Como vimos, a teoria da decisão difere da visão clássica em que as decisões visavam o ótimo, a única maneira certa de fazer as coisas. Simon demonstrou o artificialismo da teoria clássica, que pressupõe a noção plenamente racional de empresários, com acesso à totalidade das informações, voltados para a elevação dos lucros ao máximo. Essa construção artificial deu lugar, em suas pesquisas, a um modelo psicossocial, em que os decisores não podem escolher a melhor alternativa, mas sim, soluções satisfatórias ao invés de otimizantes.

March e Simon sugerem que as organizações procurem uma solução "satisfatória", e não uma solução ótima.


"Todo processo decisório humano, seja no íntimo do indivíduo, seja na organização, ocupa-se da descoberta e seleção de alternativas satisfatórias; somente em casos excepcionais preocupa-se com a descoberta e seleção de alternativas ótimas. (...) É, por exemplo, a diferença entre revistar um palheiro em busca da agulha mais pontuda que nele se encontre e revistar o palheiro para encontar uma agulha bastante pontuda para costurar." (MARCH & SIMON, op. Cit.:198)



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