Normalmente
a empresa líder lucra com a expansão do mercado. Por exemplo,
se os brasileiros tomarem mais sorvetes e picolés, a Kibon lucrará
mais, pois tem a maior participação neste mercado. Em
geral, a líder de mercado deve buscar novos usuários,
novos usos e maior utilização de seus produtos.
Em seu célebre
artigo “Miopia de marketing”, Theodore Levitt (1960) disse:
“Uma vez
que as empresas petrolíferas reconheçam a lógica
de satisfação do consumidor que outro sistema de energia
pode dar, elas verão que não têm escolha senão
trabalhar num combustível eficiente e de longa duração
(ou em alguma forma de fornecer aos atuais combustíveis sem
aborrecer o motorista), assim como as grandes redes de mercearias
não tinham alternativa que não a de entrar no negócio
de supermercado, ou as empresas fabricantes de válvulas em
relação a semicondutores. Para seu próprio bem,
as empresas petrolíferas terão de destruir seus ativos
altamente lucrativos. Nenhum pensamento positivo pode salvá-las
da necessidade de se empenharem nessa destruição criativa”.
(...) Em resumo,
se a direção se deixar ficar à deriva, ela irá
invariavelmente, derivar na direção de pensar em si
mesma como produtora de bens e serviços, não de satisfação
de clientes. Embora ela não vá descer às profundezas
de dizer aos seus vendedores “vocês se livrem da coisa;
nós pensamos nos lucros”, ela poderá sem sabê-lo,
estar praticando precisamente essa fórmula para a decadência
desmoralizante. O destino histórico de uma sucessão
de indústrias em crescimento tem sido seu provincianismo suicida
em relação ao produto.
Em outras
palavras, toda empresa deve estar sempre insegura com relação
ao seu produto. Nunca pensar que este é insubstituível
e por isso, buscar sempre a inovação. Novos produtos
substitutos dos anteriores, novos consumidores que possam se unir
ou mesmo substituir os atuais. Esse é o conceito de Destruição
Criativa, ao qual, todas as empresas devem estar preparadas.
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