Resumo

Ao estudarmos a organização como organismo vivo e sistemicamente aberto, compreendemos a necessidade de as corporações não se centrarem unicamente nos seus ambientes e subsistemas internos, mas também nas trocas com o contexto externo.

As organizações como sistemas abertos: a organização compõe-se de subsistemas que interagem de forma interdependente, e que sofrem influências das forças externas. Também as ações dos subsistemas impactam outros subsistemas no interior da organização. Pode haver diferentes meios de atingir um mesmo estado final (equifinalidade). Porém, as ações estão voltadas para o alcance da homeostase (equilíbrio).

Principais especificidades dos sistemas abertos: entrada (inputs) contínua de insumos; processo: transformações internas dos insumos; saídas (outputs) do sistema em forma de resultados; realimentação (feedback). Usar o feedback para realizar as mudanças necessárias é vital para a organização não tender à entropia (processo de tendência à dissolução e morte).

Busca-se a integração das necessidades organizacionais e das pessoas. Ações que promovam a motivação passam a ser preocupação, pois podem melhorar o desempenho do funcionário.

A teoria contingencial salienta que a organização não alcança uma eficácia se tomar por base um único e exclusivo modelo organizacional, visto a variação do ambiente. Por isso, devem atentar para o tipo de tarefa e de ambiente ao qual precisam adaptar-se; diferentes tipos de ambientes recebem diferentes ‘espécies’ de organização que apresentam características específicas.

Segundo a Teoria da seleção natural, o ambiente tem muito mais poder do que pensamos. Nessa ótica, os ambientes “selecionam” as organizações, mediante os recursos e superar a concorrência.

Ecologia organizacional: as organizações e os seus ambientes estão engajados em um padrão de criação mútua, em um processo de colaboração, em que cada um produz o outro. Como na natureza, em que o ambiente de um organismo é composto de outros organismos, os ambientes organizacionais também são compostos de outras organizações. Por isso, as organizações são, em princípio, capazes de influenciar os ambientes internos e podem desempenhar um papel ativo para traçar o seu futuro, especialmente quando agem em conjunto com outras organizações.

Vantagens da metáfora: o ambiente externo deve ser um dos centros de preocupação das organizações, devendo elas olhar para fora e não se isolarem nos seus assuntos internos; a sobrevivência é objetivo chave; caso a organização busque sua sobrevivência, a administração pode ser aprimorada pelo entendimento de que as necessidades organizacionais e das pessoas precisam ser satisfeitas; compreendemos as organizações como sistemas abertos com processos contínuos, em lugar da coleção de partes.

Desvantagens: as organizações não são organismos e seus ambientes são muito menos concretos; há um exagero na concepção de “unidade funcional” e de coesão interna. Sempre deverá haver cuidados para que esta metáfora não se torne uma ideologia.



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