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- Críticas
Psicologização
- o enfoque comportamentalista enfatiza as pessoas. Ao tentar
redefinir os aspectos formais da organização sob uma ótima comportametal,
mais democrática e humana, resvala para uma certa "psicologização"
dos problemas de relações organizacionais, onde tudo passa a
ser visto como um problema psicológico, considerando diretores
e empregados em termos de inteligente e não-inteligente, culto
e ignorante, satisfeitos e insatisfeitos.
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Difícil aplicação -
como os comportamentalistas fizeram uma ampla abordagem descritiva
e explicativa da organização, dedicaram pouco estudo aos modelos
e princípios de aplicação prática, deixando aos administradores
a árdua tarefa de implementar sofisticados conceitos sem conselhos
práticos que os auxiliem a atuar sobre a realidade. Há uma certa
tendência em indicar o estilo ideal, melhor para as pessoas
e as organizações, como é o caso do Sistema 4 de Likert, ou
a Teoria Y de McGregor, mas sem prescrições ou "modo de usar"
que facilite sua utilização pelos gerentes.
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Autoridade/ Obediência versus Colaboração / Consenso - mudança
fundamental no comportamento administrativo que privilegia as
organizações em que o poder é melhor distribuído, são menos
estruturadas e menos autocráticas. As melhores organizações
são as mais democráticas que funcionam baseadas na colaboração
e no consenso e não sob o esquema coercitivo de autoridade e
obediência dos clássicos.
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Influência do comportamento sobre a prática da administração
- os comportamentalistas sugerem que é mais fácil fazer alterações
organizacionais, ou seja modificações na estrutura, nos processos
e tarefas para conseguir melhorias no comportamento humano,
do que tentar uma intervenção direta sobre as pessoas. Controlando
o sistema de recompensas, os estímulos e sinais aos indivíduos,
e a percepção do que é bem visto na organização, é possível
controlar os comportamentos que dão os resultados positivos.
O desenho da estrutura e dos instrumentos formais, tais como,
descrição de cargos, linha de comunicação, regulamentos e sistema
de remuneração, modificam ou consolidam as expectativas dos
empregados e são considerados elementos fundamentais na administração
dos comportamentos. Por isso os comportamentalistas dão preferência
a mudanças técnicas (estruturais, nas tarefas ou nos processos)
para obter efeito sobre o comportamento.
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Validade da motivação - apesar de as teorias da motivação
fornecerem um modelo orientador, não foram validadas pelas pesquisa
empíricas, algumas delas chegaram mesmo a invalidá-las. Vários
questionamentos são feitos sobre o Trabalho de Maslow, como
por exemplo: as não satisfação das necessidades básicas de um
trabalhador, por exemplo um cientista, o impedem de continuar
seu trabalho na busca e algo que considere inédito? As necessidades
humanas são reais ou construções dos psicólogos? São variáveis
independentes ou dependem de outras variáveis de cunho sociológico?
Têm de ser satisfeitas na empresa, ou podem ser satisfeitas
fora do trabalho? Por outro lado, existem também dúvidas sobre
as conclusões de Herzberg, apoiadas em 203 entrevistas, com
contadores e engenheiros, são cientificamente válidas, podem
ser ampliadas para outros profissionais?
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Autoridade psicológica - a percepção de que a autoridade
não é um fenômeno legal, mas um fenômeno psicológico, tem uma
contradição. Se classificarmos os motivos que levam as pessoas
a aceitar a ordens e decisões em quatro categorias como:
1) confiança - aceitamos ordens daquele em quem
depositamos grande confiança em função de sua atuação anterior;
2) identificação - aceitamos ordens mais prontamente
de quem nos sentimos identificados profissional ou socialmente;
3) legitimação - obedecemos em função de nos sentirmos
obrigados a aceitar a autoridade socialmente aceita; e
4) sanção - obedecemos em função e recompensas
ou por medo de punições;
Podemos entender que as primeiras categorias podem ser consideradas
como um fenômenos comportamentais pois envolvem aceitação ou
não da autoridade e reconhecimento ou não da legitimidade, porém
a última está con-figurada como o poder legal de exigir o cumprimento
das ordens, uma vez que envolve punição. Portanto, neste caso
a autoridade não vem de baixo, já que o chefe é quem tem o poder
de punir.
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As pesquisas realizadas
e as formulações teóricas dos autores comportamentalistas têm sofrido
poucas críticas. Entretanto, podem ser apontadas algumas, como:
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