Superávit primário representa todo o ingresso de recursos financeiros no país, menos os recursos que saem do país, exceto aqueles representados pelo pagamento de dívida externa. O cumprimento dessa meta é primordial, mesmo às custas da redução de gastos sociais imprescindíveis, de modo a assegurar a transferência de recursos da sociedade (via recolhimento de impostos) para os credores (via pagamento de serviços da dívida). Essa é a situação que o Brasil vive junto ao FMI.

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A palavra contracionista em economia dá o sentido de que os governos terão não só que "contrair sua capacidade de gastar" diminuindo gastos gerais, mas também honrar o pagamento das dívidas contraídas (principalmente as dívidas externas). Reduz-se principalmente os investimentos no país e mantém-se o custeio em condições mínimas. A conseqüência é a estagnação da economia, uma vez que o motor do desenvolvimento têm sido os gastos do governo e não os do mercado, que é ainda insipiente.

Quanto o governo deixa de gastar em investimentos, os recursos tornam-se escassos na economia. Os juros tendem a aumentar, dada a escassez da moeda e aí os investimentos gerais também caem no mercado: isso é contração da atividade econômica e de redução da geração de riqueza (redução da taxa de crescimento do PIB).

As políticas contracionistas são voltadas para...

Voltadas para reduzir o consumo e o investimento interno (importações) e forçar as empresas a realizar políticas exportadoras mais agressivas, de modo a gerar os superávits do Balanço de Pagamentos (mais dólares) necessários à solvência externa. O Brasil, em passado recente, estimulava a elevação da taxa de câmbio e da taxa de juros interna exatamente para manter estas duas variáveis (exportação e consumo interno) nos níveis exigidos pelo FMI.

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Plena, para que a transferência desses recursos ao exterior não enfrente obstáculos.

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Referem-se ao comportamento global da economia de um país, analisado mediante indicadores, tais como: a produção, o consumo, o investimento, a poupança, o desemprego, as taxas de juros, as taxas de câmbio ou o nível geral de preços.

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Nos dias atuais, o modelo de acordo entre os países necessitados e o FMI se concentra na ação junto aos governos, estritamente nos aspectos macroeconômicos e inclui três pontos inegociáveis:


a) metas de superávit primário;
b) políticas monetárias contracionistas; e
c) liberdade de movimentação de capitais.

Se, de um lado, o FMI é um notável instrumento regulador e organizador do sistema financeiro internacional, por outro, é tido como uma ferramenta de poder, utilizada largamente pelos países ricos, especialmente pelos Estados Unidos.

O Fundo empresta divisas a países que solicitam sua assistência em troca de compromisso com metas de política fiscal e monetária, que visam garantir, sobretudo, os direitos dos credores externos desses países.



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