| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Qualidade no pós-marketing Diz-se que o marketing vem, no decorrer dos anos, mudando sua orientação de enganar clientes, para desapontá-los e depois satisfazê-los. O pensamento atual é de que o sucesso futuro depende da habilidade em integrar sistematicamente o cliente ao negócio. Infelizmente, as empresas, atualmente, antecipam-se cinicamente aos clientes apenas obtendo lucro ao explorá-los em vez de também satisfazer suas necessidades e desejos. Mesmo as empresas bem intencionadas podem perder a visibilidade de seu objetivo mais importante – satisfazer clientes. Elas podem se concentrar no objetivo restrito de criar novos produtos ou de concorrer agressivamente com outras empresas; ambas perspectivas fatais. Ironicamente,
as atenções das empresas têm-se voltado em conhecer
as expectativas dos clientes apenas quando eles estão considerando
a compra de bens e serviços que a empresa oferece. Pesquisadores
de marketing estão geralmente ocupados em estudar fenômenos
agregados tais como segmentos de clientes ou atributos de produto. Eles
tendem a ignorar informações ao nível do cliente,
perdendo oportunidades para responder perguntas como: “quais foram
as expectativas do cliente X?” ou “Elas foram satisfeitas?” |
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Tela 2 |
| No que se refere ao marketing, os produtos são tratados como uma dádiva. Mas, no mundo real isso, freqüentemente, não ocorre em sua plenitude. Qualidade representa investimento; é um compromisso assumido apenas por aqueles gerentes que têm forte convicção pessoal. Estratégias de pós-marketing não podem ser bem-sucedidas na ausência de qualidade. Da mesma forma, qualidade na ausência de um forte programa de pós-marketing pode estar longe do sucesso previsto.
Pós-marketing significa o fortalecimento da lealdade dos clientes ao encontrar e administrar suas expectativas. Clientes têm expectativas sobre a qualidade básica de um produto que compraram, além de ter expectativa sobre o grau de serviço que desejam receber. Qualidade e serviço devem acompanhar cada produto colocado no mercado. |
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Tela 3 |
| 2 - Definição de qualidade Qualidade não é fácil de ser definida. Na realidade, cada pessoa tem sua própria definição do que seja um produto, bem ou serviço, de qualidade. David Garvin oferece cinco definições diferentes para representar amplamente a gama de opiniões diferentes:
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Tela 4 |
| Algumas empresas acreditam que entendem como seus clientes definem qualidade. Entretanto, o que poucas empresas reconhecem é que as definições dos clientes podem mudar com o passar do tempo. Tome por exemplo as mudanças de sugestões que os clientes têm usado para definir a qualidade dos automóveis:
Uma maneira de as empresas manterem-se atualizadas com as dinâmicas definições dos clientes em termos de qualidade é promover uma auditoria de qualidade periódica. |
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Tela 5 |
| Qualidade tem um apelo altruístico, mas a maioria dos negócios exige provas de que investir em qualidade produzirá mudanças positivas em participação de mercado e rentabilidade. O relacionamento entre comportamento do consumidor e qualidade vem sendo estudado de maneiras diferentes, desde experimentos em laboratório até pesquisas descritivas analíticas.
Os resultados nem sempre estão de acordo e não mostram correlações positivas entre qualidade, participação de mercado e rentabilidade. Alguns pesquisadores explicam os resultados conflitantes devido à ambigüidade do termo qualidade, sugerindo que se uma definição uniforme fosse usada, os resultados seriam mais consistentes. Algumas definições e ambigüidades:
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Tela 6 |
| 3 - Progressão da Qualidade A administração de empresas passou por três estágios em relação à qualidade, movendo o assunto da linha de produção para a sala do conselho de administração.
No final dos anos 80, quando as empresas japonesas começaram a conquistar os consumidores do mundo inteiro com seus produtos baseados em qualidade em vez de preços baixos, as empresas ocidentais entraram na fase de inspeção. Nessa fase foram empregadas técnicas de amostragem nas fábricas para estudar como a qualidade de produção poderia ser controlada. Antes de fazer uma avaliação da implantação do modelo japonês no Brasil é interessante entender o que ocorreu com este sistema. A partir do momento que as idéias de Deming foram conhecidas pelas empresas ocidentais, o assunto parece ter começado a ser levado a sério. A partir desse ponto, as empresas ocidentais entraram na fase de controle de qualidade. À medida que as atitudes das empresas ocidentais em busca da qualidade continuavam a evoluir, ingressou-se na fase da Administração da Qualidade Total. Nesse estágio, qualidade tornou-se um objetivo estratégico de toda a organização. Qualidade já não era mais confinada a um departamento de controle de qualidade mas passou a ser assunto de todos os funcionários |
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Tela 7 |
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Na época em que foi criado, o Japão era conhecido mundialmente como um país que produzia artigos de baixa qualidade. A partir de 1946, através de um incentivo governamental, as indústrias passaram a investir na melhoria contínua de seus produtos. Tal sistema de gerenciamento baseava-se num processo contínuo de aprendizagem pela organização (de dentro para fora) de como atender seu mercado-alvo da forma mais eficaz e eficiente possível. Na década de 60, os resultados começaram a surpreender o resto do mundo. Tanto que os norte-americanos foram ao Japão tentar entender porque aquele país estava ganhando mercado tão rapidamente, com produtos “melhores” e mais baratos. Eles viram que as empresas japonesas utilizavam uma série de ferramentas e métodos de trabalho em busca do aumento da qualidade (com quê minúsculo) de seus produtos. Assim, os norte-americanos englobaram o CCQ (Círculos de Controle da Qualidade), o MIASP (Metodologia de Identificação, Análise e Solução de Problemas), a Padronização, o 5S, o Sistema de Sugestão, os Itens de Controle e Verificação, o Controle Estatístico de Processo e outras ferramentas num “pacote” chamado Qualidade Total. Eles entenderam que o Japão utilizava estas ferramentas para melhorar a qualidade de seus produtos, então colocaram esse nome, que originalmente, é inadequado. O nome usado para designar o sistema de gestão desenvolvido com muito sucesso pelas empresas japonesas é “Kanri”. A tradução desta palavra seria “Gerenciamento” e não Qualidade, como foi traduzido para o ocidente. A tradução foi extremamente infeliz, uma vez que se confunde com a palavra já existente no nosso vocabulário, de significado bem mais restrito, normalmente utilizada como adjetivo. Por isso, pode-se afirmar que toda empresa possui “Qualidade”, umas num grau inferior, mais atrasadas neste processo, outras num grau superior, mais adiantadas. Seria mais adequado utilizar a expressão Gerenciamento Total, para denominar o sistema de gestão desenvolvido com muito sucesso pelas empresas japonesas. Porém, dez anos já se passaram e, salvo grandes exceções, o Brasil ainda não deixou de ser uma economia subdesenvolvida. O motivo é que as empresas brasileiras deveriam ter entendido e traduzido para a sua realidade todo o processo que gerou as ferramentas e os métodos para as empresas japonesas. Não se deve esquecer que essas soluções foram desenvolvidas e estudadas por grupos de funcionários das próprias empresas, a fim de melhorar seus pontos fracos. E que um dos maiores pontos fracos dos produtos Made in Japan era a péssima qualidade intrínseca, com quê minúsculo. |
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Tela 8 |
| A
noção de administração da qualidade total
foi introduzida por Feigenbaum, em 1957. Mais recentemente, tem sido desenvolvida
através de várias abordagens amplamente conhecidas, introduzidas
por vários “gurus da qualidade”, como Deming, Juran,
Ishkawa, Tagushi e Crosby. Assim, conhecer as origens de TQM é
importante para entender as contribuições desses pioneiros
da qualidade. |
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Tela 9 |
| Argumenta-se que a Administração da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management) seja a mais significativa das novas idéias que apareceram no cenário da administração nos últimos anos. Deve haver poucos gerentes, se houver, em qualquer economia desenvolvida que não tenha ouvido falar de TQM. Certamente, TQM exerceu forte impacto na maioria dos setores produtivos, indo além do modismo. Há duas razões para isso: primeiro, as idéias de TQM exercem forte atração intuitiva sobre muitas pessoas – a maioria deseja ser de “alta qualidade”. Segundo, uma abordagem de TQM pode resultar em fortes aumentos da eficácia operacional. Um dos aspectos mais poderosos para a adoção de TQM é o conceito de consumidor e fornecedor interno. Esse é um reconhecimento de que todos são consumidores de bens e serviços dentro da organização, fornecidos por outros fornecedores internos. A implicação disso é que os erros nos serviços fornecidos dentro da organização, certamente, afetarão o produto que chega ao consumidor externo. Assim, uma das melhores maneiras de assegurar a satisfação dos consumidores externos é estabelecer a idéia de que todas as partes da organização contribuem para a satisfação desses consumidores, satisfazendo inicialmente, seus próprios consumidores internos. Hoje, poucas pessoas argumentam contra a qualidade. Entretanto, a tática mais insidiosa pode ser engajar em extensas discussões sobre quanta qualidade oferecer. Mesmo nas empresas mais dedicadas ainda pode existir fosso entre o que a administração deseja realizar e o que a força de trabalho percebe. |
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Tela 10 |
| 4 - Componentes de qualidade do produto Para melhor entender o que é qualidade em um produto, pode-se utilizar lista de oito componentes básicos:
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Tela 11 |
| Resumo O pensamento atual é de que o sucesso futuro depende da habilidade em integrar sistematicamente o cliente ao negócio. Estratégias de pós-marketing não podem ser bem-sucedidas na ausência de qualidade. Da mesma forma, qualidade na ausência de um forte programa de pós-marketing pode estar longe do sucesso previsto. David Garvin oferece cinco definições diferentes para representar amplamente a gama de opiniões diferentes: Definição transcendente, definição baseada na oferta, definição baseada no usuário, definição baseada na produção, definição baseada no valor. Algumas empresas acreditam que entendem como seus clientes definem qualidade. Entretanto, o que poucas empresas reconhecem é que as definições dos clientes podem mudar com o passar do tempo. A administração de empresas passou por três estágios em relação à qualidade, movendo o assunto da linha de produção para a sala do conselho de administração: Inspeção, Controle de Qualidade e Administração da Qualidade Total. O TQM exerceu impacto na maioria dos setores produtivos, indo além do modismo. Há duas razões para isso: primeiro, as idéias de TQM exercem forte atração intuitiva sobre muitas pessoas – a maioria deseja ser de “alta qualidade”. Segundo, uma abordagem de TQM pode resultar em fortes aumentos da eficácia operacional. Um dos aspectos mais poderosos para a adoção de TQM é o conceito de consumidor e fornecedor interno. Para melhor entender
o que é qualidade em um produto, pode-se utilizar uma lista de
oito componentes básicos: desempenho, características secundárias,
confiabilidade, funcionamento, durabilidade, serviço, estética
e reputação. |
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| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 12 |
| 1
- A SAS e o “Momentos da Verdade ”
Jan Carlzon, presidente e executivo principal da Scandinavian Airlines System (SAS), foi um dos primeiros especialistas de marketing a popularizar a importância de contatos com o cliente para atender plenamente a promessa de um produto ou serviço. Ele descreve em seu livro, Momentos da Verdade, como reconheceu a importância de enfocar os contatos com seus clientes. Ele percebeu que, anualmente, cada um dos 10 milhões de passageiros da SAS entrava em contato com aproximadamente cinco funcionários da empresa durante uma viagem. Como cada contato dura aproximadamente 15 segundos, ele concluiu o seguinte: “Assim a SAS “acontece” 50 milhões de vezes por ano, 15 segundos por vez. Esses 50 milhões de “momentos da verdade” são momentos que, enfim, determinam se a SAS será bem sucedida ou falhará como empresa. São momentos da verdade quando devemos provar aos nossos clientes que a SAS é sua melhor alternativa.”
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Tela 13 |
| Carlzon
reconheceu que as interações com funcionários foram
uma maneira muito óbvia para os clientes julgarem a qualidade dos
serviços prestados pela SAS. Com sua focalização nos
contatos com clientes (bem como outros aspectos do negócio), ele
devolveu a SAS seu status, de um prejuízo anual de US$ 8 milhões
para um lucro anual de US$ 71 milhões!
Uma parte substancial de sua virada foi
proveniente do gerenciamento dos encontros que seus funcionários
tinham com os clientes, assim, cumprindo mais completamente suas expectativas.
O objetivo de Carlzon foi permear cada aspecto de um contato com o cliente
com qualidade. |
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Tela 14 |
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| 2
- Momento da Verdade – A interação com o cliente
Como visto anteriormente, qualidade em um produto, da forma que é julgada aos olhos do cliente, é um assunto altamente subjetivo. Não importa quão objetiva a empresa considera a qualidade de seu produto, ela estará aberta para ser interpretada. Os clientes procuram avidamente “evidências” ou pistas para auxiliá-los a verificar a qualidade dos produtos que compram e mesmo essa evidência pode tornar-se totalmente subjetiva. Por exemplo, outro executivo de empresa aérea concluiu que, a partir da perspectiva do passageiro, manchas de café (evidência negativa) nas bandejas dos comissários podem sugerir que a manutenção dos motores é precária. Como Tom Peters afirmou: ”A percepção é tudo que existe. O que os clientes percebem é real; eles devem ser ouvidos e atendidos”.
A percepção dos clientes
sobre a qualidade dos produtos é um ponto-chave para a fixação
de relacionamentos de longa duração. O objetivo do pós-marketing
de aumentar a lealdade exige que a empresa conheça totalmente as
oportunidades de seus clientes avaliarem a qualidade de seus produtos
e serviços. Enquanto algumas dessas oportunidades consistirão
de evidências
físicas, outras oportunidades consistirão em interações
com um funcionário da empresa ou vendedor. É nesses momentos
que os clientes formulam muitas de suas impressões sobre a qualidade
dos produtos que adquiriram. |
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Tela 15 |
O valoroso critério de Carlzon era que os clientes aproveitam qualquer informação ou interação disponível para ajudá-los a avaliar a qualidade do produto comprado. Para gerenciar plenamente a evidência de contato em torno de seu produto, uma empresa deve:
Os momentos da verdade não são, por si mesmos, nem positivos nem negativos. É a qualidade do resultado de um momento da verdade que é importante. Identificar momentos da verdade força a empresa a estar consciente dos resultados. O comprador ficou satisfeito com a descrição do vendedor sobre as características do produto? O balconista tratou o cliente de forma rude? Os vendedores podem, por meio de uma linha telefônica, autorizar mudanças e tomar a iniciativa de solucionar outros problemas dos clientes? Nem
todos os momentos da verdade são iguais. Alguns são mais
importantes que outros. Aqueles que têm um efeito crítico
sobre as percepções dos clientes devem ser conhecidos e
devem receber parte substancial da atenção dos administradores.
Esses são chamados de Momentos Críticos. |
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Tela 16 |
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Como em qualquer encontro interpessoal, cada parte do momento da verdade – cliente e funcionário – traz o seu próprio conjunto de valores e expectativas. Ambas são sujeitas ao contexto de interação com o produto. O momento da verdade é satisfatório quando requer congruência entre os três componentes: o contexto, a estrutura de referência do cliente e a estrutura de referência do funcionário. Entretanto, a congruência pode ser difícil de atingir.
O momento da verdade é outra maneira de falar sobre o alcance do “servir”, que o cliente exige ou antecipa da empresa. Isso tem levado alguns autores a chamar os momentos da verdade de “encontros de serviço”. Mas as oportunidades existentes em um momento da verdade são realmente muito amplas. Essas interações, com os clientes, podem ser consideradas “encontros de marketing”. Assegurar sucesso nesses encontros pode ser considerado a principal responsabilidade do marketing. |
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Tela 17 |
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| 3
- Resultado do Serviço
Theodore Levitt foi um dos primeiros teóricos do marketing a conceber que os produtos são compostos de várias partes. Philip Kotler modificou um pouco a visão de Levitt e chegou a uma estrutura de três níveis de produto. O denominador comum mais baixo de um produto é descrito como o produto genérico, ou seja, a idéia básica. O próximo nível, de produto esperado, acrescenta ao produto genérico todas as características que os clientes desejam e esperam. O produto ampliado, terceiro e último estágio, oferece serviços e benefícios adicionais, não esperados, que podem ajudar a distinguir a oferta de uma empresa com os de outras. O produto ampliado é o produto físico acrescido do valor e segurança acrescentados pelos serviços de pós-marketing. A conclusão inevitável é que, qualquer que seja a venda da empresa, é provável ser uma mescla de evidências físicas (elementos tangíveis) e evidencias “não físicas” (eventos intangíveis ao nível de produto ampliado). Ambos os tipos de evidência são constatados pelos clientes para ajudá-los a avaliar a qualidade que têm recebido.
Em ambos os casos, marketing de serviços e marketing de produtos, os serviços que os clientes esperam serão supridos por muitos indivíduos diferentes interagindo com os cientes da empresa. Reconhecer a possibilidade de os serviços serem desempenhados pelos funcionários de um representante ou intermediário, em vez de os próprios funcionários da empresa, aumenta a importância de identificar todos os momentos da verdade envolvidos na venda dos produtos. Ter identificado as interações e cada um dos participantes permite á empresa tentar administrar melhor esses contatos. A dificuldade das tarefas da empresa em administrar os pontos de contato com o cliente é mais entendida quando se considera que, paradoxalmente, é muito freqüente que os funcionários de nível mais baixo em qualquer organização tenham os maiores contatos com o cliente. |
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Tela 18 |
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| 4
- Programação da interação com os clientes
Como visto, o principal mecanismo para manter relacionamentos de longa duração com os clientes é aumentar sua satisfação por meio das interações com a empresa, tanto em qualidade quanto em número. Para monitorar as interações, a empresa deve ter um conhecimento completo de como eles interagem com ela. A empresa deve saber quando, como, em que condições, para quais propósitos e com quem os clientes interagem em sua organização. Uma forma conveniente para identificar interações específicas com clientes é chamada programação de clientes, que são interações específicas com clientes. Uma programação detalhada
ode ajudar as empresas a identificarem oportunidades para melhorar seus
serviços ou constatarem oportunidades não previstas para
as quais poderiam ser praticadas atividades de pós-marketing. Uma
programação pode também sugerir mudanças que
poderiam ser realizadas para a distribuição de um produto,
e com isso, aumentar os contatos com os clientes ou enriquecer o valor
dos contatos atuais. |
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Tela 19 |
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Uma
programação de clientes possui três elementos básicos:
Uma programação de clientes
deve identificar claramente todos os passos de um processo, ou todos os
contatos ou interações com os clientes, que são ordenados
seqüencialmente por tempo. Posteriormente, a programação
é dividida em pelo menos duas zonas, uma de visibilidade
e uma de invisibilidade. |
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Tela 20 |
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A programação também identifica pontos de falha no processo de marketing. Assim que um desses pontos (falha) o valor do processo de marketing para o cliente final é diminuído. Identificar pontos de interação específicos como falhas pode ajudar a empresa a focalizar sua administração e atenção ao controle de qualidade naqueles passos mais prováveis de causar dificuldade no processo de marketing. A abordagem holística representada pela programação de clientes tem valor porque desempenha funções tais como:
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Tela 21 |
| 5
- Incidentes Críticos
Um crescente número de especialistas e empresas, especializadas em “clientes”, está estudando os fatores qualitativos de satisfação de contatos dos clientes com as organizações. Uma técnica denominada “técnica do incidente crítico” vem sendo muito empregada em muitos desses estudos. É um procedimento para coletar situações engraçadas nas interações entre clientes e empresas. Essas situações são organizadas com base nas semelhanças de julgamentos, sendo depois quantificadas de acordo com a forma analítica do conteúdo.
Geralmente, os participantes são solicitados a responder a seqüência seguinte de perguntas: Pense em uma ocasião quando, como cliente, você teve uma satisfação ou insatisfação específica em uma interação com um funcionário da Cia. ABC.
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Tela 22 |
Três
professores de marketing, Bitner, Booms e Tetreault, descreveram um estudo
bastante original aplicando a técnica de incidente crítico
para estudar a satisfação dos clientes em relação
a três tipos de serviços: hotéis, restaurantes e linhas
aéreas. A partir de uma amostra de 375 pessoas, foram coletados 719
incidentes. Reunindo os incidentes de acordo com suas semelhanças,
foram identificados três grupos distintos:
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Tela 23 |
Os professores classificaram os 719 incidentes nessas três condições e analisaram a participação dos resultados satisfatórios contra insatisfatórios. Os resultados, substancialmente compactados para fornecer uma perspectiva global, são bastante decepcionantes. Eles indicam um quadro relativamente pessimista em termos de o pessoal de serviços estar habilitado para satisfazer os clientes em suas interações:
De todos os incidentes críticos coletados, o maior número pertence ao grupo formado de iniciativas não correspondidas pelos funcionários. Entre esses incidentes, existem também situações em que os clientes estavam satisfeitos. O incidente crítico seguinte mais freqüente foi o de funcionários que contribuíram para o fracasso do sistema de prestação de serviços. Aqui a evidência do fracasso é muito maior; apenas uma em duas vezes o funcionário foi hábil para satisfazer o cliente. Finalmente, a terceira categoria, menos freqüente, é representada por funcionários que atenderam as solicitações dos clientes para serviços especiais. Aqui, a vantagem de satisfazer os cientes é muito melhor, duas por uma. |
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Tela 24 |
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| 6
- Utilização de funcionários para resolver problemas
imediatos
A programação é uma maneira conveniente de identificar todas as pessoas da organização que mantêm contato com os clientes. Freqüentemente, esses funcionários podem estar muito mais na retaguarda do que na linha de frente, como a definição sugere. Funcionários que interagem com o cliente podem fornecer perspectivas valiosas sobre certos valores e sobre o grau de facilidade com que acreditam atender às necessidades desses clientes. Esses funcionários são os únicos representantes da empresa que o cliente já encontrou. Entre esses funcionários estará representada uma amplitude de pontos de vista relativos à conscientização de suas responsabilidades com a empresa para manter e melhorar a satisfação dos clientes.
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Tela 25 |
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Um
procedimento formalizado para obter feedback do funcionário, geralmente
é um processo produtivo. Reúne informações rápida
e eficientemente e reconhece a importância do papel interativo do
desempenho do funcionário. Existem três métodos diferentes
para reunir tais informações:
Grupos
de funcionários-foco ou levantamentos geralmente são menos
dispendiosos, mais convenientes e mais rápidos para serem conduzidos
do que os projetos de pesquisa de clientes. Isso ocorre porque normalmente
são conduzidos internamente, durante o expediente de trabalho.
Provavelmente, um dos maiores benefícios destas ferramentas seja
a atmosfera que elas geram. Qualquer solicitação aos funcionários
por informações reconhece amplamente seus papéis
e capacidades. É estabelecido um precedente para ouvir suas idéias
e considerações. Como resultado, é provável
que eles se sintam uma parte do programa de marketing da organização. |
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Tela 26 |
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| 7
- Tornando uma organização acessível aos clientes
Contatos com clientes têm tradicionalmente sido ofuscados por muitas empresas que temem o resultado de muita exposição entre os clientes. Existem quatro perspectivas diferentes que incorporam muitos dos temores causados às empresas pela distância de seus clientes:
Empresas orientadas para o cliente aceitam comunicações com eles como parte natural do negócio. Essa aceitação é baseada no reconhecimento dos seguintes fatores:
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Tela 27 |
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Estatisticamente,
sabe-se que um cliente satisfeito costuma transmitir sua satisfação
sobre um bem ou serviço a quatro ou cinco pessoas de seu círculo
imediato de convivência (família, amigos), mas um cliente
insatisfeito contará seus problemas ao dobro de pessoas. Cada vez
que um cliente contata uma empresa, abre-se uma oportunidade para aumentar
a sua satisfação. O contato direto pode ser o início
de um forte relacionamento com o cliente, mesmo se a razão original
para o contato for negativa. |
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Tela 28 |
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| 8
- Estratégias para lidar com reclamações
Lidar com reclamações é um dos melhores exemplos de administrar relacionamentos ativos com os clientes. Infelizmente, não considerando a qualidade dos procedimentos adotados, apenas uma pequena fração de clientes insatisfeitos contata uma empresa. Cinco coisas podem acontecer quando um cliente está insatisfeito:
Estudos
mostram que apenas 4% dos cientes insatisfeitos fazem reclamações.
Os outros 96% simplesmente mudam de fornecedor e a grande maioria destes
jamais retorna. Entretanto, se uma reclamação de cliente
for atendida satisfatoriamente, existe 90% de chance de ele permanecer
na empresa. |
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Tela 29 |
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As empresas estão começando a reconhecer a importância de um bom serviço de atendimento às reclamações. Cada vez que um cliente contata a empresa para reclamações, ela tem a oportunidade para converter um comprador insatisfeito em satisfeito, além de coletar valiosas informações. Infelizmente, nem todas as empresas aproveitam as oportunidades de resolver reclamações com uma perspectiva. Assim, uma empresa pode assumir quatro posturas diferentes no que se refere ao atendimento de reclamações:
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Tela 30 |
| Resumo
Os clientes procuram avidamente “evidências” ou pistas para auxiliá-los a verificar a qualidade dos produtos que compram e mesmo essa evidência pode tornar-se totalmente subjetiva. A percepção dos clientes sobre a qualidade dos produtos é um ponto-chave para a fixação de relacionamentos de longa duração. O objetivo do pós-marketing de aumentar a lealdade exige que a empresa conheça totalmente as oportunidades de seus clientes avaliarem a qualidade de seus produtos e serviços. Os momentos da verdade não são, por si mesmos, nem positivos nem negativos. É a qualidade do resultado de um momento da verdade que é importante. Nem todos os momentos da verdade são iguais. Alguns são mais importantes que outros. Aqueles que têm um efeito crítico sobre as percepções dos clientes devem ser conhecidos e devem receber parte substancial da atenção dos administradores. Esses são chamados de Momentos Críticos. O momento da verdade é outra maneira de falar sobre o alcance do “servir” que o cliente exige ou antecipa da empresa. Isso tem levado alguns autores a chamar os momentos da verdade de “encontros de serviço”. A dificuldade das tarefas da empresa em administrar os pontos de contato com o cliente é mais entendida quando se considera que, paradoxalmente, é muito freqüente que os funcionários de nível mais baixo em qualquer organização tenham os maiores contatos com o cliente. Para monitorar as interações, a empresa deve ter um conhecimento completo de como eles interagem com ela. A empresa deve saber quando, como, em que condições, para quais propósitos e com quem os clientes interagem em sua organização. Uma forma conveniente para identificar interações específicas com clientes é chamada programação de clientes. A “técnica do incidente crítico” é um procedimento para coletar situações engraçadas nas interações entre clientes e empresas. Essas situações são organizadas baseando-se em suas semelhanças de julgamentos, sendo depois quantificadas de acordo com a forma analítica do conteúdo. A programação é uma maneira conveniente de identificar todas as pessoas da organização que mantêm contato com os cientes. Um procedimento formalizado para obter feedback do funcionário, geralmente é um processo produtivo. Reúne informações rápida e eficientemente e reconhece a importância do papel interativo do desempenho do funcionário. Existem três métodos diferentes para reunir tais informações: grupos funcionários-foco, levantamentos de opiniões de funcionários e relatórios de alerta. Existem quatro perspectivas diferentes que incorporam muitos dos temores causados às empresas pela distância de seus clientes: síndrome da avestruz, síndrome do objeto provocado, expectativas falsamente levantadas e o pesadelo do Controller. Empresas orientadas para o cliente aceitam comunicações com eles como parte natural do negócio. Lidar com reclamações é um dos melhores exemplos de administrar relacionamentos ativos com os clientes. |
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| Unidade 3 | Módulo 3 | Tela 31 |
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1 - Serviços aos clientes Como pode ser observado, os serviços a clientes são diferentes da prestação de um serviço. Serviços a clientes são cuidados pós-marketing e devem integrar qualquer oferta ao mercado, tanto para bens físicos como para a prestação de serviços. Eles envolvem o cuidado, consideração e atenção focados no cliente. Uma política de rápida substituição de produtos defeituosos é um exemplo de serviços a clientes. A atenção e a orientação dada por um consultor de investimentos, excedendo o serviço financeiro originalmente contratado, é outro exemplo. A oferta apropriada de serviços a clientes pode ser estabelecida à parte da rotina de interação com um cliente. A atenção a bons serviços ao cliente é o início do pós-marketing e consiste de quatro componentes: De acordo com o exposto, a empresa deve visualizar o tipo de atividade contínua exigida pelo pós-marketing para atingir o seu objetivo de retenção de clientes. O pós-marketing deve ser uma forma consciente e ampla de conduzir negócios. Ele não pode pertencer a uma área, departamento ou função. Ele tem uma filosofia, uma prescrição de como os negócios podem ser conduzidos não se tratando, portanto, de apenas mais uma campanha ou programa de vendas. |
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Tela 32 |
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2 - Criação de um programa pós-marketing As atividades de pós-marketing necessárias à realização de marketing de relacionamento seguem uma ordem, na qual devem ser implementadas tendo em vista um programa de pós-marketing completo. São elas:
Vamos, a seguir, considerar cada uma das atividades. |
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Tela 33 |
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Identificação da base de clientes - Com a disponibilidade e a capacidade cada vez maior dos microcomputadores, mesmo as pequenas organizações podem manter perfis complexos de clientes e acessar informações à medida que interagem com cada um deles. É o chamado de banco de dados de clientes e será visto mais à frente.
A etapa de
coleta de nomes não custa muito, pois existem maneiras baratas
de encorajar os clientes a fornecerem seus nomes e endereços. Por
exemplo, a utilização de cupons está possibilitando
esta tarefa. |
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Tela 34 |
| Reconhecimento
aos clientes – Uma vez que as identidades dos clientes estejam
armazenadas em um banco de dados, o próximo passo é reconhecer
os clientes pelos negócios que fizeram com a empresa. Isso inclui
expressar reconhecimento pela escolha e comunicar desejo de estar próximo
a eles (mensagens de propaganda, ligações telefônicas
ou correspondência). Um programa de contatos pode ser planejado para
atender à base de clientes, o grau de personalização
desejado e o orçamento.
Newsletters, revistas ou jornais são maneiras populares de manter as comunicações da empresa em evidência. Deve-se lembrar aqui a importância de proporcionar benefícios reais aos clientes em qualquer material enviado. Se o material contém somente mensagens de venda, a empresa não estará reconhecendo e agradecendo aos clientes pelos negócios proporcionados; nesse caso, trata-se de tentativa de fazer novos negócios. Será decepcionante para o cliente e não se trata de pós-marketing.
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Tela 35 |
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Mapeamento das interações com os clientes – consiste na identificação de todos os pontos nos quais a organização tem ou poderia ter contatos com clientes, fornece informações vitais para gerenciar bem as interações presentes. Oferece também idéias de como aumentar os pontos de contato e como explorar melhor os existentes. Pontos
de contatos com clientes podem ser facilmente encontrados usando uma técnica
denominada programação de clientes, que já foi vista
anteriormente. Apenas para recordar, nessa técnica, listam-se todos
os pontos de contato, incluindo quem está interagindo com o cliente
e quais são os objetivos principais desta interação.
Pode ser feita uma estimativa ou mensuração real do grau
de satisfação do cliente com relação ao contato
atual. Os funcionários que estão interagindo, bem como suas
funções, devem ser identificados. Uma vez que todos os contatos
foram avaliados, podem ser especificados planos para direcionar maior
atenção sobre aqueles contatos identificados como críticos
ao proporcionar aos clientes uma experiência satisfatória.
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Tela 36 |
Mensuração
da satisfação dos clientes - o componente mais
importante do processo de pós-marketing é a mensuração
da satisfação dos clientes. Essa atividade oferece dois
benefícios: a empresa coleta informações valiosas
que permitem o fornecimento de bens e serviços de valor verdadeiro
e podem demonstrar cuidado e consideração com os clientes
ao solicitar-lhes informações para futuras decisões
de produção e administração.
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Tela 37 |
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Manutenção do contato -
a empresa não deve apenas iniciar comunicações externas.
Ela deve, também, estabelecer um mecanismo para que os clientes
possam contatá-la com facilidade. Em oposição a tal
postura, algumas empresas se aborrecem com a idéia de abrir suas
portas para clientes chatos e curiosos. Entretanto, existe uma quantidade
crescente de informações e sugestões que podem ser
recebidas por meio de um número de telefone 0800, portais na Internet
e outros veículos de acesso. Eles fornecem mais benefícios
do que custos envolvidos. Recuperação de clientes perdidos - Enquanto a principal mensagem do pós-marketing é estabelecer e manter relacionamentos com os clientes atuais, algumas das empresas mais conhecidas hoje estão voltando atrás para recuperar clientes perdidos. Clientes perdidos são defeitos para a empresa, ou melhor, eles são os clientes para os quais a empresa falhou. Para melhorar seu sistema de marketing, bens e serviços, a empresa pode contatar clientes perdidos e aprender com eles. Suas opiniões sobre produtos, sistemas de entrega ou pessoal podem oferecer informações mais significativas objetivas do que os clientes atuais que estejam razoavelmente satisfeitos. Outra razão
para contatar clientes perdidos é que muitos podem ser recuperados.
Um levantamento sobre clientes perdidos pode servir como input para um
programa de prospecção de vendas ao identificá-los
como de alta probabilidade para novas compras. Esses levantamentos e programas
de recuperação de clientes perdidos alertam a empresa que
eles não estão perdidos para sempre. |
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Tela 38 |
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3 - A mensuração da satisfação do cliente
As empresas, normalmente, recebem suficiente correspondência dos clientes e do público e fica a par das coisas importantes que estejam ocorrendo. Entretanto, sob a perspectiva do pós-marketing, compromisso mais forte deve ser estabelecido, não apenas para conhecer relatórios resultantes das iniciativas dos clientes, mas também para estabelecer programa formalizado de mensuração e satisfação para avaliar ativamente as opiniões de todos os clientes. Superficialmente, mensurar a satisfação dos clientes pode parecer tarefa mais simples de pós-marketing, mas, além do que aparenta, satisfação do cliente é assunto muito complexo. Exige que a empresa conheça virtualmente tudo sobre o seu produto, como e por que os clientes os compram. Sem esse conhecimento de fundo, é impossível fazer as perguntas apropriadas para determinar o nível de satisfação do cliente. Em um programa de pós-marketing para estabelecer relacionamentos com os clientes, uma das primeiras perguntas dirigidas a cada cliente deve ser: “Como você está sendo atendido?” Comunicações insensíveis para um cliente insatisfeito é desperdício de dinheiro e podem até aumentar a insatisfação. Dessa forma, comunicações que persistem sem estimular um diálogo para feedback podem gerar frustração. |
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Um programa de satisfação de clientes tem diversas utilidades, entre elas:
Se fosse perguntado aos clientes o que mais os satisfazia em relação a um produto, uma grande maioria, sem dúvida, responderia: “Percepção de qualidade”. Pode-se admitir que o processo pelo qual os clientes operacionalizam seus julgamentos de qualidade é mais subjetivo do que um processo rigoroso de qualidade de um fabricante. Todavia, as percepções dos clientes, não importando sua subjetividade, são a realidade do mercado com o qual a empresa deve lidar.
Em função de a qualidade estar relacionada com aquilo que os clientes esperam de um produto ou serviço, é necessário conhecer como as expectativas são formadas. Clientes têm necessidades e desejos que um produto pode resolver. As expectativas de qualquer produto são estabelecidas durante o tempo de experiência e são resultados que vão além do produto tomado isoladamente. A cultura, a propaganda, as vendas, as informações boca a boca e as atividades de pós-marketing da empresa ajudam a moldar as expectativas. |
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Tela 40 |
De maneira interessante, as expectativas irão variar dentro de um mercado atendido pela empresa. Elas podem:
Toda a empresa que aceita o desafio de pós-marketing deve dedicar-se a oferecer satisfação. Oferecer bens e serviços que satisfaçam exige conhecimento das expetativas dos clientes. Isso ocorre porque a maioria dos programas de mensuração da satisfação não apenas sinaliza níveis de satisfação, mas também fornece conhecimento das expectativas dos clientes. Esses programas ajudam as empresas a priorizar as expectativas dos clientes, detectar as mudanças de importância dessas expectativas e conhecer o valor das necessidades existentes.
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| Tomando por base essas
expectativas, a satisfação pode ser definida quase que simplesmente
como a extensão pela qual as expectativas dos clientes sobre um produto
são atendidas pelos benefícios reais que recebem.
Conhecer quais produtos e serviços atendem às expectativas e necessidades do cliente têm se tornado uma ferramenta essencial de marketing em empresas bem-sucedidas. Talvez exista uma hierarquia entre o que os clientes fantasiam e o que eles realmente estabelecem como expectativas. Existe alguma incerteza sobre como as expectativas podem influenciar a satisfação experimentada. Uma visão ingênua poderia sugerir que quanto maior for a expectativa, menor será a provável satisfação total. Mas as teorias de psicologia social tendem a discordar desse “bom senso”, por exemplo: |
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4 - Projeto do sistema de mensuração de satisfação de clientes É recomendado um processo de seis etapas para cobrir os principais passos de um programa de mensuração de satisfação de clientes.
Esse processo tem a mesma estrutura de qualquer projeto de pesquisa, portanto os tópicos não serão aqui aprofundados. |
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Em toda pesquisa de mercado, a identificação dos objetivos é fundamental para o sucesso de programas de mensuração da satisfação de clientes. Esta definição inclui:
Freqüentemente,
as respostas para algumas questões organizacionais já existem
na forma de dados secundários, isto é, dados disponíveis
que já foram compilados por outras fontes, para uma pesquisa entre
os quais podemos incluir registros internos, relatórios governamentais,
relatórios de empresas de consultoria e publicações
de negócios. É, muitas vezes, útil uma busca nos
dados secundários, pois podem reduzir custos antes de partir para
uma pesquisa de campo. |
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| Existem duas formas
de respostas básicas com as quais coletar a informação
identificada: resposta auto-administrada ou administrada pelo entrevistador. Também existem diversos métodos para estudos de campo em grande escala, tais como pelo correio, telefone ou pessoalmente. Cada método tem suas vantagens em termos de tempo, custo, exatidão, versatilidade, conveniência (para o entrevistado) e taxas de cooperação resultantes. Cada estudo precisa ser avaliado individualmente para determinar qual método de pesquisa de campo é melhor. Para estudos de satisfação de clientes, o método mais comumente utilizado é o levantamento pelo correio. Ele permite atingir um número maior de entrevistados a um custo menor, além de poupar mão-de-obra. Entretanto, existem métodos mais modernos para serem considerados. Um dos mais interessantes é administrar o levantamento por computador, utilizando-se um terminal programado no local da entrevista ou enviando o questionário via e-mail ou disquete para a casa do respondente. Acredita-se que a informação mais precisa é obtida quando a entrevista é realizada em campo neutro (por exemplo, no escritório ou residência do entrevistado). Entretanto, existem situações de conveniência quando os consumidores estão agrupados em um mesmo local e torna-se inevitável a imediata distribuição dos questionários de pesquisa. É também possível aproveitar uma reunião de clientes para distribuir os questionários. O único inconveniente é a provável baixa taxa de respostas. Ao projetar um questionário de mensuração de satisfação, deve-se levar em consideração que ele representa mais uma oportunidade de interação com o cliente. Isso sugere que deve ser dada especial atenção à aparência e preparação do “pacote” completo da pesquisa, envolvendo a carta anexa ou apresentação verbal, a aparência do questionário ou a condução da entrevista, a construção das questões e o mecanismo de resposta. É sempre recomendado um incentivo ou brinde pela devolução dos questionários, pois este reconhece o esforço do entrevistado e estimula a relação do cliente com a empresa. Freqüentemente, é uma boa idéia contratar serviços externos para ajudar a desenvolver e implementar o programa. Um consultor externo, por exemplo, trará, provavelmente, muita experiência para implantar um programa, além de cuidar do trabalho externo de levantamento. Pode ser difícil evitar o viés, ou desvio no processo, quando a equipe interna fica responsável por esse trabalho. É muito freqüente um programa conduzido por um grupo externo receber taxas de resposta mais altas. A contratação de consultoria externa pode obter maior interesse dos entrevistados potenciais em relação ao patrocinador da pesquisa, pois aos respondentes tendem a sentir que suas identidades ficam mais reservadas quando confiadas a um consultor externo. |
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Tela 45 |
| Definição
da amostragem e timing
A experiência
com qualquer grupo de consumidores no decorrer do tempo proporcionará
melhoramentos para tornar as mensurações mais úteis
e os tipos de clientes entrevistados mais relevantes. |
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Tela 46 |
| Não importa
o quanto o sistema de satisfação de clientes esteja bem planejado,
a fraqueza do elo de ligação será o questionário
e os procedimentos de campo. O projeto de questionário é extremamente
complexo (o que o faz ser estudado em disciplinas específicas relacionadas
com pesquisa mercadológica). Seu conteúdo pode ser resumido
da seguinte forma: “Extensão
do questionário” |
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Tela 47 |
| Idealmente, um questionário para levantamento do nível de satisfação de clientes deve ser pré-testado da seguinte forma:
Embora o pré-teste possa atrasar o início do programa de satisfação de clientes por algumas semanas ou meses, valerá à pena o esforço extra ao longo prazo. |
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Tela 48 |
| Análise dos
resultados e preparação do relatório - A análise
e interpretação dos dados são tão importantes
quanto a coleta dos mesmos. A análise deve utilizar tabulações
cruzadas e procedimentos estatísticos do mais alto nível. Existem inúmeras técnicas estatísticas para determinar a força ou significância dos relacionamentos entre os assuntos mensurados e a satisfação global dos clientes. A análise apresenta oportunidade para modelar a satisfação global, relacionando-os aos produtos ou serviços específicos. Os resultados do levantamento devem ser apresentados em uma forma facilmente compreensível e as representações gráficas são geralmente melhores se forem feitas com simplicidade. O objetivo deve ser identificar mudanças no decorrer do tempo. |
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Tela 49 |
| Resumo
Serviços a clientes são cuidados pós-marketing e devem integrar qualquer oferta ao mercado, tanto para bens físicos como para a prestação de serviços. A atenção a bons serviços ao cliente é o início do pós-marketing e consiste de quatro componentes: Espontaneidade, sinceridade, significância e consistência. As atividades de pós-marketing necessárias à realização de marketing de relacionamento seguem uma ordem, na qual devem ser implementadas tendo em vista um programa de pós-marketing completo: Identificação da base de clientes, reconhecimento aos clientes, mapeamento das interações com os clientes, mensuração da satisfação dos clientes, manutenção do contato e recuperação de clientes perdidos. De uma perspectiva pós-marketing, um compromisso mais forte deve ser estabelecido, não apenas para conhecer relatórios resultantes das iniciativas dos clientes, mas também para estabelecer um programa formalizado de mensuração e satisfação para avaliar ativamente as opiniões de todos os clientes. Um programa de satisfação de clientes tem diversas utilidades, entre elas: enfatiza o conhecimento do relacionamento comprador-vendedor; focaliza a perspectiva da empresa sobre a satisfação do cliente, não apenas em relação às ofertas dos concorrentes; e aumenta o conhecimento de como os empregados afetam a satisfação dos clientes. As percepções dos clientes, não importando sua subjetividade, são a realidade do mercado com o qual a empresa deve lidar. A cultura, a propaganda, as vendas, as informações boca a boca e as atividades de pós-marketing da empresa ajudam a moldar as expectativas. Toda a empresa que aceita o desafio de pós-marketing deve dedicar-se a oferecer satisfação. Oferecer bens e serviços que satisfaçam exige conhecimento das expectativas dos clientes.Conhecer quais produtos e serviços atendem às expectativas e necessidade do cliente tem-se tornado uma ferramenta essencial de marketing em empresas bem-sucedidas. É recomendado
um processo de seis etapas para cobrir os principais passos de um programa
de mensuração de satisfação de clientes: Definição
dos objetivos do programa, seleção do método de pesquisa
de campo, definição da amostragem e timing, projeto do questionário,
pré-teste do questionário e análise dos resultados
e preparação do relatório. |
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| Unidade 3 | Módulo 4 | Tela 50 |
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1 - Indústrias e empresas “bem sucedidas” O que existe de comum entre indústrias ou entre empresas que são repetidamente citadas como “bem sucedidas” ao focar a satisfação de seus clientes?
Essas indústrias ou empresas são caracterizadas por possuírem uma cultura que envolve clientes, atendendo-os e satisfazendo-os, por intermédio de muitas das seguintes ações:
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Tela 51 |
| Os relacionamentos
são construídos pela interação e mudanças.
Porém, as empresas vêm encontrando dificuldades na busca de
interação. Ou o mercado que elas servem está distante
delas e as identidades dos clientes são desconhecidas ou a freqüência
de compra está tão baixa que inibe o desenvolvimento de um
relacionamento ativo. O pós-marketing reconhece essas dificuldades
e sugere a formação de um programa de comunicação
com os clientes para ajudar a estabelecer um melhor relacionamento.
As eras de mídia própria (veículos de comunicação produzidos por uma empresa com propósito e audiência específicos) está em explosão. Empresas são atraídas por tais mídias de âmbito limitado em função do controle que elas podem exercer sobre o veículo. Esse controle manifesta-se tanto em termos de conteúdo como de circulação.
Essas mídias são, geralmente, adotadas para realizar objetivos de pós-marketing, tais como gerenciar o relacionamento com os clientes. Embora os custos de introdução sejam consideráveis, muitas empresas têm instituído suas próprias revistas, newsletters, intranets e páginas na internet e parecem muito satisfeitas com os resultados. Tais publicações tornaram-se táticas de marketing de custo muito eficaz. Tanto
a mídia como os eventos evidenciam que as empresas admitem que
a aproximação com os clientes não é apenas
desejável, mas obrigatória. Além disso, devido ao
volume de gastos envolvidos em uma campanha de mídia de massa,
as atividades de pós-marketing conduzidas pela própria
empresa podem ser muito mais eficazes em termos de custo. |
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Tela 52 |
| 2
- Natureza da mídia própria e outros programas da empresa
Além de lidar com reclamações e programas de mensuração da satisfação dos clientes, a organização tem oportunidade muito real de contatar seus clientes diariamente. O relacionamento com clientes é um meio muito eficaz de conservar sua lealdade. Esse é o papel de um programa de comunicação mantido pela empresa.
Os programas
de comunicação mantêm e fortalecem o relacionamento
entre a empresa e seus clientes. Relacionamentos com clientes são
importantes para produtos de quaisquer finalidades, tanto em grandes como
em pequenas empresas, pois mesmo estas últimas podem investir em
comunicação com seus clientes atuais. Se elas não
puderem produzir revistas em papel cuchê impressas em quatro cores,
contendo assuntos variados em 40, 50 ou 60 páginas, elas podem
editar e distribuir newsletters com muitas informações,
em períodos mensais, bimensais ou trimestrais. |
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| Como muitas
atividades da empresa, o sucesso de um programa de comunicações
com clientes depende da fixação de objetivos.
Especificamente, o que a empresa deseja realizar? Esses objetivos específicos devem, sem dúvida, apoiar os objetivos globais e a estratégia de marketing. Sete objetivos comuns podem ser realcionados:
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Publicações
de propriedade da empresa oferecem grande número de vantagens sobre
qualquer outra mídia de marketing. Algumas vantagens decorrem do
fato de que são publicações sob a responsabilidade
de um patrocinador único.
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Tela 55 |
| 3
- Revistas de empresas
As revistas de empresas tiveram origem entre empresas industriais para quem os relacionamentos com clientes vêm sempre sendo tratados como muito decisivos. Elas também vêm sendo muito adotadas por empresas de bens de consumo. Um número crescente de organizações, tanto de bens de consumo como de bens industriais, está destinando parte substancial de seus orçamentos de marketing para publicações dirigidas aos clientes. Essa tendência reflete o reconhecimento de que as comunicações com os clientes são tão importantes quanto as propagandas aos clientes potenciais. A tendência também revela um descontentamento crescente com as mídias de massa tradicionais. Em que circunstância a empresa deve considerar a publicação de revistas? Diversas delas são apropriadas; vejamos:
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As revistas de empresas podem realizar diversos objetivos de pós-marketing de modo muito mais eficaz do que outras opções promocionais. Por exemplo:
Deve-se observar, no entanto, que não é uma boa idéia lançar uma revista simplesmente como uma resposta para o que as outras empresas do setor já estão fazendo. Clientes categorizados podem já estar recebendo muitas outras publicações, o que dificulta qualquer efeito significativo. Nesse caso, outra tática de comunicação pós-marketing pode ser mais competitiva. |
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Tela 57 |
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| 4 - Newsletters
personalizadas e multisegmentadas Uma publicação tipo newsletter segmentada é uma versão especial de revista de empresa. Ela é totalmente feita de acordo com os interesses do cliente individual. O que é revolucionário em uma newsletter dirigida a um segmento ou mais é o uso de:
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| As newsletters
proporcionam às empresas que não dispõem de recursos
para produzir uma revista, a oportunidade de manter boas relações
com os clientes através de comunicações de baixo custo.
Elas proporcionam muitas das vantagens desfrutadas pelas revistas: manter
contato com os clientes, favorecer relacionamentos de longo prazo, fornecer
informações sobre os produtos, firmar a empresas como uma
especialista em sua área e cultivar futuras vendas, tudo a um custo
substancialmente reduzido.
Talvez, em razão de seu próprio nome, as newsletters impliquem urgência, notícias de última hora e uma intenção de atualizar o leitor para uma ação correta. Elas podem ainda assumir compromisso maior do que as revistas, no sentido de transmitir novidades reais sobre os produtos e fornecedores. Para serem bem-sucedidas e lidas, devem proporcionar aos clientes notícias e informações relevantes. Newsletters,
como as revistas, tem vida útil maior e espaço
para divulgar informações amplas. Uma vantagem menos notória,
mas também importante, é a consistência fornecida
por um programa de newsletter. Se o ambiente de negócios
de uma organização muda freqüentemente devido a fusões,
desenvolvimento de novos produtos ou novas regulamentações,
uma newsletter pode ajudar a manter os clientes a par dessas
mudanças. |
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Tela 59 |
| 5 - A nova
era: boletins eletrônicos e revistas eletrônicas
Os boletins e comunicados por meio de computadores estão se tornando um novo meio de troca de informações e até de interação entre os clientes. Muitas empresas já estão desenvolvendo comunicados eletrônicos. Eles tendem a substituir as mídias impressas tradicionais, especialmente as newsletter. Sua principal vantagem é a rapidez, isto é, a oportunidade que ela fornece aos clientes de se comunicarem instantaneamente entre si e com os funcionários da empresa. A promoção
de uma comunicação eletrônica por uma empresa pode
ser interpretada como uma postura quase passiva, a menos que a empresa
exerça um papel ativo promovendo o diálogo. Uma maneira
de a empresa participar ativamente é comunicar os assuntos ou temas
para discussão eletrônica entre clientes, atuando como “moderadora”
na direção dos diálogos. Sem dúvida, uma desvantagem
é que quanto mais ativo for o papel exercido, mais tempo será
exigido de um ou mais especialistas da empresa promotora. Entretanto,
nenhuma outra mídia, exceto o telefone, oferece à empresa
melhor oportunidade de ouvir os clientes um a um. |
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As principais ferramentas do relacionamento eletrônico entre clientes e empresa são:
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| 6 - Eventos
especiais Para muitas empresas, o patrocínio de eventos é assumido apenas como substituição de mídia de massa. O evento é tratado como uma extensão ou veículo de conversão. Esse pode ser ou não o melhor uso de eventos no plano de marketing, pois pode, sem dúvida, aumentar a consciência de um produto ou marca, mas parece improvável que ele levará um consumidor a mudar de marca ou fornecedor. Algumas empresas utilizam eventos para complementar o plano de marketing. Elas investem neles em função da visibilidade que oferecem a novos consumidores, embora os eventos proporcionem também oportunidades de participação dos concorrentes, bem como de seus funcionários. Outras empresas usam eventos com maior propriedade devido a seu forte valor de pós-marketing junto aos clientes atuais. Eventos especiais dirigidos para agradecer aos clientes podem transmitir uma mensagem positiva, fortalecendo seus relacionamentos com a empresa e reforçar a lealdade de compra. Esses eventos não devem ser extravagantes para não prejudicar a mensagem de agradecimento, devendo ser simples e orientados a um alvo de clientes específico.
Geralmente, o marketing
de eventos envolve a busca de atividades de lazer, como esportes, música,
recreação, e de causas políticas e sociais, como
plataformas para comunicar uma mensagem de marketing. Tais atividades
de lazer proporcionam que os anunciantes encontrem os clientes de determinado
estilo de vida, apresentando a eles os produtos de maneira mais natural. |
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Tela 62 |
| Diferentemente
da propaganda, o evento proporciona aos patrocinadores acesso face a face
com seus clientes atuais e potenciais em um ambiente não saturado
e ainda não poluído em termos de comunicação.
Entretanto, a vantagem real do marketing de eventos pode ser o valor psicológico
de apanhar o cliente com suas defesas recuadas. Visto que as formas diretas
de venda acionam os mecanismos de defesa do consumidor, o fator distração
de um evento especial pode permitir que qualquer mensagem de venda encontre
os caminhos mais livres para atingir a mente do consumidor.
Eventos especiais, como oportunidades de marketing, estão sendo rapidamente reconhecidos pela maioria das empresas de serviços de marketing, inclusive empresas de promoção de vendas, propaganda, relações públicas e executivos de marketing. Cidades, escritórios de promoção do turismo, pequenas e grandes empresas também começam a entender as vantagens do patrocínio de eventos. Um
patrocinador pode participar de uma promoção já existente
ou criar seu evento próprio. O patrocínio total de um evento
proporciona ao patrocinador, maior controle e maior eficácia de
custo do que os padrões apresentados em patrocínio simples.
Esse controle total pode ajudar a empresa atingir os objetivos de marketing
dela. Embora algumas empresas acreditem que devam ficar sozinhas para
beneficiarem-se de um evento, outras aprenderam a obter vantagens de marketing
pr meio de promoções cruzadas e patrocínios secundários. |
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Tela 63 |
Diversos fatores devem
ser considerados ao escolher um evento promocional:
Ao empreender um evento
especial, a empresa tem a oportunidade de reforçar o compromisso
de marca de seus clientes atuais. Reunir clientes proporciona uma confirmação
pública valiosa por eles terem escolhido os produtos da empresa.
O evento é uma festa de clientes. |
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Tela 64 |
| 7 - Produtos
de afinidade Embora as empresas devam geralmente estimular relacionamentos com clientes, às vezes, esses tomam iniciativas próprias para estabelecer um relacionamento visível com uma empresa. A popularidade do produto de afinidade é evidência de tal comportamento. Produto de afinidade é qualquer outro produto que ostenta o nome, logotipo ou marca de uma empresa, como camisetas, bonés, guarda-chuvas, etc. Ele é comprado pelos clientes a um preço normal ou superior ou pode ser adquirido por meio do resgate de cupons ou notas de compra de um produto da empresa. Em ambos os casos, o desejo dos clientes pela mercadoria é motivado pelo interesse em demonstrar uma afiliação com as marcas ou personalidade da empresa.
Os produtos de afinidade
têm a sua origem entre as equipes esportivas patrocinadas por empresa
que, orgulhosamente colocaram seus nomes nas camisetas dos atletas, sacolas
e assim por diante. Posteriormente, funcionários das maiores empresas
começaram a orgulhar-se em usar casacos e exibir outros itens identificados
com o nome de sua empregadora. Estampar brinquedos e objetos de baixo
preço com logotipos de empresas para uso como propaganda tem sido
uma prática antiga. A idéia é que esses itens ajudariam
a manter a marca junto a seus clientes. Infelizmente, muito freqüentemente,
os produtos eram de qualidade inferior ou de natureza insignificante e
podiam transmitir uma imagem negativa da empresa. |
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Tela 65 |
| Resumo
Essas empresas são caracterizadas por possuírem uma cultura que envolve clientes, atendendo-os e satisfazendo-os, por intermédio de muitas ações; A eras de mídia própria (veículos de comunicação produzidos por uma empresa com propósito e audiência específicos) está em explosão. Empresas são atraídas por tais mídias de âmbito limitado em função do controle que elas podem exercer sobre o veículo. Tanto a mídia própria como os eventos evidenciam que as empresas admitem que a aproximação com os clientes não é apenas desejável, mas obrigatória. Como muitas atividades da empresa, o sucesso de um programa de comunicações com clientes depende da fixação de objetivos. Especificamente, o que a empresa deseja realizar? Publicações
de propriedade da empresa oferecem grande número de vantagens sobre
qualquer outra mídia de marketing. Diversas circunstâncias
são apropriadas a uma empresa para considerar a publicação
de uma revista: fazer pós-marketing, estabelecer ou satisfazer
envolvimentos de clientes com uma empresa e seus produtos, conseguir amplitude
de cobertura no mercado, quando a organização faz ajustes
freqüentes em produtos e serviços ao cliente e para complementar
a ação de vendas. Os boletins e comunicados através de computadores estão se tornando um novo meio de troca de informações e até de interação entre os clientes. Muitas empresas já estão desenvolvendo comunicados eletrônicos. Algumas empresas usam eventos com maior propriedade devido a seu forte valor de pós-marketing junto aos clientes atuais. Eventos especiais dirigidos para agradecer aos clientes podem transmitir uma mensagem positiva que fortaleça seus relacionamentos com a empresa e reforçar a lealdade de compra. Diferentemente da propaganda, o evento proporciona aos patrocinadores acesso face a face com seus clientes atuais e potenciais em um ambiente não saturado e ainda não poluído em termos de comunicação. Produto de afinidade
é qualquer outro produto que ostenta o nome, logotipo ou marca
de uma empresa, como camisetas, bonés, guarda-chuvas, etc. Ele
é comprado pelos clientes a um preço normal ou superior
ou pode ser adquirido através do resgate de cupons ou notas de
compra de um produto da empresa. |
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| Unidade 3 | Módulo 5 | Tela 66 |
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| 1 - O CRM
É cada vez mais difícil diferenciar produtos, pois eles estão cada vez mais parecidos, mesmo no caso dos produtos mais modernos. Quando se compra um carro, computador ou sabonete, pode-se escolher entre dezenas de marcas, cada uma atendendo a necessidades particulares e muitas, praticamente, indiferenciáveis.
Mediante esta realidade, algumas empresas adotaram estratégias que visavam ganhar maior participação no cliente em vez de participação no mercado, ou seja, buscando criar um vínculo com os clientes para aumentar a fidelidade à marca ou a um determinado produto. As experiências mais “bem sucedidas” deram origem a um conjunto de estratégias que foi batizado de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (CRM). |
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Tela 67 |
| Os antigos medidores
de sucesso, como o ROI (Retorno sobre o investimento) e marketshare
(participação de mercado, não pareciam mais garantir
a sobrevivência das empresas, embora continuem sendo eficientes para
medir retorno imediato. Fez-se necessária uma nova abordagem que
aumentasse a fidelidade do cliente para com a sua marca e seu produto.
Os clientes, por sua vez, começaram a demandar cada vez mais, não somente produtos, mas que as empresas levassem a solução completa de seus problemas até eles. Não queriam para si a cansativa tarefa de escolher entre várias opções e configurar sua própria solução. Preferiam pagar alguém que lhes poupasse desse trabalho, ou seja, que as empresas lhes trouxessem todos os produtos que deveriam compor a solução, acrescentassem os serviços relacionados e lhes entregassem a solução pronta para funcionar. Para isso, demandava-se que os clientes fossem ouvidos um a um para que se pudesse compreender claramente o que cada um desejava. Algumas empresas visionárias começaram a compreender que, em razão do ambiente competitivo, o cliente percebia que o mais importante era ser ouvido, em vez de ouvir tudo o que estava disponível. Isso significava que seria mais fácil fazer negócios com uma empresa que o compreendesse, que tivesse, de alguma forma, aprendido com o tempo quais eram suas necessidades e como ele desejaria ser atendido. |
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Tela 68 |
| Do ponto de vista da
empresa, ela estaria desenvolvendo um relacionamento de aprendizado e transformação
um a um, cujo princípio básico era conhecer cada cliente particularmente,
levar produtos até eles por um preço vantajoso para ambas
as partes, em vez de trazê-los até os produtos.
Uma estratégia vencedora em marketing de relacionamento consiste em, primeiramente, identificar os clientes, criar um banco de dados para receber informações sobre cada um deles separadamente. De posse destas informações, pode-se diferenciar os clientes de acordo com suas necessidades, valores e expectativas específicas ou, em outras palavras, descobrir o que é importante para cada um e criar agrupamentos baseados nessas características. A interação é o passo seguinte e tem como objetivo inserir o cliente em um diálogo em que ele tem o poder de influenciar os rumos da empresa e esta, por sua vez, deve acompanhar esses diálogos individuais, integrando todos os seus canais de comunicação e aprendendo um pouco mais a cada nova interação por meio de todos os seus pontos de contato. Finalmente, a empresa deve implementar a última parte da estratégia, que consiste em personalizar seus produtos, serviços relacionados ou tratamento de acordo com as necessidades, expectativas e valores de cada um dos seus clientes. |
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Tela 69 |
| 2 - O imperativo
do gerenciamento de relacionamento com os clientes
A era industrial forneceu ao mercado uma abundância de produtos. O mundo nunca teve à sua disposição tantos produtos para consumir. No bojo da Revolução Industrial, brotou também a capacidade de distribuição e divulgação em massa. Mas não foi sempre assim. Antes do século XX, as dificuldades de transporte e comunicação, induziam os mercados a serem quase que exclusivamente locais. Por maior que fosse a produção, os custos de transporte e divulgação de um produto tornavam inviável a concorrência com fornecedores locais. Naquele tempo, por causa da baixa mobilidade de produtos e marcas, os varejistas conheciam os clientes pelos nomes, suas preferências e podiam tratá-los de forma especial.
Foi após
a Segunda Guerra Mundial que se começou a verificar os efeitos
da industrialização em massa. Desde então, a produção
mundial tem crescido constantemente, cortando custos e aumentando a disponibilidade
de bens e serviços. |
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Tela 70 |
| Após a Segunda
Grande Guerra, verificou-se a crescente oferta de produtos, a explosão
da concorrência e a queda dos preços, ocasionados pelo aperfeiçoamento
industrial e a transformação da indústria de guerra
em indústria de bens de consumo.
Essencialmente no período pós-guerra, o mundo viu nascer uma nova realidade. Produtos como sabonetes, arroz e até pães, que originalmente eram vendidos a granel, passaram a ser embalados e vendidos em unidades, estampados com uma marca. Dessa forma, era possível que os fabricantes utilizassem a propaganda de massa para chamar a atenção para seus produtos, diferenciando-os dos demais.
Numa outra ponta, uma vez que a demanda estava encaminhada, os fabricantes forçavam os distribuidores a manter estoques de seus produtos para não perder nenhuma oportunidade de venda. Evidentemente, os estoques nem sempre estavam balanceados, ora faltando ora sobrando mercadorias. Apesar dos prejuízos gerados por um estoque que não se movimenta, isso era mais aceitável do que perder uma oportunidade de venda, que deixava um flanco aberto para que o cliente fosse experimentar a concorrência. Assim, uma estratégia
forte da indústria desse período consistia em produzir um
pouco mais do que se esperava que fosse consumido, de modo a garantir
o abastecimento do mercado. Por causa dessa estratégia, pela primeira
vez produzia-se intencionalmente mais do que haveria de ser consumido. |
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Tela 71 |
| Com a diminuição
dos preços, tornou-se maior o número de pessoas e pequenas
empresas habilitadas a comprar. O sinônimo de sucesso desse período
passou a ser elaborar um produto melhor do que o concorrente, pelo melhor
preço possível, colocá-lo no maior número possível
de pontos-de-venda e comunicar a todos sobre a sua existência. A isso
se chama de marketing de massa.
Ocupar espaço na cabeça do consumidor, ser lembrado em primeiro lugar e ter capilaridade suficiente para entregar o produto em qualquer lugar do planeta onde a propaganda do produto tenha atingido consumidores passaram a ser pré-requisitos para o sucesso de um produto. Porém, esta evolução do pensamento gerencial ampliou um processo já conhecido, o de segmentação de mercados. Devido á gigantesca segmentação de mercados, que definiu milhares de grupos e subgrupos de consumidores, o marketing está perdendo terreno. Associado a este fato encontra-se o crescimento do número de canais de comunicação que torna mais onerosa a tarefa de posicionar um produto. |
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Tela 72 |
| Mediante este cenário,
no qual não se pode garantir a sobrevivência de uma empresa
confiando apenas na qualidade do produto ou na cadeia de distribuição,
ou ainda, em campanhas de marketing com promoção massiva,
necessitava-se urgentemente de uma nova abordagem.
A resposta encontrada por algumas empresas bem-sucedidas está relacionada ao conforto, ao bem-estar e às vantagens que podem existir para o cliente. O foco da empresa deve ser o foco do cliente, em vez de estar no foco do cliente. Assim, os fatores que realmente importam para o cliente são:
Ao longo dos últimos anos, grandes e pequenas empresas vêm experimentando diversas estratégias de relacionamento com seus clientes. As mais bem-sucedidas foram adaptadas por outras empresas em diversos ramos de negócios e, em razão de sua disseminação, formaram a base da estratégia chamada de Gerenciamento do Relacionamento com Clientes (CRM). |
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Tela 73 |
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| Entre estas estratégias, pode-se citar algumas contribuições como o conceito de produto ampliado, a aplicação da Lei de Pareto, os conceitos de Clientes de Maior Valor (CMV) e Clientes de Maior Potencial (CMP), atendimento e produtos personalizados, a pressão da concorrência, a queda de preços, o estreitamento da base de clientes, a contribuição das tecnologias novas (internet, intranet, ERP, SCM, telecomunicações), e fidelização de clientes. |
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Tela 74 |
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| 3 - O papel
da WEB e do comércio eletrônico
A Web trouxe mudanças em todas as áreas de negócio. A utilização de um meio tão poderoso e que está sempre (ou quase sempre) disponível causou uma revolução na maneira de ter acesso à informação e de fazer negócios.
A Web, por ser bidirecional e totalmente interativa, permite o desenvolvimento de sites que podem ser personalizados de acordo com as preferências de cada um dos visitantes. É um meio perfeito para a implementação de aplicações integradas à iniciativa corporativa de CRM. A disseminação de sites de comércio eletrônico faz com que muitas empresas se apressassem em disponibilizar bens e serviços via Web. Entretanto, a grande maioria dos sites foi desenvolvida sem nenhum planejamento e sem nenhuma integração com outros sistemas da empresa. Como não existe integração de dados, o cliente sente-se, muitas vezes, como se estivesse lidando com empresas diferentes, dependendo do meio que usa para contatar a empresa. Do ponto de vista
tecnológico, a integração de dados é um grande
desafio. Porém, ao se conceber um site de comércio
eletrônico, deve-se ter em mente que se está abrindo um canal
extremamente poderoso para a criação e o desenvolvimento
de relações com os clientes. A convergência de CRM
e comércio eletrônico parece inevitável. |
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A idéia, porém,
não é apenas criar um site que substitua o telefone e o fax,
mas criar uma nova forma de relacionar-se e aprender com os clientes. Neste
sentido, cinco são os pontos mais importantes para desenvolver um
site de comércio eletrônico competitivo:
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4 - Obstáculos previsíveis na implantação de sistemas de CRM
O projeto de CRM é, por definição, um projeto corporativo, que envolve todas as áreas da empresa, embora geralmente começa com uma área específica e seja desenvolvido em etapas. Um dos principais problemas em projetos de CRM é a alta de compromisso da alta direção da empresa. Como visto anteriormente, CRM tem a ver com uma nova forma de ver e tratar o cliente e, portanto, tem mais relação com a mudança de cultura da empresa do que com a implementação de um novo sistema. A alta administração da empresa deve estar comprometida desde as fases iniciais, para garantir o rumo do projeto e total engajamento de todos os níveis gerenciais e operacionais. |
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Embora muitas áreas não participem diretamente da iniciativa do CRM, o projeto, mais cedo ou mais tarde, atinge todas as pessoas da organização. É fundamental que todas essas pessoas, direta ou indiretamente, tenham completo entendimento do processo e das mudanças organizacionais inevitáveis e que seja analisado o impacto em cada área.
Por envolver a relação com o cliente, normalmente a área de marketing é eleita como “mãe” da iniciativa. É claro que esta área é de fundamental importância, mas deixar tudo na mão de uma pessoa ou de uma só área é receita certa para o fracasso. Em muito projetos de CRM, inicia-se pela escolha da tecnologia de software e/ou de hardware. Outro ponto de fracasso, pois como visto, CRM é uma filosofia de trabalho onde a tecnologia é importante, mas está longe e ser tudo. Ela é secundária nos objetivos de negócios. Uma parte importante da iniciativa de CRM é a automação da área de vendas. Como um dos canais mais importantes de contato com o cliente, a área de vendas deve ser envolvida no projeto. Exatamente nessa área encontra-se o maior número de problemas na implantação de sistemas de CRM. A principal mudança nessa nova realidade é que o cliente passa a ser da empresa e não do vendedor. Isso, em princípio pode significar a perda de controle ou de importância para a área de vendas e seguramente vai incomodar muitos vendedores. A única maneira de resolver esta questão é envolver precoce e totalmente a área de vendas, para que desde o começo os vendedores percebam que a iniciativa lhes vai ser útil para atingirem seus objetivos. |
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| Os sistemas de CRM
devem estar totalmente alinhados aos objetivos estratégicos da empresa.
Sem esse alinhamento, as implementações tendem a ser pontuais
e perdem prioridade para a empresa. O conhecimento da visão e direção
da empresa, com as quais os executivos estão comprometidos, é
fundamental e deve ser utilizado para orientar cada etapa da implementação.
Muito mais freqüentemente do que se possa imaginar, as empresas acabam utilizando os sistemas de CRM contra o cliente. Por exemplo, em sistemas de automação de vendas, utilizam-se relatórios de visitas a clientes como forma de pressionar os vendedores para atingirem as metas. Assim, para burlar esta forma de controle, os vendedores acabam mentindo, colocando no sistema menos oportunidades de negócio do que realmente existem. Diminuem o relatório para diminuir a expectativa e a pressão da gerência. Na maioria dos projetos de CRM, não é dada a importância adequada ao treinamento e suporte. O treinamento adequado da equipe é tão ou mais importante do que a fase de implementação do sistema. O suporte ao usuário garante a continuidade do projeto e é um excelente canal para feedback visando a melhoria de todo o sistema. |
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| 5 - CRM operacional,
colaborativo e analítico
A maioria das assim chamadas “aplicações de CRM” trata dos aspectos operacionais da relação com o cliente e quase a totalidade dos projetos de CRM envolve somente a automação de aspectos operacionais da empresa.
O CRM operacional, além dos sistemas já citados, deve contemplar a integração do front office, do back office e do mobile office. |
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O CRM colaborativo engloba todos os pontos de contato com o cliente em que ocorre a interação dele com a empresa. Os vários canais de contato devem estar preparados para não só permitir essa interação, mas também, garantir o fluxo adequado dos dados resultantes para o resto da organização. O CRM analítico, fonte de toda a inteligência do processo, serve para o ajuste das estratégias de diferenciação dos clientes, bem como para o acompanhamento de seus hábitos, com o objetivo de identificar suas necessidades e os eventos que possam ocorrer na vida de cada um deles. Tudo com o objetivo de tornar, para os melhores clientes, a relação com a empresa algo fácil e conveniente, buscando sua satisfação e fidelidade deles. Além disso, é por meio de ferramentas analíticas que se identificam os clientes de menor valor para a empresa. Por meio de tratamento diferenciado, pode-se conseguir uma redução significativa nos custos de relacionamento com esses clientes. Idealmente, as ferramentas de análise, tais como mineração de dados (Data Mining), relatórios analíticos etc. devem ter como única fonte de dados o Data Warehouse, base de dados históricos integrados que tem como objetivo fornecer uma visão única, orientada a assuntos, dos dados da empresa. Entretanto, nem sempre se pode esperar que o Data Warehouse fique pronto, lançando mão de sistemas isolados, mas que devem ser integrados no decorrer do tempo para não se correr o risco de lidar com “distintas versões da verdade”. |
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| 6 - Integração
de dados – o grande desafio
Poucas empresas podem se dar ao luxo de começar tudo “do zero” e incorporar as funcionalidades exigidas pela filosofia do CRM aos sistemas transacionais. As empresas convencionais têm um passado e muitas heranças. Embora o CRM não seja um conceito tecnológico, ele se apóia, de forma muito intensa, em sistemas de informação, pois a informação é fundamental em uma empresa que se proponha a fazer CRM. Do ponto de vista de implementação, o grande desafio tecnológico é a integração de dados entre os sistemas de CRM e os sistemas de ERP, ou sistemas legados. Os modelos de dados dos sistemas transacionais são muitas vezes definidos tendo em vista as transações e não têm o cliente como centro. Além disso, esses dados estão dispersos em vários sistemas, ou simplesmente não estão disponíveis. Sem a integração dos dados é impossível ter uma visão única do cliente, uma visão que permita lembrar de todas as interações e transações que a empresa teve com o cliente. Os sistemas e CRM devem ter acesso tanto a dados históricos, idealmente armazenados em um Data Warehouse, quanto a dados transacionais.
Por isso
a maioria das implementações envolve a extração
de dados desses sistemas, seguida de uma “limpeza” e adequação
ao novo modelo de dados, para posterior análise. O mesmo processo
que se emprega na construção de sistemas de apoio à
decisão (ERP) e de Inteligência competitiva. |
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| Resumo
É cada vez mais difícil diferenciar produtos, pois eles estão cada vez mais parecidos, mesmo no caso dos produtos mais modernos. Mediante esta realidade, algumas empresas adotaram estratégias que visavam ganhar maior participação no cliente em vez de participação no mercado. As experiências mais bem-sucedidas deram origem a um conjunto de estratégias que foi batizado de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente. Ocupar espaço na cabeça do consumidor, ser lembrado em primeiro lugar e ter capilaridade suficiente para entregar o produto em qualquer lugar do planeta onde a propaganda do produto tenha atingido consumidores passaram a ser pré-requisitos para o sucesso de um produto. Porém, esta evolução do pensamento gerencial ampliou o processo de segmentação de mercados. Devido á gigantesca segmentação de mercados, que definiu milhares de grupos e subgrupos de consumidores, o marketing está perdendo terreno. Associado a este fato tem-se o crescimento do número de canais de comunicação que torna mais onerosa a tarefa de posicionar um produto. A Web, por ser bidirecional e totalmente interativa, permite o desenvolvimento de sites que podem ser personalizados de acordo com os gostos e preferências de cada um dos visitantes. É um meio perfeito para a implementação de aplicações integradas à iniciativa corporativa de CRM. Um dos principais problemas em projetos de CRM é a alta de compromisso da alta direção da empresa. Uma parte importante da iniciativa de CRM é a automação da área de vendas. Como um dos canais mais importantes de contato com o cliente, a área de vendas deve ser envolvida no projeto. A maioria das assim chamadas “aplicações de CRM” trata dos aspectos operacionais da relação com o cliente e quase a totalidade dos projetos de CRM envolve somente a automação de aspectos operacionais da empresa. O CRM operacional é a aplicação da tecnologia da informação para melhorar a eficiência do relacionamento entre os clientes e a empresa; o CRM colaborativo engloba todos os pontos de contato com o cliente onde ocorre a interação dele com a empresa e o CRM analítico, fonte de toda a inteligência do processo, serve para o ajuste das estratégias de diferenciação dos clientes, bem como para o acompanhamento de seus hábitos, com o objetivo de identificar suas necessidades e os eventos que possam ocorrer na vida de cada um deles. Do ponto de vista de implementação, o grande desafio tecnológico é a integração de dados entre os sistemas de CRM e os sistemas de ERP, ou sistemas legados. Sem a integração dos dados é impossível ter uma visão única do cliente, uma visão que permita lembrar de todas as interações e transações que a empresa teve com o cliente. |
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