A escrita aparece como resultado de uma aprendizagem especial, que exige o domínio consciente dos meios de expressão da língua e da gramática. A escrita, portanto, com todos os seus artifícios e possibilidades, influencia a linguagem falada todo o tempo, enriquecendo-a, transformando-a.

Uma criança que aprende a escrever terá mais instrumentos para sua expressão do que se ficasse restrita apenas à ideia e à fala. E mais: à medida que “treinamos a escrita”, tornamo-nos mais aptos a refletir, a expressar melhor nossas ideias. E este processo vai se tornando automático, quase inconsciente: passamos a escrever com facilidade e clareza!

Embora a linguagem escrita diferencie-se da linguagem oral, os meios de sua expressão podem enriquecer a fala e a comunicação em sua característica fundamental.

A escrita contém níveis diferenciáveis, ausentes na linguagem oral (seleção de palavras; operações conscientes de nível sintático; combinações frasais semânticas e linguísticas etc.). Ela diferencia-se, pois, radicalmente da linguagem oral ao se constituir conforme as regras da gramática desdobrada, indispensável para tornar o conteúdo inteligível.

Tudo isso faz da linguagem escrita um poderoso instrumento para precisar e elaborar o processo de pensamento, o que é essencial em toda a comunicação humana.


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