“Melhor que teorizar sobre o prazer de ler é narrar
fatos, casos concretos de vidas que se transformaram através
da leitura.
São
algumas estórias que recolhi não apenas em minha
atividade de escritor-leitor, mas, sobretudo, vivências
de quando na presidência da Fundação Biblioteca
Nacional dirigíamos um programa destinado a levar o país
a ler.
Levar
o país a ler não só para agregar um novo
prazer à vida do cidadão, mas comprovar que através
da leitura podia-se melhorar individualmente a vida de cada
pessoa e até mesmo aumentar a produtividade no seu trabalho
ou atividade.
Estatísticas feitas tanto na Europa quanto em São
Paulo demonstraram que a produtividade dos trabalhadores aumentava
quando eles desenvolviam sua capacidade de leitura dos textos
e de leitura da realidade. Sabendo ler, se acidentavam menos
no trabalho. Sabendo ler, cuidavam melhor de sua saúde
e defendiam melhor seus interesses. Sabendo ler, potencializavam
seu imaginário.
A questão básica em torno da leitura, uma vez
resolvida a questão do analfabetismo é resolver
um outro tipo de analfabetismo chamado de "analfabetismo
funcional”. Ou seja, o indivíduo consegue ler,
mas pouco aprende do que lê.”