agrícola. Tem o propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de possível queda acentuada de preços e, consequentemente, da renda agrícola. O governo, antes do início do plantio, garante um preço que pagará após a colheita do produto. Se, por ocasião da colheita, os preços de mercado forem superiores aos preços mínimos, o agricultor preferirá vendê-la no mercado. Contudo, se os preços mínimos forem superiores aos preços de mercado, o produtor preferirá vender sua produção para o governo ao preço anteriormente fixado. Nesse caso, com o preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado, ocorre o excedente do produto adquirido pelo governo, que será utilizado como estoque regulador em momentos subsequentes do tempo. O governo pode adotar dois tipos alternativos de políticas:
Evidentemente,
o governo optará pela política menos onerosa. |
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| 5
- Política de preços máximos ou tabelamento
Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado, visando coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário, como foi adotado no Brasil no ano de 1986 (Planos Cruzado), quando se aplicou o congelamento de preços e salários. Tabelamento, no primeiro momento, parece
uma boa forma de garantir que todas as pessoas tenham acesso a um dado
produto. Ocorre, na verdade, criação da escassez ao preço
controlado. As pessoas desejam comprar mais do bem tabelado do que os
produtores desejam vender. Os que conseguem comprar o bem ao preço
reduzido se beneficiam, e os que não conseguem achar o produto
saem perdendo. |
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Resumo No estudo
da oferta, o produtor responde diretamente às variações
do preço do produto. Portanto, estuda-se um único tipo de
elasticidade: a elasticidade-preço da oferta.
Ou em um intervalo entre dois pontos (AB), denominado arco (AB). Considerando então as médias de preços e de quantidades dos pontos, ocorre: Assim
como a demanda, a oferta é classificada com relação
ao preço, em módulo: elástica para coeficientes maiores
do que um (> 1), de elasticidade unitária para coeficientes
iguais a um (= 1) e inelástica para coeficientes menores do que
um (< 1). O estabelecimento de preços mínimos como política de governo visa proteger os produtores das oscilações de preços dos mercados durante o processo de produção. É comum nos mercados agrícolas, evitando o desabastecimento. O estabelecimento
de preços máximos ou o tabelamento de preços pelo
governo visam proteger os consumidores, coibindo abusos por parte dos
vendedores, principalmente para bens essenciais, portanto, menos elásticos.
Cabe ressaltar que o tabelamento pode limitar a oferta, e quando há
preços baixos, desincentiva produtores, podendo causar o desabastecimento
(como nos planos econômicos Cruzado e Bresser), colocados em vigor
no Brasil em 1986, mas não tendo sucesso. |
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