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| 1 - Custo como conseqüência de Ações Gerenciais À medida que os administradores se preocupem com o gerenciamento de seus insumos, eles terão uma estrutura de custos mais enxuta. Nesse processo gerencial, negociação é, sem dúvida, a ferramenta mais importante dentro do processo empresarial. À medida que a empresa compra bem, a custos menores, ela se coloca melhor em relação aos concorrentes, garantindo a prestação de seus serviços e sua sobrevivência a médio e longo prazos.
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| No custeio por absorção, para se obter o custo do produto, leva-se em consideração todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos comuns são atribuídos aos produtos por algum critério de distribuição. Exclui-se os gastos não fabris (despesas). O método deriva da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é o método aceito pela legislação comercial e pela legislação do Imposto de Renda.
Todos os custos são alocados aos produtos fabricados: os custos diretos pela apropriação direta e os custos indiretos por algum critério de rateio pré-definido. Podemos relembrar os passos no processo de custeio:
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| As
despesas de comercialização e de administração
geral são reconhecidas como custo do período ou seja, despesas
do período. Desta forma, não são atribuídas
a produtos específicos. A depreciação de uma máquina é registrada como custo indireto; num segundo momento, é atribuída a cada produto de acordo com uma unidade de medida de atividade, ou seja, o quanto cada produto se beneficia de determinada máquina. Essas unidades atribuídas a cada produto são, então, multiplicadas pelo custo de uma medida de atividades. Vejamos um exemplo adaptado de Crepaldi (1998): uma empresa que trabalha com dois produtos, Alfa e Ômega,registrou os seguintes gastos: |
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| Seguindo o esquema proposto, o primeiro passo, então, é separar os custos de produção das despesas do período. O total dos custos é $ 480 mil. O total das despesas é $ 210 mil. Os gastos então ficaram assim distribuídos: As despesas não integram o custo do produto, entram somente na demonstração de resultados do exercício - DRE. |
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Como fica então a apropriação dos custos? Considerando que a empresa dispõe de um sistema de controle de materiais que informa quanto cada produto consumiu de matéria-prima, temos: Os salários da fábrica devem ter a separação da mão-de-obra direta da indireta vale lembrar que os custos com mão-de-obra incluem os encargos sociais. As anotações da empresa permitem a separação das horas gastas em cada produto, possibilitando a correta quantificação dos custos diretos. Considerando os demais custos como indiretos, temos o seguinte quadro:
Do total dos custos incorridos, $ 360 mil já estão devidamente alocados aos produtos Alfa e Ômega. Os gastos gerais de fabricação ou custos indiretos de fabricação, que somam $ 120 mil, precisam ser rateados aos mesmos produtos. |
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É necessário adotar-se um critério para distribuição dos custos indiretos. Adotaremos uma distribuição proporcional aos custos diretos de cada produto, então vejamos:
Com o critério adotado, o produto Alfa recebe 1/3, $ 40.000,00, e o produto Ômega 2/3, $ 80.000,00. Poderíamos, ainda, fazer o rateio de acordo com o gasto de mão-de-obra direta. Vejamos: Esse rateio pode ser determinado utilizando-se a relação percentual entre os valores. Para o nosso exemplo, aplicaremos o percentual de gasto com mão-de-obra (obtido para cada produto) ao custo indireto total e obteremos o custo indireto rateado a cada produto:
Observe-se que mudando
a forma de calcular percebemos uma pequena diferença nos valores
finais, mas quando mudamos o critério de rateio ou base de rateio
(mudamos de custos diretos para mão-de-obra), a diferença
pode ser significativa. |
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2 - Departamentalização A departamentalização é o processo organizacional de dividir as funções da fábrica em departamentos. Aos departamentos são debitados os custos incorridos em cada um deles. Dentro de uma fábrica, os departamentos podem ser divididos em dois grupos: departamentos de produção e departamentos de serviços.
Os Departamentos de produção têm atuação efetiva sobre os produtos e recebem a apropriação dos custos. Veja alguns exemplos de Departamentos de produção: Os Departamentos de serviços não têm atuação direta nos produtos e sua finalidade é prestar serviços aos Departamentos de produção. |
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Os custos dos Departamentos de Serviços não são apropriados diretamente aos produtos. Vejamos alguns exemplos. Na maioria dos casos, a unidade "Departamento" é um centro de custo. Vamos considerar, em nossos estudos, para efeitos didáticos, que o Departamento é um centro de custo.
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3 - Critério de Rateio dos CIF pelos Departamentos Existem alguns critérios que podem ser utilizados para atribuir os Custos Indiretos de Fabricação aos Departamentos. Vejamos o quadro a seguir: |
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Estimativa dos CIF para um período de produção consiste em projetar o valor dos custos de produção para determinado período. Em muitos casos, há a necessidade da aplicação de valores estimados à medida que os produtos vão sendo transferidos de um departamento para outro. Os custos indiretos e reais bem como o próprio volume de produção só são conhecidos no fim do período. Vamos a um exemplo de como os CIFs poderiam ser distribuídos a cada produto, supondo o seguinte quadro de Custos Indiretos de Fabricação.
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| O item "Administração da fábrica" ($ 200) será rateado aos cinco departamentos com base na área utilizada pelos mesmos, ficando assim:
O Departamento de almoxarifado terá seus custos (agora $ 135.000) distribuídos entre os três departamentos produtivos (em partes iguais), já que o "Controle de Qualidade" não se utiliza do almoxarifado. |
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O Rateio dos custos do controle de qualidade, neste momento $ 95.000 ($ 60.000 + $ 35.000), é feito considerando o número de testes feitos para cada departamento.
Após os rateios, vimos todos os custos indiretos de fabricação distribuídos aos três departamentos de produção como se segue:
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Agora, podemos fazer a transferência dos CIFs para cada produto fabricado. Vamos supor que a produção do período tenha sido 1000 unidades dos produtos A e B, e que os apontamentos feitos indicam os totais de hora-máquina por produto, em cada departamento, da seguinte maneira:
O custo indireto por hora-máquina e por departamento seria: Diante dos cálculos, podemos montar um quadro final com o total dos custos indiretos de fabricação atribuído aos produtos A e B. Vejamos a apuração dos custos do produto A:
Os custos do produto B, calculados da mesma forma, seriam $ 361.950. Para se encontrar os custos unitários de cada produto, basta dividir os totais de custos de cada produto por 1000 (total produzido de cada produto). |
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Resumo À medida que os administradores se preocupem com o gerenciamento de seus insumos, eles terão uma estrutura de custos mais enxuta. No custeio por absorção, para se obter o custo do produto, leva-se em consideração todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos comuns são atribuídos aos produtos por algum critério de distribuição. Exclui-se os gastos não fabris (despesas). A departamentalização é o processo organizacional de dividir as funções da fábrica em departamentos. Aos departamentos são debitados os custos incorridos em cada um deles. A estimativa dos CIF, custos indiretos de fabricação, consiste em projetar o valor dos custos de produção para determinado período. |
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1 - Custeio Direto ou Custeio Variável O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. O custeio direto não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, e estes são tratados como despesas do período. O que significa dizer que os estoques de produtos em elaboração e produtos finais, bem como o custo dos produtos vendidos só conterão os custos variáveis. O custeio direto fundamenta-se na separação dos gastos, em gastos variáveis e gastos fixos.
Os defensores do custeio variável valem-se dos seguintes argumentos: O
custeio direto pode ser utilizado internamente a níveis gerenciais,
já que não é aceito pelo fisco.
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| 2 - Custos e Despesas Variáveis São os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplo: mão-de-obra direta; matéria-prima. Têm como características: |
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| 3 - Custos e Despesas Fixas São
os que não variam diretamente com o volume de produção.
Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários
de diretores.
Têm como características:
Observe que o comportamento dos custos fixos e variáveis devem ser analisados dentro de certa "faixa de produção", já que podem ser alterados a partir de certo volume de produção ou quando a empresa se aproxima de sua capacidade máxima de produção.
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| 4 - Críticas e Pontos Positivos do Custeio Direto (variável) Por outro lado, podemos enumerar os seguintes pontos positivos em relação ao custeio direto: |
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5 - Aplicação prática e comparação com o custeamento por absorção Procuremos tornar o sistema mais claro com o exemplo de Crepaldi (1998):
E que tenha os seguintes custos de produção:
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Considerando que a empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e calcular o custo dos produtos vendidos, o custo de produção pelo custeio por absorção e pelo custeio direto bem como seus estoques finais em cada período seriam: Para fins de comparação vamos utilizar aqui o custeio por absorção |
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Supondo que o preço de venda unitário foi de $ 120,00, como ficariam as demonstrações de resultados dos períodos considerados: |
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Como seriam os resultados dos quatro períodos apurados pelo custeio direto (ou variável)? Vale
lembrar que no custeio direto, apenas os custos variáveis formam
o custo dos produtos, sendo os custos fixos lançados integralmente
na Demonstração de Resultado. No custeio por absorção,
o estoque permanece com a parcela dos custos fixos correspondentes às
unidades não vendidas, sendo levada à Demonstração
de Resultado apenas a parcela dos custos fixos relativa aos produtos vendidos.
Em consequência, o lucro contábil será sempre menor
quando adotado o custeio direto ou variável.
Temos, em seguida, a Demonstração dos Resultados dos quatro períodos: Neste sistema, pode-se perceber que, aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do 2º período, e que, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro, que é o caso do 3º período. Vejamos, a seguir, o comportamento do lucro pelo custeamento direto e pelo custeamento por absorção. Pode-se
perceber que o aumento de vendas causa o aumento do lucro, o que não
acontece no custeio por absorção. Por
isso, o custeio variável tem um melhor potencial gerencial: permite
a análise da variação do volume de produção
e vendas e os efeitos nos custos e lucros. Essa análise é
chamada de custo x volume x lucro. |
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Resumo O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, estes são tratados como despesas do período. Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos. Os custos e despesas variáveis são os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: mão-de-obra direta, matéria-prima. Os custos e despesas fixas são os que não variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários de diretores. As principais críticas ao custeio direto:
Os principais pontos positivos são:
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| 1 - Custo-Padrão No sistema Custo-padrão, os custos são apropriados à produção, não pelo seu valor efetivo (ou real), mas por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão). Podem ser utilizados quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o Custeio Variável.
As diferenças entre custo-padrão e custo real são objetos de análise da Contabilidade de Custos, com o objetivo de controle dos gastos e medida de eficiência. Como se faz isso e como se contabiliza a diferença entre o padrão e o real são assuntos explicados mais adiante. O custo-padrão tem como finalidade básica proporcionar um instrumento de controle à administração da empresa. |
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Nesse sentido, podemos dizer que controle significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compará-la com aquilo que deveria ser, em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e tomar providências no sentido de correção de tais desvios.
Analisando esses conceitos de controle, podemos perceber que nenhum sistema de custo permite, por si só, controlar os custos de uma empresa. Isto ocorre porque a fase mais importante é a tomada de decisões com o objetivo de corrigir os desvios. Assim, podemos definir contabilidade de custos como sendo: |
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Mas afinal o que é custo-padrão? "Custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta". Crepaldi (1998) O custo-padrão é um poderoso instrumento à disposição da empresa onde ela projeta os custos para um período futuro e compara com o custo real (custo incorrido no período), possibilitando, pela diferença, saber se a empresa está atingido as metas estabelecidas, ou seja, se suas atividades estão sob controle.
A determinação do custo-padrão é feita com base nos padrões reais de produção. Mais adequado em empresas que produzem em série diferentes produtos e que se utilizam da mesma matéria-prima. |
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| Estudaremos aqui três tipos de custo-padrão. São eles: O Custo-padrão ideal é um custo determinado da forma mais científica possível pela engenharia de produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência de mão-de-obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos. Pode ser considerado como uma meta de longo prazo da empresa. Entretanto, a curto prazo, por existirem, na prática, deficiências no uso e na qualidade dos insumos, apresenta muita dificuldade para ser alcançado. O Custo-padrão Estimado é aquele determinado, simplesmente, por meio de uma projeção, para o futuro, a partir da média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de avaliar se ocorreram ineficiências na produção (por exemplo, se o nível de desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se a produtividade da mão-de-obra poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam ser menores etc.).
O Custo-padrão corrente situa-se entre o ideal e o estimado. Ao contrário deste último, para fixá-lo, a empresa deve proceder a estudo para uma avaliação da deficiência da produção. |
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2 - Custeio-Padrão No processo industrial, quando a empresa resolve controlar os custos na própria contabilidade dá-se o nome de custeio-padrão. De forma simplificada, significa registrar os valores-padrão nas contas referentes aos produtos em elaboração e controlar através de contas especiais a variação entre o real e o padrão. O custo-padrão ou standard é aquele determinado como sendo o custo normal de um produto. É estabelecido com base em estudos e acompanhamento da realidade do processo produtivo da empresa, e utilizado como parâmetro para planejamento da produção.
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3 - As Variações entre Custo-Padrão e Custo Real A análise das variações (diferença) entre custo-padrão e custo real permite à empresa controlar seus custos e identificar deficiências que possam ocorrer na produção. Por convenção, a variação será favorável à empresa, quando o custo real for inferior ao padrão, e desfavorável, quando o custo-padrão for inferior ao custo real. Vejamos:
As variações devem ter suas origens identificadas, já que, para encontrar a variação, basta comparar os custos. Quando comparamos o custo-padrão com o custo real podemos verificar diferença em relação à quantidade e em relação ao preço. Vejamos a representação gráfica a seguir:
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| Vale lembrar que as três grandes categorias do custo de produção são: As variações de matéria-prima e mão-de-obra direta podem ocorrer na quantidade ou no preço, ou, ainda, acontecer simultaneamente (variação mista).
Vamos considerar estabelecidos os seguintes custos por unidade, para um determinado produto. Custo-padrão Ao final do período, os custos reais foram A comparação dos valores nos leva a concluir que: |
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| 4 - Variações de Preço, de Quantidade e Mista Aprofundando um pouco mais a análise, teremos o seguinte: Variação
de quantidade VQ = (Quantidade Real - Quantidade-padrão) x Preço-padrão
A variação de preço é resultante do aumento do preço da hora de mão-de-obra. Podemos encontrar essa variação, com a fórmula: VP = (Preço Real - Preço-padrão) x Quantidade-padrão No caso analisado: |
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Variação Mista - Quando ocorre simultaneamente a variação do preço e da quantidade. A fórmula a ser aplicada é a seguinte: VM = (Quantidade Real - Quantidade-padrão) x (Preço Real - Preço-padrão). No caso analisado,
a aplicação da fórmula ficaria assim: A variação pode ser visualizada por meio do esquema abaixo. Variações de preço, de quantidade e mista Para que os dados apurados sejam úteis para a administração da empresa, é necessário gerar relatórios com indicações de caminhos a serem seguidos. É necessário saber se os custos estão sob controle. Se não estiverem, é necessário identificar a causa dos desvios, e estudar alternativas para melhorar a situação. |
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Resumo Custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta. No custo-padrão, os custos são apropriados à produção, não pelo seu valor efetivo (ou real), mas por uma estimativa do que deveriam ser. Pode ser utilizado quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o custeio variável. Sua finalidade básica é proporcionar um instrumento de controle à administração da empresa. Neste sentido, podemos dizer que controle significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compará-la com aquilo que deveria ser em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e tomar providências no sentido de correção de tais desvios. Os tipos de custo-padrão são: ideal; estimado; corrente. A análise das variações (diferença) entre custo-padrão e custo real permite à empresa controlar seus custos e identificar deficiências que possam ocorrer na produção. Por convenção, a variação será favorável à empresa, quando o custo real for inferior ao padrão, e desfavorável, quando o custo-padrão for inferior ao custo real. |
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1 - Informação Contábil na Tomada de Decisão
E Você? Que tipos de informações contábeis são necessárias em determinados momentos para se tomar uma decisão de qualidade? Em muitos
casos, torna-se impossível avaliar alternativas sem a utilização
de técnicas estatísticas ou da matemática financeira
para auxiliar o momento da decisão, pois a complexidade organizacional
e o número de variáveis a serem analisadas é crescente.
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| 2 - Decisões do Tipo Fabricar ou Comprar É o tipo de decisão que deve ser tomada pela gerência com constância relativa. Em determinado processo é comum ocorrerem avaliações ou reavaliações da situação operacional. Em alguns momentos, pode-se deparar com variações de preços que podem gerar grandes lucros ou, em outra via, grandes prejuízos para a Empresa. Ou seja, se a empresa resolve fabricar uma peça que é parte de um de seus produtos, sem comparar com a alternativa de comprar a mesma peça de terceiro e, mais adiante, descobre que seria mais barato comprar de terceiros, a empresa está tendo prejuízos. Esses prejuízos podem, inclusive, se perpetuar após a produção, pois provavelmente seu preço será superior aos praticados por seus concorrentes que se utilizaram de informações gerenciais para resolver o que fazer.
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| Para Iudícibus e Padoveze, a decisão de comprar ou fabricar envolve as seguintes variáveis:
Vejamos um exemplo adaptado de Iudícibus: A administração da Industrial Serrana solicitou a opinião do contador a fim de decidir seria mais vantajoso continuar fabricando uma peça de um produto seu ou adquiri-la de um fornecedor. O preço de aquisição desta peça é de $ 469,12. A empresa precisa, atualmente, de 5.000 unidades de tais peças. Os custos para produzir as peças estão discriminados a seguir.
Somando os custos necessários à fabricação das peças e dividindo pela quantidade produzida, teremos um custo unitário de R$ 614,00 (valor superior ao preço de aquisição das peças), mas deveremos analisar outras informações, a saber:
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| Para o nosso exemplo, consideraremos que se as peças forem adquiridas de um fornecedor, as máquinas utilizadas atualmente para produzi-las poderão ser vendidas pelo valor contábil (valor de aquisição menos depreciações). Vale lembrar que a aquisição das peças permitirá uma redução de custos com depreciação de equipamentos e seguros (já inseridos no custo do produto) no valor de R$ 32.448,00. Por outro lado, no caso de adquirirmos de um fornecedor, incorreríamos nos seguintes custos adicionais:
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Que decisão tomar? Podemos melhorar a visualização do problema com a construção do quadro de Comparação de Alternativas a seguir:
Assim, teremos um gasto de $ 3.070.000 para produzir e R$ 2.643.800 para adquirir as peças. Considerando os números, a decisão será pela aquisição, mas como salientamos anteriormente, a empresa deverá verificar outros aspectos como qualidade e continuidade do fornecimento. Na base de tais números, provavelmente decidiríamos pela aquisição, em vez de fabricação.
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Considerações O importante numa decisão deste tipo é, por um lado, apresentar os custos de aquisição das peças e, por outro, apresentar os custos de fabricação das peças.
Se, por outro lado, os custos mão-de-obra indireta antes da fabricação forem de $ 100.000,00 e, com a decisão de fabricar, subirem para $ 120.000,00, somente a diferença de $ 20.000,00, poderá ser apropriada como custos da alternativa de fabricar.
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| 3 - Decisões sobre Substituição de Equipamentos O que acontece quando as empresas e, particularmente, as indústrias não acompanham o desenvolvimento de novas tecnologias, a utilização de novos métodos e máquinas no processo produtivo?
Certamente você responderia de imediato que ela deverá estar fora do mercado em pouco tempo, em função da perda de competitividade. Esse é um dos motivos pelos quais a substituição de equipamentos é um tema em constante estudo pela administração de qualquer empresa, sobretudo aquelas cujos produtos apresentam maior velocidade de mudanças. Afinal, quais as principais razões que levam à substituição de equipamento?
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| Existem diversas alternativas quanto à substituição de equipamentos, pois pode ser adquirido um equipamento similar, um equipamento tecnicamente superior, ou até mesmo um equipamento usado. Essas alternativas devem ser analisadas, levando-se em conta os efeitos, a longo prazo, sobre os lucros e fluxos de caixa. Apresentaremos algumas técnicas e exemplos para ilustrar, de forma introdutória, o tipo de decisão pretendido.
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| Um dos procedimentos mais utilizados para avaliação de investimentos consiste na verificação da taxa de remuneração do capital investido. A opção mais conhecida para verificação da taxa de rentabilidade do capital investido é a Taxa Interna de Retorno (TIR), também chamada de Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo. A análise de valores agregados ao fluxo de caixa, gerados pelo novo investimento, também é uma metodologia muito utilizada. Esses fluxos de caixa são comparados ao custo de oportunidade dos recursos investidos. Quando a análise da viabilidade é realizada por meio do somatório dos fluxos de caixa descontados para a data atual, denomina-se Valor Presente Líquido(VPL) ou Valor Atual Líquido. É possível também levar os fluxos de caixa para o valor futuro, dependendo do interesse e possibilidades informacionais. Trataremos então dessas duas metodologias para subsidiar a decisão sobre substituição de equipamentos:
Para decidir entre alternativas ou projetos que envolvam fluxos de longo prazo, ambas as metodologias podem ser utilizadas.
A Metodologia da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo ou Taxa Interna de Retorno (TIR):
O Método do Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido (VPL):
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| Vejamos um exemplo de aplicação dos dois métodos: Certa empresa poderia adquirir, por $ 300.000,00, uma nova máquina, e esta economizaria $ 29.000,00 por ano em despesas operacionais desembolsáveis. Sua vida útil estimada é de 20 anos, e o valor residual estimado é nulo. Solução pelo Método da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo ou Taxa Interna de Retorno (TIR). Na verdade, segundo esta metodologia, $ 300.000,00 corresponde ao valor atual de uma anuidade de $ 29.000,00 a x % (porcentagem que estamos, justamente, procurando), durante 20 anos. Como já
mencionado anteriormente, o cálculo da TIR pode ser feito utilizando
uma calculadora financeira ou em uma planilha
Excel. Veja os valores
na planilha.
Verificando em uma tabela de Valor Atual de Anuidades e procurando, na linha de 20 anos, deve-se identificar a coluna que mais se aproxima de 10,345. Assim, encontram-se a coluna de 7%, apontando 10,594, e a de 8%, apontando 9,8181. A verdadeira taxa ajustada pelo tempo estará entre estas duas (7% e 8%). Assim, por interpolação, uma diferença de 10,594 menos 9,8181, ou seja, 0,7759, corresponde a uma diferença percentual de 1%. Considerando que 10,345 está mais próximo de 7% (Fator 10,594), significa que a verdadeira TIR será 7% mais um pequeno percentual. Assim:
Logo, a TIR será de 7% + 0,32% = 7,32% Observem
que a TIR encontrada apresenta uma pequena diferença em relação
ao cálculo realizado na planilha Excel, mas isso é normal
devido à interpolação. |
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O que significa a taxa de retorno ajustada pelo tempo? É a taxa que iguala o valor investido de $ 300.000,00 ao valor atual das economias de despesas de desembolso (ou ao valor das entradas de caixa) de $ 29.000,00 anuais durante 20 anos. Esta taxa deve ser comparada com a taxa de juros sobre os recursos tomados emprestados. Se tomamos um empréstimo à taxa de 7,32% ao ano para adquirir a máquina, as economias de despesas de $ 29.000,00, durante 20 anos, produzidas pela máquina, pagariam exatamente o empréstimo e os juros durante os 20 anos. Se o custo de captação de capital for inferior a 7,32%, o projeto será lucrativo; caso contrário, será deficitário. A taxa de retorno ajustada pelo tempo, portanto, foi de 7,32% ao ano. |
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| Solução pelo Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido (VPL): Neste caso, todavia, iremos substituir $ 300.000,00 por uma incógnita, e o x% será substituído pela taxa desejada de retorno de 6%. X
= valor atual de uma anuidade de $ 29.000,00 a 6%, por 20 anos.
O projeto é favorável, portanto, pois o valor computado é superior ao custo investido. Consideramos o método do valor atual líquido melhor do que o da taxa de retorno ajustada pelo tempo, pois não exige interpolações e é aplicável com igual facilidade quando os fluxos não são constantes. Entretanto, os contadores e gerentes parecem entender melhor o método da taxa ajustada de retorno, pois comparamos uma taxa com outra, ao passo que, no método do valor atual líquido, comparamos um valor atual de um fluxo futuro com o custo do investimento. |
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No exemplo apresentado, aceitaríamos o projeto pelas duas metodologias. Metodologia da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo
Metodologia do Valor Atual Líquido
A empresa "New Option S.A." está estudando a possibilidade de adquirir uma nova máquina de beneficiamento de algodão para substituir a máquina em uso. A máquina,
atualmente em uso, está relativamente bem conservada e poderá
durar mais 10 anos. Mas a nova máquina é muito superior
tecnicamente e permitirá a redução de custos de matéria-prima,
materiais e outros custos diretos de operação em $ 50.000,00
por ano. A nova máquina custa $ 150.000,00, já instalada.
A taxa de retorno desejada é de 25% e o tempo de vida útil
da nova máquina é de 10 anos.
- Utilizando
o cálculo manual teremos: Assim, verificamos que as economias derivadas da compra da nova máquina são de $ 50.000,00 anuais, durante 10 anos. Vamos então calcular o Valor Presente Líquido (VPL) utilizando a calculadora HP12C:
Observe que limpamos os registros da calculadora, informamos o valor do investimento, fluxo de caixa e número de períodos e, finalmente, informamos a taxa de retorno desejada. O resultado deverá ser de $ 178.525,16. Poderemos aproveitar e confirmar o cálculo da TIR, utilizando as informações já incluídas na calculadora. Para isso basta dar mais um passo:
O resultado deverá ser 31,11, ou seja, 31,11% calculado na planilha Excel, certo? O valor do investimento é de $ 150.000,00, logo, aparentemente, vale a pena adquirir a máquina, pois o valor atual dos rendimentos futuros proporcionados pela nova máquina é superior ao seu custo. Entretanto, para tomar uma decisão final, precisamos levar em conta as informações sobre o provável valor da venda da máquina antiga e as depreciações. |
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As depreciações são alocações contábeis que não implicam saídas específicas de caixa (são chamadas despesas extra-caixa). As depreciações e os valores contábeis são, portanto, desprezados nas decisões envolvendo fluxos descontados de caixa, pois representam custos "expirados". No que se refere ao valor de venda da máquina antiga, poderíamos receber $ 11.000,00 se fosse vendida agora. Portanto, ao adquirir novo equipamento, venderíamos o antigo e receberíamos $ 11.000,00. Isto faz com que o custo efetivo da nova aquisição seja de $ 150.000,00 - $ 11.000,00 = $ 139.000,00. Assim, o fluxo futuro de economias resulta num valor atual de $ 178.525, e o valor efetivo de custo do investimento é de $ 139.000,00. O projeto seria, portanto, aprovado. |
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Outras Considerações Freqüentemente, o problema da decisão é complicado por um ou vários dos seguintes fatores: É preciso considerar, por outro lado, que o fluxo descontado não é a única forma de avaliar projetos. Contadores e administradores freqüentemente usam outros métodos, a saber: Método do Payback, Método da Taxa Contábil de retorno e outros baseados, em nenhuma fórmula, apenas no "bom senso". Alguns supervisores decidem por adquirir novo equipamento apenas quando o antigo, literalmente, "pifar". É o mesmo tipo de comportamento de um dono de automóvel que substitui seu carro quando realmente estiver "caindo aos pedaços". Provavelmente, todavia, as despesas de manutenção e reparos que ele teve para poder andar com o carro antigo por tanto tempo, ou os aborrecimentos, perdas de tempo (mensuráveis em dinheiro), falta de segurança, etc., teriam tornado mais viável a alternativa de adquirir um carro novo, antecipadamente. |
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| 4 - Outros métodos de análise de investimentos Método do payback Um dos métodos mais utilizados para avaliação de investimentos consiste no cálculo do prazo de recuperação do capital investido, o payback. Este método dá muita ênfase ao tempo que demorará a recuperar o investimento e tira o destaque da lucratividade do projeto. Entretanto, é, provavelmente, o método mais usado, na prática, para avaliação de projetos.
Suponhamos duas alternativas de investimento. Uma implica o desembolso de $ 100.000,00, porém economiza (em despesas operacionais desembolsáveis) $ 30.000,00 por ano. A vida estimada é de seis anos. |
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| Outra máquina custaria $ 66.667,00 e economizaria $ 33.000,00 por ano. Sua vida seria de quatro anos.
Se utilizássemos o método do payback puro, seríamos levados a escolher a máquina 2, pois o investimento inicial é recuperado mais rapidamente do que pela máquina 1.
Entretanto, a máquina 1 proporcionará 2,67 anos de economias (6 anos da vida útil menos 3,33 do payback) adicionais, ao passo que a máquina 2 proporcionará somente mais 1,98 ano (4 - 2,02). |
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| É possível que, se levarmos em conta este fato adicional, a escolha recaia na máquina 1 (seria necessário, de qualquer forma, para ter certeza, o cálculo dos valores atuais, logo, cairíamos no método do fluxo descontado). Entretanto, existem variantes do método do payback que podem ser realmente úteis em várias decisões. Uma delas é conhecida com "Payback Recíproco" e é definida como:
No caso do exemplo utilizado no estudo da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo, teremos:
Entretanto, com relação ao Payback Recíproco, pode-se demonstrar que é um método válido apenas se:
Note-se, de qualquer forma, que o Payback Recíproco sempre será algo maior que a verdadeira taxa de retorno (no caso do exemplo citado, esta taxa era de 7,32%). |
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| Apesar das técnicas de fluxos descontados serem, normalmente, as melhores para o tipo de decisão que estamos tratando, alguns contadores e administradores estão mais familiarizados com a taxa contábil de retorno. Conquanto seja superior ao Payback, no sentido de preocupar-se com a lucratividade, tem o grave defeito de ignorar o efeito tempo nos fluxos. A taxa contábil de retorno pode ser definida como:
Alguns preferem que o denominador seja representado pelo investimento médio.
No caso do 1º exemplo, a taxa de retorno seria assim calculada:
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Resumo No processo
decisório, existe o momento anterior à decisão, o
atual e o novo, que dependerá da decisão tomada. Deve-se
avaliar que tipo de informação contábil é
necessária em determinado momento? Em muitos casos, torna-se impossível
avaliar as alternativas sem a utilização de técnicas
estatísticas ou da matemática financeira para auxiliar a
tomada de decisão. As decisões podem envolver as seguintes variáveis: a) comparação entre custos; b) grau de ocupação da capacidade da fábrica antes da decisão; c) problemas de mercado, tempos de espera e qualidade das partes; d) segurança no longo prazo. As decisões sobre substituição de equipamentos devem avaliar se: a) continuamos a utilizar um equipamento já existente - parcialmente depreciado e quase sempre necessitando de muita manutenção e oferecendo produtividade apenas razoável; b) se adquirimos um novo equipamento, assumindo o custo do investimento e tendo as vantagens de maior produtividade e menor manutenção. Para decidir que curso de ação tomar, vimos que é preciso calcular taxas de retorno ajustadas pelo tempo ou valores atuais. Dinheiro tem valor diferente, conforme seja recebido em épocas diferentes, não somente pelo fenômeno inflacionário, mas porque é muito mais proveitoso, sob todos os aspectos, receber $ 100 hoje do que daqui a um mês ou daqui a um ano. Destacamos as principais taxas e suas aplicações, tais como: TCR - taxa contábil de retorno, TIR - taxa interna de retorno; o método do Payback. |
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| 1 - Informação para Avaliação de Desempenho Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial consiste em fornecer informações hábeis para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente em relação à apuração de resultados por produto ou por serviço.
O ponto mais
importante da avaliação de desempenho consiste em aplicar
instrumentos que dimensionem de forma clara e objetiva o desempenho dos
diversos setores da empresa em relação às metas previamente
estabelecidas. Contudo, hoje em dia, esta noção de contabilidade por responsabilidade está associada a conceitos mais avançados, como centro de lucro e centro de investimento, como veremos a seguir. |
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| 2 - Centro de Custo É a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custo (HORNGREN apud IUDÍCIBUS, 2000). Centros de Custos podem coincidir com Departamentos, mas em alguns casos um departamento pode conter vários centros de custo. Por exemplo, um departamento de beneficiamento pode ter apenas um supervisor, mas pode ter várias linhas de beneficiamento. Para cada linha, poderíamos criar um centro de custo à parte e avaliá-lo separadamente.
No caso de uma Instituição de Ensino Superior, os Departamentos podem ser a menor unidade administrativa, sendo caracterizado como Centro de Custo.
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| Quando são criados centros de custos, os chefes ou supervisores dos centros passam a ser responsáveis pelos respectivos custos. Considerando que alguns custos não podem ser controlados por esses supervisores, sugiram os conceitos de custos controláveis e não controláveis. Pode-se dizer que custos controláveis são os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante certo interregno de tempo. É importante notar que o maior ou menor grau de controle de um supervisor sobre um item de custo está diretamente associado ao nível de sua autoridade. Um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle pode escapar de seu supervisor. Por exemplo, o custo da mão-de-obra indireta de certo departamento produtivo, numa empresa altamente centralizada, quanto à política de pessoal e salários, pode não ser controlável pelo supervisor do departamento produtivo, mas pelo Diretor ou Responsável pela área de Recursos Humanos, e assim por diante. Por causa de problemas deste tipo, é que existe uma contradição entre a acumulação tradicional de custos em centros de custo e suas conseqüentes variações entre previsões e realizações, e a necessidade de se atribuírem responsabilidades em nível de pessoas, pelo desempenho. Verifique que a depreciação pelo método da linha reta é incontrolável por qualquer setor ou função da empresa, pois está associada ao uso de um critério pré-definido. Puramente sob um ponto de vista de contabilidade por responsabilidade, somente deveriam ser reportados como responsabilidade de um departamento os custos controláveis pelo responsável do departamento, excluindo-se os não controláveis, que seriam alocados como responsabilidade de mais alguém, dentro da organização. |
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| 3 - Centro de Lucro e Investimento Centro de lucro é um segmento da empresa, às vezes constituído por uma divisão, que é responsável não apenas por custos (centro de custo), mas também por receitas e, portanto, por resultados.
Centro de investimento - É um centro de lucro, porém, o sucesso relativo não é mensurado pela diferença entre receitas e despesas, mas por esta diferença relacionada com o investimento realizado. É o melhor conceito de Centro, pois o lucro deve ser relacionado com o que foi investido, a fim de obtermos a lucratividade relativa.
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| 4 - A Descentralização As empresas centralizadas reservam maior parte do poder de decisão para os seus principais executivos. Em contraste, as empresas descentralizadas delegam muita autoridade para que ocorram decisões importantes nos níveis intermediários. Normalmente, as empresas altamente centralizadas têm maior dificuldade de responder rapidamente às mudanças exigidas pelos seus ambientes interno e externo. Podemos então dizer que a centralização é mais cabível nas empresas que atuam em ambientes estáveis. Por outro lado, as
empresas que atuam em ambientes dinâmicos precisam pensar na descentralização
por duas razões: Segundo Atkinson e
Kaplan (2000), existem três condições necessárias
para a descentralização eficiente: A descentralização
de atividades em unidades distintas de uma mesma empresa deve ser acompanhada
por uma adequada criação de centros de custos e centros
de lucro ou investimento. Contudo, a descentralização não
acontece simplesmente com a criação de centros de custo
e de lucro. Caso os gerentes de tais centros precisem de autorização
da administração central para decidir, constata-se que de
fato não existe descentralização.
A descentralização de uma atividade é mais vantajosa quando as unidades da empresa forem independentes. Isto não quer dizer que a descentralização seja desvantajosa nas outras circunstâncias. |
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Todo esquema de descentralização na área industrial envolve o estabelecimento de preços de transferência entre as subunidades. Várias teorias entrechocam-se a respeito da forma de cálculo de tais preços. A forma mais encontrada, na prática, é transferir na base do custo total mais alguma porcentagem de mark-up. A polêmica sobre preços de transferência abrange tanto o campo da contabilidade quanto o da economia. Vários fatores, segundo Iudícibus apud Horngren, são críticos na escolha desta ou daquela forma para o preço de transferência: conciliação entre fatores econômicos e de avaliação de desempenho, existência de mercados intermediários, grau de interdependência das subunidades (o método do preço de mercado seria mais apropriado no caso de haver bastante independência entre as subunidades), etc. Segundo Iudícibus (2000),"... será interessante resumir o assunto da avaliação de desempenho da seguinte forma: |
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| 5 - O lucro como Medida de Desempenho O lucro serve em muitos casos para simplificar toda a problemática de medir desempenho.
As maiores dificuldades para medir lucros são:
Vejamos um demonstrativo divisional construído com dados de uma Organização:
Os itens marcados acima (*) podem ser os indicadores de desempenho da divisão. Procure verificar cada um deles. Lucro antes do IR - divisional - muitas empresas alocam as despesas gerais e administrativas às divisões no sentido de alerta, para que gerem lucros suficientes para cobri-las. Um critério de alocação pode ser as vendas de cada unidade em relação ao investimento. |
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Resumo Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial consiste em fornecer informações hábeis para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente em relação à apuração de resultados por produto ou por serviço. O Centro de custo é a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custo. Aprendemos que Centros de Custos podem coincidir com Departamentos, mas em alguns casos um departamento pode conter vários centros de custo. Os custos controláveis são os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante certo interregno de tempo. Um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle pode escapar de seu supervisor, caracterizando-os, portanto, como custos incontroláveis. Centro de lucro é um segmento da empresa, às vezes constituído por uma divisão, que é responsável não apenas por custos (centro de custo), mas também por receitas e, portanto, por resultados. Centro de investimento é um centro de lucro, porém o sucesso relativo não é mensurado pela diferença entre receitas e despesas, mas por esta diferença relacionada com algum conceito de investimento realizado. A descentralização de execução deve ser acompanhada por uma adequada criação de centros de lucro ou investimento. O lucro serve, em muitos casos, para simplificar toda a problemática de medir desempenho. Contudo as maiores dificuldades para medir lucros são: escolher um índice de lucro que trate da alocação de custos e receitas ao centro de lucro; precificar a transferência de bens entre centros de lucros. |
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