Essa forma de abordar a questão negligencia o fato de que sempre que determinada estratégia leva a bons resultados em algumas empresas, existem outras instituições que ela conduz a resultados desastrosos. O fato de uma empresa de sucesso ter adotado determinada estratégia, que parece responsável pelo sucesso dela, não é garantia de que, aplicada noutra circunstância, venha a produzir resultados igualmente bons.

Por outro lado, o fato de existir certa proporção de sucesso entre as empresas que seguiram uma orientação, não é revelador da validade dessa estratégia. Para se ter noção do ganho efetivo produzido pela adoção de tal ou qual rumo, é necessário comparar a proporção de sucessos entre as empresas que o seguiram com a proporção de sucessos entre as empresas que não o adotaram. E, finalmente, o simples identificar de estratégias de sucesso não fornece ideia sobre os canais que ligam o caminho adotado aos resultados alcançados e sobre as relações causais existentes.

Se uma forma de agir não produz sempre resultados positivos, o conhecimento das relações causais e das ligações entre ela e o sucesso da empresa são cruciais para identificar as circunstâncias em que pode ser desejável e em quais ela poderá ter menor efeito.

A abordagem seguida no desenvolvimento dessa disciplina é diferente; é essencialmente prática, no sentido de que objetiva, em todos os pontos tratados, fornecer instrumentos para a tomada de decisão na empresa. É também prática, na medida em que os conceitos são ilustrados com exemplos da vida empresarial. Contudo, não se apoia em ideias do senso comum, nem é centrada no estudo de casos de sucesso.
Pelo contrário, a perspectiva adotada repousa na análise econômica.



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