Contraculturas – As lutas estimuladas pelos sindicatos
são exemplos de uma das mais importantes de todas as contraculturas
organizacionais, pois a batalha pelo controle ideológico é
mais clara. Os sindicatos podem ser vistos como “contra-organizações”,
visto que a sua existência se justifica pela divergência
entre os interesses do empregado e do empregador.
Os
grupos sociais e étnicos – Quando algum grupo
é colocado numa relação de dependência a
outro ou um grupo de “alto” status interage com um grupo
de “baixo” status, provavelmente haverá um tipo de
batalha subcultural: há uma combinação de toda
sorte de tensões, conflitos e disfunções diante
das diferentes normas, crenças e atitudes em relação
a horários, eficiência ou serviço. Estas contradições
no interior da cultura organizacional podem ser muito difíceis
de resolver de forma racional, porque estão misturadas a questões
pessoais cristalizadas que fazem parte dos indivíduos envolvidos.
Coalizões
e contraculturas – No contexto da cultura organizacional
também podem surgir “divisões subculturais”.
A total dedicação à organização não
é valor de todos. Práticas subculturais particulares são
formas de dar significado à vida; nesse sentido, muitos desenvolvem
filosofias que buscam o progresso pessoal e não o da organização.
Articulações políticas que auxiliam integrantes
de uma organização a progredirem ou a defenderem interesses
específicos podem gerar coalizões que têm valores
próprios. À vezes, essas coalizões se transformam
em contracultura,
contrapondo-se aos valores organizacionais adotados pelos detentores
do controle formal.