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| 1 - Diagnóstico estratégico A primeira fase do planejamento estratégico é o diagnóstico, pelo qual se identifica a real situação da empresa quanto aos seus aspectos internos e externos. É fase crucial; qualquer posicionamento equivocado comprometerá o processo de planejamento estratégico.
A empresa,
percebendo que os futuros acontecimentos poderão ser não
desejáveis, precisa fazer alguma coisa e o ponto de partida é
constituído pela disponibilidade de diagnósticos, análises
e projeções. Princípios básicos – Segundo Oliveira (2001), o diagnóstico estratégico (ou análise estratégica) apresenta os seguintes princípios básicos:
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| 2 - Elementos do diagnóstico estratégico Alguns dos principais pontos do diagnóstico estratégico são: Estabelecimento da visão da empresa A visão precede qualquer planejamento estratégico. Ela deve resultar do consenso e do bom-senso de uma equipe de líderes e não da vontade de uma só pessoa. Porém, é preciso coerência entre o que a empresa se propõe fazer e o que efetivamente faz. Os líderes que possuem e oferecem visão clara, coerente e sustentada têm elevada base de poder para conduzir os destinos da empresa (Kanter, 1977:14).
Análise ambiental - Para se efetuar análise ambiental da empresa, é preciso considerar que a organização está inserida em um ecossistema organinizacional. A análise do ecossistema proporciona visão do que é possível à organização realizar ou alterar em referência ao que é influenciável (ambiente externo) e o que é desejável (ambiente interno). |
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| O primeiro passo para se fazer a análise ambiental é determinar o nível de abrangência almejado, selecionando as dimensões a serem trabalhadas. Seguindo-se as dimensões selecionadas, os componentes a ser considerados devem ser identificados. O processo de análise externa e interna do diagnóstico estratégico deve considerar os pontos fortes e fracos da organização - análise interna - e as oportunidades e as ameaças - análise externa. • Análise ambiental externa - A abrangência da análise ambiental externa relaciona-se ao tamanho da organização e do seu correspondente mercado. Por exemplo, para uma empresa transnacional como a General Motors, planejamento global corporativo deve considerar desde a dimensão internacional até o contexto específico de cada unidade produtiva, passando pelos respectivos ambientes nacionais. No nível
internacional, os componentes são as tendênciasde
mudanças econômicas, sociais, políticas e tecnológicas. |
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| Identificação e seleção dos atores do ambiente externo A análise ambiental externa deve complementar-se com a identificação dos atores, que se relacionam com as ameaças e oportunidades. A característica comum dos atores externos é a capacidade que têm (uns mais, outros menos) de influenciar significativamente o ambiente no qual atuam. Cada ator possui objetivo ou projeto que em dado momento pode ser o mesmo do outro, surgindo então uma oportunidade para alianças estratégicas ou, ao contrário, relação de conflito quando os interesses são divergentes. As empresas mantêm com os atores que participam de seu ambiente externo relações de aliança, conflito ou indiferença, tendo em vista os interesses de cada qual. É importante ressaltar que tais relações não são continuamente estáveis, podendo mudar sempre que os interesses são contrariados. Em outras palavras, uma aliança num dado momento pode dar lugar a relação de conflito ou indiferença no momento seguinte.
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Iniciando a análise externa - a análise externa estuda as oportunidades e as ameaças existentes na relação da empresa com o seu ambiente e a sua posição produto-mercado atual e futura (prospecção). As ameaças podem apresentar alguma forma de ação crítica. Por exemplo, a inflação é ameaça, mas não questão crítica, pois a empresa não pode fazer nada a esse respeito. Porém, o relacionamento da empresa com a concorrência pode ser ameaça e tornar-se questão crítica. Mas a empresa pode atuar sobre o relacionamento com os concorrentes.
Na análise externa, cabe ao executivo identificar os elementos importantes do ambiente empresarial e, em seguida, analisá-los quanto às oportunidades e ameaças. Esse ambiente é dinâmico e, nele, grande quantidade de forças atua constantemente. Forças com diferentes dimensões e naturezas, que vão em direções distintas e mudam a cada momento, visto cada uma delas interagir com as demais forças do ambiente. Existe grande interligação e influência entre os fatores ambientais externos (segmentação dos mercados atuais e potenciais; condução tecnológica; concorrência; sindicatos etc.) e internos (produtos novos e atuais; tecnologia; estrutura organizacional; logística da empresa etc.). Por isso, é preciso que sejam articulados entre si. É interessante fazer essa consolidação, depois de se fazerem as análises dos fatores, de forma isolada. Conforme a necessidade da empresa, cada estudo terá um nível de profundidade e detalhamento. Pode-se decidir pelo macroestudo ou pela segmentação do ambiente e realizar estudos aprofundados sobre essas partes. Depois, fazem-se as interligações e uma análise geral. Apesar da incerteza do dia a dia do executivo, o fato de reconhecer os elementos ambientais relevantes já diminui a incerteza de uma empresa.
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De
acordo com Oliveira (2001:97), para se estabelecerem as oportunidades
e ameaças da empresa, o executivo deverá analisar uma série
de aspectos:
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Identificação e análise dos principais ramos de negócios do ambiente no qual a empresa se situa – Levam-se em conta o mercado interno e o externo, os fornecedores e os consumidores, além das peculiaridades de cada mercado. Devem ser principalmente considerados:
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• Análise ambiental interna é necessária para que a organização identifique seus pontos fortes e fracos, estabelecendo estratégia fundamentada nos facilitadores (pontos fortes) e que forneça os dados para os elementos frágeis (pontos fracos). Além dos pontos fortes e fracos da empresa, devem considerar-se também os pontos neutros, pois o planejamento estratégico deve analisar todos os seus componentes. Essa análise evidencia as deficiências e qualidades da empresa, para serem comparadas às das outras empresas do setor de atuação (concorrentes diretas ou potenciais).
O ambiente interno de uma organização forma sistema sociotécnico que se constitui pela capacidade da organização nas áreas humana, instrumental, física e financeira. A análise desse ambiente permite a reflexão sobre o desempenho passado e presente da organização, suas condições técnicas e funcionais para cumprir a missão e os objetivos propostos, bem como a distância em que se encontra, em relação às propostas de futuro. Os pontos
de referência para a análise ambiental interna são
os resultados da análise ambiental externa, que indica as oportunidades
e ameaças externas, bem como a situação das organizações
concorrentes e colaboradoras. |
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A identificação e a definição dos pontos fortes, fracos e neutros devem ser realizadas em relação:
As perguntas a serem respondidas para identificar os pontos fortes são:
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Para Oliveira (2001:103), o executivo, para definir os pontos fortes, fracos e neutros, deve examinar uma série de aspectos, dentre eles:
Funções a serem analisadas – Para facilitar a análise interna, são consideradas a função marketing, a função finanças, a função produção e a função recursos humanos: • Função marketing – Há aspectos a serem levados em conta, dentre eles: o sistema de distribuição; os produtos; a pesquisa de mercado (ponto importante para tomada de decisão); a força de venda; os novos produtos; a promoção e a propaganda; as políticas mercadológicas; a organização do departamento de marketing.
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• Função finanças – Na hipótese, podem-se analisar: os índices financeiros; o sistema de planejamento e controle financeiro; o sistema de registro e análise contábil. Na análise dos índices financeiros, os dados e informações são tirados dos balancetes e balanços e comparados na própria empresa (verificação de exercícios anteriores) e de outras empresas similares quanto ao tamanho, ramo de atuação etc. Os índices são classificados de acordo com os tipos de medidas aos quais se propõem:
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3 - Análise do sistema de planejamento e controle financeiro No sistema de planejamento e controle financeiro e do sistema de registro e análise contábil – são analisadas a função produção e a função recursos humanos. • Função produção – considera, dentre outros, os oito principais aspectos:
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Função recursos humanos – considera, entre outros, os seguintes aspectos:
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Aspectos organizacionais:
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Abrangência do processo – Devem ser examinados os seguintes tópicos:
1) Nível de controle – Deve-se verificar se o controle realizado pelo executivo da organização está no nível de controle da eficiência, da eficácia e da efetividade. 2) Critérios utilizados - Para avaliar se um ponto é forte, fraco ou neutro deve-se levar em consideração:
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6) Maneiras de obtenção de informações Para a análise interna levam em consideração:
• Resultados obtidos pela análise ambiental interna servem para:
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Análise dos Concorrentes Apesar de essa ser componente da análise ambiental externa, terá tratamento diferenciado. O resultado desse tipo de análise promove o levantamento das vantagens competitivas, tanto da organização quanto dos concorrentes. Parece óbvio que se a organização pouco conhece do seu concorrente ela incorre em alto grau de risco estratégico. Entretanto, muitas empresas não se empenham em analisar, fazer projeções e simulações dos dados (plano estratégico) concorrentes. Isso é preocupante. O procedimento
de análise, além de possibilitar marcações
iniciais da futura atuação dos concorrentes, também
promove a fixação da vantagem competitiva, tanto da própria
empresa quanto dos concorrentes. O estudo sobre vantagem competitiva é
importante e, por isso, será mais explorado no próximo módulo. |
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Resumo O diagnóstico estratégico é a primeira fase do processo de planejamento estratégico e procura responder à pergunta: "qual a real situação da empresa quanto aos seus aspectos interno e externo?" Seus componentes
apresentam-se como: visão da empresa (resultante
do consenso do que a empresa pretende ser); análise ambiental
(externa e interna) da organização; análise
dos concorrentes (estudo do potencial da concorrência). A análise externa examina a relação entre a empresa e seu ambiente, identificando as oportunidades e ameaças e a sua posição produto-mercado atual e futura. Já a análise interna busca identificar as fragilidades e as qualidades da empresa, comparando-as com a concorrência direta ou potencial. Também é realizado exame dos pontos neutros. A identificação
dos pontos fortes, fracos e neutros deve ser feita considerando
as capacidades para execução das atividades-fim e atividades-meio
e os recursos necessários à satisfação da
missão e dos objetivos organizacionais. |
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| 1 - Introdução A importância de a empresa realizar sua missão é fundamental. A organização deve ter em mente qual o motivo da própria existência. Mas sempre restam dúvidas:
Relembrando os principais aspectos do planejamento temos que, para Freitas Filho (1989), esse tipo de planejamento consiste em definir: •
o conjunto de diretrizes que orientam os rumos da organização
no futuro;
Além disso, define:
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| 2 - Missão
Quando a alta administração da empresa concentra-se nesses aspectos (missão, negócio e atividades futuras), provoca a definição das áreas de atuação prioritárias em que devem ser aplicados os recursos disponíveis e o consenso de opinião de que os esforços e os recursos dirigidos aos alvos estabelecidos no horizonte da missão serão bem sucedidos. A definição da missão é importante porque procura descrever as habilidades essenciais e secundárias da empresa. A missão deve ser expressa de maneira sintética, clara e precisa para representar a imagem da organização, tanto para o seu ambiente externo como para o interno (EMBRAPA, 1996). A forma simples para se descrever a missão: Qual é o negócio da empresa? Essa é a questão básica para se descrever a missão em termos simples. O mais adequado é a empresa encarar sua missão quanto à necessidade. Por exemplo: Alguns sinônimos da missão geralmente utilizados pela literatura, como: finalidade, função, propósito e objetivo principal.
Para definição da missão organizacional é necessário responder às perguntas:
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| Cuidados a serem tomados no estabelecimento da missão:
Frases que representam missão de empresas (Oliveira, 2001:13):
A missão da empresa representa a razão de ser num horizonte temporal, no qual a empresa decide atuar e entrar em cada um dos negócios que aparecem neste horizonte.
Unidades Estratégicas de Negócio - a análise ambiental deve ser feita por Unidades de Negócio devido às suas particularidades. A organização cria as “unidades de negócio” ou “unidades estratégicas de negócio” para promover uma gestão mais flexível e rápida no atendimento do negócio corporativo. Essas unidades são encarregadas de atender a um determinado segmento do mercado, com produtos e serviços claramente definidos, para o qual a administração define objetivos e metas de uma forma semi-independente às demais unidades organizacionais. Funciona de forma semiautônoma. Na definição do negócio da organização, unidades estratégicas de negócio podem ser consideradas em substituição às unidades funcionais ou podem conviver com elas. |
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| 3 - Cenários A elaboração dos cenários estratégicos é o auge de um processo participativo. Tal processo promove informações e visões mais ricas e incentiva uma maior aceitação dos cenários como algo fundamental para a elaboração do planejamento estratégico.
Os cenários podem ser analisados nas situações: 1) mais provável; 2) otimista e 3) pessimista. Tais análises estão relacionadas às técnicas diversas de desenvolvimento de cenários estratégicos (dedução, indução, lógica intuitiva, análise de impacto, Delphi). Oliveira (2001) indica que a elaboração de cenários pode ter: 1) Como fundamentação:
2) Como abordagem projetiva:
3) Como abordagem prospectiva:
Diante das aceleradas mudanças que ocorrem nos dias atuais, o executivo verificou que a abordagem projetiva era insuficiente para orientar a ação futura da empresa, optando pela abordagem prospectiva, que auxilia a criação de futuros desejáveis e viáveis, além de estruturar a ação a partir do presente. |
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| 4 - Posturas estratégicas da empresa A estratégia define a postura estratégica da organização. Essa postura se estabelece diante da opção consciente por um caminho voltado para o cumprimento da missão. Tem como objetivo fixar todas as políticas e estratégias, a partir da decisão por determinada missão. A postura estratégica pode ser:
Regra geral - a organização que adota uma postura estratégica de vanguarda:
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| 5 - Aspectos da vantagem competitiva O rumo mais adequado para a futura estratégia empresarial será aquele em que a empresa possa distinguir-se favoravelmente de suas concorrentes. Assim, para a empresa ser eficaz no mercado, ela deve ter significativa vantagem competitiva. A vantagem competitiva de uma empresa pode ser resultado do ambiente onde ela opera da situação geral da empresa, bem como da postura de atuação de sua alta administração.
A situação geral da empresa pode proporcionar vantagem competitiva quando, entre outros aspectos:
A postura da alta administração pode facilitar uma situação de vantagem competitiva quando, entre outros aspectos:
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| 6 - Avaliação da postura estratégica Para avaliação de uma postura estratégica da empresa, o executivo deve considerar: a) os parâmetros para medir o desempenho da empresa, como:
b) pesos relativos que devem estabelecer para os vários parâmetros em função de:
Cada um desses aspectos poderá ser comparado com a atuação atual e passada da empresa, dos concorrentes, com objetivos e os desafios estabelecidos para a empresa. |
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| Resumo Após
relembrar alguns dos principais aspectos do planejamento estratégico
como sua conceituação de uma técnica administrativa
para identificar as ameaças e oportunidades do ambiente externo
de uma empresa e os pontos fortes e fracos do seu ambiente interno,
tem-se como finalidade (re)definir seu negócio, sua missão,
políticas, diretrizes e projetos estratégicos. |
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| 1
- Objetivos, desafios e metas
Nada é feito sem ter objetivos declarados e
um verdadeiro comprometimento entre todos os integrantes dos processos.
Para que possa existir este comprometimento, primeiramente é
preciso se compreender o que vem a ser objetivo. Da mesma forma que
o conceito de administração, as definições
de objetivos são variadas:
Entretanto, praticamente atrelado ao conceito de objetivo, com diferença muito sutil, está o de desafio, que também sofre variações:
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| As
características dos objetivos e dos desafios são muito
próximas, por isso, o administrador pode associá-los e
conceber o objetivo como sendo o alvo quantificado, com estipulação
de prazo para ser realizado, a ser alcançado por meio de um esforço
extra. No planejamento estratégico, a quantificação
dos objetivos serve para se ter uma ideia aproximada se eles são
viáveis. Há proximidade entre os conceitos de objetivos, desafios e metas. O conceito de meta não é único:
Buscando esclarecer a diferença entre objetivos e metas, Fischmann e Almeida (1993:25) os definem como:
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| Importância
dos objetivos Por que estabelecer objetivos é importante para a organização? Pelo fato de fornecerem fundamentos para o planejamento e, principalmente, para o controle e a avaliação do que deve ocorrer para a empresa. A definição de objetivos propicia clareza na tomada de decisões, além de determinar o progresso da organização à medida que os objetivos forem alcançados. Sem objetivos e a sua comunicação efetiva, o comportamento nas organizações pode tomar qualquer direção. Para Oliveira (2001), os objetivos possuem as seguintes finalidades:
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Mesmo admitindo que os objetivos são importantes, parece que poucos dirigentes entendem a necessidade de analisá-los profundamente. Diariamente, várias decisões tomadas são deixadas de lado por não ter sido feita melhor análise dos elementos em função de objetivos obscuros. E o que se vê, em conseqüência, são funcionários de uma mesma organização descreverem os principais objetivos da empresa, independentemente do nível hierárquico, de forma divergente e conflitante, evidenciando o desconhecimento sobre eles. Tais funcionários, normalmente, dão respostas genéricas sobre a sobrevivência, o lucro, o crescimento contínuo etc.
Há necessidade de se entender que a organização não possui vontade própria; por isso, uma instituição não tem seus próprios objetivos, por si só.
Há outro aspecto importante: a empresa depende, em grande parte, da colaboração do seu pessoal para atingir os seus objetivos. As pessoas que entram na organização trazem na “bagagem” suas expectativas e suas necessidades, esperando que elas sejam contempladas em troca de seu trabalho. O indivíduo apresenta comportamentos diferenciados em decorrência de suas necessidades interiores e de incentivos externos a ele que o movimenta em direção a um objetivo. O executivo deve considerar a motivação do seu pessoal. É
preciso fixar padrões de comportamento para que o indivíduo
alcance tanto os seus objetivos quanto os objetivos da empresa; do
contrário, o efetivo funcionamento da organização
poderá ficar comprometido. Esta
situação pode ser facilitada quando os objetivos empresariais
expressam valores culturais que são adequados para os próprios
valores individuais e os funcionários se identificam com os
valores de seu grupo de trabalho. Pelo menos, é isso que se
apregoa, em nível teórico. |
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| 2
- Características dos objetivos As principais características dos objetivos são:
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| Desenvolvendo
hierarquia de objetivos
Uma das tarefas do executivo é determinar o grau de importância de cada um dos diversos objetivos e hierarquizá-los. A finalidade de se estabelecer uma hierarquia de objetivos é assegurar o conhecimento do papel que cada segmento significativo da organização executa. Projetar os objetivos organizacionais pode promover a alocação adequada de recursos nas diversas áreas da empresa, possibilitando que eles não sejam usados em atividades que não estejam diretamente relacionadas com a realização dos objetivos organizacionais globais.
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Os objetivos podem ser de:
Apesar
de não se considerar tipo específico, é bom abordar
a questão do objetivo de lucratividade por este ser freqüentemente
citado no meio empresarial.
É
importante ressaltar que a organização não deve
colocar a obtenção do lucro como o seu grande objetivo
porque, se o lucro for utilizado como provisor de uma situação
futura, pode levar os dirigentes a atuarem no curto prazo, quando,
estrategicamente, os objetivos são voltados para o médio
e longo prazo. |
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| 3
- Estabelecendo objetivos
Os objetivos são fixados partindo das necessidades e expectativas humanas relativamente ao futuro, na busca da satisfação dos seus anseios. Porém, para que os objetivos sejam alcançados, também é preciso que as pessoas/grupos possuam os meios que conduzam aos objetivos.
Objetivos formulados podem causar alguns conflitos, ou que, em certas situações, são incompatíveis (Ackoff, 1974:21). Por exemplo. Quando os objetivos são estabelecidos de cima
para baixo, pelos proprietários ou grupo dirigente da empresa,
que detêm maior parcela de poder; os demais funcionários
da empresa ficam em situação passiva. Quando os objetivos
e desafios são estabelecidos de baixo para cima, supõe-se
que os funcionários da empresa têm ativa participação.
A atuação simultânea desses dois processos pode
resultar numa situação mais adequada para a empresa,
inclusive quanto aos aspectos motivacionais e da participação
com responsabilidade. |
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• Formulação dos objetivos - O que queremos? Por
meio dessa pergunta se tem noção de qual direção
a empresa tomará, onde deve concentrar os esforços.
O formulário abaixo auxilia o estabelecimento dos objetivos por fatores do diagnóstico estratégico:
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Divulgação dos objetivos - dificilmente uma organização
se estabelece sem objetivos. Mas, muito freqüentemente, ocorre
a não disseminação, em todos os níveis,
dos objetivos a serem alcançados. A comunicação
precisa ser oficial e pública, dependendo, é claro, do
nível de confidencialidade necessário em relação
aos concorrentes.
• Benefícios de se estabelecer objetivos adequados – são muitos, mas o aproveitamento de tais benefícios depende do executivo. Podem ser:
É comum o pensamento que, quando estabelecidos
os objetivos e desafios, em condições estáveis
da empresa, eles são válidos por um longo período
de tempo. Isto significa que um velho objetivo repetido muitas vezes
não surtirá muito efeito, além de não
significar um desafio. |
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| Resumo
O objetivo diz respeito à obtenção de um fim/resultado final. Uma empresa, por ser pessoa jurídica, em si mesma, não tem objetivos. Na realidade, a composição do conjunto dos objetivos dos dirigentes é que é chamado de objetivos da empresa. Os objetivos balizam os planejamentos, principalmente, para o controle e a avaliação da empresa. Além disso, fornece clareza na tomada de decisões. Principais características dos objetivos - os mesmos devem espelhar as aspirações da organização; relacionar-se adequadamente aos fatores internos e externos da empresa; ser claros, entendidos, aceitos e disseminados (comunicado); prever estratégias alternativas, considerando o custo de cada uma; ser específicos, mensuráveis, desafiadores, mas alcançáveis (realistas); ser hierarquizados; fazer a relação custo/benefício; possibilitar o controle e avaliação; apresentar espaço para a ocorrência de erros; ser revistos periodicamente; utilitários e operacionais. À medida que as discussões levem às ideias básicas sobre os objetivos e os desafios, é importante a hierarquização de cada um deles (objetivos e desafios), dentro de determinadas classificações. Nesse processo, podem-se visualizar os níveis:
O estabelecimento de objetivos e desafios é básico para qualquer atividade ou negócio, uma vez que, não se sabendo aonde se quer chegar com a empresa, qualquer caminho servirá. A empresa pode ter o objetivo de obter algo mais ou de manter algo que já alcançou. Porém é preciso atenção para que o estabelecimento de objetivos e desafios não promovam situações conflitantes. É fundamental, para o bom funcionamento da organização, que eles sejam formalmente divulgados para a empresa como um todo. Os objetivos podem ser de curto prazo (metas que se tenta alcançar dentro de um a dois anos) e de longo prazo (metas a alcançar dentro de três a cinco anos). O executivo precisa estar atento para equilibrar os
objetivos, não abrindo espaço para que exista conflito
entre eles. |
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| 1 - O que é “estratégia”?
Em termos organizacionais, pode-se dizer que estratégia é o trajeto, o modo ou a ação formulada e adequada para atingir, preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos fixados, para ter melhor posicionamento da empresa no seu segmento de mercado.
Quando se considera essa forma de estratégia, deve-se tentar responder a questão: Que destino devo dar à empresa e como devo estabelecer este destino? (Oliveira, 2001). A estratégia deverá ser, sempre, uma alternativa econômica viável, tornando-se a melhor arma da empresa para otimizar o uso de seus recursos, tornar-se altamente competitiva, superar a concorrência, reduzir seus problemas e aproveitar as oportunidades. |
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| De acordo com Katz e Kahn (1973:338), alguns dispositivos auxiliam o executivo a atuar mais apropriadamente sobre a estratégia a ser desenvolvida:
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| 2 - Importância da estratégia A estratégia
é importante por ser ferramenta própria para enfrentar
os desafios e aproveitar as oportunidades. Mas ela é útil
não só para empresas, mas também para sindicatos,
órgãos da administração e outras organizações
que não visam lucros.
A visão indica a importância da estratégia para a empresa, pois se trata de instrumento administrativo que exerce forte influência sobre seus fatores internos, além de otimizar as relações da mesma como os fatores ambientais. As estratégias empresariais, também, determinam as necessidades da estrutura organizacional.
Os exemplos indicam o tipo de visão que o executivo pode ter do ambiente:
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| 3 - Tipos de estratégias Oliveira (2001) aponta que, dependendo da postura e das condições empresariais, do objetivo fixado e da capacitação do executivo, as estratégias podem ser classificadas em:
a) Estratégia de sobrevivência - deve ser utilizada somente quando a empresa e o ambiente estiverem em situação inadequada, alto índice de pontos fracos e ameaças externas (tendências caóticas). Diante disso, a organização fica sem alternativas. O executivo que opta pela sobrevivência, de início, breca os investimentos e reduz as despesas o máximo possível. A empresa que utiliza esta estratégia por um período longo, poderá ser consumida pelo ambiente. A empresa não pode usar a sobrevivência como um objetivo em si mesmo (apenas sobreviver), mas sim como uma condição mínima para atingir outros objetivos mais concretos no futuro, como lucros maiores, vendas incrementadas, maior participação no mercado etc. Enquadram-se na estratégia de sobrevivência, por exemplo, as situações de redução de custo, desinvestimentos e liquidação de negócio. |
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| b) Estratégia de manutenção - a empresa constata ameaças, mas, por possuir uma série de pontos fortes (disponibilidade financeira, recursos humanos, tecnologia etc.), propicia que o dirigente extrapole a situação de sobrevivência e queira também manter a posição conquistada até o momento. Para isto, deverá consolidar e explorar seus pontos fortes e minimizar os seus pontos fracos. A empresa poderá continuar investindo, embora moderadamente. Assim, essa é uma escolha mais adequada se a organização enfrenta ou espera encontrar dificuldades, preferindo a empresa tomar uma atitude defensiva diante das ameaças. Essa estratégia apresenta-se sob três formas: |
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| c) Estratégia de crescimento - é adequada mesmo quando a empresa tenha predominância de pontos fracos, o ambiente proporciona situações favoráveis que podem transformar-se em oportunidades, se positivamente exploradas. Diante disto, o executivo procura lançar novos produtos, aumentar o volume de vendas etc. Algumas estratégias são inerentes à postura de crescimento:
Vejamos
cada uma delas:
Estratégias desse tipo têm suas vantagens: por meio de contínuos lançamentos, consegue-se chegar mais cedo ao mercado e auferir maior rentabilidade e maiores resultados. Mas, para que isso seja implementado, é necessário que toda a estrutura da organização esteja voltada para implementar essa estratégia: levantamentos de mercado, desenvolvimento de produtos, laboratórios, testes piloto, flexibilidade para iniciar novos produtos ou serviços em prazos exíguos e disposição para ousar são alguns ingredientes necessários. Algumas estratégias mais amplas de inovação podem ser também exploradas:
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| Estratégia de desenvolvimento - como a situação é de predominância de pontos fortes, na empresa, e de oportunidades, no ambiente, o executivo procura desenvolver sua organização. Esse desenvolvimento se dá por dois eixos principais:
A combinação desses dois eixos possibilita a construção de novos negócios no mercado. Os tipos de situações que podem ser assumidas são: |
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| 4
- Construção de modelo
Com esse modelo, quatro estratégias de diversificação são possíveis: a) horizontal; b) vertical; c) diagonal; d) ancorada nas competências básicas.
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O índice de “mortalidade infantil” das organizações sobe mais, principalmente nos setores mais dinâmicos da economia, nos quais o índice de inovação é muito grande, como ocorre nas áreas de informática, internet, telecomunicações e biotecnologia. Essa estratégia sai do quadrante 1 e percorrendo a diagonal da tabela, vai para o quadrante 4.
A combinação dos vários tipos de estratégias deve ser voltada para o aproveitamento de todas as oportunidades possíveis, utilizando a estratégia certa, no momento certo. |
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| 5 - Estratégias genéricas Segundo
Michel Porter (1980), as estratégias empresariais podem ser
classificadas em três categorias: diferenciação,
liderança do custo e foco:
Estratégias
alternativas |
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| 6 - Formulação de estratégias Um dos pontos fundamentais da elaboração do planejamento estratégico é a própria formulação da estratégia. Inicialmente, toma-se por base a empresa, o ambiente e a integração entre a empresa e o seu ambiente (Oliveira, 2001). Tal formulação
se dá considerando os objetivos e desafios definidos, a realidade
levantada pelo diagnóstico estratégico, levando em conta
a missão, os propósitos e a cultura da organização. Lidar com a concorrência também é crucial para a formulação de estratégias, pois a estratégia é um forte elemento de consolidação de uma vantagem competitiva para a organização. Por isso, os dirigentes precisam conhecer as forças concorrentes. Para
Porter (1980), são cinco as forças básicas que
controlam as condições de concorrência:
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O executivo, ao implantar estratégias, deve analisar se elas são:
Avaliação da estratégia - Trata-se da etapa na qual o executivo verifica se a estratégia implementada está promovendo o alcance dos objetivos e desafios da empresa. Entretanto, uma estratégia deve ser avaliada tanto no momento de ser adotada quanto após ser implementada. Para proceder a uma avaliação, deve-se analisar se a estratégia é adequada às dimensões externas e internas da empresa (se está de acordo com a cultura e clima organizacional); se é adequada à missão, aos propósitos, objetivos e desafios da organização; ao horizonte ou período de tempo para que os objetivos sejam alcançados. |
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| Resumo Estratégia
é o trajeto, o modo ou a ação formulada e adequada
para atingir, preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos
fixados, para ter melhor posicionamento da empresa no seu segmento
de mercado. Dispositivos que auxiliam uma melhor atuação de desenvolvimento das estratégias, segundo Kahn, são: técnico-econômicos; organizacionais; tecnológicos. A estratégia é importante por ser uma ferramenta própria para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades, tanto para empresas como para outras organizações que não visam lucros. A partir
da fixação dos objetivos e das qualificações
do executivo, este poderá escolher um tipo de estratégia
mais apropriado. São tipos de estratégias: de sobrevivência;
de manutenção; de crescimento; de desenvolvimento. A implantação da estratégia geralmente está voltada para um novo produto ou serviço, cliente ou tecnologia e exige modificações internas na empresa (na estrutura organizacional, no sistema de informações e nos recursos). A etapa da avaliação da estratégia é outro ponto importante: deve-se verificar se a estratégia implementada propicia que os objetivos e desafios da empresa sejam atingidos. Porém, a estratégia não deve ser avaliada apenas após sua implementação; é preciso que ela seja avaliada para verificar a propriedade de ser adotada ou não. A avaliação deve ser feita com análise e adequação da estratégia às dimensões externas e internas da empresa; à missão, aos propósitos, objetivos e desafios da organização; ao horizonte ou período de tempo para que os objetivos sejam alcançados. |
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| 1 - Políticas empresariais Para Bethlem, o termo “política”, derivado do grego politikós, é frequentemente traduzido pelos termos em inglês politics, e policy. Entretanto, na Língua Portuguesa não há termos que distingam tais palavras. A distinção dos termos, em inglês, tem gerado discussões. As organizações adotam políticas conforme sua filosofia, objetivos e procedimentos. Diretriz administrativa e política não têm os mesmos conceitos. Política diz respeito à ciência; a expressão diretriz administrativa relaciona-se com a política inerente à administração de empresas. Considera-se diretriz administrativa como política da alta administração (nível estratégico), e a política como orientações de uso mais restrito (ao nível operacional). De forma mais ampla, as políticas são guias ou orientações facilitadoras da tomada de decisão. As políticas empresariais procuram:
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- Tipos de políticas
Oliveira (2001) classifica as políticas como: Conforme o modo de divulgação, as políticas podem ser:
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| As
políticas ainda podem ser classificadas em gerais
e específicas.
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| Características das políticas:
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| 3 - Projeto organizacional
O projeto é considerado uma resposta organizacional a determinados desafios que exijam esforços de várias de suas unidades funcionais e um dos instrumentos mais efetivos e utilizados para implementar mudanças organizacionais. O projeto refere-se a um trabalho que estipula o prazo de início e término das ações/atividades, o coordenador responsável e o resultado final esperado para onde serão dirigidos os recursos necessários ao seu desenvolvimento. Para se elaborar projeto adequado, é importante conhecer e distinguir as definições de atividades, subprojetos, programa, administração de projeto e plano de ação (Oliveira, 2001 e Vargas, 2002):
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| São elementos que compõem o projeto: a) título - é o menor resumo do projeto e deve expressar os aspectos essenciais do problema ou da demanda. Não deve ser muito extenso (dificulta o registro do projeto) nem curto demais (não consegue exprimir a ideia principal do projeto); b)
resumo - deve registrar, de forma sucinta e completa,
os pontos mais importantes do projeto, a descrição
e a extensão do problema ou da demanda, os objetivos e a
metodologia;
d)
objetivos e metas - devem indicar o propósito
a ser alcançado, buscando encontrar respostas para questões
relevantes do problema a ser resolvido ou da demanda a ser atendida.
As metas representam a quantificação dos objetivos,
de forma a torná-los mensuráveis, e requer um prazo
definido para ser alcançada. O prazo de cada meta poderá
ser utilizado como indicador de desempenho na fase de avaliação
do projeto; |
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Algumas
ações contribuem para o sucesso de um projeto:
Outras situações contribuem para o insucesso de um projeto: Segundo Vargas (2002), muitas falhas dos projetos são decorrentes de obstáculos naturais ou externos que não são controlados pela organização e que podem ser minimizados ou evitados, por meio de um gerenciamento de riscos eficiente.
A adequada interligação entre os projetos e os planos de ação representa um dos aspectos mais importantes para uma interação dos planejamentos estratégico e tático com o planejamento operacional e com a estrutura organizacional. A interação
é fundamental, visto que os projetos estão voltados
para a estruturação e alocação de recursos
direcionados para a obtenção de resultados específicos,
e os planos de ação para as áreas específicas
(recursos humanos, tecnologia, marketing, informática, logística)
identificadas por meio das atividades de cada projeto. |
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4 - Controle e avaliação
O controle pode ser entendido como o acompanhamento periódico, o direcionamento e a orientação, sistematizados por padrões e critérios de desempenhos, que a organização dispensa ao processo, facilitando e norteando a análise das ações executadas e dos objetivos preestabelecidos. Tem o objetivo de acompanhar o desempenho do sistema organizacional, comparando as situações alcançadas e as previstas, principalmente quanto aos objetivos e desafios, e a avaliação das estratégias e políticas empresariais estabelecidas. Também busca localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. |
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Por essas definições, compreende-se o termo “avaliação” com o significado de “dar valor”, remetendo ao conceito de juízo. Tal conceito pode ser vinculado a uma postura gerencial que busca se instrumentalizar para a tomada de consciência que revela situações e condições empresariais. Os instrumentos de avaliação devem ser também ferramentas de valorização, já que “valor” é a raiz comum das duas palavras. Oliveira (2001) define Função controle e avaliação:
Todo o trabalho pode ter suas ações controladas e avaliadas dentro dos parâmetros estabelecidos no planejamento estratégico, evitando desvios e corrigindo falhas a tempo.
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Podemos
identificar as seguintes finalidades da função controle e
avaliação:
Veja o quadro seguinte sobre as características das informações a serem analisadas: |
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| São
fases do processo de controle e avaliação:
1ª) Padrões de medida e avaliação – os padrões são os parâmetros de comparação dos resultados almejados. São estabelecidos a partir dos objetivos, das metas, das estratégias, das políticas, dos projetos, das normas e dos procedimentos; 2ª) Medida dos desempenhos apresentados – estabelece como e o que medir e selecionar, considerando critérios de quantidade, qualidade e tempo; 3ª)
Comparação do realizado com o esperado - essa comparação,
por meio de critérios, busca identificar os vários usuários
das comparações estabelecidas. Algumas situações
de desvios podem surgir diante das comparações: se o desvio
estiver dentro das fronteiras do esperado, o executivo não deve
preocupar-se; se o desvio excede um pouco as fronteiras do esperado, o
executivo, apesar de continuar sua ação, deverá fazer
alguns ajustes dentro do que era esperado ou possível de ser esperado
acontecer; mas se o desvio excede muito as fronteiras do esperado, é
preciso interromper as ações até que as causas sejam
identificadas;
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Os níveis
de controle e avaliação seguem os tipos de planejamento, ou
seja:
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- Verificação da consistência
Quando o planejamento estratégico está praticamente elaborado, faz-se a análise da consistência da empresa antes de implantar a estratégia.
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Muitas resistências ocorrem porque o planejamento, ao considerar a empresa como um todo e de maneira sistêmica, pode criar situações em que falhas numa área repercutem diretamente em outras áreas da empresa. Também a falta de conhecimento do funcionamento do controle, a existência de controles inadequados, a realização de avaliações incorretas e a adoção de procedimentos corretivos com críticas pessoais podem levar as pessoas a resistirem ao controle e à avaliação, tornando esse processo em algo assustador.
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| Resumo
Após fixar missão, negócio, objetivos, desafios e estratégias, define-se a política, traçam-se as diretrizes, identificam-se os projetos e os planos de ação. Depois, elabora-se a etapa que realizará o controle e a avaliação do planejamento estratégico. Diretrizes e políticas administrativas diferem:
as Diretrizes representam o conjunto das grandes orientações
da empresa (objetivos, estratégias e políticas); e as
Políticas são parâmetros ou orientações
que facilitam a tomada de decisões pelo executivo. As
políticas podem se dividir em gerais (representam
princípios ou leis gerais fundamentadas na filosofia básica
de atuação da empresa) e específicas
(representam os princípios e leis que devem ser respeitados
por uma área específica da empresa).
Características
das políticas: flexibilidade;
abrangência; coordenação e ética.
Projeto: trabalho que define datas de início e término dos procedimentos; o coordenador responsável, o resultado final predeterminado, no qual são alocados os recursos necessários ao seu desenvolvimento. Qualquer projeto apresenta as fases de caracterização e de execução. O papel do controle e da avaliação é
acompanhar o desempenho do sistema, por meio da comparação
entre as situações alcançadas e as previstas;
também buscam assegurar que o desempenho real alcance os padrões
estabelecidos. A função controle e avaliação apresenta quatro fases: 1) padrões de medida e avaliação; 2) medida dos desempenhos apresentados; 3) comparação do realizado com o esperado; 4) ação corretiva. Percorridas
todas as etapas é preciso, ainda, que se verifique a consistência
do planejamento estratégico, analisando a consistência
interna/externa; os riscos envolvidos; horizonte de tempo e a sua
praticabilidade. |
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